22 de janeiro de 2021

Turismo Rural - Premiação para Minas Gerais prova força do segmento


TURISMO RURAL
ESCRITO POR SEDE, EM BELO HORIZONTE
22/01/2021 . SISTEMA FAEMG, SENAR

É para se orgulhar: Minas Gerais é o primeiro – e único - destino brasileiro premiado no Traveller Review Awards, premiação da Booking.com que homenageia os parceiros de acomodações e transporte que oferecem os melhores serviços em hospitalidade segundo os clientes da plataforma. As belezas mineiras e a excelência em proporcionar ao viajante uma experiência única em nossa terra também levaram cinco troféus no Prêmio Nacional do Turismo, entregue pelo Ministério do Turismo em 2019.

Para ressaltar cada vez mais o setor e formar profissionais aptos a prestarem serviços de alta qualidade, o Sistema FAEMG/SENAR/INAES desenvolve o Programa Agente de Turismo Rural. A entidade ainda oferece outros cursos no segmento de Turismo Rural, tudo planejado para atender quem deseja empreender e quem já está no ramo e quer se aperfeiçoar.

Grupo de alunos durante aula prática em Caparaó (foto: Nathalie Guimarães)

Importância econômica e social

De acordo com a coordenadora do programa no SENAR MINAS, a analista técnica da Formação Profissional Rural, Marília Saraiva, “a premiação reflete a nossa tradição mineira em receber as pessoas, mostrando que estamos também nos profissionalizando no setor turístico. É um grande motivo de celebração e incentivo para nossos cursos voltados para o Turismo Rural, atividade comprovadamente reconhecida pela sua importância no desenvolvimento econômico e social dos municípios e da população”.

A analista destaca que o programa de qualificação Agente de Turismo Rural já capacitou cerca de 500 participantes, “que agora são profissionais aptos a atuarem com competência e estratégia em ações integradas de turismo com foco no meio rural, contribuindo para que o turismo em Minas Gerais seja cada vez mais reconhecido no nosso país e no mundo”.

Participantes do programa durante atividade prática em Carrancas (MG)

Conheça os cursos gratuitos relacionados ao Turismo Rural que o Sistema FAEMG oferece, em parceria com Sindicatos Rurais e outras entidades cooperadas:

  • Programa Agente de Turismo Rural
  • Condução em Trilhas e Roteiros
  • Empreendendo na Atividade Artesanal
  • Empreendendo no Espaço Rural
  • Empreendendo no Serviço de Alimentação
  • Prevenção de Acidentes

Leia a matéria completa sobre a premiação no Booking.com: https://news.booking.com/minas-gerais-e-uma-das-10-regioes-mais-acolhedoras-do-mundo/

21 de janeiro de 2021

Pousada Rio Mutum em MT está entre as melhores do mundo em avaliações; conheça.

Espaço, ligado diretamente à natureza, está localizado em uma das mais belas regiões do Pantanal de Mato Grosso.

Por Pousada Rio Mutum


A Pousada do Rio Mutum – Pantanal Eco-Lodge – localizada no município de Barão de Melgaço, recebeu o prêmio 'Traveller’s Choice 2020', concedido pelo site internacional TripAdvisor, referência para os viajantes, em todo o mundo. O local está no grupo de 10% dos melhores hotéis do mundo.

Pousada Rio Mutum — Foto: Pousada

Pousada Rio Mutum — Foto: Pousada

O espaço, ligado diretamente à natureza, está localizado em uma das mais belas regiões do Pantanal de Mato Grosso.

Barão de Melgaço-MT é considerado o mais pantaneiro dos municípios, porque possui uma área de 11.000 kms quadrados, e somente 3% dessa área não é alagável.

 Aérea principal Pousada  — Foto: Pousada Rio Mutum

Aérea principal Pousada — Foto: Pousada Rio Mutum

A Pousada foi adquirida em 1988 e o seu foco sempre foi voltado para a exploração do ecoturismo. Viver em harmonia com os animais, sem afugentá-los, respeitando o distanciamento imposto por cada espécie, está entre as prioridades do local.

A proprietária da pousada, Alice Galvão do Nascimento, contou que o acolhimento e o cuidado com a natureza levaram a estadia ao conhecimento internacional.

São cerca de 3,8 mil turistas recebidos por ano. Desses, 70% são estrangeiros.

