16 de junho de 2019

O segredo do bolo de arroz mais famoso de Cuiabá

Gabriele Schimanoski

Gilberto Leite

Dona Eulália é ícone da culinária cuiabana

Amor. Esse é o segredo do bolo de arroz mais famoso da Capital mato-grossense feito pelas mãos da octogenária, Eulália da Silva Soares, mais conhecida como “Dona Eulália”. Na última semana, a equipe de reportagem do Rdnews pode conferir de perto as delícias quentinhas que saem de quatro fornos instalados nos fundos da casa da aposentada.

Dona Eulália conta que após ver uma tia preparar os bolinhos que se interessou pela culinária, em 1956, mas que começou a testar a sua receita dois anos depois. “Na época pedi para o meu marido, que era pedreiro, construir um forno para mim com a intenção de vendê-los e ajudar na renda em casa”, explica.

O negócio deu tão certo que logo Dona Eulália tinha uns seis “meninos” que vendiam pra ela em portas de escolas, mais tarder foi convidada para participar da Festa de São Benedito e, a partir daí, não parou mais. “Já recebi o Fantástico, apareci na Ana Maria Braga, na revista Veja. Na Copa, aqui estava cheio de estrangeiros, e todos aprovaram. Não conheciam, achavam que era um bolinho frito”, lembra.

Aos 81 anos, é ela acorda por volta das 3h30 da manhã para preparar a massa. sempre recebe dezenas de pessoas as terças, quintas, finais de semana e feriados. “Na idade que eu estou, ainda preparo a massa. Tenho uma clientela muito boa e enquanto Deus permitir faço com maior prazer e alegria”, conta.

Entre os clientes que aparecem toda semana estão políticos, empresários, vizinhos, artistas e caravanas de alunos, que aproveitam para aprender um pouco mais sobre a cultura cuiabana. Entre os políticos, está o governador de São Paulo Geraldo Alckimin, o qual ela guarda uma foto.

Quando questionada sobre o futuro, a aposentada abre um sorriso e diz estar confiante na continuidade do seu trabalho. “É um negócio de família. Não tenho funcionários. São minhas filhas, netos e bisnetos que trabalham aqui. E eu fico muito contente em saber que na minha falta meus filhos vão continuar”.

A família é grande, Dona Eulália é mãe de oito filhos, sendo seis mulheres e dois homens, 22 netos (um falecido) e 23 bisnetos. “É um lugar simplesinho, mas foi aqui que consegui ajudar na renda da família, para criar meus filhos, para que eles pudessem estudar. Hoje todos são formados”. 

E não é para menos, com uma clientela fiel, Dona Eulália chega a vender cerca de quatro mil bolinhos por mês, que custam R$ 2,50 a unidade. “Nesse número entra a chipa, bolinho de queijo e de arroz. O faturamento é bom, mas nossas despesas são altas”, lembra.

E diante de tanto amor e generosidade, para encerrar nosso encontro, uma surpresa: a tão esperada receita do bolo de arroz. Confiram! 

Gilberto Leite

Tradicional bolo de arroz é preparado à moda antiga. Receita agrada público de todas as gerações

Rendimento: 30 a 40 bolinhos 


Ingredientes


1 kg de arroz 


500g de mandioca


550g de açúcar


1/2 xícara (chá) de manteiga derretida


1 colher (sopa) de fermento


1 pacote de coco ralado (100g)


1 pitada de sal


Canela e erva-doce a gosto750 ml de água


Manteiga ou óleo para untar


 

Preparo
1º Deixe o arroz de molho de um dia para o outro. Lave bem, escorra e soque no pilão. Peneire até virar uma farinha e reserve.
2º Rale a mandioca e faça um mingau com a água já quente em fogo médio. Mexa bem, sem parar. Acrescente o açúcar, misture e desligue o fogo.
3º Coloque a farinha de arroz, mexa e deixe a massa descansar de um dia para o outro para fermentar.
4º Adicione os demais ingredientes, misture tudo e asse em fôrma de bolo ou forminhas de empada untadas com manteiga ou óleo - assista o vídeo.

______________________________________________

Serviço

Endereço:  Rua Prof. João Félix, 470, Bairro Lixeira – Cuiabá (Mato Grosso)


Horário de Funcionamento: Terça-feira das 5h30 às 10h


Quinta feira das 5h30 às 10h


Sábado e Domingo das 5h30 às 11h30 


Saiba mais e entre em contato pela página no Facebook: Eulália e Família


Galeria de Fotos

Credito: Gilberto Leite
Tradicional bolo de arroz é preparado à moda antiga. Receita agrada público de todas as gerações


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Tradicional bolo de arroz é preparado à moda antiga. Receita agrada público de todas as gerações


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Tradicional bolo de arroz é preparado à moda antiga. Receita agrada público de todas as gerações


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Tradicional bolo de arroz é preparado à moda antiga. Receita agrada público de todas as gerações


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Tradicional bolo de arroz é preparado à moda antiga. Receita agrada público de todas as gerações


Credito: Gilberto Leite
Dona Eulália é ícone da culinária cuiabana


Credito: Gilberto Leite
Dona Eulália é ícone da culinária cuiabana


Credito: Gilberto Leite
Dona Eulália é ícone da culinária cuiabana


Credito: Gilberto Leite
Dona Eulália é ícone da culinária cuiabana


Fonte: https://www.rdnews.com.br/gastronomia/dona-eulalia-conta-segredo-do-bolo-de-arroz-mais-famoso-de-cuiaba/65424


Bolo de Arroz de Liquidificador

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Veja Também: Pão Caseiro: 20 Receitas Fáceis e Rápidas


Foto de Lucineide Alves – Grupo Receita Toda Hora

INGREDIENTES

2 xícaras de chá de arroz cru

1 e ½ xícara de chá de açúcar

1 xícara de chá de leite

1 xícara de chá de óleo

4 ovos

1 xícara de chá de coco ralado

1 colher de sopa de fermento em pó

COMO FAZER BOLO DE ARROZ DE LIQUIDIFICADOR
Modo de Preparo

Coloque o arroz de molho de um dia para o outro.

