7 de outubro de 2014

Marechal Rondon esteve na Comunidade Voadeira em Barra do Garca

Segundo Posto de Correios e Telégrafos construído pelo Marechal Candido Rondon, no Estado de Mato Grosso, na Comunidade Voadeira no município de Barra do Garças 500 km de Cuiabá divisa com Goiás.

O ultimo dos Bandeirantes Marechal Candido Rondon passou por aqui e construiu este Posto de Correios e Telégrafos.












Segundo Posto de Correios e Telégrafos construído pelo Marechal Candido Rondon, no Estado de Mato Grosso, na Comunidade Voadeira no município de Barra do Garças 500 km de Cuiabá divisa com Goiás.




















COMIDA - A saborosa mistura de peixe e mandioca




“Peixe tinha mais. Muito peixe. Demais de peixe. Tinha rede de arrastar. Pegava muito peixe, dava prá fazer fartura, de fazer azeite. Prá comer, prá alumear a casa. Que hoje não tem mais isto. Acabou”. A declaração pode ser atribuída a qualquer cuiabano que presenciou o tempo em que peixe era encontrado em abundância por estas redondezas. 

A explicação para a estreita ligação entre o peixe e o cuiabano é cultural. Registra a história que no século XVII, época do descobrimento de Cuiabá, o que mais se via por aqui era peixe. E como também conta a história, a dificuldade era enorme para a chegada de alimentos à capital. Talvez seja essa a justificativa mais simples para a preferência pela mojica de pintado, comida que segundo o estudo realizado pela UP-Unidade de Pesquisa é a "cara" de Cuiabá. 

Também revelam alguns tradicionais cuiabanos que a produção de mandioca foi uma das primeiras a ser registradas por aqui. Então... nasceu a mojica - a mistura de pintado com mandioca. 

De acordo com Odélio Dias de Moura, proprietário de uma das mais tradicionais peixarias de Cuiabá, a “Popular”, há cerca de 50 anos, a mojica era bem diferente de hoje - temperada apenas com limão e sal e tinha o caldo branco. Atualmente, o prato está mais requintado e apetitoso. Tanto que só na hora do almoço a peixaria de Odélio chega a consumir 30 quilos de pintado no preparo da mojica. “O segredo é a mandioca”, diz o comerciante. Segundo Odélio de Moura, algumas pessoas jogam o caldo da mandioca fora e por isso a mojica não fica engrossada. 

E para quem está a fim de comer uma caprichada mojica de pintado neste feriado, vale a pena prestar atenção nas dicas para nunca mais dizer que não sabe preparar o prato. Conforme Odélio, fazer a mojica não é complicado e leva um tempo máximo de 20 minutos. A fim de cozinhar o prato para um farto almoço são suficientes 4 quilos de mandioca e 3 de filé cortado de pintado. Odélio conta que é preciso picar o peixe em cubinhos. A seguir, tempera-se com alho, sal e cheiro verde (coentro, cebolinha, cebola de cabeça). 

Leva-se o peixe ao fogo para refogar, tendo colocado nele um pouco de massa de tomate além dos outros temperos. Enquanto isso a mandioca também cortada em cubinhos do tamanho do filé de pintado, também já deve estar sendo cozida. Logo depois que o peixe foi “suado”, despeja-se a água onde foi cozida a mandioca sobre o pintado. Depois é só acabar de cozinhar o peixe e no final colocar a mandioca bem cozida sobre o pintado. 

O acompanhamento pode ser um simples arroz branco ou também pirão e farofa de banana. E a preferência pela mojica não se restringe aos anônimos. “É governador, ministro e muitas outras autoridades que também são fãs da mojica”, revela Odélio Moura, que há 14 anos prepara de segunda a segunda o tradicional prato cuiabano. 

Trilha “Barranco de Masca” em Tenerife – Ilhas Canárias





Há alguns anos viajando para Europa, intrigava-me aquele arquipélago no meio do oceano atlântico, sempre visualizado por mim no mapa de voo do avião. Então, este ano, resolvi conhecer essas ilhas, que fazem parte
do Arquipélago das Ilhas Canárias e é constituído por sete ilhas: Gran Canaria, Fuerteventura, Lanzarote, Tenerife, La Palma, Gomera e El Hierro. Existem ainda outras ilhas menores, como Alegranza, Graciosa, Montaña Clara, Roque del Este, Roque del Oeste e Lobos. Todas elas pertencem à Espanha, mas estão localizadas ao norte do continente africano (Macaronésia).

