18 de abril de 2015

TRILHAS SEM PLANEJAMENTO PODEM CAUSAR IMPACTOS AMBIENTAIS, NAS CAMINHADAS NA NATUREZA

 Trilha com acesso íngreme, dificuldade de se subir, comunidade Quilombola Morro Cortado
 Trilha com acesso íngreme, dificuldade de se  subir, comunidade Quilombola Morro Cortado
Passarela sobre trilha com alto grau de dificuldade para se passar
àrea úmida - Assentamento Rio Vermelho - Rondonópolis
TRILHAS OU CIRCUITOS DE CAMINHADAS NA NATUREZA


Caminhadas em trilhas ou circuitos proporcionam: 

Atividade física, 

Percepção ambiental, 

Contato com a natureza 

E aprendizado,

(Através de sinalizações interpretativas ou informações de guias.)



No entanto, o uso das trilhas pelos visitantes pode provocar alteração e destruição dos habitats da flora e fauna

Fuga de algumas espécies animais;

Erosão; 

Alteração dos canais de drenagem,

Compactação do solo pelo pisoteio

E a redução da regeneração natural de espécies vegetais. 



As perturbações resultantes das atividades em áreas naturais tem sido denominadas genericamente como impactos ecológicos ou ambientais

O termo impacto faz referências às mudanças não desejáveis que acontecem no meio ambiente como conseqüência do uso.


Com base no exposto, o objetivo principal aqui é apresentar os principais impactos ambientais físicos e biológicos observados nas trilhas Além de orientar sobre os impactos, ocorridos ao longo das trilhas. 

Devemos levar em consideração a realidade de cada local: (futura trilha) 

Avaliar o nível de interferência , que as trilhas irão apresentar,

Proceder a caracterização ambiental usando como suporte a observação direta, anotações de campo e fotografias das áreas a serem impactadas;

Levantar os pontos, ao longo das trilhas, georeferenciados por receptor GPS;

Identificar, em cada ponto, impactos físicos e biológicos; 

Trechos com problemas de erosão, alagamento, condições de acessibilidade (média e ruim);

Medir com utilização de trena,

Contabilizar os pontos com problemas, 

Dividir as trilhas em seções,

Os pontos do início ao término marcar com GPS. 

Dentro de cada seções observar os impactos físicos:

Pontos de alagamentos,

Pontos de erosão, 

Áreas com solo exposto, 

Solo compactado, 

Estreitamentos, 

Bifurcações, 

Serras, morros, áreas com subidas ou descidas,

E afundamentos de trilha. 

Dentro de todas as seções observarem também impactos biológicos:

Existência de raízes arbóreas expostas,

Árvores danificadas,

E presença de espécie exótica de gramínea 

A presença de animais silvestres,

Para estimar o tempo gasto no percurso nas trilhas:

Utilizar um cronômetro


IMPORTANTE OBSERVAR QUE:
Os solos e a vegetação são fortemente afetados ao logo das trilhas, caminhos, áreas de acampamento e outros lugares onde o uso é concentrado. 

Os solos sofrem mudanças nas suas propriedades físicas, químicas e biológicas, podendo ser fortemente erodidos ou compactados. 

As plantas sofrem danos nas suas estruturas e/ou morrem, havendo redução na abundância e mudanças na composição da comunidade, com algumas espécies desaparecendo e outras podendo ser favorecidas 

Com o aumento do fluxo de turistas, as atividades desenvolvidas em áreas protegidas requerem planejamento e estudo para o manejo dos visitantes. 

Além disso, é essencial a determinação e o monitoramento dos impactos produzidos pela prática do turismo, bem como a definição de limites de uso. 

É primordial que esteja bem definida a perspectiva de preservação e sustentabilidade focada no turismo, aliando crescimento e minimização de impactos ambientais.

Os impactos ecológicos ou ambientais podem ser classificados em duas categorias:

Os relacionados ao planejamento.

E os relacionados ao visitante. 

Problemas de drenagem e nas vias de acesso (pontes e degraus) mal conservadas 

Erosão, devido ao incorreto planejamento, 

E falta de manejo e manutenção das trilhas. 

A compactação do solo, devido ao pisoteio intenso 

Abertura de novas trilhas,

Erosão pelo desgaste do solo com a caminhada relacionados ao uso pelas pessoas.