Escorra a água do arroz.

Coloque no liquidificador o leite e o arroz e bata até desmanchar todo o arroz.

Em seguida, acrescente o óleo, os ovos, o açúcar e o coco ralado e bata até formar uma massa homogênea.

Transfira para uma tigela e acrescente o fermento em pó, mexendo delicadamente com um fouet até incorporá-lo na massa.

Despeje sobre uma assadeira untada e enfarinhada e leve para assar em forno preaquecido a 180ºC até assar e dourar.

Fonte: Lucineide Alves

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Dicionário Iphan do Patrimônio Cultural: o que é "lugar"


Dicionário Iphan do Patrimônio Cultural: o que é "lugar

por Iphan

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Lugares são espaços físicos imbuídos de significação cultural, aos quais são atribuídos valores. No Brasil, o termo se integrou definitivamente ao vocabulário patrimonial em 2000, a partir do Decreto nº 3.551 – no qual foram instituídos os quatro Livros de Registro, dentre eles, o dos Lugares – e da aplicação do Inventário Nacional de Referências Culturais. Nesse quadro, Lugar é, portanto, uma categoria de classificação de bens culturais.

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As questões relativas à conceituação do termo no campo do patrimônio cultural remontam à década de 1980, quando houve uma forte pressão social para a ampliação dos instrumentos de reconhecimento e proteção ao patrimônio cultural. Esteve no centro desse processo o debate em torno de referenciais culturais relacionados à história e à cultura afro-brasileira e indígena. A valorização de determinados espaços e edificações relacionados a esses grupos não necessariamente estavam de acordo com as categorias previstas no instrumento de tombamento. Em outras palavras, os valores atribuídos a esses lugares não eram salvaguardados por aquele instrumento. Essa disparidade entre os valores culturais atribuídos aos bens por determinados grupos sociais e os instrumentos disponíveis para a proteção do patrimônio cultural ficou evidente no caso do Terreiro da Casa Branca (Terreiro de Candomblé Ilê Axé Iyá Nassô Oká), na Bahia. O tombamento do terreiro, em 1986, foi uma “situação inédita e desafiante”, pois, apesar de possuir uma tradição de mais de 150 anos e desempenhar um “importante papel na simbologia e no imaginário dos grupos ligados ao mundo do candomblé e aos cultos afro-brasileiros em geral” (VELHO, 2006, p. 238), os aspectos materiais de suas edificações eram diferentes daqueles que, por décadas, haviam embasado as ações de tombamento. A principal dissonância se encontrava nas dinâmicas dos usos e das apropriações dos espaços. A valorização do terreiro como bem cultural ocorria justamente em função da intervenção, da transformação e da constante atualização das relações entre os sujeitos e seu referencial cultural. Apesar dos intensos debates, uma forte mobilização social garantiu a efetivação do tombamento do Terreiro da Casa Branca. Uma das principais consequências desse processo foi a evidenciação de que o tombamento não era mais suficiente para a tarefa de proteção e preservação de parte do patrimônio cultural brasileiro. 

Na década de 1990 houve o avanço do campo do patrimônio cultural no sentido de criar novas categorias e instrumentos para a proteção e valorização de uma gama mais plural e diversificada culturalmente de bens, passando a coexistir, junto ao tombamento, o instrumento do registro (Decreto nº 3.551, de 2000). Nesse processo, a categoria Lugar se consolidou como forma de compreender um referencial cultural especializado, cujo valor não se concentra estritamente em seus aspectos construtivos ou históricos. Desse modo, a categoria diz respeito a um recorte espacial dotado de significação cultural e social expressas no tempo presente por meio da relação que pessoas e grupos estabelecem com ele. Nesse sentido, a categoria Lugar compreende demarcações físicas e simbólicas no espaço, “cujos usos qualificam e lhes atribuem sentidos de pertencimento, orientando ações sociais e sendo por estas delimitadas reflexivamente” (LEITE, 2004, p. 35).

Um elemento importante para a compreensão da categoria diz respeito a sua unidade. Nesse sentido, diversas composições são possíveis. O Decreto nº 3.551 determina que no Livro de Registro dos Lugares “serão inscritos mercados, feiras, santuários, praças e demais espaços onde se concentram e reproduzem práticas culturais coletivas”. Mas as possibilidades são múltiplas, como um bairro, um conjunto de prédios, uma zona de mata, uma casa, um conjunto de cavernas, um estádio de futebol. Não necessariamente deve haver uma contiguidade espacial na definição da unidade. Como Lugar se pode entender, por exemplo, um conjunto de fontes de água em uma região ou de caminhos que estejam relacionados entre si, pois, mesmo não estando em contato físico direto, o valor cultural de cada um apenas se constituiria no interior do conjunto.

Para melhor compreensão acerca do que a categoria Lugar busca contemplar, é útil trazer os exemplos dos dois primeiros bens culturais registrados no Livro dos Lugares. A Cachoeira de Iauaretê (lugar sagrado dos povos indígenas dos rios Uaupés e Papuri) foi o primeiro a ser inscrito, em 2006. A Cachoeira, localizada no estado do Amazonas, é um lugar sagrado de referência para diversas comunidades multiculturais, na sua maioria compostas pelas etnias de filiação linguística Tukano oriental, Arwak e Maku. Embora haja variações nas formas pelas quais os grupos atribuem valor a esse bem, há a compreensão comum de que a história de fixação dessas etnias está relacionada àquele espaço; nas rochas e lajes ali presentes está inscrita sua história, bem como a da origem da humanidade. Além da relação com o passado dos grupos, o lugar sagrado é um elemento referencial presente na construção das identidades desses povos (IPHAN, 2006a).

