13 de junho de 2012

Rio + 20 já começou - Conferencia começou quarta-feira (13.06) com eventos paralelos

MARIA BARBANT - Assessoria/Sema-MT
Na próxima segunda-feira (18.06), acontecerá no Rio de Janeiro, durante a Conferencia das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, o Encontro de Secretários de Meio Ambiente dos Estados e Municípios.

Promovido pelos órgãos públicos de Meio Ambiente dos estados e municípios brasileiros, representados por suas Associações – Abema e Anama -, o encontro tem por objetivo apresentar e debater as propostas e recomendações formuladas no âmbito dos estados, com a participação dos municípios e da sociedade civil organizada.

Durante evento também serão discutidos o desenvolvimento sustentável dos principais biomas brasileiros e o Pacto Nacional pela Gestão das Águas, visando à construção de compromissos entre os entes federados para a promoção do uso múltiplo e sustentável dos recursos hídricos.

O secretário de Estado de Meio Ambiente e secretário executivo do Fórum de Secretários de Meio Ambiente da Amazônia, Vicente Falcão de Arruda Filho, irá apresentará os principais pontos reunidos no Pacto da Amazônica Legal (a Carta da Amazônia Brasileira), documento que contém contribuições e demandas para a promoção do desenvolvimento sustentável da Amazônia.

“O documento é o resultado de um inédito e amplo processo de diálogo e debates, promovidos pelo Fórum de Secretários de Meio Ambiente da Amazônia, com os nove grupos majoritários de cada Estado da Amazônia Brasileira, e assinado pelos governadores no último dia 01 de junho, em Manaus”, explicou Falcão.

A abertura do evento será às 11h30, com o secretário do Ambiente do Estado do Rio de Janeiro, Carlos Minc; o presidente da Abema, Hélio Gurgel, e o presidente da Anamma, Mauro Buarque.

Às 12 horas, acontece a mesa redonda “Carta da Amazônia Brasileira”, com a participação dos secretários dos nove estados que integram a Amazônia Legal.

O evento prossegue no período da tarde, com as mesas redondas “Pacto Nacional pela Gestão das Águas”; “Carta do Cerrado – Conservação e Desenvolvimento do Bioma Cerrado” e “Carta da Caatinga”, além dos painéis “Políticas Públicas para a Mata Atlântica: desafios e soluções”, e “Financiamento do Desenvolvimento Sustentável: uma cooperação entre poderes públicos e bancos locais”.

RIO +20

A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, começa oficialmente nesta quarta-feira (13.06), no Rio de Janeiro, com uma serie de eventos paralelos patrocinados pelos governos, Major Groups (Grupos Majoritários), o sistema da ONU e outras Organizações Inter-Governamentais. Esses eventos vão acontecer até o dia 22 de junho, quando se encerra a conferencia principal.

A Rio+20 é assim conhecida porque marca os vinte anos de realização da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio-92) e deverá contribuir para definir a agenda do desenvolvimento sustentável para as próximas décadas.

Todo o evento está dividido em três momentos. Nos primeiros dias, de 13 a 15, acontecerá a III Reunião do Comitê Preparatório, na qual estarão reunidos os representantes governamentais para negociações dos documentos a serem adotados na Conferência.

Em seguida, entre os dias 16 e 19, serão realizados os Diálogos para o Desenvolvimento Sustentável e, de 20 a 22 de junho, a Conferência das Nações Unidas, para a qual são esperados os diversos chefes de Estado e de Governo dos países-membros das Nações Unidas.

O objetivo da Conferência é a renovação do compromisso político com o desenvolvimento sustentável, por meio da avaliação do progresso e das lacunas na implementação das decisões adotadas pelas principais cúpulas sobre o assunto e do tratamento de temas novos e emergentes. Serão discutidos dois temas principais: a economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza; e a estrutura institucional para o desenvolvimento sustentável.

Os preparativos para a Conferência

A Resolução 64/236 da Assembleia-Geral das Nações Unidas determinou a realização da Conferência, seu objetivo e seus temas, além de estabelecer a programação das reuniões do Comitê Preparatório (conhecidas como “PrepComs”).