Os problemas de erosão podem acontecer em terrenos com pouca ou nenhuma declividade, devido à maior dificuldade na drenagem, provocando também o aumento da largura das trilhas e a criação de trilhas alternativas, devido à tendência das pessoas saírem da trilha principal pela dificuldade ao caminhar.


Conclusão:
É fundamental o papel da pesquisa básica, quantificando e apontando os impactos nos diferentes recursos, fornecendo dados para a seleção de indicadores e padrões adequados de uso recreativo dos recursos naturais e monitoramento da área natural protegida. 

Para tanto, é de primordial importância estabelecer a relação entre impactos do uso público, comportamento dos visitantes e estratégias de manejo. 

Bem como a promoção de uma restauração ecológica de ambientes degradados, de modo a estabelecer a integridade do ecossistema e sua auto-sustentabilidade.
`
Orienta-se procurar profissionais especializados para se definir e traçar trilhas, principalmente em áreas sensíveis.

VACA LOUCA

OS PAI DESTE MENININHO ENTENDEU O SEGREDO DA VIDA,
TIROU BASTANTE LEITE DA VACA E LHE PARA O MENININHO TOMAR.
ELE TOMOU MUITOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO!!!!!!!
O problema e que a vaca estava louca!!!!!

SABE QUAL O SEGREDO DA VIDA?


A vaca não dá o leite

Muitas pessoas acham que certas coisas acontecem sozinhas, como por exemplo a expressão "a vaca dá leite".
Na verdade o ser humano e dotado de habilidade, vontade e determinação para agir, e com isso retirar o máximo de proveito da situação por iniciativa própria.
Voltando para a pergunta, o segredo da vida e o seguinte: " A VACA NÃO DA LEITE"
A vaca não dá leite, nós é que temos que saber retirar o líquido dela.
Temos que ir a luta,,fazer a nossa parte, pois o segredo e sucesso da nossa vida e este : VACA NÃO DA LEITE.
TEMOS QUE TIRAR O LÍQUIDO DELA.
Entendeu ?
Sim ou não ?

Guariroba quem conhece?


Palmito amargo, é utilizado frio em saladas ou quente, cozido puro ou misturado com carnes e no famoso empadão goiano. Diferente do palmito comum, a guariroba, ou gueroba, tem uma textura firme. Seu sabor amargo, combina com carne e sabores ácidos, como vinagre ou limão.
Devido a sua consistência, a queroba não se come crua, é necessário cozinhá-la. Aproveita-se da planta o palmito, que é a extremidade do caule, junto as folha. Derruba-se a planta e corta-se cerca de 60 cm da extremidade, limpa-se as folhas e retira as partes mais duras. Ao cortar o palmito, este em contato com o ar, enegrece. Por isso é mergulhá-lo imediatamente na água após picá-lo. Esta água deve ser dispensada, até mesmo como forma de retirar um pouco do amargo. Fazendo esta lavagem várias vezes o amargo diminui substancialmente. Porém, perde-se seu gosto e a principal característica desta iguaria, o amargo.
Também se aproveita os cocos. Apesar da queroba ser muito apreciada em Pirenópolis, seu coco é pouco usado.
A guariroba, Syagrus oleracea da família Palmae, é uma palmeira que pode atingir até 8 metros de altura, encontrada nas matas secas e cerradões e também cultivada pelo homem. Utiliza-se desta planta o seu palmito e os cocos, que madurecem no final do ano. Em Pirenópolis é mais comum a utilização de seu palmito, que possúi um gosto armago característico. Também é utilizada para a arborização urbana, estas palmeiras estão nos canteiros centrais das principais avenidas de Pirenópolis.
Consome-se o palmito da guariroba, ou gueroba, cozido, refogado, escaldado sob forma de salada fria e em pratos típicos como o empadão goiâno. Planta de utilização bastante antiga como alimento, herança indígena, citada em relatos de expedições do século XVIII como jaguaróba. Diferente do palmito convencional, extraído da popunha, açaí ou juçara, a guariroba além de amarga tem a consistência mais firme. Para se extrair o palmito, que é o broto terminal, é necessário a derrubada de toda a árvore. Por tanto a extração da palmeira guariroba em ambiente natural é proibida, mas a espécie é cultivável, o que garante o fornecimento às mesas.

17 de abril de 2015

MAMANGAVAS - QUEM CONHECE ?