“Trabalhamos com credibilidade e mostramos aos hóspedes a diversidade que temos dentro do mesmo bioma. As pessoas vêm pela natureza, e eu não pago nada por ela, a minha contribuição é cuidar. Essa é a troca, eu cuido e ela me dá a rentabilidade. A proposta foi viver com eles respeitando o distanciamento. Com isso, convivemos em harmonia”, ressalta.

A região é privilegiada, pois concentra todo tipo de paisagem que compõe o ecossistema pantaneiro. A beleza natural e a rica biodiversidade desta parte do Pantanal formam um conjunto diferenciado pela singularidade de suas paisagens formadas por morros, savanas, rios, corixos, e enormes áreas alagadas, algumas temporárias e outras permanentes.

Foto céu pantanal  — Foto: Pousada Rio Mutum

Foto céu pantanal — Foto: Pousada Rio Mutum

Todas as espécies de vida existentes na área recebem cuidados da pousada.

Atrações

•Passeio a cavalo

•Passeios de barco

•Trilhas

•Safári

•Observação noturna

•Pesca esportiva

•Vista ao pôr do sol

•Piscinas adulto e infantil

A Pousada do Rio Mutum conta ainda com a proximidade das famosas Baías de Siá Mariana e Chacororé, está com mais de 15 quilômetros de extensão - quase o dobro da Baía de Guanabara no Rio de Janeiro - é mais conhecida pelas lendas e mitos criados pela população ribeirinha que habita às margens do Rio Cuiabá.

Contato com a natureza

Uma parceria entre a Pousada do Rio Mutum, a Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) e ONGs de cuidados ao meio ambiente ajuda a manter a região preservada.

A parceria com a secretaria tem mais de 10 anos, no programa Soltura Branda de Animais Silvestres.

Passeio de Barco  — Foto: Pousada Rio Mutum

Passeio de Barco — Foto: Pousada Rio Mutum

Durante o período de queimadas no Pantanal e a pandemia da Covid-19, muitos animais foram salvos com a ajuda de funcionários e voluntários da região.

“Tivemos o apoio da ONG Ampara Silvestre. Conseguimos excelentes resultados em resgate, tratamento e soltura dos animais em seu habitat natural. Foi fornecido um container ambulatório onde os veterinários podem fazer os primeiros socorros e acompanhamento dos animais em recuperação", explicou Alice Galvão.

A região possui vários pontos de alimentação e, duas vezes por semana, os voluntários distribuem comida e observam a saúde dos animais.

"O verde milagrosamente já recuperou, embora tenha sido poucas chuvas até agora. Porém, ainda não está produzindo frutas, sementes e pastagens para os animais, essa é a nossa preocupação, mas continuaremos levando comida aos animais por mais alguns meses", ressaltou.

Preservação e segurança

A Pousada do Rio Mutum conta com banheiros aquecidos com energia solar. O lixo que não é orgânico é encaminhado ao aterro em Cuiabá. Além disso, o esgoto é tratado e foi instalado de forma aérea para evitar o contato e poluição do solo.

O local também se tornou responsável pela limpeza das baías e preservação do ecossistema.

Na segurança ao hóspede, a pousada adotou um protocolo rigoroso contra a Covid-19 e evitou que turistas e funcionários fossem contaminados pela coronavírus.

Devido ao conceito de contato com a natureza, as instalações são amplas e abertas. Não há ambiente fechado.

Além disso, os hóspedes têm mesas personalizadas reservadas para evitar o contato com os demais.

Até janeiro deste ano, a pousada não havia registrado nenhum caso da doença.

RESERVAS: (65) 30527022 / 9.96033732 ou info.reservas@pousadamutum.com.br

Escritório em Cuiabá para mais informações – Bairro Duque de Caxias 2 - Rua General Teófilo Ribeiro de Arruda - Número 271.