Desde o ano passado, o Comitê vem realizando sessões anuais, além de “reuniões intersessionais”, importantes para dar encaminhamento às negociações.

Além das “PrepComs”, diversos países realizaram encontros informais para ampliar as oportunidades de discussão dos temas da Rio+20.

Todo esse processo preparatório foi conduzido pelo subsecretário Geral da ONU para Assuntos Econômicos e Sociais e secretário Geral da Conferência, Embaixador Sha Zukang, da China.

O secretariado da Conferência conta ainda com dois coordenadores executivos, Elizabeth Thompson, ex-ministra de Energia e Meio Ambiente de Barbados, e Brice Lalonde, ex-ministro do Meio Ambiente da França.

Os preparativos foram complementados pela Mesa Diretora da Rio+20, que decidiu sobre questões relativas à organização do evento. Fazem parte da Mesa Diretora representantes dos cinco grupos regionais da ONU, com a co-presidência do Embaixador Kim Sook, da Coréia do Sul, e do Embaixador John Ashe, de Antígua e Barbuda. O Brasil, na qualidade de país-sede da Conferência, também está representado na Mesa Diretora.

Para saber mais sobre a Rio+20 e os eventos paralelos que estarão acontecendo no Rio de Janeiro basta acessar os endereços abaixo:
http://www.rio20.info/2012/

http://www.uncsd2012.org/rio20/ - RioCentro, Programação oficial Rio+20 - ONU
www.rio20.rj.gov.br/ - Parque dos Atletas, Governos locais cupuladospovos.org.br/ - Aterro do Flamengo, Cúpula dos Povos



Governo do Estado de Mato Grosso destaca logística e qualificação durante abertura do Congresso de Soja

Investir em logística e buscar meios de agregar valor ao produto local, esses foram os principais pontos defendidos pelo governador Silval Barbosa, durante a abertura do VI Congresso Brasileiro de Soja (CBSoja), que acontece em Cuiabá até o dia 14 de junho, no Centro de Eventos do Pantanal.

Esses dois requisitos, afirmou o chefe do Executivo estadual, fazem parte do plano de Governo e são fundamentais para que o Estado continue sendo referência nacional e internacional.

Mais de duas mil pessoas participam este ano do Congresso Brasileiro de Soja – realizado a cada três anos – entre produtores, pesquisadores, estudantes, empresários e demais profissionais da área agrícola. Os debates e trabalhos apresentados estão ligados ao tema “Soja: fator de integração nacional e desenvolvimento sustentável” e têm como objetivo refletir sobre o atual modo de produção, os desafios e o que é preciso aprimorar.

Silval Barbosa apresentou os avanços que o Estado tem conquistado na área de logística, importante para o escoamento da produção agropecuária e também de minérios. A inauguração do Terminal Intermodal de Cargas de Itiquira, em maio deste ano, e as obras para o terminal de Rondonópolis foram destacadas pelo governador, bem como os incentivos fiscais para as indústrias, a fim de agregar valor ao produto local.

A instalação da Embrapa Agrossilvipastoril em Sinop também é uma conquista, disse o governador. “A Embrapa tem feito a diferença. Com ela, Mato Grosso avança em pesquisas e transfere todo esse conhecimento ao produtor rural, que em Mato Grosso tem o perfil de buscar sempre a qualificação profissional”, completou Silval Barbosa.

Para o presidente da Aprosoja-MT, Carlos Favaro, o Governo de Mato Grosso tem sido um grande parceiro dos produtores de soja do Estado, principalmente em relação a infraestrutura e logística, fatores importantes para garantir a competitividade, ou seja, conseguir insumos a um custo menor e valorizar o produto. Outra questão a ser debatida no encontro, pontua Favaro, é a utilização das áreas de pastagens de baixa produtividade na produção de soja, mais especificamente na região do Araguaia, que tem um grande potencial.