As mamangavas são maiores que as outras abelhas melíferas e sobrevivem também em regiões frias. 
Vivem em grupos menores e, enquanto a abelha rainha apenas põe ovos e só inicia uma colmeia ajudada por uma grande quantidade de operárias, a mamangava rainha estabelece sozinha a sua colmeia.
São abelhas relativamente grandes, a maioria medindo 2 cm de comprimento ou mais, geralmente pretas e amarelas, algumas com marcas laranjas ou brancas. 
As mamangabas são insetos muito comuns e polinizadoras importantes devido a suas línguas muito longas.



As abelhas cavadoras, como as mamangabas, parecem um pouco com as Nomadinae na forma do clípeo, das coxas anteriores e pela placa tergal no último segmento metassomático, mas são mais fortes e pilosas.


A subfamílía Apinae inclui tanto espécies parasitas quanto não parasitas. 
A maioria das não parasitas é de abelhas solitárias, mas algumas fazem ninhos de maneira comunitária. 
As abelhas cavadoras fazem os ninhos em buracos cavados no solo e as células são forradas com uma cera fina parecida com um verniz.
A maioria das mamangabas faz seus ninhos no solo, em um ninho de camundongo ou de pássaro abandonado ou em situação semelhante.



Nas colônias das mamangavas, algumas operárias também põem ovos não fecundados no final do verão, dos quais irão nascer machos. Ocasionalmente, asabelhas fazem o mesmo. As novas mamangavas rainhas e os machos deixam o ninho e voam para acasalar, e as fêmeas saem em busca de novas colônias depois de hibernarem.

Por ter de construir os alvéolos, botar os ovos e chocá-los (como uma ave) para ter sua primeira ninhada de operárias, uma construção complexa dificultaria muito o processo.

Seu ninho tem que ser simples e geralmente é construído numa toca abandonada de rato do mato ou num tufo de capim.

Quando voam fazem um zumbido forte.


Uma bola de capim pode ser o local ideal para moradia de uma variedade de pequenas criaturas. 
Construída e abandonada por ratos silvestres que aí criaram seus filhotes no ano anterior, na primavera seguinte seu morador provavelmente será uma mamangava rainha.


Poucos ninhos de segunda mão seriam tão adequados.

As mamangavas dificilmente picam. 
Apesar de serem grandes, são mansinhas, por isso é fácil de observar coletando o néctar e pólen das flores.

A rainha modifica o ninho para suas necessidades, forrando-o com grama e musgo e constrói uma concha de cera, onde coloca pólen e uma dúzia de ovos. Depois lacra a concha com cera e constrói um alvéolo na entrada do ninho para armazenar mel.

As larvas que saem dos ovos alimentam-se do pólen e do mel que a rainha introduz na concha através de um buraco.

As larvas transformam-se em pupas e três semanas depois, tornam-se operárias.

A rainha continua a comer e a construir conchas, mas, conforme a colônia vai crescendo, ela dedica cada vez mais tempo à postura de ovos.

No final do verão, o antigo ninho de ratos já tem centenas de mamangabas.


Nessa época, a rainha bota dois grupos especiais de ovos, que se tornarão zangões e rainhas; mas somente as rainhas jovens fecundadas sobreviverão para começar as novas colônias na primavera




VOCÊ JÁ COMEU BUNDA DE TANAJURA FRITA!


Eu já comi, quando eu era criança, morava em Santa Rosa de Viterbo - SP , e lá aconteciam as revoadas da formigas Tanajuras.
Lembro que arrancávamos a bundinha delas (parecia uns amendoins sem casca) e jogávamos na frigideira com óleo ou manteiga quente.
E comíamos seu sabor se compara ao de alguns destes salgadinhos industrializados de hoje.
Sua captura eram um ritual que mistura diversão, subsistência e prazer.
Elas saem dos formigueiros e sobrevoam a cidade.
Em bandos, as pessoas (crianças) se reuniam com os seus instrumentos: galhos e gravetos, vasilhas com tampa... para que não escapem.
O produto da captura é para consumo próprio e para venda em botecos e bares, onde são eram como tira-gosto.
O que há de mais moderno é que podem ser congeladas .
Com as novas técnicas de conservação, as tanajuras passam a ser mantidas para além de sua sazonalidade.
Em casa, são compartilhadas por todos os membros da família.
Na rua, são partilhadas em mesas de bares e restaurantes, entre amigos.
Além de valorizada culturalmente e de sua rica composição nutricional - enquanto que a carne bovina possui 20% de proteínas, as formigas contêm aproximadamente 44%, sendo sua composição ainda rica em sódio, potássio, ferro, cálcio e ácidos graxos - as tanajuras têm outros empregos além da comida: são também usadas como mezinhas.
No sertão nordestino, mezinha é o nome que se dá ao remédio caseiro tido como certeiro.
EU JÁ COMI QUANDO ERA CRIANÇA !
Quem pode responder a esta pergunta?

Tanajuras e seus significados

arepas
O homem é um onívoro que estabelece regras alimentares, classificando o que é comestível ou não, transformando alimento em comida. Assim é que o que se come em determinada cultura não se come em outra. E assim é que trago aqui esta história...

Trafegando por rodovias que cruzam os municípios de São Bendito, Ubajara e Tianguá, região cearense chamada de Serra Grande ou Ibiapaba, deparei-me com algo inusitado. Mulheres, homens, jovens e crianças correndo no mato, de um lado para o outro, olhando ora para a terra, ora para os ares. Meus olhos seguiam o mesmo movimento, tentando entender o que estava acontecendo. Um brincadeira? Uma disputa? Uma coleta? O que seria?
Nas mãos, garrafas pet, baldes e latas, cujo conteúdo escuro eu não conseguia distinguir bem. Fiquei assistindo, por um bom tempo, aquilo que parecia ser uma atividade divertida para quem a praticava... enquanto pensava na estranha interação entre homem e natureza que observava. A convivência, o movimento, gritos e risadas, cheias de códigos entendidos por quem participava e não entendidos pelos de fora.
Ao aproximar-me, percebi que eram formigas voadoras, tanajuras negras e gordas. Indaguei para que serviam. Responderam que era pra comer e pra vender. Quando criança, tinha visto tanajuras no sertão, mas não tinha conhecimento de que podiam ser comidas.
Entre admirada e curiosa, perguntei sobre o sabor, pois antes de desafiar meus sentidos queria ouvir a apreciação daquelas pessoas e, quem sabe, espantar o medo do novo...
tanajura2.jpg
É gostoso... é bom... é uma delícia... tem muitagente que gosta... Parece milho de pipocatorrada... Parece amendoim torrado!!!
Estava ali o que eu queria ouvir: uma semelhança, uma identificação com algum alimento do meu repertório. Na verdade, queria entender o paladar pela leitura de meu cotidiano e, dessa forma, experimentar ou rejeitar.
O episódio ficou em minha memória e sempre que voltei à Serra Grande, nos períodos de dezembro a fevereiro, tive oportunidade de rever aquele ritual.
Formiga é comida?
Içá ou tanajura é a formiga fêmea da saúva - também chamada, no Ceará, de formiga de asa ou formiga de roça - no tempo da reprodução da espécie. Em tupi-guarani, significa "formiga que se come".
Ainda que a entomofagia (prática de alimentar-se com insetos) seja vista por muitos como "costume de gente primitiva", em diferentes partes do País esse alimento é considerado uma verdadeira iguaria.
farofa
Tendo origem em hábitos indígenas, o costume foi assimilado e hoje as formigas são consumidas em farofas ou ao natural - alimento cru, sem misturas -, torradas com água e sal, como aperitivo, acompanhando bebidas fermentadas ou destiladas. Há, ainda, relatos de outros modos de preparar o alimento, como é o caso do prato composto por abdomens ovados de tanajuras com arroz e feijão, sendo aí a formiga utilizada como substituto da carne.

A parte comestível é o abdômen da formiga, popularmente, a bunda de tanajura. A preparação mais apreciada e relatada ensina que devem ser lavadas e fritas em sua própria gordura, manteiga, banha ou óleo, para ficarem crocantes, adicionando-se, então, pimenta do reino e sal.
Formigacomida e identidade
É conhecida a metáfora entre essas formigas e as mulheres de ancas largas: bunda de tanajura. No cerrado Goiano, as formigas são capturadas antes do acasalamento, pois considera-se que a tanajura virgem levanta a moralNo Ceará, as tanajuras têm sido vendidas como afrodisíaco. Há, assim, uma relação da tanajura com o corpo idealizado da mulher - cintura fina e ancas largas -, além do simbólico de comê-las antes do acasalamento e, portanto, em estado de virgindade.
As formigas revoam para acasalamento. Nas primeiras chuvas, as novas rainhas inundam os céus da Serra Grande: cai, cai tanajuraque é tempo de gordura. Para fazê-las baixar o vôo, a meninada - mas também os adultos - cantam a parlenda. Cai, cai, tanajura que teu pai tá na gordura.
Além do consumo local, o produto é "de exportação":
tanajura1
Latas e latas de tanajuras fritas correm o Brasil inteiroparagozo e regozijo das amizades dos conterrâneos emigrados. comi,  ganhei de presentepresente fino, presentão!
Há uma identificação dos serranos da Ibiapaba com o uso das tanajuras como comida, constituindo-se em tradição que os distingue entre os cearenses. Como alimento, é altamente valorizado na região, sendo recompensa e prêmio em apostas:
Pago um queijo de coalho, uma lata de tanajuras torradas na banha de porco, e meiograjau de rapaduras de Serra Grande!
Sua captura é um ritual que mistura diversão, subsistência e prazer. Elas saem dos formigueiros e sobrevoam a cidade. Em bandos, as pessoas munem-se de seus instrumentos: galhos e gravetos, vasilhas com tampa... para que não escapem. Como têm ferrões, é valorizada a habilidade de retirá-los, para evitar as picadas.
O produto da captura é para consumo próprio e para venda em bodegas e bares, onde são usadas como tira-gosto. O que há de mais moderno é que podem ser congeladas para utilização em festividades como o carnaval, acompanhando cervejas ou cachaças da Serra. Com as novas técnicas de conservação, as tanajuras passam a ser mantidas para além de sua sazonalidade. Em casa, são compartilhadas por todos os membros da família. Na rua, são partilhadas em mesas de bares e restaurantes, entre amigos.
Além de valorizada culturalmente e de sua rica composição nutricional - enquanto que a carne bovina possui 20% de proteínas, as formigas contêm aproximadamente 44%, sendo sua composição ainda rica em sódio, potássio, ferro, cálcio e ácidos graxos - as tanajuras têm outros empregos além da comida: são também usadas como mezinhas. No sertão nordestino, mezinha é o nome que se dá ao remédio caseiro tido como certeiro.
maniwara
Não existe melhor cura
P'ra doenças de garganta
É bunda de tanajura
injeção não adianta
Há uma crença popular que diz que formiga faz bem pra vista. Assim é que é costume comer tanajura no 13 de dezembro, dia de Santa Luzia: para o bem da visão.
E assim é que, ainda que diante de todas as possibilidades alimentares dos dias atuais, se atualiza, na Serra Grande, a prática de perseguir as tanajuras de um lado a outro, no tempo de revoada. Afinal, quem envia uma lata de tanajuras para um parente ou amigo distante, sabe que ao abrir a embalagem a terra natal será lembrada, com os aromas e sabores que só ali existem. Naquele instante, quem manda e quem recebe formam uma comunidade, pela comida. Comida memória, comida lembranças, comida identidade.

Maria Lúcia Barreto Sá  é uma nutricionista que anda pelas estradas da vida observando pessoas, comidas... e formigas.

16 de abril de 2015

Manga Espada ou Bourbon, quem conhece ? Nos quintais Cuiabanos tem muito !


Fruta tropical (mangifera indica) originária da Índia.

As primeiras sementes chegaram ao Brasil, transportadas pela família real em 1808, e foram denominadas de Bourbon, em atenção à família real.
 Adaptando-se ao clima do Rio de Janeiro, espalharam-se rapidamente por várias províncias. 
Para Cuiabá, as primeiras sementes foram trazidas pelo prof. José Estevão Corrêa, que as plantou no enorme quintal da sua casa à sua Formosa, esquina da Av. Generoso Ponce, hoje Rua Joaquim Murtinho. 
Tornaram-se enormes e produziram mangas deliciosas. 