Apesar de serem muito próximas umas das outras, geográfica e culturalmente são bem distintas. Mas, uma coisa todas têm em comum: belíssimas praias que atraem visitantes de todo o mundo.

Exatamente por causa de sua localização, resolvi visitar a Ilha de Tenerife! A maior do arquipélago.

A Ilha é linda, e extremamente bem servida de hotéis, bares , restaurantes, etc… Inclusive, Tenerife possui dois aeroportos.

Fazer uma caminhada (trilha ecológica) nos lugares que visito é quase sagrado para mim. Desta vez, a escolha foi por um dos caminhos mais interessantes e procurados por trilheiros do mundo inteiro. “O Barranco de Masca” ou “O Desfiladeiro de Máscara”.

O percurso da trilha está localizado numa cratera vulcânica, a 1.500 metros de altitude e inicia-se na cidade de Masca que está a 600m acima do nível do mar.

Antes de começar a aventura, ainda na Vila de Masca, valeu a pena provar o “Barraquito”, um mix de café, leite condensado, limão, licor, mel e canela servido no Bar Blanky – Casa Fidel.

A caminhada é totalmente em declínio, e não há possibilidade de alguém se perder quando a faz sozinho, pois ela está localizada dentro de umcannyon, com paredes enormes à esquerda e à direita formando enormes corredores de rochas. Essa caminhada pode ser feita por pessoas de todas as idades, desde que tenham um bom condicionamento físico, pois a descida exige muito dos joelhos que sofrem com o impacto.

Fiz a trilha em quatro horas e meia, a passos lentos e olhos bem atentos devido ao declive da trilha, pois qualquer descuido poderia ocasionar um acidente.

Estava num grupo com dezenove alemães e um espanhol, o guia Manuel, que nos contou um pouco sobre a história de Masca, sua gastronomia, sua vegetação, sua fauna, algumas lendas locais e, principalmente, orientou-nos sobre o percurso.
Manuel se surpreendeu ao saber que sou brasileira e me informou, empolgado, que o Padre José de Anchieta, que é conhecido como o “Apóstolo do Brasil”, pelos católicos brasileiros, nasceu em San Cristóbal de La Laguna, justamente na Ilha de Tenerife.

O desfiladeiro de Masca é, sem duvida, um capricho de Deus, que resolveu agraciar os corajosos que se dispõem a fazer essa trilha com uma paisagem única: paredes verticais com centenas de metros de altura e se confundem com belas esculturas.

A vegetação diversificada é muito semelhante á vegetação do nosso sertão nordestino. Muitas palmas, palmeiras, agaves, flores e, inclusive, inhames que podem ser vistos no decorrer da trilha. Uma curiosidade que me deixou bastante impressionada e ao mesmo tempo feliz, pois eu já o conhecia por foto, foi ver o inseto que dá coloração à bebida Campari. Manuel fez questão de apresentar ao grupo, a “cochonilha”, um pequeno inseto que quando é esfregado solta um corante vermelho que justamente é usado para dar cor à bebida.
O corante da “cochonilha” já era utilizado pelas antigas civilizações asteca e maia.

Quanto à fauna, há uma escassez de animais de grande e médio portes, mas avistei lindas cabras montanhesas e alguns pássaros ao longo do caminho.

Durante a trilha pudemos apreciar várias fontes de água natural espalhadas pelo cannyon e que, no período das chuvas, formam vários córregos.

Diria que, numa escala de zero a dez, o nível da caminhada é dez. Nível alto!

Mas, todo esse esforço é ricamente compensado com a chegada à praia de águas azuis, onde se pode ver, facilmente, golfinhos e desfrutar da beleza enigmática das falésias de rocha da ilha de Tenerife.

Após conhecer o Arquipélago das Ilhas Canárias, posso afirmar, com toda certeza, que aquele lugar é um dos mais bonitos e impressionantes que já vi e que, por isso mesmo, vale a pena conhecer!

Click AQUI e veja todas as fotos da Trilha

Serviço: Diga Sport / www.digasports.com / Trekking Barranco de Masca, Preço: 51,- Euros