O segundo bem é a Feira de Caruaru, que também obteve o registro em 2006. A Feira, que ocorre na cidade de Caruaru, em Pernambuco, é uma das maiores do Brasil e concentra grande diversidade de pessoas em torno da negociação de produtos, como gado, tabaco, artigos de couro, artesanato, cordéis, importados, frutas, verduras, bolos e uma infinidade de outros artigos. A origem da Feira de Caruaru remete aos primeiros tempos de ocupação da região, e hoje várias pessoas e espaços se integram, configurando uma relação que faz com que ela exista e continue funcionando como um lugar de convergência de pessoas e um “polo de preservação da identidade e de resistências culturais” (IPHAN, 2006b). 

Fica evidente, através da inscrição dos dois bens no Livro dos Lugares, que a dimensão histórica e identitária dos espaços naturais e sociais são os principais elementos de atribuição de valor. Por outro lado, os elementos materiais que os compõem, as pedras e lajes, as barracas da feira, o artesanato e o gado ocupam um lugar central no valor atribuído a esses bens. A espacialização opera como uma unidade que agrega os referenciais tangíveis e intangíveis; e estes existem de determinado modo porque se realizam naquele espaço.  Essa é a dimensão múltipla que a categoria procura abranger.

____

Este artigo faz parte da série "Dicionário Iphan", realizado em parceria com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, em que publicaremos regularmente a definição de um verbete relacionado ao patrimônio cultural brasileiro.

Autora
Luana Teixeira: Licenciada em História, pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2004), mestre em História Cultural, pela Universidade Federal de Santa Catarina (2008), e em Preservação do Patrimônio Cultural (2012), pelo Mestrado Profissional em Preservação do Patrimônio Cultural do Instituto do PatrimônioHistórico e Artístico Nacional (PEP-IPHAN). Doutoranda no Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal de Pernambuco. Organizou o livro Patrimônio Arqueológico e Paleontológico em Alagoas(2012).

Fontes consultadas
AUGÉ, Marc. Não-lugares: introdução a uma antropologia da supermodernidade. Campinas: Papirus, 1994.
BRASIL. Decreto nº 3.551, de 04 de agosto de 2000. Institui o registro de bens culturais de natureza imaterial que constituem patrimônio cultural brasileiro, cria o Programa Nacional do Patrimônio Imaterial e dá outras providências. Brasília, DF, 2000.
IPHAN. Dossiê de Registro: Cachoeiras de Iauaretê. Brasília: IPHAN, 2006 (a).
_______. Dossiê de Registro: Feira de Caruaru. Brasília: IPHAN, 2006 (b).
_______. Manual Inventário Nacional de Referências Culturais. Brasília: IPHAN, 2000.
LEITE, Rogério Proença. Contra-usos da cidade:lugares e espaço público na experiência urbana contemporânea. Campinas: Ed. da Unicamp; Aracaju: Ed. da UFS, 2004.
NORA, Pierre (Dir.). Les lieux de mémoire: la République. Paris: Gallimard, 1984. v. 1.
NORA, Pierre. Entre memória e história: a problemática dos lugares. Projeto História, São Paulo, n. 10, p. 7-28, dez. 1993.
VELHO, Gilberto. Patrimônio, negociação e conflito. Mana, Rio de Janeiro, v. 12, n. 1, p. 237-248, 2006.

Como citar: 
TEIXEIRA, Luana. Lugares. In: REZENDE, Maria Beatriz; GRIECO, Bettina; TEIXEIRA, Luciano; THOMPSON, Analucia (Orgs.). Dicionário IPHANde Patrimônio Cultural. 1. ed. Rio de Janeiro, Brasília: IPHAN/DAF/Copedoc, 2015. (verbete). ISBN 978-85-7334-279-6

Editado por Romullo Baratto.

14 de junho de 2019

Decreto que regulamenta Lei das Agroindústrias Artesanais é apresentado na Casa Civil



Lei 13.680/18, de autoria do deputado federal Evair de Melo (PP-ES), desburocratiza a produção e a venda de queijos artesanais e embutidos de origem animal

Um ano depois da sanção da Lei 13.680/18 (Lei das Agroindústrias Artesanais), de autoria do deputado federal Evair de Melo (PP-ES), o Ministério da Agricultura, junto com entidades e especialistas do setor agroindustrial, apresentou a proposta da regulamentação da legislação para a Casa Civil.

O texto apresentado estabelece as definições de alimentos de origem animal produzidos de forma artesanal, as boas práticas agropecuárias na produção e fabricação artesanal, a concessão do Selo Arte, as atribuições do Ministério, dos estados e municípios, entre outras normas. A expectativa é que o decreto seja assinado pela Presidência da República em evento de celebração dos 200 dias do Governo Jair Bolsonaro.

De acordo com o texto enviado pelo Ministério da Agricultura, produtos artesanais de origem animal são aqueles que são elaborados com “matérias-primas de origem animal de produção própria ou de origem determinada, resultantes da adoção de técnicas predominantemente manuais por indivíduo que detenha o domínio integral do processo produtivo”.

O Ministério da Agricultura se responsabilizaria, entre outras atribuições, pela criação e gestão do Cadastro Nacional de Produtos Artesanais, pelo estabelecimento das boas práticas agropecuárias e de fabricação para produtos artesanais, e pelo fomento à educação sanitária e à qualificação técnica em boas práticas agropecuárias e de fabricação.

Os estados, o Distrito Federal e os consórcios de municípios ficariam responsáveis pela concessão do Selo Arte, pela atualização do Cadastro Nacional de Produtos Artesanais, pela fiscalização desses produtos, pelo estabelecimento de leis, normas e regulamentos sanitários e pela fiscalização no comércio varejista e atacadista dos produtos alimentícios de origem animal produzidos de forma artesanal.

A inspeção e fiscalização sanitárias nas agroindústrias artesanais será feita pelo serviço de inspeção oficial devidamente autorizado pelo Ministério da Agricultura. Caso o produto ou o estabelecimento produtor estejam irregulares, caberá aos estados, ao Distrito Federal e aos consórcios de municípios cancelarem o Selo Arte.

Lei das Agroindústrias Artesanais

Pensando nos produtos da nossa tradição como o socol, as linguiças e os queijos, Evair apresentou o projeto (PL 3859), em 2015, que visa a desburocratização da produção e da venda de queijos artesanais e embutidos de origem animal. O projeto conseguiu as aprovações, por unanimidade nos Plenários da Câmara e do Senado.