O presidente da comissão organizadora do Congresso, Ricardo Abdelnoor, destacou a importância do evento ser realizado em Mato Grosso, principalmente pelo Estado ter um grande número de produtores altamente qualificados e que estão sempre atentos às tecnologias geradas. “Este congresso propicia o acesso a novas tecnologias, os novos desafios em termos de produção de soja, além de uma avaliação o que está sendo feito”, explicou Abdelnoor.

Participaram também da abertura do VI Congresso Brasileiro de Soja, o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Rui Prado; o chefe-geral da Embrapa Soja, Alexandre Catelan; o secretário nacional de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo do Mapa, Erikson Camargo Chandoha; e a diretora-executiva de Administração e Finanças da Embrapa, Vania Rodrigues Castiglioni, além dos secretários de Estado Pedro Nadaf (Industria, Comércio, Minas e Energia) e Carlos Milhomem (Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar), e os deputados estaduais Emanuel Pinheiro e Zeca Viana.

CAROLINE LANHI
Redação/Secom-MT



Metas sustentáveis de produção e consumo serão temas de debate na Rio+20


BRASÍLIA – Representantes de governos e da sociedade civil de vários países começam a discutir nesta quarta-feira (13) os caminhos que devem ser adotados para atender a uma população crescente no mundo, sem que a produção de mais alimentos e a demanda maior por água e energia, por exemplo, signifiquem mais prejuízos ao meio ambiente, principal fonte geradora desses recursos.

Durante toda a Rio+20, que começa hoje e vai até o dia 22 no Rio de Janeiro, chefes de Estado e de Governo, representantes do setor privado e de organizações sociais vão tentar solucionar questões como produzir mais, usando mais energias renováveis, menos recursos naturais e gerando menos resíduos. Essa produção é uma das metas que o governo brasileiro espera ver formalizadas pelos mais de 120 países que confirmaram presença na conferência.

A equação acaba esbarrando em outras estratégias defendidas pelo Brasil, como a de um consumo sustentável, que alerta as populações para o seu dever na construção desse modelo de desenvolvimento mais consciente. O que se espera é mostrar que não são apenas os governos e as empresas que têm responsabilidade sobre a crise ambiental, que pode representar prejuízos ao desenvolvimento se não forem adotadas mudanças de postura e comportamento.

O Brasil, por exemplo, é um dos maiores produtores de alimentos do mundo. Acredita-se que o estabelecimento de padrões sustentáveis para a agricultura, com o uso de fertilizantes orgânicos e o controle biológico de pragas, poderia, por exemplo, preservar solos e recursos naturais.

O governo brasileiro quer mostrar que essa prática, que poderia assimilar tecnologias como a fixação de nitrogênio, já desenvolvidas por instituições como a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), pode ainda ser associada ao reflorestamento de algumas áreas nas propriedades rurais e à proteção de recursos hídricos. Essa soma, segundo especialistas, resulta em melhores condições nas propriedades, que permitem que a própria natureza continue oferecendo condições para os bons resultados agrícolas.

Fonte: http://www.dci.com.br/metas-sustentaveis-de-producao-e-consumo-serao-temas-de-debate-na-rio+20-id298206.html

Artesanato da agricultura familiar do bioma Amazônia terá destaque na Rio+20


O artesanato do bioma Amazônia estará em destaque na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, que ocorrerá entre os dias 13 e 22 de junho no Rio de Janeiro. Apoiados pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Ministério do Meio Ambiente (MMA), Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), e Conab, quatro grupos de agricultores familiares vão expor e vender artigos de decoração, utilitários, roupas e acessórios, entre outros itens - todos originários do local com a maior biodiversidade do planeta e produzidos de forma sustentável por cooperativas de mulheres, indígenas e seringueiros. Além do foco na preservação ambiental, as atividades favorecem o incremento da renda de milhares de famílias.

Os estados do Pará, Amazonas, Amapá, Acre, Rondônia, Roraima e partes do Maranhão, Tocantins compoem o bioma Amazonia.