Fotos: Manuel – Diga Sports

6 de outubro de 2014

TURISMO / SÃO GONÇALO BEIRA RIO


A comunidade São Gonçalo Beira Rio foi fundada no século XVIII está localizada à margem esquerda do rio Cuiabá, a 11 quilômetros do centro da cidade, próxima à barra do Rio Coxipó.
É uma comunidade de pescadores e artesãos e transformou-se num TURISMO / SÃO GONÇALO BEIRA RIO
A comunidade São Gonçalo Beira Rio foi fundada no século XVIII está localizada à margem esquerda do rio Cuiabá, a 11 quilômetros do centro da cidade, próxima à barra do Rio Coxipó.
É uma comunidade de pescadores e artesãos e transformou-se num cartão postal da capital. Tradicional na arte de fabricar produtos cerâmicos, a Viola-de-Cocho e na preservação do folclore por meio de danças como o Cururu e Siriri.
Hoje, a comunidade conta com diversas peixarias e inúmeros pontos de venda de artesanato, que atraem centenas de pessoas principalmente nos finais de semana e feriados.
Além disso, promove quatro festas tradicionais: a de São Gonçalo (em janeiro), a do Peixe (no aniversário de Cuiabá, 8 de abril), a do Pescador (em junho) e a das Ceramistas (em novembro). postal da capital.
Tradicional na arte de fabricar produtos cerâmicos, a Viola-de-Cocho e na preservação do folclore por meio de danças como o Cururu e Siriri.
Hoje, a comunidade conta com diversas peixarias e inúmeros pontos de venda de artesanato, que atraem centenas de pessoas principalmente nos finais de semana e feriados.
Além disso, promove quatro festas tradicionais: a de São Gonçalo (em janeiro), a do Peixe (no aniversário de Cuiabá, 8 de abril), a do Pescador (em junho) e a das Ceramistas (em novembro).

4 de outubro de 2014

Há meio século, dona Eulália é referência em “tchá cô bolo”


Com 80 anos, a senhora atrai centenas de pessoas à sua casa para provar o famoso bolo de arroz, a Lixeira

Isa Sousa/MidiaNews


Dona Eulália: 80 anos de idade e 56 anos servindo aos cuiabanos

LISLAINE DOS ANJOS 
DA REDAÇÃO
Há 56 anos, quando começou a fazer bolos de arroz e de queijo para complementar a renda da família, Eulália da Silva Soares não imaginava que seus quitutes a transformariam em um ícone da cuiabania e que se tornaria famosa nacionalmente por seu talento.

Atualmente com 80 anos, a senhora modesta e de riso fácil diz apenas agradecer a Deus pelas conquistas e fama alcançada, que já a fez receber personalidades e políticos variados em sua casa, localizada no bairro da Lixeira, na Capital – todos interessados em comer o tradicional “tchá cô bolo” cuiabano.

“Já recebi muita gente importante aqui, mas não consigo lembrar de todos só pela memória, porque tenho labirintite e esqueço muitos nomes [risos]. Mas quem vem muito aqui é político, principalmente. Um dos que eu lembro que veio aqui e gostou muito foi o governador de São Paulo, [Geraldo] Alckmin”, conta.

Dona Eulália, como se tornou conhecida, acredita que o amor com que se dedica a preparar seus bolos que os fazem ter um sabor único ao paladar de quem os experimenta, faz com que pessoas aguardem, ainda de madrugada, em frente a um corredor estreito – que dá acesso ao salão da sua casa –, pelo momento em que ela irá abrir as portas.




"Eu acho que meu segredo é o amor. Aqui é um lugarzinho tão simples, mas a gente recebe a todos de coração aberto"
“Eu acho que meu segredo é o amor. Aqui é um lugarzinho tão simples, mas a gente recebe a todos de coração aberto. Fico lisonjeada de saber que as pessoas, às vezes, deixam de ir a lugares mais chiques para vir comer aqui. Só tenho que agradecer a Deus pelo dom que ele me deu”, diz.

Dona Eulália recebeu a reportagem do MidiaNews na manhã da última quinta-feira (25) e, entre uma pergunta e outra, sempre parava para ser cumprimentada por algum cliente, amigo ou neto que chegava bem cedo ao local para tomar café, antes de ir para a escola ou trabalho.

Ela minimiza a fama alcançada e revela que, quando começou a fazer os quitutes, em 1958, nem mesmo sabia a receita exata a seguir.

“Para mim, é muito importante ser conhecida assim. Porque, quando eu comecei, eu não esperava. Nós morávamos em um sítio, em Aricazinho [comunidade rural de Cuiabá] e eu tinha uma tia que sempre fazia bolos para festas. Eu sempre a vi fazendo, mas nunca tinha experimentado fazer, porque não sabia”, recorda.

Em 1956, dona Eulália se mudou com o marido, Eurico Soares, hoje com 94 anos, para o mesmo endereço onde reside até hoje, na Rua Professor João Félix, no bairro da Lixeira.

Ela conta que, em 1958, pediu a Eurico, que era pedreiro, para que construísse um forno para que ela tentasse fazer os mesmos bolos de arroz que sua tia fazia, a fim de tentar ajudar na renda da família.



