2 de abril de 2020

Portaria interministerial beneficia gestores públicos do Turismo

Governo suspende prazos relativos a contratos de repasse e convênios, beneficiando os responsáveis em meio à pandemia do novo coronavírus

Por André Martins, com informações do Ministério da Economia


Medida ajuda, também, a diminuir impactos do coronavírus no Turismo. Crédito: Flickr MTur Destinos

O governo federal suspendeu a contagem de prazos relativos a projetos desenvolvidos com recursos da União. A Portaria Interministerial nº 134/20, que contempla gestores públicos do Turismo e entidades privadas sem fins lucrativos, busca auxiliar responsáveis por trabalhos em estados e municípios durante o período de calamidade pública em função da pandemia do novo coronavírus. (Acesse aqui a portaria)

O texto, assinado pelos ministros da Economia, Paulo Guedes, e Wagner Rosário, da Controladoria-Geral da União (CGU), altera, a partir de 31.03, dispositivos da Portaria Interministerial nº 424/16, que trata das transferências. A nova orientação prevê um caráter excepcional para a execução de contratos de repasse e convênios, facultando a interrupção de ações e as respectivas prestações de contas.

O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, comemora a decisão e avalia que a medida se soma a outras iniciativas adotadas no sentido de minimizar impactos da pandemia. “Isso facilita a vida do gestor nesse momento de dificuldades, evitando o descumprimento de prazos e a reprovação das prestações de contas. O governo Jair Bolsonaro está fortemente empenhado em dar suporte àqueles que precisam de apoio para superar problemas”, frisa.

A nova portaria também prorroga por 240 dias o prazo de cumprimento das condições de cláusulas suspensivas, além de autorizar a postergação do depósito dos recursos de contrapartida para o último mês de vigência do contrato de repasse ou convênio. O texto estabelece ainda a possível liberação de parcelas futuras antes do gasto integral das anteriores, bem como, excepcionalmente, a dispensa de vistorias in loco no período de calamidade.

“Os entes federados e entidades privadas sem fins lucrativos provavelmente terão dificuldades para cumprir esses compromissos nos prazos estipulados anteriormente por conta da pandemia. Precisamos, então, flexibilizar para preservar a continuidade da execução de programas, projetos e atividades que são custeados por meio de verbas federais”, justifica o secretário de Gestão do Ministério da Economia, Cristiano Heckert.

APOIO - O MTur apoia financeiramente estados, municípios, empresas e consórcios públicos na realização de obras de infraestrutura turística, com valor mínimo de R$ 250 mil. O órgão também destina recursos a eventos obrigatoriamente gratuitos, comprovadamente tradicionais e de notório conhecimento popular. O investimento máximo da Pasta é de R$ 200 mil por artista ou banda, e as verbas podem custear ainda divulgação e a locação de parte da infraestrutura exigida. As regras constam da Portaria nº 39/2017.

Edição: Rafael Brais

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1 de abril de 2020

CORONAVÍRUS E OS INDÍGENAS - Uma Indígena do Alto Rio Solimões, testou positivo para o Coronavírus.


O Ministério da Saúde, por meio da Secretaria Especial de Saúde Indígena, informa que uma indígena da etnia Kocama, 20 anos, que atua como Agente Indígena de Saúde (AIS) na região de Santo Antônio do Içá – AM, Distrito Sanitário Especial Indígena Alto Rio Solimões, testou positivo para o Coronavírus.

A profissional é uma das pessoas que tiveram contato com o médico que havia sido diagnosticado com a doença após retornar de férias. Desde o dia 25 de março, o médico e todas as pessoas contactadas por ele, incluindo-se 12 pacientes indígenas e 15 integrantes da equipe de saúde estão em isolamento e sendo assistidos pela Equipe Multidisciplinar de Saúde Indígena do DSEI Alto Solimões. Dos 27 testes feitos, apenas a AIS testou positivo para o COVID19.

Até o momento, a profissional encontra-se sem quaisquer sintomas da infecção. Seus familiares também se encontram assistidos e em isolamento. As ações de vigilância das Síndromes Gripais e de Síndromes Respiratórias Agudas Graves na região também já foram intensificadas. As pessoas que tiveram contato com a indígena já estão sob atenção e os 07 testes aplicados estão sendo enviados ao Laboratório Central em Manaus por avião.