O Estado de  Mato Grosso compõem o bioma Amazônia, ocupando mais de 40% do território brasileiro. É em parte desse território que os índios kayapós, integrantes do Instituto Kabu, produzem seus artefatos. Velas feitas a partir do ouriço da castanha, cestos, remos e bordunas serão comercializados na Conferência. No total, mais de três mil artefatos estarão à disposição dos consumidores no evento. Segundo dados da Secretaria de Agricultura Familiar (SAF) do MDA, o bioma Amazônia abriga 538 mil estabelecimentos da agricultura familiar.

“As vendas representam geração e distribuição de renda para cerca de 200 famílias indígenas, que somam mais de duas mil pessoas. Os produtos são diferenciados e possuem um importante valor social. Quem compra, leva para casa artigos que auxiliam na proteção de mais de seis milhões de hectares de floresta”, destaca o coordenador do Instituto Kabu, Cleber Oliveira de Araújo. Ele acrescenta que o apoio do MDA na participação do evento ocorre em um momento crucial. “Temos cinco pontos de negócios e queremos triplicar este número em 2012. Por isso, a promoção desse trabalho é essencial”, diz.

Também composto por indígenas, porém, só de mulheres, a Associação das Produtoras de Artesanato das Mulheres Indígenas Kaxinawá de Tarauacá e Jordão (Apaminktaj), no Acre, leva à Rio+20 mercadorias a base do algodão – como roupas e mantas – além de bijuterias, peças de cerâmica e argila. A atividade de aproximadamente cem associadas favorece famílias de dois municípios: Tarauacá e Jordão. “A parceria do MDA conosco é fundamental para a divulgação dos nossos produtos. Já participamos de outros eventos com ajuda do ministério e essa exposição é determinante para o aumento nas vendas”, afirma a representante da Apaminktaj, Raimunda Nonata.

A força feminina é percebida em outro grupo que terá evidência na Conferência, a Associação dos Artesãos de Novo Airão (Aana), do Amazonas, composta 95% por mulheres. Tapetes, bolsas, luminárias, leques, chapéus, bandejas e outros artigos oriundos do manejo do arumã, planta típica das regiões semialagadas, fazem parte do catálogo preparado para o evento.

A confecção das fibras vegetais garante a renda de 18 famílias do município de Novo Airão. Para o presidente da Aana, Erivaldo de Souza, a exposição dos itens de artesanato vai além da comercialização. “É uma chance de fazer contatos e fortalecer as relações com o MDA. Estamos bem ansiosos, pois as atenções do mundo estarão voltadas para o acontecimento”, enfatiza. A ida ao Rio de Janeiro pode contribuir para os próximos passos da associação, dentre eles o aumento da fabricação. “Temos a expectativa de consolidar ainda mais nossa produção”.

Seringueiros e quilombolas

Do bioma Amazônia, há ainda o projeto Encauchados de Vegetais da Amazônia, que abrange os estados do Amazonas, Acre, Rondônia e Pará. No total, cerca de 1.230 famílias são beneficiadas pela iniciativa. O grupo de seringueiros, quilombolas, ribeirinhos, indígenas e assentados da reforma agrária expõe na Rio+20 uma média de 20 produtos, entre suportes de mesa, jogo americano, mouse pad e outros. O destaque dos encauchados ficará por conta da pintura de camisetas feitas a mão utilizando o látex natural pré-vulcanizado e colorido com pigmentos naturais. “As camisas serão confeccionadas na hora, na frente do comprador”, detalha Samonek.

A ideia de complementar a renda com a valorização do látex e a preservação da natureza foi desenvolvida pelo Pólo de Proteção da Biodiversidade e Uso Sustentável dos Recursos Naturais (Poloprobio). “Resgatamos e inovamos uma prática antiga dos índios, utilizada antes mesmo do homem conhecer a borracha. Essa mistura do passado com a atualidade gerou um produto que hoje o mercado está aceitando, sem necessidade de máquinas e estufa para transformar matéria-prima em artefato”, explica o diretor do projeto Encauchados, Francisco Samonek.