Isa Sousa/MidiaNews


O tradicional bolo de arroz da Dona Eulália, recém-saído do forno à lenha

“Eu tinha filhos já na idade de estudar e eu tinha pouco estudo, não podia arranjar um serviço para ajudar meu marido. Pensei em fazer isso pra ver se quem sabe dava certo, pra ajudar. E graças a Deus deu muito certo. Hoje em dia, vejo todos os meus filhos formados”, conta.

Dona Eulália conta que foi testando várias receitas, tentando se lembrar de quais ingredientes e da quantidade de cada um que precisava usar, até acertar.

“Não tinha uma receita. Eu ia fazendo, experimentando, achava que não saía igual ao dela, e continuava tentando. Quando melhorou, eu passei a fazer para vender e pagava a cinco ou seis meninos para oferecer nas escolas”, diz.

Hoje, a senhora vende cerca de cinco mil bolos por semana. Segundo ela, às terças e quintas-feiras, ela vende cerca de 600 a 700 bolos por dia. Aos sábados e domingos, a produção sobe para dois mil bolos por dia.

Para atender a todos e dar conta da semana, ela conta com a ajuda da família. Ela possui oito filhos, sendo dois homens que moram no interior do Estado e seis filhas que moram em Cuiabá e que, acompanhadas dos genros, filhos e netos, auxiliam nos trabalhos na casa nos dias de atendimento.

“Tenho até uma bisneta que já trabalha aqui. Minha filha caçula [Claudinete Soares de Oliveira], hoje, é a responsável por gerenciar o local. Ela é responsável por tudo, quem resolve tudo aqui”, conta.

Dona Eulália, hoje, tem 21 netos e 20 bisnetos, e grande parte trabalha no salão, principalmente nos finais de semana e feriado.




Isa Sousa/MidiaNews


"Já recebi muita gente importante, mas tenho labirintite e não lembro o nome de todos", conta, entre risos
“No domingo, mesmo, 12 pessoas trabalham aqui. Só pra atender as pessoas, tem que ser uns três ou quatro. E ainda fica aquela fila grande esperando para ocupar cadeira, buscar bolo”, afirma.

Projeção

Quando acertou a receita, Dona Eulália passou a atender encomendas para festas de vizinhos e, conforme foram aumentando os pedidos, o marido foi construindo mais fornos – hoje, há quatro fornos à lenha no salão de sua casa.]

No entanto, a projeção dos quitutes – bolos de arroz e de queijo e as tradicionais “chipas” – ocorreu por meio da tradicional Festa de São Benedito, onde ela serviu por 13 anos.

“Teve uma época em que a festa de São Benedito tinha tudo de graça e, depois, parou e ficou só a missa. Então, um rei da festa, que já faleceu e era lá do Coxipó, me falou: ‘vamos experimentar fazer esse bolo? Porque agora não tem mais nada depois que termina a missa. Quem sabe conseguimos vender’. E deu muito certo”, recorda.

A senhora conta que os festeiros da festa compravam seus bolos para vender após a missa na Paróquia de São Benedito, durante os quatro dias de festa, de quinta-feira a domingo. No entanto, o volume de bolos pedidos foi aumentando no decorrer dos anos e dona Eulália se viu forçada a “sair de cena”. 




Isa Sousa/MidiaNews


As tradicionais chipas de Dona Eulália: uma dos mais pedidos para se tomar com café
“Quando terminava a missa lá em São Benedito, o pessoal nem esperava mais pelos bolos lá e já vinha até aqui pra comer. Aí eu não dava mais conta de fazer. Porque precisa atender lá e aqui também’, afirma.

Na ocasião, segundo ela, apenas os oito filhos não eram suficientes para ajudar na produção e ela precisava pagar pessoas para socar o arroz no pilão e fazer a massa.

“Começava na quinta-feira, que era o primeiro dia, com dois ou três mil bolos. Quando chegava domingo, teve ano que a demanda aumentou para seis mil. Você amassava bolo o dia inteiro e a noite inteira. Começava a assar cinco horas da tarde de um dia para às 4h da manhã estar tudo pronto, assado e no isopor”, conta.

Na sequência, ela foi personagem do quadro “Me Leva, Brasil”, que era dirigido pelo jornalista Maurício Kubrusly no programa “Fantástico”, da Rede Globo. Em seguida, foi a vez de simpática quituteira ir parar no programa Mais Você, apresentado por Ana Maria Braga.