Destaca-se que a detecção do problema e as ações empreendidas fazem parte das ações que a SESAI e os 34 Distritos Sanitários Especiais produzem, atualizam e aplicam constantemente a partir de deliberações do comitê de crise, portarias, informes técnicos, relatórios, recomendações e protocolos de manejos clínicos e do Plano de Contingência Nacional para Infecção do Coronavírus,

A SESAI permanece atenta e trabalhando para atender aos mais de 800 mil indígenas aldeados e presentes em todo o Brasil. Desde janeiro de 2020, mesmo antes da Organização Mundial da Saúde (OMS) decretar a Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII), uma série de documentos técnicos para que os povos indígenas, gestores e colaboradores devem adotar para ajudar a prevenir, combater e tratar a infecção pelo Coronavírus (COVID-19). 

Os documentos produzidos pela SESAI relativos ao Coronavírus estão disponíveis no site https://saude.gov.br/saude-indigena ou diretamente pelo link: https://bit.ly/39bqkPi

CORONAVÍRUS - DOCUMENTAÇÃO E ORIENTAÇÕES PARA SAÚDE INDÍGENA






ESTRUTURA ORGANIZACIONAL


DSEIS


AÇÕES E EVENTOS


PROGRAMAS E CURSOS ON-LINE


EDITAIS E TRANSPARÊNCIA


EM TEMPOS DE CORONA VÍRUS leiam este livro sobre o CoronaVírus, voltado para o público infantil, publicado pela UFMT - Sinop, através do Programa de Extensão MT Ciência.

Aos pais, professores e familiares. 

A UFMT-Sinop, através do Programa de Extensão MT Ciência, acaba de publicar um livro sobre o coronavírus, voltado para o público infantil. 

A obra faz parte da série Pequenos Cientistas, que visa auxiliar na alfabetização científica de nossas crianças, levando informações de grande importância e estruturadas dentro do que preconiza o pensamento sistematizado para o desenvolvimento científico.

Fiquem à vontade para divulgar para que o maior número possível de crianças tenham acesso a este material. Boa leitura. Equipe MT Ciência-UFMT-Sinop.


































31 de março de 2020

CERTIFICAÇÃO TECNOLOGIA SOCIAL - FBB ASSOCIAÇÃO CORES DO CERRADO - REDE SOLIDÁRIA ARTESANAL

Certificada Tecnologia Social 2011

OBJETIVO GERAL

Promover ou aumentar a renda familiar por meio do resgate de técnicas artesanais tradicionais e agregação de valor às peças que produzem pigmentos naturais.

OBJETIVO ESPECÍFICO

- Mobilização e organização das mulheres do meio rural; - Capacitação em associativismo e cooperativismo; - Melhoria da qualidade de vida; - Aumento da autoestima; - Recuperação dos sabres tradicionais através de repasse e produção contínua; - Agregação da atividade na cultura local e regional; - Melhoria da produção e desenvolvimento de novos produtos a partir das técnicas já existentes; - Conscientização sobre as questões ambientais e preservação dos recursos naturais existentes no cerrado.

RESULTADOS ALCANÇADOS:

Estas mulheres passaram a ver como artesãs, artistas detentoras de um conhecimento que são legítimas como representantes da cultura local. Isso permite sua inserção na comunidade, sendo chamadas para apresentações culturais locais, regionais e nacionais. Foram trabalhados os conceitos de comércio justo e a equidade de gênero. Não é permitido o trabalho infantil, nem escravo. Todas as artesãs têm boas condições de trabalho e são responsáveis pela formação de preços dos produtos, além de toda a cadeia produtiva respeita os requisitos de sustentabilidade ambiental. 

Conheça essa tecnologia em: fbb.org.br


Tingideiras Evaneide, Leonivan e Heni - Associação Uruana de Minas


PROJETO: RESGATE CULTURAL DO CULTIVO DE ALGODÃO PELA CENTRAL VEREDAS

Patrocinadores: ISPN / PPP-ECOS e Instituto C&A

O projeto de visa resgata uma cultura de produção de algodão com práticas agroecológicasenvolvendo as mulheres associadas da Central Veredas - Rede de Associações de Artesãs que já usam o algodão pra produção do artesanato. O trabalho será realizado por meio da implantação de unidades de produção consorciada de algodão e de culturas próximas a municípios onde atuamos com a rede de artesãs. Tal ação irá promover todo o trabalho já registrado de artesanato regional de fiação, tecelagem e tingimento com corantes naturais. Pretende-se consorciar-se com algumas das espécies tintórias para trabalhos com tingimento. Justifica-se pela alta demanda por material prima (algodão de qualidade) para o trabalho das artesãs, que reduz alergias e irritações e esteja acessível. 

Objetivo Geral

Resgate das tradições e fortalecimento da Central Veredas por meio do cultivo de algodão na região junto a artesãs da associação da rede.

Objetivos específicos

1-Cultura de produção de algodão resgatada, difundida e fortalecida na rede Central Veredas. 

2-Áreas de produção de algodão agroecológico consorciado com outras plantas implantadas.

3-Gestão do projeto.










As possíveis fontes de vitamina D durante o isolamento social

Ossos, músculos e imunidade fortalecidos são alguns dos benefícios da vitamina D – especialmente importantes para as mulheres 50+3 min de leitura


Mesmo em um país tropical como o nosso, a carência de vitamina D, fabricada pelo nosso organismo a partir da radiação solar, se tornou um problema. “Sua falta pode ser considerada epidêmica em populações específicas, como idosos, gestantes, pacientes com osteoporose e doentes crônicos. Nestes casos, as taxas de insuficiência e deficiência variam de 20 a 70%”, afirma Victória Borba, endocrinologista de Curitiba e membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM). Isso é uma questão porque a vitamina D é vital para a formação e manutenção da saúde óssea, uma vez que favorece a absorção do cálcio. “Portanto, ela é muito importante para as mulheres no climatério e na menopausa, fases de maior risco para a osteoporose”, explica Silvia Lagrotta, geriatra e gerontóloga do Rio de Janeiro, fundadora do Colégio Brasileiro de Medicina do Estilo de Vida (CBMEV).

Mas não é só isso. Além de ser fundamental para a absorção de cálcio e outros minerais, a vitamina D tem ainda outros benefícios, entre eles, papel ativo na modulação do sistema imunológico, auxiliando na regulação das células de defesa. E manter a imunidade em dia é mais do que desejável quando nos deparamos como uma pandemia de covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus.


O sol é a principal fonte de vitamina D. “Cerca de 90% desta vitamina é sintetizada na pele humana pela radiação UVB", afirma Silvia. Ela também é encontrada nos alimentos, mas em menor concentração. Neles, as fontes principais são os peixes gordurosos como salmão selvagem, atum, sardinha e também o óleo de fígado de bacalhau, além dos alimentos suplementados. “Mesmo assim, o consumo alimentar não é suficiente para manter seus níveis adequados”, reforça Victória. Temos capacidade de armazená-la no fígado e na camada de gordura, mas esses estoques precisam ser constantemente renovados com a exposição solar adequada e habitual. “Basta caminhar ao ar livre por 15, 20 minutos com os braços expostos”.

Isso numa situação normalizada, claro. Mas como sintetizar a vitamina D respeitando o isolamento social solicitados pelas autoridades? Uma parte dos médicos recomenda pequenas exposições no jardim da residência, na varanda ou simplesmente na janela do apartamento. “Nesses tempos, em que a exposição solar fica bastante prejudicada, podemos utilizar alguns artifícios para potencializar a produção, como a exposição solar naquele momento que geralmente desaconselhamos em situações normais, a partir das 10 horas da manhã até as 15 horas, porém em curta exposição, de 15 a 20 minutos”, diz a médica paulistana Aline Lamaita, membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular e do American College of Lifestyle Medicine.

Mas essa não é uma indicação unânime. A Sociedade Brasileira de Dermatologia, preocupada com a incidência crescente de câncer de pele no Brasil, não alterou a sua posição. “Não indicamos a exposição intencional -- aquela em que a pessoa vai para o sol para produzir vitamina D -- nem mesmo agora, durante o isolamento social. Essa exposição não controlada representa riscos”, afirma Hélio Miot, coordenador científico da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e professor-assistente na Universidade Estadual Paulista (UNESP) de Botucatu (SP). Mas não há, segundo o porta-voz da SBD, contraindicação para exposição habitual -- que hoje pode ser traduzida em brincar com as crianças ou o cachorro no quintal ou na varanda. “Mesmo com fotoproteção e em horário de sol mais suave, é o suficiente para a produção de vitamina D em níveis adequados”, pontua o médico.


Como não há consenso na comunidade científica sobre a exposição solar, o melhor a fazer é entrar em contato com seu médico -- por telefone ou outra mídia -- para, em conjunto, definirem o caminho mais adequado para você. Já em relação à suplementação, principalmente para grupos de risco, os médicos são unânimes em recomendá-la caso haja carência apontada em exames. Mas vale lembrar: não use o suplemento por conta própria, porque vitamina D em excesso também pode prejudicar a saúde.

Outra recomendação é manter a atividade física em casa. “O isolamento social pode levar ao sedentarismo, à perda de massa magra e à redução de deposito de cálcio nos ossos, maximizando o risco de pessoas com osteoporose. É importante ter uma atividade ainda que pequena nesse período, além de uma alimentação regrada e com boas fontes de vitamina D”, diz Hélio. Assim, quando tudo isso passar, você estará firme e forte para voltar à rotina normal. 

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Destinos e atrativos nacionais à distância de alguns cliques

Tours virtuais disponíveis na internet servem de aperitivo para turistas e podem inspirar futuros planos de viagem

Por André Martins


'Passear’ virtualmente por alguns atrativos brasileiros é uma opção para os viajantes. Crédito: Divulgação/Mtur

Limitações geradas pela pandemia do novo coronavírus ainda fazem com que muitos turistas tenham de adiar a vontade de colocar o pé na estrada e percorrer os diversos destinos nacionais. Entretanto, o eventual tempo livre durante este período pode ser uma ótima chance de ‘passear’ virtualmente por alguns atrativos brasileiros e, de quebra, planejar aquela merecida viagem em breve.

A Prefeitura Municipal de Maceió, por exemplo, proporciona uma experiência do tipo. A campanha Maceió Até Você, a cargo da Secretaria de Turismo, Esporte e Lazer, permite acessar uma plataforma digital multimídia, onde é possível, além de percorrer os principais pontos turísticos da capital alagoana em vídeos 360º, montar roteiros e ouvir músicas de artistas da terra, entre outras atividades.

Iniciativa semelhante é desenvolvida pela Secretaria de Turismo e Lazer de Pernambuco. A partir de stories no perfil Descubra Pernambuco do Instagram, o interessado pode conhecer à distância as variadas praias do estado, bem como museus, teatros, o renomado Instituto Ricardo Brennand, de Recife, e até visualizar imagens dos famosos eventos de Carnaval e de São João locais.

Outra opção são as belezas do Rio Grande do Norte. Desde o ano passado, vídeos no YouTube retratam os maiores atrativos de Natal e de municípios da costa potiguar. As peças, ideais para visualização sob vários ângulos com óculos de realidade virtual, são resultado do programa Investe Turismo, promovido pelo Ministério do Turismo, o Sebrae, a Embratur e a Secretaria Estadual de Turismo.

Fortaleza, por sua vez, é uma das atrações da plataforma Mapatur, organizada a partir de uma parceria junto ao Google e apoiada pela Prefeitura Municipal. Nela, o público tem a oportunidade de fazer um tour virtual por diversos pontos turísticos e equipamentos públicos e privados da capital cearense e de outras 14 cidades do estado, além de obter informações gerais sobre as localidades.

TEATRO E MERCADO - O Teatro Amazonas, cartão postal de Manaus, também figura entre as alternativas do gênero. Por meio do Portal da Cultura, o Governo do Estado disponibiliza uma visita virtual em 360 graus a um dos grandes ícones turísticos da capital. O ‘passeio’ inclui o Salão Nobre e o palco do espaço, e a plataforma reúne ainda informações e curiosidades a respeito do lugar.

Já o Mercado Público de Florianópolis proporciona um tour digital pelas dependências do seu prédio histórico, construído em 1899. Idealizado pela Associação de Lojistas do local, o sistema engloba fotos e dados que contam a trajetória do espaço, permitindo ainda pesquisar opções de alimentação, artesanato, serviços e comércio em geral disponíveis.