Agricultura familiar na Rio+20

Um dos espaços que será ocupado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário na Conferência será a Praça da Sociobiodiversidade. O local de 540 metros quadrados irá contemplar 23 empreendimentos da agricultura familiar provenientes de quatro biomas. A praça funcionará em parceria com o ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Ministério do Meio Ambiente (MMA) e a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

“A importância da participação do MDA é muito grande porque entendemos que a agricultura familiar, não apenas no Brasil, mas no mundo inteiro, tem papel singular na agenda do desenvolvimento sustentável. E é apenas a agricultura familiar que pode contribuir para a geração de emprego no campo, ao mesmo tempo em que produz alimentos saudáveis e preserva os recursos naturais. Daí o nosso desafio de colocar o tema do desenvolvimento agrário no centro da agenda da Rio+20”, comenta o chefe da Assessoria para Assuntos Internacionais e de Promoção Comercial do MDA, Francesco Pierri.

Diversidade para o mundo

Durante a Rio+20, a Praça da Sociobiodiversidade e outras participações do MDA nas programações paralelas mostrarão a diversidade brasileira para o mundo, as inciativas de sustentabilidade da agricultura familiar por meio das ações da Secretaria da Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário e que este setor é estratégico para o desenvolvimento rural sustentável no país.

"A exposição de produtos oriundos das nossas florestas, produtos orgânicos da agricultura familiar vai ser muito importante para que o público presente na Rio+20 tenha contato direto, não só vendo como experimentando esses produtos e conversando com os expositores, que são agricultores", afirma o secretário da Agricultura Familiar, Laudemir Müller. Ele aponta que o evento terá uma rica mostra de produtos (dos biomas Amazônia, Cerrado, Caatinga, Mata Atlântica) com grande potencial de consumo e que demonstram a capacidade de gerar renda e ao mesmo tempo preservar, "usando com sustentabilidade a biodiversidade que o Brasil tem e o conhecimento tradicional do nosso país".

"O que a gente quer na Rio + 20 é mostrar essa iniciativa e fazer com que o mundo possa ter uma ideia que o Brasil é diverso, além de dar visibilidade para o segmento da agricultura familiar, para esta identidade social no país, que muitas vezes não é conhecida no exterior e que é tão importante para a economia, para a sociedade brasileira e para o meio ambiente", resume Arnoldo de Campos, diretor do Departamento de Geração de Renda e Agregação de Valor da Secretaria da Agricultura Familiar (SAF), do Ministério do Desenvolvimento Agrário.

Na Praça da Sociobiodiversidade, que acontece de 16 a 22 de junho, no Aterro do Flamengo, como parte da programação paralela da RIO +20, estarão 23 empreendimentos de povos, comunidades tradicionais e agricultores familiares e produtos do Talentos do Brasil (moda). A praça ficará no espaço Arena Socioambiental, das 12h às 20h.

O diretor observa que o Plano Nacional da Sociobiodiversidade promove, a partir de uma articulação de instrumentos de políticas públicas, de atores sociais, empresariais e governamentais envolvidos com a temática, "a geração de renda com a floresta em pé", a partir de produtos que são feitos por comunidades rurais e oriundos da biodiversidade brasileira.


Fonte: http://www.mda.gov.br/portal/noticias/item?item_id=9849442



Rio+20 começa com falta de consenso, Há baixa expectativa de que documento final estipule metas ambiciosas para o desenvolvimento sustentável

A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, começa nesta quarta-feira (13), no Rio de Janeiro, com incertezas, falta de consenso e sem grandes expectativas de que o documento final estipule metas ambiciosas. Até ontem, havia confirmação da participação de representantes de 186 dos 193 países-membros da ONU - a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, representará o presidente Barack Obama.Entenda: Como vai funcionar a Rio+20


Os principais impasses continuam em torno do fortalecimento do programa das Nações Unidas para o Ambiente (Pnuma) e sobre os temas dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) - pelos quais os países avançariam como uma segunda etapa dos Objetivos do Milênio, um conjunto de oito metas estabelecidas pela ONU em 2000 e que devem ser atingidas por todos os países até 2015. Mas até a
última reunião preparatória, no início do mês, em Nova York, não havia acordo nem mesmo sobre quantos deveriam ser os temas desses objetivos sustentáveis.