No dia 14 de junho de 2018, o texto foi sancionado. Para Evair de Melo, a Lei é uma “alforria” dos produtos artesanais, um “redescobrimento” do país através da gastronomia e uma vitória contra a burocracia. “Vamos redescobrir o Brasil pelos aromas e pelos sabores dos produtos artesanais. Uma revolução, quebramos a espinha da burocracia”, afirmou o parlamentar na ocasião.

O deputado destacou os inúmeros debates realizados junto a diversas entidades protagonistas no assunto. “Tivemos a responsabilidade de cuidar desse tema em todas as instâncias na Câmara, principalmente com relação à saúde e à segurança alimentar, debatendo a proposta junto com o Ministério da Saúde, a Anvisa, CNA, a Contag, o Sistema OCB, Senar o Sebrae e até o Ministério da Indústria e Comércio”.

Repercussão

A chef de cozinha Roberta Sudbrack, que teve diversos produtos artesanais apreendidos pela Vigilância Sanitária no Rock In Rio 2017, disse à imprensa que foi uma “vitória histórica” e que “os benefícios são para um país inteiro que terá a oportunidade de consumir um produto nacional de grande qualidade”.

Em 2018, o Jornal Hoje, da TV Globo, mostrou em reportagem a expectativa dos produtores de queijo da Serra da Canastra, em Minas Gerais, que esperam triplicar a produção a partir da Lei. Em Pernambuco, Vanessa Lins, jornalista do Jornal Folha PE, destacou em sua coluna Bê-a-bá Gourmet: “Vitória do artesanal contra a”burocracia”.

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10 de junho de 2019

"Rondon foi um grande pacifista e merecia o Prêmio Nobel"