“Aí foi aumentando a freguesia mesmo. Terça e quinta o público é menor, mas sábado e domingo está sempre cheio. Vem aquelas pessoas que acordam cedo, mas também vem o pessoal que sai das baladas. No domingo, quando é 4 horas, está cheio de gente que vem de festas, às vezes está até meio bêbado, mas espera aí na frente pra poder comer antes de ir pra casa. Graças a Deus, hoje eu tenho uma clientela muito boa”, diz, entre risos.

Rotina





"Pra mim, ver toda a família envolvida é muito importante, porque eu sei que, com a minha falta, eles vão continuar. Não vai acabar. Esse é meu sonho e eu tenho certeza que eles vão continuar. "Diferente de outros bolos de arroz vendidos no mercado, os feitos por dona Eulália contam com arroz socado no pilão, o que faz da produção um processo um pouco mais lento e especial, e são assados no forno à lenha.

“Já experimentei comprar o fubá pronto, mas não fica igual. Então, meu neto soca o arroz para mim, rala a mandioca e faz o angu, misturando tudo à noite’, conta.

Ela conta que se levanta sempre às 3 horas. Sendo devota de São Benedito e São José, reserva um tempo para rezar e, em seguida, começa a trabalhar, seja fazendo o chocolate quente, café e chá que são servidos no salão, seja preparando as massas dos bolos para assar.

“Levanto às 3 horas porque a massa tem que ser feita de madrugada, não no dia anterior. Por volta das 4 horas, eles [filhos e netos] chegam pra me ajudar. Até hoje eu coloco a mão na massa. Minha filha também prepara, mas enquanto eu aguento, eu gosto de preparar. Depois de mexer na massa, eu volto a deitar e eles tomam conta dos clientes”, revela.

Segundo dona Eulália, os bolos começam a ser assados às 5 horas, para que às 5h30 as portas sejam abertas. De todo o processo, ela diz que uma das coisas que mais sente falta é de poder colocar as travessas de bolos para assar no forno.





"Eu só espero que Deus me ajude, me dê mais alguns anos de vida, que se não for pra eu amassar o bolo, pra que eu possa pelo menos assistir a minha família trabalhando"“Hoje, tenho prótese nos dois joelhos, então não tenho muita segurança pra andar e por isso não posso carregar as coisas para assar. Isso eu não posso mais fazer e sinto falta, porque eu andava de um lado pro outro e quando a encomenda era pouca, eu nem precisava incomodar eles. Eu mesmo fazia e assava. Hoje em dia, não”, conta.

Realização e sonho

Dona Eulália se diz realizada com tudo que conquistou, mas do que mais se orgulha é de ver a sua atividade ajudou na formação dos filhos e hoje é uma das razões da união de sua grande família.

Ela se emociona ao recordar que as filhas, mesmo trabalhando durante a semana toda, sempre voltavam à sua casa nos finais de semana para auxiliá-la com as encomendas.

“Essa filha que assa os bolos, mesmo, é professora e tinha duas carteiras, trabalhava a semana inteira, mas no domingo ela sempre estava aqui pra me ajudar. Isso é muito importante para mim. 
Porque, se fosse outro, pensava assim: ‘eu tenho meu vencimento, meu marido ganha bem, eu não vou ficar lá no forno e atendendo os outros’. Mas não. Graças a Deus, hoje ela aposentou e continua aqui comigo”, conta.

Segundo dona Eulália, “ todo mundo ajuda e todo mundo ganha” trabalhando com ela.

“O meu bisneto, mesmo, me ajuda desde os 14 anos. Hoje ele é formado, mas continua aqui. Ele diz que quer arranjar um serviço que ganhe mais do que aqui e ainda não encontrou, por isso está aí. [risos] Ele faz de tudo, também. Atende, serve, amassa o bolo, tudo”, diz.




Isa Sousa/MidiaNews


Dona Eulália se emociona ao recordar sua trajetória: "Não pensei que seria assim quando comecei"
Para ela, ver que a atividade une a família “é um alívio” e aumenta o seu sonho de não ver a tradição se acabar.

“Pra mim, ver toda a família envolvida é muito importante, porque eu sei que com a minha falta, eles vão continuar. Não vai acabar. Esse é meu sonho e eu tenho certeza que eles vão continuar. Eu só espero que Deus me ajude, me dê mais alguns anos de vida, que se não for pra eu amassar o bolo, pra que eu possa pelo menos assistir a minha família trabalhando”, revela.

Serviço

Quem quiser provar o tradicional “tchã cô bolo” da dona Eulália deve ir ao local às terças e quintas-feiras, bem como aos sábados, domingos e feriados, a partir das 5h30.