A ONU já dá como certo que as negociações não se encerram ao longo dos três dias de reunião preparatória do documento final, a partir de hoje. Por enquanto há acordo em relação a menos de um quarto dos parágrafos do documento. Como a decisão é por consenso entre os 186 países participantes, fica claro o tamanho do desafio. Já se inscreveram para fazer discursos durante a cúpula 76 presidentes, 6 vices, 44 primeiros-ministros e 7 vice-primeiros-ministros.

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O Brasil defendeu ontem o fortalecimento de princípios acordados há 20 anos e que não haja retrocessos em pontos conquistados na Eco-92. A informação foi passada em uma entrevista sem muito entusiasmo concedida pelos ministros Antonio Patriota (Relações Exteriores) e Izabella Teixeira (Meio Ambiente) no Riocentro, sede do evento. Veja a cobertura completa da Rio+20

Patriota disse que o País chega à última etapa de negociações defendendo a manutenção de pontos estabelecidos na Eco-92, como ter o ser humano como o centro das atenções e o princípio das "responsabilidades comuns, porém diferenciadas".

Em linhas gerais, esse princípio prevê que todos os países têm compromisso com as mudanças, mas os ricos têm mais, porque historicamente contribuíram mais com a degradação do planeta.

"A crise econômica há 20 anos afetava sobretudo os países em desenvolvimento. Hoje, o que antes era considerado periferia está trazendo respostas. A periferia de certa maneira virou o centro", disse Patriota.
Polarização
Sobre a divergência entre países ricos e pobres, um representante da ONU disse que hoje não dá mais para falar em polarização Norte-Sul. "Em que categoria Brasil, a sexta economia do mundo, China e Índia se colocam, como pobres? Claro que ainda existe muita pobreza. E há um medo dos países em desenvolvimento de serem forçados a tomar atitudes imediatas que possam prejudicar o seu crescimento. É mais complicado que Norte x Sul. O mundo está muito diferente."

Mais cedo,
Izabella havia comparado a falta de acordo nas negociações com o que ocorreu no ano passado durante a conferência do clima (COP-17), em Durban, África do Sul. "Todos diziam que Durban não ia dar em nada, mas conseguimos reverter a situação", lembrou a ministra, sobre o acordo fechado em dezembro por representantes de 194 países de renovar o Protocolo de Kyoto para pelo menos até 2017.

Rio+20 – Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável

A Siemens está trabalhando em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) no Pavilhão do PNUMA com o objetivo de fazer uma grande contribuição para a Rio+20 (13 a 24 de junho).

A empresa também está organizando e participando de eventos paralelos e de conferências sobre novas tendências realizadas conjuntamente com a Rio+20.

A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20) é uma oportunidade para nos reunirmos e analisarmos o progresso feito desde a primeira Cúpula da Terra, a ECO-92, no Rio e para renovar o compromisso com o desenvolvimento sustentável no futuro. Já conquistamos muito nos últimos 20 anos, mas ainda resta muito a fazer.

Liderança política e ação governamental são vitais. No entanto, na Siemens, acreditamos que a inovação também é essencial para o desenvolvimento sustentável. Teremos uma presença marcante no Rio, trabalhando em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA). Nosso objetivo é apresentar bons exemplos de soluções de grande e pequena escala, discutir e debater ideias e destacar o papel essencial da inovação e da tecnologia na construção de uma economia verde.

O progresso real e ações reais são coisas possíveis! Trabalhando juntos, podemos criar respostas sustentáveis. Podemos agir agora.

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O Estado de Mato Grosso - participa expondo e comercializando produtos da Agricultuta Familiar (Alimentos produzidos no bioma Amazônia) e é destaque na Rio+20


Uma amostra do que a floresta amazônica fornece para a alimentação poderá ser conferida – e consumida – na Praça da Sociobiodiversidade, dentro da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, entre os dias 16 e 22 de junho.

Passados 20 anos da Rio 92 e em pleno ano intermacional do cooperativismo, o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) levará produtos dos biomas brasileiros à Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável. O espaço, organizado em conjunto com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Ministério do Meio Ambiente (MMA) e com a Companhia Nacional de Desenvolvimento (Conab), também servirá de local para debates sobre a participação da agricultura familiar nos meios de produção sustentáveis.