Autor de biografia, jornalista norte-americano diz que sertanista foi subestimado por causa da cor
Acervo do Museu do Índio/Funai
Marechal Rondon (segundo da direita para a esquerda) e Theodore Roosevelt (quarto da esquerda para direita), durante a expedição
ANSELMO CARVALHO PINTO
DA REDAÇÃO
Quando pisou em Rondônia pela primeira vez, em 1978, o jornalista norte-americano Larry Rother ficou intrigado com o nome do então território federal, que homenageava um certo Marechal Rondon. Nascia ali uma admiração que o acompanha por mais de quatro décadas.
“Eu nem sabia quem era Rondon, mas fiquei curioso, claro. Uma pessoa que vira nome de Estado deve ser uma figura interessante. E, conforme eu ia avançando no interior de Rondônia, ia ficando mais impressionado”, relata o jornalista de 69 anos, que foi correspondente do jornal New York Times no Brasil.
Maisa de 40 anos depois, Rother transformou aquele fascínio em livro. É ele o autor de “Marechal Rondon, uma Biografia”, lançado no início de maio pela editora Objetiva.
Trata-se da mais ampla e documentada biografia do mato-grossense Cândido Mariano Rondon, nascido no Distrito de Mimoso, em Santo Antônio de Leverger, em 1865.
A ideia de um cientista indígena não "batia". Para aquela época, era impensável
Escrito em inglês e traduzido para o português, o livro tem fôlego para elevar Rondon a um novo patamar, especialmente em países do Hemisfério Norte, onde ele sempre foi tratado como um mero coadjuvante da histórica expedição da qual participou o ex-presidente dos Estados Unidos, Theodore Roosevelt, pelos confins da Amazônia.
No livro, Rother defende a tese de que Rondon só não foi uma personagem maior na História porque tinha traços indígenas e a pele escura. “A ideia de um explorador, um intelectual, cientista indígena, era uma coisa impensável naquela época devido ao preconceito generalizado”, diz.
Rother avalia que, dados seus feitos, Rondon pode ser considerado, sem nenhuma ponta de dúvida, o maior explorador dos trópicos de todos os tempos. E que merecia ter recebido o Prêmio Nobel da Paz, tanto por sua abordagem com os índios quanto por seus atos antibelicistas.
De Nova York, onde mora atualmente, Rother concedeu uma entrevista por telefone ao MidiaNews
Confira a entrevista abaixo:
MidiaNews – O que o levou a escrever a biografia de Marechal Rondon? Como foi o seu primeiro contato com ele?
Larry Rohter – O meu primeiro contato foi em 1978, quando eu viajei pela primeira vez para a Amazônia. O primeiro lugar foi justamente o então território de Rondônia. Chegando lá, eu nem sabia quem era Rondon, mas fiquei curioso, claro. Uma pessoa que vira nome de Estado deve ser uma figura interessante.
E, conforme eu ia avançando no interior de Rondônia, ia ficando mais impressionado. Porque viajar já nos anos 70 era difícil. Mas à época de Rondon - no início do século XX - deveria ser muito mais difícil ainda. O Rondon deveria ser um homem muito corajoso, com uma resistência física incrível. 
E aí nasceu a minha fascinação pelo homem e a trajetória dele. 
MidiaNews – Como foi o trabalho de apuração para a construção do livro?
Larry Rohter – Existem acervos importantes no Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília e no Rio Grande do Sul, onde o Exército tem um museu dedicado a Rondon, em Santo Ângelo. Pesquisei em todos os arquivos desses lugares. A Biblioteca Nacional, o Acervo Histórico do Exército, o acervo de Darcy Ribeiro em Brasília, o Museu do Índio, a Fundação Getúlio Vargas e outros lugares.
Em Cuiabá pesquisei no Arquivo Público, na Avenida Getúlio Vargas, e também no arquivo do Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso. Além disso, viajei pelo Estado. Fui a Mimoso por duas vezes e a Rondonópolis. Porque o último capitulo do livro é um posfácio que fala sobre o Brasil de hoje e o legado de Rondon. Além disso, também fui a Cáceres, acompanhei a antiga linha telegráfica que iria a Vilhena (RO). Também fui a Pontes e Lacerda e arredores.  
MidiaNews – A memória de Rondon é preservada no Estado em que ele nasceu? 
Larry Rohter – Em certo ponto, sim. O Aeroporto de Cuiabá leva o nome dele. Tem também o obelisco, que marca o centro geodésico da América do Sul. E na Biblioteca Estadual tem um busto dele. Então, foi feito um esforço para preservar a memória. Em Mimoso, eu assisti à cerimonia dos 150 anos do nascimento de Rondon, com a presença do governador [Pedro Taques à época], comandante do Exército etc. Em Rondonópolis, fiquei hospedado no Hotel Rondon, fui ao Shopping Marechal Rondon. Tudo leva o nome dele. 
Mas eu não sei se o Rondon está presente no cotidiano do mato-grossense. Ele está presente, sim, mas de uma forma protocolar, eu diria. Ele não continua sendo uma presença viva na vida do Estado, dos cidadãos.
Divulgação
O jornalista norte-americano Larry Rother, autor da biografia de Rondon
MidiaNews – Há alguns anos, um colega seu, David Grann, lançou o livro "Z - A Cidade Perdida", sobre o coronel inglês e explorador Percy Fawcett, que, acredita-se, morreu em Mato Grosso, possivelmente atacado por índios. O livro virou filme de Hollywood com lançamento mundial. O senhor tem o sonho de ver a figura de Rondon, com essa grandeza, nas telas do cinema?
Larry Rohter – Vamos falar primeiro de Fawcett. Eu dou uma esculhambada nele no meu livro. Porque eu acho que ele foi um grande incompetente e ele não merece o título de “grande explorador”. O livro de David Grann é muito bom e tem uma visão equilibrada do Fawcett. Mas o filme é muito ruim, porque exalta a figura dele, e realmente ele não merece isso. Porque foi uma pessoa muito arrogante e racista. Ele não gostava dos brasileiros, dos amazonenses e atuava com superioridade. Ele não quis aprender nada dos locais e isso vai ao contrário da minha experiência. Eu sempre escutei atentamente os conselhos dos moradores, dos ribeirinhos, da Amazônia. Porque eles têm um conhecimento do lugar e do ambiente que vai muito além de qualquer coisa que eu tenha lido em livros. 
Agora, os dois não se davam bem. Isso é claro. E eu fico com Rondon. Ele sendo natural da região, aprendeu o valor medicinal das plantas, como se virar na selva. Foi uma aprendizagem que começou quando ele era menino e nunca terminou. A coragem e o valor do homem foram incríveis.
MidiaNews – Sobre seu livro. Enxerga a possibilidade de ser um ponto de inflexão na história de Rondon no Hemisfério Norte. O senhor inclusive diz no livro que ele foi pouco reconhecido.
Larry Rohter – Eu acho que o caso mais claro disso é a famosa Expedição de Rondon e Roosevelt [ao longo do então chamado Rio da Dúvida, hoje Roosevelt, na Amazônia]. Existem muitos livros – e a maioria bons – sobre a expedição, mas Rondon sempre aparece nesses livros como coadjuvante, quando na verdade foi ele quem organizou a expedição e deu o título de comandante a Theodore Roosevelt por cortesia. 
Na verdade o Rossevelt, como novato na Amazônia, reconheceu o conhecimento que Rondon havia adquirido e sabia que a única maneira de sobreviver a uma aventura tão esgotadora seria seguir os conselhos de Rondon.
MidiaNews – Mas gostaria de insistir. O senhor sonha com Rondon sendo visto por um público maior, se tornando um grande personagem mundial? 
Larry Rohter – Seria ótimo divulgar o nome de Rondon por todos os meios de comunicação. Ele é o mais importante explorador dos trópicos de todos os tempos e merece ser destacado fora do Brasil. Ele não é conhecido mundialmente como outros. E as façanhas dele são iguais ou ainda mais imponentes do que outros exploradores mais conhecidos. Eu quero, sim, projetar o nome e a imagem de Rondon no Mundo inteiro. 
MidiaNews – Em algumas entrevistas, o senhor fala que os traços indígenas de Rondon foram determinantes para que ele não tivesse o reconhecimento que mereceu. Ele foi vítima de racismo?
Larry Rohter – Sim, e isso fica claro nas correspondências da Real Sociedade Geográfica e nos livros do Arnold Henry Savage-Landor, que na época era o autor de livros de aventura mais conhecido no Mundo. No livro e nas memórias que ele escreveu, ele fustiga os brasileiros e especialmente Rondon em uma imagem vulgar e racista. 
Isso foi uma barreira que o Rondon teve que enfrentar no Mundo de fala inglês. Com os franceses, não. Os franceses sempre valorizaram a obra e o trabalho de Rondon. Mas aqui nos EUA e na Inglaterra foi muito difícil. E o preconceito trabalhou contra o reconhecimento devido às conquistas de Rondon.
MidiaNews – O senhor acredita que Rossevelt poderia ter trabalhado mais para divulgar os feitos de Rondon?
Larry Rohter  – Eu não tenho briga com o Roosevelt nesse sentido. Quando ele volta ao EUA, ele tinha algumas reservas sobre a maneira em que a expedição foi conduzida, mas ele louvou aos seus o nome de Rondon e toda a equipe dele. Como o livro mostra, o doutor Cajazeira [médico José Antônio Cajazeira, que participou da expedição] foi o grande herói não reconhecido da expedição, e salvou a vida de Roosevelt em vários momentos.
Roosevelt já sabia disso e reconhecia. E nas cartas que escreveu quando votou aos Estados Unidos, ele fez um esforço para compartilhar de modo igual a fama e renome que veio com a expedição. Ele escreveu sobre Rondon, indicou-o para medalhas de sociedades especializadas em exploração. Ele fez tudo para projetar o nome de Rondon, mas o preconceito generalizado daquela época foi uma barreira. 
A ideia de um cientista indígena não "batia". Para aquela época, era impensável. Porque índio é aquele cara que dança, canta e faz guerra. A ideia de um explorador, um intelectual, cientista indígena, era uma coisa impensável naquela época devido ao preconceito generalizado. E o próprio Roosevelt lutou contra isso, querendo ajudar o amigo.
MidiaNews – No seu livro o senhor diz que, diferente de outros exploradores cujo interesse maior era a biodiversidade, Rondon tinha como foco o homem.  Como chegou a essa conclusão? 
Larry Rohter – Ele se preocupou muito com recursos naturais também, mas sendo ele mesmo um caboclo – porque naquela época a palavra caboclo não tinha o sentido pejorativo que tem hoje – ele se orgulhava de ser caboclo, gostava das pessoas, dos ribeirinhos, ele ficava com eles, respeitava a coragem e o conhecimento deles.
Sendo egresso daquele ambiente do interior, fez tudo para estudar, fazer estudos e escrever sobre a vida do habitante do interior, sobre os indígenas, sobre os mestiços como ele. E ainda valorizava o estilo de vida deles, o conhecimento, e a maneira com que eles ajudavam a preservar o ambiente amazônico. 
Ele merecia, sim. O campo de atuação de Rondon em prol da paz era enorme
MidiaNews – O físico Albert Einstein chegou a indicar Rondon ao Prêmio Nobel da Paz. O senhor acredita que ele merecia essa honraria?
Larry Rohter – Ele merecia, sim. O campo de atuação de Rondon em prol da paz era enorme. Por exemplo, ele cunhou a frase “morrer se preciso for, matar nunca”. Ele foi um grande pacifista. E foi chamado de Gandhi brasileiro. 
Mas além da atuação dele em defender os povos indígenas, no Brasil e na América Latina, ele conseguiu evitar uma guerra entre Colombia e Peru, e passou quatro anos nessa difícil tarefa no coração da Amazônia. Além disso, trabalhou contra uma aliança entre o Brasil Varguista com a Alemanha Nazista e a Itália Fascista. Isso também é uma contribuição à paz mundial. 
O Einstein focou o trabalho pacífico de Rondon com os povos indígenas, mas o Rondon foi indicado três vezes ao Prêmio Nobel da Paz. E nas outras duas ocasiões as atividades como interventor e garantidor da paz também entraram na pauta. Tudo isso entra no currículo de Rondon como grande pacificador.
Galeria de fotos
Marechal Rondon Livro
Marechal Rondon Livro
Marechal Rondon Livro
Marechal Rondon Livro
Marechal Rondon Livro
Fonte: MidiaNews

9 de junho de 2019

“Quem come cabeça de pacú não vai embora”; conheça a gastronomia cuiabana, uma das mais ricas do país

Elloise Guedes 

Única News 

(Foto: Divulgação)

 

“Quem come cabeça de pacu não sai mais de Cuiabá”, diz um dos ditados mais populares da capital mato-grossense. A culinária cuiabana é de variados sabores, gostos e misturas. Os pratos principais são os peixes, por ser farto na região. Outros pratos, como Maria Izabel, paçoca de pilão, a farofa de banana, também são típicos da cidade.

As comidas típicas de Cuiabá possuem origem Portuguesa, Africana, Espanhola e Indígena. Com a junção dessas origens, surgiram diversas comidas que só em Cuiabá se pode encontrar.

O peixe em Mato Grosso é um alimento farto, considerado como o principal nas áreas ribeirinhas. Ele pode ser comido frito, assado, ensopado, recheado com farinha de mandioca ou servido com pedaços de mandioca. Os peixes de mais prestígio são o Pacú, a Piraputanga, o Bagre, o Dourado, a Cachara, a Jiripoca, a Pacupeva e o Pintado.

No café da manhã, vale destacar o bolo de arroz e o chá com bolo, que são compostos por vários tipos de bolos e chás, comumente consumidos no período da tarde.

Podemos destacar ainda a variedades de doces, licores e cervejas artesanais apreciados pelos cuiabanos. O Guaraná Ralado é uma das bebidas mais consumidas, principalmente pelos mais velhos, cujo costume é de tomar pela manhã.

Impossível não se render à rica gastronomia cuiabana. Moradores locais, tanto os de nascimento e batismo (Chapa e Cruz), bem como os que para cá vieram, e também, os muitos visitantes que passam por essa movimentada Cuiabá, todos apreciam as delícias de uma cozinha marcada pela diversidade de ingredientes e temperada com uma pitada de tradição.

História

A culinária cuiabana, assim como a brasileira, tem suas raízes nas cozinhas indígenas, portuguesa, espanhola e africana. A diferença está na incorporação de ingredientes da flora e da fauna nativas, nas combinações e modos de preparo originais que lhe asseguram sabores, cheiros, e aspectos inesquecíveis ao paladar, ao olfato e aos olhos.

Sem condições de adquirir alimentos e produtos de fora, os cuiabanos tiveram que consumir somente o que cultivavam durante a Guerra do Paraguai, entre os anos 1864 e 1870. E desse isolamento surgiram alguns pratos típicos da região.

Durante a guerra do Brasil, Uruguai e Argentina contra o Paraguai, foram suspensas as navegações pelos rios Paraguai, Cuiabá e Paraná. Com isso, a economia ficou parada.

Contudo, as misturas criadas com frutos exóticos e saboroso, como o pequi – de sabor e aroma peculiares – dão cor e enriquecem pratos à base de arroz e frango, a mandioca, a manga e o caju, o charque, peixes frescos ou secos, são ricamente combinados.

É da natureza que os cuiabanos retiram os elementos indispensáveis ao preparo das iguarias de sua saborosa culinária.

Restaurantes

Um dos restaurantes mais frequentados e indicados pra apreciar a culinária cuiabana é a Peixaria Okada. O restaurante mantém as origens da culinária de Cuiabá, com pratos típicos da região. O carro-chefe do restaurante são as receitas com peixes.

Há 36 anos o Okada está em Cuiabá, mantendo sempre a tradição com as comidas típicas da cidade. Vários famosos já experimentaram os pratos típicos da capital mato-grossense no restaurante, que é bastante indicado pelos peixes feitos de forma tradicional.

"Os donos do estabelecimento sempre fizeram questão em manter a tradição. Trabalhamos com os pratos típicos da cidade e somos bem frequentados pela qualidade dos produtos que oferecemos para nossos clientes. Os peixes oferecidos aqui são diretamente do rio, que têm um sabor inquestionável", disse Paulo que é gerente do Okada.

Como forma de tradição, os cozinheiros dos restaurantes são cuiabanos típicos, que sabem fazer as melhores receitas com os peixes.

Para quem deseja saborear um delicioso peixe típico da região, outro lugar bastante frequentado é a comunidade São Gonçalo Beira Rio. Nessa localidade existem diversas peixarias com cardápios para todos os gostos e bolsos.

A comunidade está localizada à margem esquerda do rio Cuiabá, a 11 km do centro da cidade. Próxima ao Rio Coxipó, é uma comunidade de pescadores e artesãos que transformou-se em ponto turístico de Cuiabá.

A Comunidade de São Gonçalo Beira Rio é hoje referência em confeccionar artesanatos em cerâmica, Viola-de-Cocho (símbolo de Cuiabá) e preservar o folclore por meio de danças como o Cururu e Siriri.

Veja alguns dos pratos típicos da cidade:

Maria Isabel

Este prato é conhecido pelos peões pantaneiros como “quebra-torto”, nome dado à primeira refeição do dia, por ser substanciosa, sempre na base do arroz com pedaços de carne-seca.

Farofa de banana

É um dos acompanhamentos da Maria Isabel, sendo um dos alimentos mais completos e baratos, a banana é uma fruta muito consumida no país. Em Mato Grosso, uma cidade que se destaca no plantio desta rica fruta é Nossa Senhora do Livramento, localizada a 25 km de Cuiabá.

Cabeça de Pacu

“Quem come cabeça de pacu não sai mais de Cuiabá”, já diz um ditado regional, mostrando assim, a importância desse peixe na composição da mesa mato-grossense.

Esta, com certeza, é uma lenda que pode ser comprovada pelos milhares de habitantes que aqui vivem e adotaram Mato Grosso para ser a sua terra de coração. Se essa informação é verdade ou mentira, não tem comprovação cientifica, mas ainda assim é uma história boa pra ser ouvida.

Paçoca de pilão

Sob influência nordestina, a paçoca de pilão chegou à mesa mato-grossense tornando-se um dos principais pratos de nossa culinária tradicional. A paçoca, socada no pilão, foi inventada pelos sertanejos e consagrada durante as grandes secas que assolaram o nordeste, quando, então, a mistura de carne seca, farinha e condimentos, era usada para alimentar retirantes que seguiam a pé para as cidades.

Chá com bolo

O famoso “chá com bolo” faz parte do cardápio tipicamente cuiabano e serve biscoitos, como "Francisquito", "Bolo de arroz" e o delicioso "Bolo de queijo".

Guaraná ralado

O consumo de guaraná ralado na hora é substituto do cafezinho, tomado logo de manhã e, segundo dizem, conserva o corpo em excelentes condições para a vida do campo e para o dia-a-dia.

Doces

Podemos destacar a variedade de doces e licores apreciados pelos mato-grossenses. Temos, entre os mais famosos, o Furundu (doce feito de mamão e rapadura de cana). O doce de mangaba, o doce de goiaba, o doce de caju em calda, o doce de figo, o doce de abóbora, e outros.

Pixé

A especialidade cuiabana é uma farofa doce à base de milho torrado e moído, canela e açúcar, vendida em cones de papel ou potinhos de plástico. De tão popular, o pixé virou até música, que soa com graça na boca de crianças e adultos.

Receita de Sarapatel nordestino



Por Nelson Ferreira, Redator e editor no TudoReceitas. 

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Imagem: panelinhadafafah.blogspot.pt


O sarapel, conhecido como sarrabulho em algumas regiões, é um prato típico da culinária nordestina, preparado com tripas e outras vísceras de porco, além de sangue coalhado. Tem origem no Alto Alentejo português, onde tradicionalmente o sarapatel alentejano é preparado com borrego ou cabrito. Por esta razão, o sarapatel nordestino é um prato pesado e com alto teor de gordura, indicado sobretudo para consumo no inverno ou antes de um trabalho exigente. Aprenda com o TudoReceitas a preparar, confira abaixo os ingredientes e passo a passo em fotos do sarapatel!

4 convidados1h 30mPrato principalDificuldade média

Características adicionais: Custo econômico, Popular no Outono-Inverno, Cozido, Receitas do Brasil

Ingredientes:

 3 quilogramas de miúdos de porco para sarapatel (junto com o sangue coalhado)


 150 gramas de toucinhodefumado


 3 cebolas grandes


 4 tomates


 6 limões


 3 pimentões vermelhos ou verdes


 6 pimentas-de-cheiro


 10 folhas de louro


 5 dentes de alho


 1 maço de hortelã fresca


 ½ maço de coentro fresco


 ½ maço de cebolinha verde fresca


 1 colher de chá de pimenta do reino moída


 1 colher de chá de cominho em pó


 sal a gosto


Também lhe pode interessar: Receita de Sarapatel nordestino tradicional

Passos a seguir para fazer esta receita:

1

Comece por lavar muito bem os miúdos: esprema o suco para uma vasilha grande, acrescente água e lave aí os miúdos até ficarem limpos e sem cheiro. Depois pique os miúdos e o sangue coalhado em cubinhos.

Imagem: panelinhadafafah.blogspot.pt


2

Em seguida bata no liquidificador duas cebolas, os tomates, os dentes de alho, a hortelã, os coentro e a cebolinha, até que fiquem bem picadinhos. Misture esse tempero com os miúdos e o sangue e acrescente também o louro partido em pedaços, as pimentas-de-cheiro inteiras, a pimenta e o cominho. Reserve para pegar o gosto.

Imagem: ninacozinhasimplesmente.blogspot.pt


3

O passo seguinte do sarapatel nordestino é levar ao fogo médio uma panela grande e fritar o toucinho picado. Quando começar libertando a gordura, adicione a cebola restante picadinha e refogue juntos, até dourar.