Em Itu, SP, num convento, existe enorme pé de mangueira Bourbon, porém trazida diretamente da França há mais de século e meio. 
Plantadas inicialmente com a semente, hoje as mudas de manga Bourbon são produzidas por enxertia e fornecidas para todo o país, através da Flora Natureza, firma de ITU, SP. 
Ao contrário de antigamente, que eram árvores frondosas, hoje as mangueiras Bourbon são árvores menores, que produzem frutos grandes. (AC)
  • Geraldo Lúcio

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Melaozinho Uma planta muito simples consegue matar até 98% de células cancerígenas e também frear o diabetes

Este texto foi traduzido e adaptado do artigo original, escrito pelo Dr. Frank Shallenberger, e o link dessa versão encontra-se no final da matéria. Trata-se de uma tradução livre do artigo escrito em primeira pessoa publicado por Shallenberger. Acompanhe:
Eu estou sempre buscando por substâncias que dão uma “chave de braço” no metabolismo peculiar das células cancerosas. É vital que essas substâncias matem as células doentes e deixem as saudáveis intactas. Já falei sobre algumas de minhas descobertas científicas no passado, como o resveratrol, chá verde, seanol e outros. Mas hoje eu vou lhes falar sobre outra planta que seguramente mata o câncer de fome com tanta eficácia quanto uma quimioterapia. Na verdade, funciona inclusive no câncer de pâncreas, um dos mais difíceis de se combater.
A planta é um vegetal comum da Ásia e que tem o nome de melão amargo (Momordica charantia - no Brasil, pode ser conhecido como melão-de-são-caetano), sendo popular na região de Okinawa, no Japão.
O suco do vegetal, na concentração de 5% em água mostrou ter um potencial assombroso de lutar contra o crescimento dos quatro tipos de cânceres pancreáticos pesquisados, dois dos quais foram reduzidos em 90%, e os outros em incríveis 98% apenas 72 horas após o tratamento!
Já comentei em outros artigos a respeito da apoptose, que é a resposta natural de um organismo em lidar com células fora do comum - que simplesmente suicidam. O suco induziu essa morte programada por vários caminhos diferentes. Um desses caminhos foi o de colapsar o metabolismo de alimentação por glicose das células doentes, ou seja, privou-as do açúcar que elas necessitam para sobreviver.
Será que esses estudos de laboratório também servem para animais vivos? A resposta é um sonoro “sim”! Pesquisadores da Universidade de Colorado aplicaram doses em ratos que seriam proporcionais a humanos, e eles apresentaram uma redução em 64% do tamanho de seus tumores, sem efeitos colaterais. Esse nível de melhora ultrapassa os alcançados atualmente com o uso de quimioterapia para um tipo de câncer tão letal.
O responsável pela pesquisa na universidade, Dr Rajesh Agarwal, observou o costume chinês e indiano de usar o fruto em remédios para diabetes. Vendo que esta doença tende a vir antes do câncer pancreático, o doutor associou as ideias, criando novos rumos nas investigações existentes.
A dose utilizada foi de seis gramas de pó do melão amargo para um adulto de porte médio (75 quilos). Os grandes laboratórios e companhias farmacêuticas buscam encontrar petroquímicos patenteáveis que obtenham o mesmo resultado que Deus colocou nesse vegetal. Eles ficam boquiabertos como uma planta tão despretensiosa consegue desnutrir o câncer sem precisar de nenhuma química complexa.
No centro médico da Universidade de Saint Louis, a Dra. Ratna Ray, Ph. D. e professora de patologia, liderou pesquisas similares, testando primeiramente em células de câncer de mama e próstata e depois experimentando em cânceres da cabeça e pescoço, que embora representem 6% apenas dos casos, são agressivos e se espalham facilmente, começando por vezes pela boca, garganta, nariz.
Com efeito, após quatro semanas de tratamento controlado em animais, o volume e crescimento dos tumores reduziu. A doutora ressalta: "É difícil medir o resultado exato do tratamento com o extrato de melão amargo no crescimento das células, porém combinado com as terapias e remédios existentes, pode auxiliar na eficácia do combate ao câncer."
Pesquisadores descobriram recentemente que a síndrome metabólica é amenizada pelos benefícios no metabolismo glicólico. Ótimas notícias, pois não se destrói o câncer por uma via só, e eu acredito que deve ser multifocal: em outras palavras, fortalecer o sistema imunológico, desintoxicar, eliminar infecções dentais e materiais tóxicos dos dentes, alcalinizar o organismo, oxidar o corpo com terapia com oxigênio, e prover nutrientes específicos para dar uma “chave de braço” nos caminhos particulares do metabolismo do câncer.
Todas as células cancerosas mostram uma produção anormal de energia que utiliza fermentação ineficiente de glicose. O melão amargo pode ser um excelente aliado ao combate dessa produção de energia anormal. Você pode encontrá-lo na maioria das lojas naturais ou comprar online.
O artigo original pode ser conferido aqui.