Pousada Rio Mutum

19 de janeiro de 2021

Prefeitura deve tombar casa que pertencia a Marechal Rondon para evitar danos futuros

Da Redação - José Lucas Salvani

Foto: Reprodução

Prefeitura deve tombar casa que pertencia a Marechal Rondon para evitar danos futuros
A Prefeitura de Rondonópolis (a 271 Km de Cuiabá) deve tomar uma casa - sede da Fazenda Velha - que pertencia a Marechal Cândido Rondon, fundador da cidade. O processo de tombamento está sendo feito por intermédio da Secretaria Municipal de Cultura (Secult) porque o espaço precisa de uma urgente intervenção, no sentido de recuperar e restaurar a estrutura e memória dessa propriedade rural, segundo estudos e laudos técnicos emitidos por uma equipe de engenheiros e arquitetos que vistoriaram o local.

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O tombamento da casa se torna ainda mais necessário se levar em consideração a continuação da futura Avenida W11, que passa sobre a ponte nova e se estende até a BR-364, alega a assessoria da prefeitura. A obra vai passar cerca de 300 metros do prédio histórico e, caso não haja uma providência, a grande movimentação de veículos nas proximidades, bem como, a situação de vulnerabilidade a que vai ficar exposta em razão desse fato, poderá comprometer a estrutura da casa.

Uma Comissão Técnica de Tombamento foi criada pelo prefeito Zé do Pátio, incluindo servidores de diversas secretarias e procuradores do município, que vem realizando estudos, levantamento de dados e documentos históricos que comprovem a propriedade e ocupação frequente por parte do Marechal. No total, já são mais de 200 páginas.

Segundo a comissão, atualmente a propriedade pertence a iniciativa privada e essa ação de tombamento e futura, provável desapropriação em caráter de interesse público para transformação do local num "Parque Histórico Ambiental", deverá possibilitar a preservação e o resgate da memória histórica do local, mediante investimentos públicos em restauração e preservação.

18 de janeiro de 2021

LIVE: UNEMAT, MINISTÉRIO DO TURISMO E SEADTUR


O Curso de Turismo da UNEMAT, Universidade do Estado de Mato Grosso, Campus de Nova Xavantina-MT em parceria com a Valetur Empresa Jr. promovem durante o Ensino Remoto Emergencial o Circuito de Lives. O Evento conta com profissionais de diversas áreas da atividade turística, tem por objetivo trazer informação, conhecimento, ouvir experiências e estreitar relações, estabelecendo contatos e parcerias entre os envolvidos.

A programação do Circuito de Lives trará duas palestras virtuais direcionadas para os 20 (vinte) municípios que compõem o Polo Araguaia de Desenvolvimento do Turismo, subdivido em 03 regiões turísticas:

 - Domo de Araguainha: Tesouro, Alto Taquari, Guiratinga, Ponte Branca, Torixoréu, Alto Araguaia, Alto Garças;

 - Portal Do Araguaia: Querência, Ribeirão Cascalheira, Barra do Garças, Canarana, Campinápolis, Cocalinho, Nova Xavantina;

 - Norte Araguaia: Confresa, São Félix do Araguaia, Canabrava do Norte, Luciara, Santa Terezinha, Porto Alegre do Norte.

 Portanto, nos dias 20 e 27 de janeiro, quarta-feira, 15h horário de Brasília e 14h horário de Cuiabá, as Lives terão como tema: “Ações Estratégicas do MTur para o Ordenamento, Gestão e Regionalização do Turismo” sendo o dia 27 uma oficina.

A proposta é apresentar para os prefeitos, secretários de turismo, servidores públicos e entidades ligadas ao setor, os programas, projetos e ações do Ministério do Turismo e da Secretaria Adjunta de Turismo do Estado difundindo e mostrando os caminhos para planejar, investir e desenvolver o turismo no município e na região, conforme recomenda o Ministério do Turismo por meio do Programa de Regionalização.

Os palestrantes que estarão conosco são:

Ana Carla Moura, Graduada em Administração / Hotelaria e Coordenadora Geral de Áreas Estratégicas para Desenvolvimento Turístico do Ministério;

 Diego Beserra, Turismólogo, Especialista em Planejamento Ecoturismo, Interlocutor Estadual do Programa de Regionalização do Turismo e Superintendente de Política do Turismo da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico de Mato Grosso;

Leandro Lima, Turismólogo, MBA em Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Mestrando em Políticas Públicas e Analista de Desenvolvimento Econômico e Social no Governo de Mato Grosso.

 IMPORTANTE: Não é necessário fazer inscrição e serão emitidos certificados de participação.