4

Adicione os miúdos temperados ao toucinho e mexa, para misturar tudo. Adicione água, de forma a que fique três dedos acima dos miúdos, e deixe ferver em fogo médio por 30 minutos ou até a carne ficar macia.

Dica: Acrescente água à medida que for necessário, mas não demasiado. O ideal é que o caldo fique espesso.

Imagem: soteropaulistana.wordpress.com


5

Retifique o sabor com sal e finalmente sirva seu sarapatel com sangue e confira abaixo sugestões de acompanhamento para sarapatel. Bom apetite e diga nos comentários o que você achou.

Se você gostou desta sugestão, confira também estas receitas nordestinas:

Sarapatel de porco;


Arroz de cabidela de galinha;


Rabada simples.


Imagem: panelinhadafafah.blogspot.pt


Se você gostou da receita de Sarapatel nordestino, sugerimos que entre na nossa categoria de Receitas de Guisado .

O que acompanha o sarapatel?

O sarapatel é uma receita muito completa e nutritiva, pelo que dispensa muitos acompanhamentos. Como referimos acima, o sarapatel é um prato de origem portuguesa, por isso aqui mostramos para você as sugestões de acompanhamento para sarapatel de acordo com ambos os países:

Em Portugal o jeito de servir sarapatel é forrando o fundo de um prato ou de uma tigela de sopa com pão fatiado, colocar sobre ele o sarapatel e decorar com folhas de hortelã ou cebolinha e rodelas de laranja.


No Brasil é habituar servir sarapatel decorado com toucinho frito, com uma porção de vinagrete ao lado, farinha e pimenta no prato ou arroz simples.


8 de junho de 2019

O que é Produção Associada ao Turismo ?


Foto de Produção Associada ao Turismo dos Quilombolas da Mutuca - Mata Cavalo de Nossa Senhora do Livramento - MT, na Festa da Banana 



Produção Associada ao Turismo, segundo definição do Ministério do Turismo, é: 

 “Qualquer produção artesanal, industrial ou agropecuária que detenha atributos naturais e/ou culturais de uma determinada localidade ou região, capaz de agregar valor ao produto turístico.

São as riquezas, os valores, os saberes e os sabores;

é o desenho,

o estilismo,

a tecnologia,

o moderno e o tradicional”.

Tem por objetivo ‘valorizar e aperfeiçoar a Produção Associada ao Turismo para agregar valor à oferta turística e possibilitar a ampliação de alternativas de trabalho e renda’.

O Estado de Mato Grosso, desenvolve  um projeto de Produção Associada ao Turismo na Comunidade Quilombola de Mata Cavalo - setor Mutuca, localizado no município de Nossa Senhora do Livramento - MT, a 30 km de Cuiabá, este Roteiro foi formatado pelo Mtur, SEBRAE, ACG, SEDTUR, Agentes Locais e comunidade, o processo durou 18 meses de formatação e foi lançado em 2011.

VEJAM ALGUMAS FOTOS ABAIXO:

Produção Associada ao Turismo dos Quilombolas de Mata Cavalo de Nossa Senhora do Livramento - MT, na Festa da Banana.

Produção Associada ao Turismo dos Quilombolas de Mata Cavalo de Nossa Senhora do Livramento - MT, na Festa da Banana.

Produção Associada ao Turismo dos Quilombolas de Mata Cavalo de Nossa Senhora do Livramento - MT, na Festa da Banana.


6 de junho de 2019

CMC Soluções lança Curso sobre Certificações Agrícolas O futuro do Agronegócio


No mundo globalizado de hoje em dia, as questões ambientais e sociais que acontecem ao redor do mundo, ganhamcada vez mais destaque e osconsumidores estão cada vez mais exigentes em informações sobre os processos produtivos dos bens consumidos. Eles querem ter a certeza de que os produtos consumidos possuem qualidade e além disso, foram produzidos respeitando os direitos sociais, trabalhistas e sem prejudicar o meioambiente.

    Neste contexto, surgem as certificaçõescomo ferramentas de verificação dos padrões de qualidade e dos princípios e critérios em que tais produtos foram fabricados.

    As certificações estão presentes em todos os setores da economia, entretanto, nos últimos anos muitas certificações com foco na produção agrícola estão surgindo. A certificação mais “antiga” e conhecida pelo público em geral é a certificação de produtos orgânicos hortifrutigranjeiros. Entretanto, atualmente as certificações agrícolas já se estenderam para as grandes culturas do agronegócio como a soja, algodão, cana-de-açúcar, etc.

    Se por um lado, as certificações agrícolas estão em amplo desenvolvimento, ainda é um tema bastante recente e não faz parte da grade curricular dos cursos de formação profissional como é o caso dos cursos de Agronomia, Gestão do Agronegócio, etc.Assim, existe uma falta de profissionaiscapacitados na área tanto paradisseminação sobre a certificação agrícolacomo uma ferramenta de promoção de boas práticas agrícolas no campo bem como para prestar assistência técnica a produtores e empresas que queiram certificar seus produtos.

    Assim, a empresa CMC Soluções – Consultoria e Projetos Agroambientais, que possui experiência comprovada junto ao tema, principalmente dentro da Mesa Redonda da Soja Responsável, desde a suacriação bem como experiência naimplantação de projetos de certificação,lança  o Curso sobre Certificações Agrícolas com o objetivo de formação extracurricular para pessoas que tem interesse em atuar no segmento do Agronegócio e suprir a demanda existente pela falta de profissionais capacitados no tema. 

    O Curso abordará as principais certificações existentes e tem apoio da Mesa Redonda da Soja Responsável – RTRS, possibilitando aos participantes do curso a capacitação no Gerenciamento de Grupos de Certificação RTRS.

Durante o mês de julho o curso estará acontecendo em Sinop e Sorriso e em agosto, em Nova Mutum. 

Para mais informações e inscrições, basta acessar o link Curso sobre Certificações Agrícolas .
 

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Curso sobre Certificações Agrícolas - o futuro do agronegócio

Local: Nova Mutum - MT

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Local: Sorriso MT

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