MTUR NO INSTAGRAM - Outra boa fonte de inspiração para viagens futuras é o perfil do Ministério do Turismo na rede social. Nele, o órgão divulga destinos de todo o Brasil, a partir de imagens enviadas por usuários e seguidores no país. Para ver sua foto na página do MTur, basta marcar as tags #MTur e #ViajeDeCasa nas suas publicações. 

Edição: Rafael Brais

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5 IDEIAS SOBRE O QUE PODE MUDAR NO TURISMO



Photo by Ross Findon on Unsplash

Se existia uma previsão de crescimento do turismo global entre 3 e 4% em 2020, já se pode estimar uma queda entre 20 a 30% nas viagens e uma perda de US$ 300 a 450 bilhões nos gastos dos viajantes internacionais.

Agora é o momento de colocar o bem estar das pessoas em primeiro lugar, não há dúvidas em relação a essa responsabilidade, que é global. No caso da indústria de viagens e turismo, uma das mais impactadas diante da pandemia, sabemos que ela vive um cenário totalmente inédito e sem precedentes; simplesmente as pessoas pararam de se locomover. Dos deslocamentos mais simples, dentro das cidades, até as longas viagens internacionais estão todos em casa se protegendo e evitando a ampliação do contágio. Embora seja muito cedo para qualquer conclusão, e ainda estejamos todos avaliando e tentando entender o que ocorre e quais serão os novos horizontes, já podemos computar um prejuízo enorme no setor, desde pequenas empresas até grandes empreendimentos. Somente as empresas aéreas já projetam uma perda de US$ 252 bilhões em 2020, segundo a IATA são US$ 39 bilhões de bilhetes comprados e não voados que são responsabilidade das companhias.

Se existia uma previsão de crescimento do turismo global entre 3 e 4% em 2020, já se pode estimar uma queda entre 20 a 30% nas viagens e uma perda de US$ 300 a 450 bilhões nos gastos dos viajantes internacionais, segundo a Organização Mundial de Turismo (OMT). Ainda segundo a entidade, podemos levar de 5 a 7 anos para recuperar as perdas de 2020. Somente para termos uma ideia, em 2009, com a crise econômica global, as chegadas de turistas internacionais caíram 4% e durante a SARS, a queda foi somente de 0,4% em 2003. Aqui no Brasil, segundo a Associação Brasileira de Empresas Aéreas (ABEAR), na semana de 23 de março desse ano as empresas associadas já apresentaram uma redução de 75% na demanda nacional e de 95% na internacional em relação a igual período de 2019.