O MDA, unindo o mote da Rio+20 com o ano do cooperativismo, dará espaço para duas cooperativas e uma associação do bioma Amazônia mostrarem ao mundo suas experiências. Gerar renda de forma sustentável é a essência do projeto Reflorestamento Econômico, Consorciado Adensado (Reca), da Associação dos Pequenos Agrossilvicultores de Rondônia (RO), da Central de Comercialização Extrativista do Acre (Cooperacre) e da Cooperativa dos Agricultores do Vale do Amanhecer (Coopavam), de Juruena (MT).

"A exposição de produtos oriundos das nossas florestas, produtos orgânicos da agricultura familiar, vai ser muito importante para que o público presente na Rio+20 tenha contato direto, não só vendo como experimentando esses produtos e conversando com os expositores, que são os agricultores", afirma o secretário da Agricultura Familiar do MDA, Laudemir Müller.

Ele aponta que o evento terá uma rica mostra de produtos - não só do bioma Amazônia, como também Cerrado, Caatinga e Mata Atlântica -, com grande potencial de consumo e que demonstram a capacidade de gerar renda e ao mesmo tempo preservar, "usando com sustentabilidade a biodiversidade que o Brasil tem, e o conhecimento tradicional do nosso país".

O diretor do Departamento de Geração de Renda e Agregação de Valor da Secretaria da Agricultura Familiar do MDA, Arnoldo de Campos, enfatiza que a Praça da Sociobiodiversidade - dentro da Arena Socioambiental, no Aterro do Flamengo -, vai mostrar o potencial das cooperativas na erradicação da pobreza e na adoção de práticas sustentáveis. "Estamos promovendo a geração de renda com a floresta em pé, a partir de produtos que são feitos por comunidades rurais e oriundos da nossa biodiversidade", afirma Campos.

Cooperacre entrosada com programas do MDA

A participação da Central de Comercialização Extrativista do Acre (Cooperacre) na Praça da Sociobiodiversidade está em sintonia com o mote da Rio+20: desenvolvimento sustentável. É exatamente este o modelo de gestão adotado pela Cooperacre, há 10 anos, que hoje serve como exemplo de extrativismo com preservação ambiental e agregação de valor e renda. “Todos os produtos da Cooperacre têm relação direta com a preservação ambiental”, assegura o superintendente , Manoel Monteiro de Oliveira.

Primeiro funcionário da cooperativa e responsável pela gestão administrativa da Central, Oliveira conta que os programas do MDA são fundamentais para garantir o pagamento de um preço justo para os extrativistas e também para agregação de valor com o beneficiamento de produtos como a castanha e o látex. “O nosso entrosamento com o MDA permite que o extrativista receba na hora a remuneração pelo seu produto. A maioria desses trabalhadores depende exclusivamente do que recebe da Central”, reitera.

A relação com os programas do ministério, referida por Manoel, começou em 2004 quando a Cooperacre fez a primeira venda para o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) na modalidade formação de estoques. O programa ajudou a equilibrar o preço da castanha, que em 2001 valia R$ 7,00 a lata de 10 Kg. Naquele ano, com os recursos do PAA, o valor quase dobrou e, na última safra, a lata chegou a R$27. E é a castanha, o principal produto da Central, que estará disponível para comercialização na Rio+ 20. Quatrocentos quilos serão vendidos em embalagens de 150 e de 500 gramas na Praça da Sociobiodiversidade, junto a outros produtos do Bioma Amazônia.

A partir de 2009, a cooperativa também acessou a linha de agroindústria do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) que financia investimentos, inclusive em infraestrutura, para beneficiamento, processamento e comercialização da produção. Inicialmente, a cooperativa acessou R$ 2 milhões e nos últimos quatro anos os investimentos somam R$ 15 milhões.

A Cooperacre começou a operar em 2001 com apenas um funcionário e mais de R$ 267 mil em dívidas com os trabalhadores. