| http://www.diariodecuiaba.com.br/detalhe.php?cod=47459&edicao=9916&anterior=1 Pascoal Moreira Cabral Leme é, desde ontem, o detentor dos direitos de exploração das minas de ouro
Da Reportagem Cuiabá, 9 de abril de 1719 - Depois de errar por mais de um ano na caça ao índio da região do Cuiabá, o bandeirante paulista Pascoal Moreira Cabral Leme resolveu enfim levantar acampamento definitivo e se apossar, perante a Coroa Portuguesa, do imenso território hoje ocupado em sua maior parte pelos Bororos. Ainda ontem, em São Gonçalo Velho, pouco abaixo da foz do rio Coxipó no Cuiabá, o bandeirante determinou que se lavrasse um “Termo de Certidão”, com o qual visa assegurar os seus direitos de descobridor e, principalmente, de explorador das minas de ouro encontradas na região por seus homens. Ao território dentro do qual se diz agora “Capitão-Mor”, Pascoal Moreira Cabral deu o nome fundador de “Arraial de Cuiabá”. O Termo — que foi escrito por outra alheia mão, posto que Pascoal Moreira Cabral, apesar de exímio caçador de índios e conhecedor de ouro experiente, não lê ou escreve palavra —, foi despachado ontem mesmo para o Conde de Assumar e Capitão General Governador da Capitania de São Paulo, D. Pedro de Almeida Portugal. O encarregado de levar o Termo é o Capitão Antônio Antunes Maciel, que ainda leva consigo boas amostras do ouro encontrado. O que os bandeirantes esperam é que da Vila de São Paulo, sede da Capitania desde 1711, sejam enviadas tropas regulares, tanto para lhes ajudar na cata do ouro, quanto para lhes proteger dos índios, já que estes não se conformam com a presença de gente estranha em suas terras. De acordo com Pascoal Moreira Cabral, sua bandeira está a correr grandes riscos na região. “Em serviço de sua Real Majestade, já perdemos até agora oito homens brancos, fora negros”, disse ele. De fato, não é de boa memória para o bandeirante o combate que travou contra os invencíveis guerreiros Bororo, assim que chegou às margens do rio Coxipó. Pascoal Moreira Cabral só não voltou fugido para o Planalto do Piratininga porque encontrou, no caminho, Antônio Pires de Campos, chefe de outra e melhor-sucedida bandeira. No ano passado, depois de intensa luta contra uma tribo ainda não identificada, na confluência entre o Coxipó e o Cuiabá, Antônio Pires de Campos conseguiu capturar dezenas de índios para trabalhar como escravos nas lavouras do litoral. Pires de Campos mostrou o caminho a Moreira Cabral que, se não deu sorte na captura de índios, ao menos encontrou o metal tão apreciado mundo afora. Curiosamente, o local onde os rios Coxipó e Cuiabá se encontram já havia sido visitado por Pires de Campos ainda quando menino. Entre 1673 e 1680 (não se sabe ao certo), ele esteve lá com o seu pai, o bandeirante Manoel de Campos Bicudo, considerado o primeiro homem branco a pisar nestas bandas ocidentais da Colônia. Neste momento, Pires de campos - também conhecido como PayPirá — está acampado no trecho do rio Cuiabá denominado Bananal. Ali, seus homens, incluindo os índios prisioneiros, cultivam roças para se reabastecerem antes seguir a longa viagem rumo ao Planalto do Piratininga. TENTATIVA DE ACORDO - Depois de quase uma vida inteira a guerrear contra os índios, Pascoal Moreira Cabral tenta agora fazer um acordo com os Bororos, a quem os paulistas chamam de Coxiponés. O bandeirante sabe que a região onde ele está a pisar é alvo de disputas constantes entre as mais diversas tribos indígenas: Bororos, Caiapós, Guaicurus, Xavantes, Parecis, Bakairis, etc. Ora as tribos se ajuntam, ora se separam nas lutas por territórios, por rios mais piscosos e por terras mais férteis. Como nenhuma guerra interessa a quem vai se dedicar agora à paciente cata do ouro, Moreira Cabral pretende convencer os Bororos a ajuda-lo em troca de não mais importuna-los. Não será nada fácil (veja reportagem nesta página). O bandeirante quer que os índios o ajude a coletar o ouro, a remar as canoas e a carregar as bagagens. Ao mesmo tempo, ele sabe que ninguém melhor do que o índio pode lhe dizer onde estão as melhores caças, frutas e ervas medicinais e lhe avisar sobre os perigos da mata. O Planalto do Piratininga foi a principal região agrícola da Capitania de São Paulo. Para lá era levada a maioria dos índios escravizados. É onde fica hoje o ABC Paulista. Fontes: “História Geral de Mato Grosso (vol.I)”, de Lenine Povoas; “O Processo Histórico de Mato Grosso. Cuiabá: Guaicurus” e “Revivendo Mato Grosso”, de Elizabeth Madureira Siqueira; “Cidades de Mato Grosso”, de João Carlos Vicente Ferreira e Pe. José de Moura e Silva * Historiador consultado: Gilberto Brizola – UFMT | ||||
Sedtur/MT
O governador Silval Barbosa visitou no último dia 16.08, as obras de ampliação do aeroporto Maestro Marinho Franco de Rondonópolis. Será construída uma nova pista de 2.640 metros, além da pista de apoio. A obra está orçada em R$ 21 milhões e com a ampliação, o aeroporto de Rondonópolis estará apto para receber pousos e decolagens de aviões de grande porte, tornando-se assim, uma alternativa para o aeroporto de Cuiabá no período da Copa do Mundo. Os recursos para a obra são do Programa de Desenvolvimento Sustentável do Turismo - Prodestur, do BNDES.
Silval lembrou outras obras que irão melhorar a logística do município, como a chegada da Ferronorte, a duplicação da BR-163/364 entre Rondonópolis e o Posto Gil, assim como a construção da Estrada Verde, que ligará o município até a capital por meio do distrito de Fátima de São Lourenço. “Rondonópolis vai receber a ferrovia, por aqui passam duas importantes rodovias, então, nada mais justo do que um aeroporto que irá corresponder as expectativas da cidade”, disse o governador.
Mais cedo, Silval também visitou as obras de canalização e revitalização do córrego do canivete, no centro da cidade. “Estamos revitalizando 2.400 metros do córrego, em uma obra que já se fazia necessária há muitos anos, porque sempre que chove, a população ao seu redor sofria muito”, disse.
O secretário de Estado de Desenvolvimento do Turismo (Sedtur), Jairo Pradela, acompanhou o governador na visita e destacou a importância das obras da ampliação do aeroporto para o município de Rondonópolis. “Além dos aspecto turístico, a ampliação do aeroporto também terá um impacto positivo na economia”.
Em fevereiro, a Sedtur e o Banco do Brasil verificaram in loco a situação de 13 aeroportos de Mato Grosso que foram contemplados com o Programa de Investimentos em Logística de Aeroportos Regionais - desenvolvido pela Secretaria de Aviação Civil (SAC), órgão vinculado a Presidência da República.
Foram visitados os aeroportos de Rondonópolis, Barra do Garças, São Felix do Araguaia e Vila Rica. Na terça, (26.02) serão Matupá, Alta Floresta, Juína, Jaura e Sinop e na quarta, Lucas do Rio Verde, Tangará da Serra, Pontes e Lacerda e Cáceres.
O objetivo da visita, segundo o secretário Jairo Pradela, foi levantar informações das intervenções que serão necessárias realizar em cada aeroporto.
O programa contempla seção contra incêndio, cercamento, central de utilidades, equipamentos, torre de comando, pista, terminal de passageiros, pátio e estacionamento”, disse.
Já para as obras dos 13 aeroportos os recursos são provenientes do Fundo Nacional de Aviação Civil (FNAC) e será de R$ 330 milhões, sendo o valor total em investimentos de R$ 7,3 bilhões para 270 aeródromos regionais em todo país.
O Programa está amparado pela Medida Provisória 600, onde estabelece o contrato com o Banco do Brasil para a realização do projeto e permite que o mesmo utilize o Regime Diferenciado de Contratações Públicas para consecução dos projetos firmados com a SAC e a Casa Civil da Presidência.