Às terças e quintas-feiras, ela fecha a casa ao público às 10 horas. Aos sábados, domingos e feriados, o atendimento é encerrado por volta das 11h30.

Cada bolo - independente se for de queijo ou de arroz – custa R$ 2,50. Café, chocolate quente, leite e chá podem ser servidos à vontade, ao custo único de R$ 1,50.



Consórcio movimenta VLT por 1,3 km e alerta motoristas Esse foi o primeiro teste do modal fora do Centro de Manutenção


Edson Rodrigues/Secopa


Segundo dia de teste de movimentação do modal fez carro percorrer 1,3 km
LISLAINE DOS ANJOS 
DA REDAÇÃO
O Consórcio VLT Cuiabá-Várzea Grande realizou, na sexta-feira, o segundo teste de movimentação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) – o primeiro fora do pátio de estacionamento.

Segundo informações da Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo (Secopa), o modal percorreu aproximadamente 1,3 km, distância, do Centro de Manutenção, Administrativo e Operacional (antiga Vila Militar) até a Estação Aeroporto, em Várzea Grande.

O primeiro teste de movimentação do VLT foi realizado na manhã de quinta-feira (2), conforme o MidiaNews adiantou, quando um dos carros do modal percorreu aproximadamente 500 metros de trilhos, dentro do Centro de Manutenção – clique AQUI para ver o vídeo.

Segundo o consórcio, a circulação do trem ocorreu através da alimentação energética que passa na rede aérea de tração, instalada na via permanente.




Edson Rodrigues/Secopa


Vagões do VLT começaram a ser movimentados na quinta-feira (2)
A atividade só foi possível após a energização da subestação de energia do modal, instalada no CM. 

Na sequência, o mesmo foi feito com a rede aérea de tração, cuja estrutura conta com 1.400 metros de extensão, partindo do CM, passando pelo viaduto ferroviário do Aeroporto, e avenida João Ponce de Arruda, até o entroncamento com a rua Coronel Gonçalo de Figueiredo.

Com a movimentação, mesmo em curta distância, é possível checar o funcionamento de alguns sistemas, que incluem os elétricos, mecânicos, pneumáticos, de sinalização ferroviária e de telecomunicações do trem.

Alerta à população

Segundo o consórcio, a rede aérea de tração é de 750 Volts, classificada como de baixa tensão, mas, com a primeira circulação do VLT, a rede passará a ser energizada constantemente.

Por isso, a recomendação para o público em geral é de que sejam tomadas todas as precauções habituais envolvendo energia. 

A rede aérea do VLT passa a uma altura mínima de 5,50 metros entre o fio de contato e o solo, ao longo de todo o trajeto de 22,2 km do novo transporte coletivo, que irá percorrer as principais avenidas de Cuiabá e Várzea Grande.

Como a altura permitida para circulação de veículos sob a rede aérea de energia do VLT é de 4,50 metros, isso não deverá atrapalhar o trânsito nos dois eixos do modal (CPA-Aeroporto e Coxipó-Centro).




Lenine Martins/Secom-MT

Carro percorreu distância de 1,3 km, do Centro de Manutenção até a Estação Aeroporto
Ainda assim, o consórcio afirmou que placas de sinalização estão sendo implantadas em pontos estratégicos no trajeto para orientar a população, principalmente os motoristas. 

A orientação da empresa é que os procedimentos de segurança sejam cumpridos para evitar incidentes.

O VLT

O Consórcio VLT Cuiabá-Várzea Grande – formado pelas empresas Santa Bárbara, CR Almeida, CAF Brasil Indústria e Comércio, Magna Engenharia Ltda. e Astep Engenharia Ltda. – é o responsável pela implantação do sistema ao longo das principais avenidas da Capital e de Várzea Grande.

A obra irá custar R$ 1,477 bilhão ao Governo do Estado, dos quais R$ 896 milhões já foram pagos.

Além dos trilhos e implantação do modal, o projeto prevê a execução de estações e terminais, bem como de obras de arte (pontes, trincheiras e viadutos) ao longo dos dois eixos.

GALERIA DE FOTOS


Empaer realiza oficina sobre leite em Curvelândia e Reserva do Cabaçal


CHRYSTIANE DA CONCEIÇÃO
Assessoria /Empaer

A oficina de bovinocultura de leite ocorrida em Curvelândia (280 km de Cuiabá) nos dias 24 e 25 de setembro, organizada pela equipe local da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer) em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), aconteceu em duas etapas: no primeiro dia houve a parte teórica e, no segundo, a prática quando foi abordado o tema Manejo de Pastagens, ordenha higiênica, tecnologias de baixo custo - teoria e prática. As principais culturas encontradas no município são leite e mandioca, ambas atendidas pela Empaer. O leite é vendido para laticínios da região e a mandioca é processada em uma farinheira local. 