 As Lives serão transmitidas ao vivo pelo Youtube no Canal do Curso de Turismo, links: 

 - Dia 20/01: https://youtu.be/WmK1YqlQLj4

 - Dia 27/01: https://youtu.be/TGjTRLT_BLg

 Abaixo os flyers de divulgação do Evento, contamos com a sua participação e pedimos gentilmente que divulguem a palestra (Live) para juntos nos organizarmos em prol do desenvolvimento do Turismo no Polo Araguaia.

 Dúvidas e maiores informações entrem em contato:

 - Prof. Alex Sandro – 66 98442 – 0102

- Prof. André Mesquita – 66 99217 – 2800

- Daniany Agostini (Valetur Empresa Jr.) - 66 98140 – 5461

 Acessem: http://turismonvx.blogspot.com/





 Por Alex Sandro Barbosa


Valdizar Andrade - O PODER DA SABEDORIA!

Valdizar Andrade

O PODER DA SABEDORIA!

Certa vez, o homem decidiu desafiar o mestre da sabedoria, para isso, dirigiu-se até sua humilde residência onde o encontrou sentado em uma cadeira de madeira no alpendre e começou a deferir palavras agressivas, disse que era jovem, tinha forças, técnicas e estratégias para desafiá-lo e vencê-lo.

O mestre estava tranquilo juntamente com alguns dos seus alunos, mas aquele homem, além de dirigir-lhe várias palavras de baixo calão, começou a jogar terra no rosto do mestre que tinha todas as habilidades de artes maciais mas manteve-se sereno sem responder uma única palavra ou gesto, apenas protegia seus olhos da terra que o jovem jogava no seu rosto.

O homem jovem foi chegando a exaustão nas suas tentativas de tirar o mestre do sério não lhe restando outra alternativa escarrou e cuspiu no rosto do mestre que pegou uma toalha e limpou, os seus discípulos se moviam na intenção de defendê-lo e ele apenas sinalizava para que permanecessem aonde estavam.

Aquele homem sentindo-se frustrado resolveu ir embora esbravejando, chutando tudo que encontrava pelo caminho e pronunciando palavrões, enquanto isso um dos discípulos dirigiu-se ao mestre com a seguinte indagação: “Mestre como suportou tantas agressões, o senhor com um único golpe colocaria aquele homem na lona, eu não consigo entender”.
O mestre olhou para o discípulo e fez a seguinte observação: “Digamos que hoje é seu aniversário, alguém vem até sua festa e lhe traz um presente, mas você não aceita, a quem pertence aquele presente? O discípulo respondeu: “A quem trouxe”, o mestre sorriu e foi tomar banho.

Valdizar Andrade
Escritor | coach | hipnoterapeuta | especialista em desenvolvimento humano

Turismo: Um novo olhar - planejamento, oportunidades e estratégias

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Turismo: Um novo olhar - planejamento, oportunidades e estratégias

‣ Turismo

Descrição

Esta cartilha tem por objetivos apresentar aos Municípios o turismo como atividade econômica estratégica e apoiar o trabalho dos gestores públicos municipais da área de turismo, abordando métodos de planejamento e organização para a atividade turística, em seus diferentes níveis, com a finalidade de promover ações para o desenvolvimento sustentável dos Municípios turísticos.

Ano: 2021
Formato: LivroColeção: Coletânea: Gestão 2021 - 2024

Palavras chaves

1. Turismo. 2. Gestão municipal do turismo. 3. Planejamento turístico. 4. Desenvolvimento turístico.



(61) 2101-6000
Fax: (61) 2101-6080
SGAN 601 Módulo N
Brasília/DF | CEP: 70.830-010

Turismo brasileiro em 2021: não será para amadores

Por
Guilherme Paulus (GJP Hotels), Simone Scorsato (BLTA), Alexandre Sampaio (FBHA), Mariana Aldrigui (USP) e Roberto Nedelciu (Braztoa) falam de suas expectativas para 2021

Vacinação da população, sobrevivência de pequenas empresas, manutenção de empregos, ajuda do governo, resiliência e renovação serão temas centrais para o turismo

 

POR ZAQUEU RODRIGUES – Especial para o DIÁRIO

PAULO ATZINGEN (edição)


De acordo com a Organização Mundial do Turismo (OMT), 2020 foi o pior ano da história do turismo internacional. A entidade avalia que o setor retrocedeu a níveis de 1990. De janeiro a outubro de 2020 o setor perdeu 900 milhões de viajantes em comparação com o mesmo período de 2019. A OMT avisa que a recuperação do setor, mesmo após a vacinação da população, encontrará um longo caminho pela frente.