Mesmo sendo uma crise inédita e um panorama nebuloso, penso ser importante trocarmos ideias e projetar futuros cenários; não tentando imaginar, mas buscando tatear quais transformações podem ocorrer em nossa indústria. A única certeza é de que já não somos mais o mesmo negócio, e que, provavelmente as respostas para nossas atuais perguntas ainda estejam em plena mutação. Mas vamos lá, pensar agora e reavaliar continuamente, assim, reflito sobre 5 temas que podemos começar a trocar ideias:
Assim como vivenciamos depois do 11 de setembro, muitas novas medidas de restrições e segurança sanitária devem passar a fazer parte das jornadas de viagens. Sendo a segurança uma preocupação de viajantes e de autoridades de fronteira, todos irão buscar viajar com proteção e evitar possíveis contágios. Tendo a segurança como uma prioridade, o desafio de autoridades e de empresários será garantir que as medidas de proteção sejam tomadas sem prejudicar os deslocamentos, poupando tempo e garantindo o livre trânsito de pessoas;
A depender de como a pandemia evolui em cada país e continente, e ainda como são os diferentes hábitos e formas de viajar em cada país e cultura, podemos presenciar num primeiro momento o predomínio das viagens domésticas. Em seus países as pessoas possuem mais informação, sentem-se mais seguras e assim ficam mais à vontade para fazer deslocamentos a negócios e a lazer. Suponho que a retomada das viagens internacionais irá variar muito de acordo com o país, sua realidade, com a progressiva oferta de voos e a situação de toda a cadeia do setor de viagens e turismo local. Como o turismo é uma atividade que tem mostrado ao longo de décadas uma grande capacidade de recuperação, vamos observar como será o comportamento do consumidor no final de 2020 e nos períodos de alta temporada de cada continente para entender o passo da retomada paulatina;
Necessidade urgente de diálogo entre autoridades públicas e empresários para minimizar impactos e garantir a sobrevivência de empresas, empregos e a recuperação de um setor que é responsável por 1 em cada 10 empregos no planeta. Dependendo do tamanho da empresa, da duração (imprevisível ainda) da crise e das paralizações de viagens, e do segmento de atuação, são necessárias medidas que possam monitorar diariamente o cenário e que, objetivamente, auxiliem e apoiem as empresas para a manutenção de empregos e o enfrentamento da crise. Diversas entidades mundiais e nacionais já divulgaram recomendações e orientações que ajudam a entender os tipos de medidas que podem ser tomadas;
Mudança de hábitos do consumidor é outra tendência que podemos esperar, mesmo que ainda sendo ainda cedo para entender como irá ocorrer. Talvez siga adiante (mas por outros motivos) a ideia de evitar lugares com muitas pessoas, evitar o overtourism; a exigência de atitudes sustentáveis também poderá ser elevada, buscando destinos aonde o respeito ao meio ambiente se traduzirá em mais segurança sanitária em todos os aspectos (meios de hospedagem, alimentação, praias, natureza, respeito à cultura local, dentre outros). Talvez ainda, vivenciemos alteração de períodos de férias, quando poderá ocorrer a busca de viajar em baixa temporada. Infelizmente também poderemos presenciar preconceitos com a procedência de turistas, trazendo um comportamento preconceituoso ou pejorativo por parte de comunidades locais ou até de profissionais. Nem imaginamos ainda as mudanças, mas certamente o cliente será cada vez mais o protagonista de suas decisões, na busca de experiências mais autênticas, porém mais seguras e com uma interação ainda mais engajada em todas as etapas de sua viagem;
Adaptação e imagem das empresas, esses certamente serão aspectos que temos que focar nossa atenção no cenário pós pandemia. As empresas terão que avaliar rapidamente as mudanças e fazer adaptações para garantir sua competitividade, lembrando que mais do que adaptações de gestão serão importantes aquelas que irão entender e atender às necessidades dos clientes. Isso está diretamente relacionado à imagem de sua marca, ela terá que passar ainda mais segurança, transmitir valores reais e demonstrar sua dedicação à respostas rápidas e precisas ao consumidor. Isso vale para empresas e também para destinos, que terão novos desafios de comunicação e marketing. Como será a promoção de destinos no novo cenário em que a segurança terá uma dimensão ainda mais ampla e exigente? O que e como comunicar? Como falar das experiências e realmente fazer o turista sentir-se parte de algo que irá satisfazer novas necessidades ?

O que você acha desses aspectos? Nos ajude a pensar e avaliar o cenário ainda tão difícil e buscar caminhos que possam ajudar a indústria de viagens turismo a superar com força esse atual desafio.Posted in Sem categoriaTagged abear, CONVID-19, coronavirus, IATA, OMT, PANDEMIA, turismo, UNWTO, viagens, WTTC


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JEANINE PIRES

Professora e empresária, tem 19 anos de experiência em turismo e eventos. Diretora da Pires & Associados e da MATCHER Travel Business.Suas principais atividades são a realização de Planos de Marketing de Destinos Turísticos e palestras no Brasil e no exterior. Presidiu a EMBRATUR de 2006 a 2010, onde também foi Diretora de Turismo de Negócios e Eventos. Liderou o trabalho de promoção do Brasil como destino turístico no exterior, os programas de captação de eventos internacionais e a agenda de promoção do Brasil de 2003 a 2010. Participou da elaboração do Plano Aquarela - Marketing Turístico Internacional do Brasil em 2005 e também coordenou sua versão para 2020. Nos Convention & Visitors Bureaux de Maceió e Recife como diretora executiva, desenvolveu os programas de marketing de lazer e eventos para aquelas cidades entre 1997 a 2002. Esse blog reflete opiniões pessoais e não tem qualquer vínculo institucionalView all posts by Jeanine Pires
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