O médico veterinário e instrutor da oficina, Irezê Moraes Ferreira, do escritório local da Empaer de São José dos Quatro Marcos, apresentou, de forma simples e eficaz, a melhor forma de produzir com qualidade. “Realizar as oficinas no ambiente que o produtor está acostumado faz toda a diferença nos resultados de nosso trabalho”, garantiu Irezê. 

Ao todo 19 agricultores da comunidade Carretão participaram das oficinas onde também receberam esclarecimentos do gerente do Banco do Brasil, Lauro Alves do Couto, que falou sobre a disponibilidade de crédito rural destinado à agricultura familiar. 

Em Reserva do Cabaçal (364 km da Capital) a oficina de bovinocultura de leite, ocorrida nos dias 25 e 26 de setembro, foi organizada pela equipe local da Empaer também em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e contou com a participação 25 produtores das comunidades 07 de setembro, Alto Cabaçal e Ipê Roxo. 

No primeiro dia a parte teórica foi apresentada na Câmara Municipal com o tema Estratégias para alimentação do gado de leite no período da seca. Na demonstração prática os produtores puderam conferir processos de armazenamento de alimentação. Para isso, a equipe da Empaer montou uma Unidade de Desenvolvimento Sustentável Econômica (UDSE) na propriedade de Nelson Marques de Oliveira, proprietário do sítio Nossa Senhora da Penha. “Nosso intuito é capacitar os produtores e incentivá-los na continuidade do processo de produção”, destacou o técnico em agropecuária - Agatângelo Souza Oliveira, da Empaer de Figueirópolis D'Oeste. 

Vinte e cinco produtores das comunidades 07 de setembro, Alto Cabaçal e Ipê Roxo participaram da oficina.

Galeria de Fotos:

Comunidade Roncador recebe oficina sobre leite

CHRYSTIANE DA CONCEIÇÃO
Assessoria /Empaer

Assessoria/Empaer-MT

Oficina de Bovinocultura de Leite, Comunidade Roncador em Rio Branco-MT


A Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), por meio do escritório local de Rio Branco, promoveram na última semana oficina de bovinocultura de leite para 14 produtores rurais no Sítio Pratinha, propriedade do produtor Marcelo Ferreira de Souza, morador da comunidade Roncador, que fica a 09 quilômetros do município.

Produzir leite de qualidade e seguro é uma exigência do Programa Nacional de Melhoria da Qualidade do Leite (PNQL), que através do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou a Instrução Normativa 62, de 29 de dezembro de 2011, que rege os parâmetros de qualidade do leite, garantindo assim melhor produto à população e buscando novos mercados internacionais. Para isso, todos os elos da cadeia devem estar integrados no esforço comum de produzir leite com qualidade. “É muito importante todo o aprendizado que tivemos durante a oficina, pois são procedimentos que irão agregar valor na nossa produção, pois lá no laticínio eles pagam um preço diferenciado para quem tiver menor índice de contaminação. Há muito tempo o Roni da Empaer anda por aqui, conversando, orientando e o trabalho dele tem feito a diferença pra nós produtores, eu mesmo estou buscando Pronaf para comprar um trator” ressaltou o produtor Marcelo, de 35 anos.

Segundo o médico veterinário da Empaer de São José dos Quatro Marcos, Irezê Moraes Ferreira, a higiene do animal, do ordenhador e das instalações são ações necessárias para atingir esse objetivo. Para uma correta higienização, os produtores devem limpar e desinfetar as instalações e utensílios utilizados, lavar as mãos antes da ordenha, desinfetar as tetas do animal e realizar testes de mastite, antes da ordenha. “Estamos usando a tecnologia da Embrapa, que é o kit de ordenha manual, bastante barato e simples. Um balde transparente com marcador de nível, que foi adaptado com uma mangueira e jato para a limpeza e desinfecção das tetas, que deve ser realizada diariamente antes de cada ordenha; a caneca telada de fundo preto, para fazermos os testes para identificar a mastite clínica, que é uma inflamação do aparelho mamário e o Califórnia Mastite Teste (CMT) para identificar a mastite subclínica, onde você utiliza 2 ml de leite em 2 ml de reagente, à base de hipoclorito e, se houver alteração da cor, confirma a presença dessa doença. Este teste pode deve ser feito uma vez ao mês”, explicou Irezê.

O primeiro dia da oficina foi destinado à parte teórica sobre nutrição e alternativas de suplementação alimentar. “Lá na minha propriedade só fazemos uma ordenha diária, justamente porque faltava alimentação e hoje com essas orientações sobre silagem, adubação, recuperação e manejo de pastagem, com certeza nós vamos conseguir dobrar a nossa produção”, ressaltou o produtor Valdemir José da Silva, mais conhecido como Vadinho, que participou da oficina e há mais de 25 anos trabalha com o leite na região.

3 de outubro de 2014

PROGRAMA TRAF - NO BRASIL, UMA SEMENTE QUE GERMINOU E DEU FRUTOS EM ALGUNS ESTADOS


Feira Nacional de Peixes Nativos de Água doce


Na maior bacia de água doce do mundo o aquanegócio prospera e gera novas oportunidades para você
Mercado

Mato Grosso está situado na Bacia Amazônica, a maior bacia de água doce do mundo, que ocupa uma área de 3.870.000 quilômetros quadrados, envolvendo outros seis Estados.

É neste cenário que o Sebrae e uma rede de parceiros apresentam este evento completo para empresários e interessados no setor da piscicultura, que buscam diversificar conhecimentos e fazer novos negócios.

Toda a cadeia da piscicultura – insumos - produção- processamento e distribuição - reunida para fomentar negócios e debater as tendências e oportunidades nacionais e internacionais. 

O Seminário técnico vai reunir especialistas renomados, trazendo conteúdos inovadores e práticas exitosas por meio de palestras, oficinas e clínicas tecnológicas.
Programação

16/10

19h - Abertura 
19h30 - O Aquanegócio Brasileiro - Jogi Humberto Oshiai
20h - Importância da Aquicultura para a Empresa Gomes da Costa - Ericsson Velzon
20h30 - Importância da Aquicultura para a Empresa Vitalmar - Dario Luiz Vitali

17/10

8h - Credenciamento
9h - Produção segura e eficiente de peixes em viveiros - Fernando Kubitza
10h - Agregação de valor - Aproveitamento de Resíduos de Beneficiamento de Pescado Para Consumo Humano - Maria Luiza Rodrigues
11h -Inovações Biotecnológicas e seus usos na Piscicultura - Fábio Porto Foresti
12h -Almoço
14h - Fala do Produtor/Caso de Sucesso com Pirarucu - Megumi Yokama - Sr. pedrinho/RO
14h30 - Normatização de Espécies Redondas - INMETRO/ABNT - Alessandra Weyandt
15h30 - Intervalo
16h - Produção de Pirarucu - Darci Fornari
16h50 - Espécies Nativas com Potencial para Comercialização - Patrícia Mochiaro
17h40 - Lançamento do Canal do Piscicultor

18/10

9h - Sanidade de Peixes Nativos - Marcos Tavares
10h - Diagnóstico de Piscicultura – IMEA - Daniel Latorraca
11h - Reprodução e Alevinagem de Peixes Carnívoros e Pintado Amazônico - Rodrigo Kasai
14h - Fala do Produtor/Caso de Sucesso com Tambaqui - Aniceto Wanderley
14h30 - Panorama da Industrialização do pescado - Arno Soares
16h - Gestão e sistemas de controle na piscicultura - Dalton Skajko Sales
17h - Rastreabilidade de Tambaqui - Danilo Streit
18h - Encerramento

Atrações

Horário da Feira: das 18h às 22h (visitação gratuita)

. Piscicultura e Gastronomia – Tecnologia, mercado e sustentabilidade
. Atrações culturais
. Praça de alimentação

Relação de empresas expositoras:

01 VB Alimentos
02 Acqua Aquicultura
03 Tec Telas
08 Canal do Piscicultor
09 Delicious Fish
11 Kowalski Alimentos
12 Lufada
14 Inoxfer
15 Agroinova
16 Nutrizon
20 Pap Rações
21 Bom Futuro
22 Têxtil Sauter
23 Parada Animal
24 Stock e Frios
26 Artek
27 Brusinox
31 e 32 Manso Aquicultura
33 Trevisan
34 Sansuy
35 Agricotec

Estandes Institucionais:

03 Caixa Econômica
04 Banco da Amazônia
05 Ministério da Pesca
09 Senar
10 Famato
11 Sicredi
10 Aquamat
11 Ufmt/Famevz

Praça da Alimentação:

01 Rosana Pavão
02 Peixaria da Vovó
03 Alimentare
04 Caldos Corujão
05 Sorveteria Nevaska

Informações e inscrições

0800 570 0800

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