De março a dezembro de 2020 o turismo brasileiro amargou um prejuízo de R$ 261,3 bilhões de reais. É o que estima a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Para Fábio Bentes, economista da CNC, o turismo brasileiro só deverá retomar os níveis de receitas pré-pandemia no segundo semestre de 2022.

As expectativas positivas para o começo de 2021 foram derretidas por uma nova escalada de contaminação do vírus no país. Neste mês o Brasil já ultrapassou a marca de 200 mil mortes causadas pela pandemia de coronavírus. Enquanto não começa a vacinar a população, as perdas do setor devem alcançar patamares ainda mais dramáticos, já que muitos estados começam a aumentar as restrições de deslocamentos.

Mariana Aldrigui: adesão maciça da população à vacina será determinante para a recuperação do turismo (Crédito: arquivo DT)

Em meio a um cenário delineado por incertezas, o turismo brasileiro pode esperar o quê de 2021? A professora de turismo da USP e presidente do Conselho de Turismo da FecomercioSP, Mariana Aldrigui, afirma que a adesão maciça da população à vacina será determinante para a recuperação do setor. E projeta: “infelizmente, com a postura do governo federal e a inação que se viu ao longo de 2020, as perspectivas são muito pessimistas”.

Neste momento, prossegue Aldrigui, é fundamental “investir em mapeamento de produtos e serviços que possam atender à demanda [de viagens] de curta distância (até 300km), valorizando percursos em carro, próprio ou alugado”. Entre as prioridades estão a sobrevivência de pequenos e médios negócios e a geração de empregos para as pessoas que ficaram desamparadas pelo auxílio emergencial do governo federal.

Quedas e demissões

Os pequenos e médios negócios foram os mais impactados pela pandemia. Segundo a CNC, 49,9 mil empresas de turismo fecharam as portas no país de março a agosto de 2020. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) revelam que o setor demitiu 437,9 mil profissionais de março a novembro de 2020, o que representa uma queda de 12,5% na força de trabalho do setor.

A travessia desse período requer união de profissionais e entidades representativas da cadeia de turismo, aponta o presidente da Associação Brasileira das Operadoras de Turismo (Braztoa), Roberto Nedelciu. Ele sublinha que a pandemia arrancou a todos da zona de conforto e “colocou à prova a nossa capacidade de resiliência, foco, jogo de cintura e estratégias certeiras. Aprendemos que dependemos uns dos outros”.

Roberto Nedelciu: união de profissionais e entidades representativas da cadeia de turismo (Crédito: arquivo DT)

Nedelciu avalia que a pandemia trouxe muitos aprendizados para o turismo. “Destaco a coalização de entidades em diversos projetos cujos objetivos se fundem no mesmo caminho: conquistar o melhor para a sustentabilidade e retomada do setor. Precisamos estar mais conectados do que nunca para vencer essa batalha contra a covid-19. O setor de turismo criou e instaurou uma série de protocolos de saúde e precisamos da adesão irrestrita dos viajantes”.

Nedelciu pontua que, em 2021, também será muito importante “a criatividade, a flexibilidade e o alto poder de customização das operadoras para a criação de novos produtos com o intuito de manter nas vitrines opções diferenciadas para todos os perfis de viajantes. As palavras-chave de 2021 são responsabilidade, conscientização, união e trabalho duro”, afirma o presidente da Braztoa”.

Muito trabalho em 2021

O fundador da CVC e da GJP Hotels & Resorts, Guilherme Paulus, se mostra otimista. “O setor de turismo já passou por grandes altos e baixos em diversos períodos, mas a capacidade do segmento em se reinventar é muito grande”. Ele diz que as empresas precisam cuidar neste momento de seus bens mais precisos: os clientes. “A vacina vem aí e teremos muito trabalho pela frente em 2021, com uma excelente temporada de vendas para todos”.

Guilherme Paulus: conectados de uma forma ainda mais completa (Crédito: arquivo DT)

A empatia é um dos grandes aprendizados desse período, considera Paulus. “Sem dúvida uma das grandes lições que devem se perpetuar após esse período. O exemplo de doações das mais diversas áreas e em proporções também jamais vistas no nosso cotidiano mostra que é possível estarmos conectados de uma forma ainda mais completa”.

O turismo não é para amadores

Para a diretora-executiva da Brazilian Luxury Travel Association (BLTA), Simone Scorsato, o Brasil entrou em 2021 a alguns passos atrás na corrida pela retomada econômica do setor ao demorar a apresentar um plano de vacinação. A ausência de estratégias contra a expansão da covid-19 no país prejudicou o destino Brasil. “Temos que trabalhar muito a imagem do Brasil no mercado internacional”, ela avalia.

Scorsato afirma que o turismo aprendeu mais sobre resiliência e sustentabilidade durante o enfrentamento da pandemia. Segundo ela, os empreendimentos que atuavam de uma forma não sustentável, econômica e socialmente, foram os mais impactados. “O turismo não é para amadores. É uma atividade que demanda conhecimento, técnica, inovação”.

Simone Scorsato: trabalhar muito a imagem do Brasil no mercado internacional

A implantação de uma política de saúde pública em território nacional, promovendo a vacinação para todos, é prioridade, considera Scorsato. “Em 2020 vivemos a pandemia de uma forma global. Em 2021 a gente vai ver um cenário onde alguns países já avançam no processo de imunização da sua população, e, consequentemente, o turismo vai começar a andar a passos mais largos em destinos que já tenham uma campanha de imunização e estratégias seguras para receber visitantes estrangeiro”.

Sobrevivência

Presidente da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA), Alexandre Sampaio destaca que “sem vacinação, não há recuperação” para o turismo. “O recrudescimento da covid-19 fez as reservas de final de ano despencarem. Agora não vai haver recuperação, e sim sobrevivência”, constata ele, que considera essencial o governo federal estender a lei 14.020, que permitiu às empresas fazer acordo de redução de jornada de trabalho e de salários e de suspensão de contratos.

Alexandre Sampaio: negociação, diálogo, calma e maturidade (Crédito: DT)

Alexandre afirma que, em 2021, será necessário muita negociação, diálogo, calma e maturidade. “Uma coisa eu já adianto. Os protocolos de biossegurança, como uso de máscara, álcool gel e distanciamento social, vão continuar. O processo de vacinação vai demorar muito, dado o tamanho do país. Diante disso, o que se apresenta é um quadro tênue e de débil recuperação. Não tem retomada. A intenção das pessoas de viajar e a demanda reprimida existem, mas há a preocupação com a saúde. A minha projeção para uma situação mais estável é no verão de 2022. Só então veremos uma luz no fim do túnel”.

16 de janeiro de 2021

Obras de infraestrutura e desvio de água em propriedades podem estar por trás de desastre no Pantanal; vejam.

Rio Mutum: área que deveria estar alagada no período chuvoso está totalmente seca

Rio Mutum: área que deveria estar alagada no período chuvoso está totalmente seca

A tragédia ambiental da seca em parte do Pantanal mato-grossense em pleno período de chuvas, pode ter mais de um culpado. Conforme os estudos preliminares feitos por técnicos ligados ao meio ambiente e também informações de ribeirinhos, que vivem no local e sobrevivem do bioma. Estiagem, pouca vazante do Lago do Manso, desvio do curso das águas em propriedades e obras de infraestrutura feitas pelo próprio Governo do Estado podem estar na origem do problema. 

Leia também:
Ribeirinho conta que Baía de Chacororé começou a secar em março de 2020: 'dá para andar a pé'
Secretária diz que situação semelhante já aconteceu na Baía de Chacororé em 2010; Governo investiga

Na visita feita in loco por uma comitiva de políticos, liderada por deputados, prefeitos e vereadores, na Baía de Chacororé, localizada no município de Barão de Melgaço (distante 114km de Cuiabá), e que está em total seca desde março de 2020, foi constatado que a falta de chuva e a regulação correta das compotas de Manso, para contribuir para a cheia ideal do Rio Cuiabá, seriam justificativas da seca em pleno período chuvoso.



Ribeirinhos contaram aos parlamentares e mostraram fotos que revelam o desvio do curso de rios que abasteceriam corixos. Segundo eles, essa seria a causa principal da seca em parte do Pantanal. O que se sabe até agora é que parte da baía, que deveria estar alagada, está podendo até ser usada como pista de caminhada ou de estrada para carros e motos. 


 
Devastação

Em sobrevoo pela área afetada, é possível ver que até uma barragem foi feita. A parte da baía que fica do lado do Rio Cuiabá, principal braço dos corixos da região, está com água, mas do lado das barragens a sequidão é vista de longe. Uma verdadeira devastação.

Enquanto contava a história para a imprensa, a prefeita de Barão de Mengaço, Margareth de Munil, chorou. “Se ninguém ajudar, vamos perder isso, que é nosso maior patrimônio”, relatou aos prantos.  


Moradores da região praticamente suplicam por ajuda da classe política. Em entrevista ao Olhar Direto, o presidente da Câmara de Santo Antônio de Leverger, Rômulo Queiroz (PV), e que é morador de Mimoso, onde também tem parte da Baía de Chacororé afetada pela seca, disse que a construção de estradas por parte do Governo do Estado e aterramento de corixos, ajudam a deixar o Pantanal mais seco.  

“Tem a questão da seca e do Manso que não está regulando a água direito. Tem os corixos obstruídos, que precisam ser limpos, por conta das interrupções de vazantes e tem também as ações da Sinfra, que fizeram obras e ainda por cima aterraram alguns pontos de corixos. Tudo isso precisa ser investigado”, explicou o vereador.  



Na divisa feita pela barragem da Chacororé não é possível chegar a pé ou de carro, apenas de barco ou de avião e helicóptero. Acompanhado pelo Ciopaer, Olhar Direto esteve na área exata e de cima flagrou as consequências da falta de água em parte da baía.



Corixos e rios devastados

Sabendo da situação das barragens feitas em plena baía e também do fechamento de corixos e de vazantes, a reportagem foi até alguns pontos da famosa Estrada Verde, que liga Mimoso a São Lourenço de Fátima, na região do Pantanal de Rondonópolis. Nos primeiros quilômetros de estrada nova, já era possível ver o assoreamento, devastação ambiental e ainda por cima o aterramento de corixos. Entulhos estão expostos em barrancos de vazantes e outros já estão dentro da água.  



O Rio Mutum, que é a principal vazante, ou braço, da Baía de Siá Mariana, colada na Baía de Chacororé e ainda sobrevive com todo território navegável, já têm espaços que estão rasos e, se nada for feito, poderá chegar à seca em breve.

A reportagem percorreu pelo menos 45 km de Barão até Mimoso e chegou ao primeiro corixo, do Rio Mutum. O repórter fotográfico Rogério Florentino fez imagens aéreas de drone que indicam que trecho do rio acabou sendo desviado para obras de pavimentação e dois corixos acabaram assoreados. 


Tem culpado?

Para o deputado Allan Kardec (PDT), que liderou a comitiva e é natural da região de Santo Antônio e Pantanal, o acúmulo de entulhos causará um verdadeiro devaste ambiental futuro, nos pontos que foram construídos a nova rodovia MT-040, famosa estrada verde. 


 
“Dá pra ver de longe que a situação da baía tem sim alguns culpados. Em construções, ou na construção da nova rodovia, quem sofre é o Pantanal. Há acúmulo de sedimentos pelo depósito de terra, areia, argila, detritos etc., na calha de um rio e na baía. Tudo isso pode ter consequência direta de enchentes pluviais”, explicou o deputado.  

Allan frisou que o gargalo que causa a seca na baía já foi georreferenciado. O que precisa ser feito agora é uma limpeza ao redor da baía e também nas vazantes, rios, corixos e principalmente nascentes.  

“A baía totalmente seca nunca aconteceu na história. A Sema e a Sinfra precisam tomar providências urgentes. Quais são elas: limpeza dos corixos e nascentes d‘água que abastecem as baías de Chacororé e de Siá Mariana. São aproximadamente 20 pontos interditados por barragens ou com aterros. Precisa limpar para que pare de alagar esses espaços acima da baía e passe a irrigar a baía e lá voltar a ter água. Isso é pelo menos 50% do que precisa ser feito para agora”, frisou Kardec ao Olhar Direto


 
Muitos moradores da região de Porto de Fora e Mimoso preferem não falar, mas uma senhora disse que quase todos os habitantes do local que têm suas terras ao lado da rodovia nova fizeram uma represa com a água do rio para que pudesse ter dentro de sua propriedade um pouco de água para criação de peixe ou até mesmo para lazer.  

“Eu sei de pelo menos 30 moradores aqui que fizeram isso. O rio mudou o curso mesmo. A gente sabia que ia ser assoreado, então cada um cercou como pôde”, disse a mulher, que preferiu não se identificar. 

No km 10 da rodovia, logo após a rotatória que liga a pista até o Distrito de Porto de Fora, foi visto uma espécie de galpão da empresa que está construindo a pista. Na placa do governo está escrito que a obra custou mais de R$ 19 milhões. A situação parece ser para a chegada do turismo futurista da região, mas a devastação da natureza é presente.  



Mais à frente, numa área que fica ao lado do Rio Mutum, um último corixo pode ser avistado. Ele também é, ou era, um dos braços do Rio Mutum que abastecia a Baía de Siá Mariana, mas também está obstruído e, mesmo estando ao lado do Rio, ele está morrendo. Siá Mariana, por sua vez, ainda está alagado e navegável, mas se estudos não saírem do papel, a área será o espelho de Chacororé em curto período.  

Posicionamento do Governo do Estado

Após saber da situação da Baía de Chacororé, a Secretaria de Meio Ambiente se posicionou e disse que irá realizar ações desde a baía até pontes e construção da rodovia da MT-040. 

Nas imediações da estrada conhecida como Estirão Cumprido, que margeia a baía, serão identificados novos pontos que necessitam de abertura para a passagem da água.



Outra ação a ser realizada ainda durante a vistoria é a identificação das pontes que precisam ser reformadas e dos corixos que precisam ser desobstruídos, além do que já pode ser realizado para a limpeza e recuperação desses locais. Entre eles, estão os corixos Caiçara e da Uva, por exemplo, necessários para a entrada da água do rio Cuiabá afim de abastecer a Baía Chacororé.

Já o trecho na rodovia MT-040, entre Porto de Fora e o Morro do Meio, também será vistoriado para a definição de quais estruturas terão que ser instaladas para a passagem da água, a fim de melhorar o escoamento rumo à baía.

Todo esse levantamento vai subsidiar o plano de ações a ser executado pelo Governo de Mato Grosso, bem como encaminhado aos órgãos de fiscalização, como o Ministério Público do Estado, e de proteção ambiental para equacionar a recuperação da área.

  


14 de janeiro de 2021

Em Santa Rita do Passa Quatro Quatro, visitando o Prefeito Marcelo Simão e Serecataria de Turismo.

Guias de turismo de Mato Grosso terão curso de especialização técnica de Ministério.


Especialização técnica em Atrativos Culturais e Naturais é oferecida em parceria com a Universidade Federal do Tocantins e em modalidade EAD e prática
Assessoria | Seadtur MT

- Foto por: Marcos Vergueiro
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Com o objetivo de capacitar 540 profissionais da área do turismo, o Ministério do Turismo (MTur), em parceria com a Universidade de Tocantins, disponibiliza o curso de especialização em atrativos culturais e naturais para os guias de turismo com carga horária de 200h, sendo 160h na modalidade EAD e 40h de aulas práticas.

Os cursos beneficiarão os profissionais que são habilitados no Sistema de Cadastro de Pessoas Físicas e Jurídicas que atuam no setor de turismo (Cadastur) como guia regional. As vagas são para profissionais de toda a região Centro Oeste.

"O projeto é uma oportunidade muito importante para a formação de profissionais conscientes do desenvolvimento sustentável e para promover a inserção destes profissionais qualificados no setor do turismo. Além disso, é uma forma de atualização e aprimoramento para que continuem prestando um serviço de excelência aos turistas que visitam o nosso Estado", diz Jefferson Moreno, secretário adjunto de Turismo de Mato Grosso.

O secretário de Desenvolvimento Econômico de Mato Grosso, César Miranda, ressalta que a oportunidade de realizar este curso para os guias de turismo é uma valorização do profissional. “Estaremos mobilizando os guias regionais cadastrados para que participem do curso e sejam ainda mais qualificados para atender esta demanda tão importante para nosso Mato Grosso”, afirma.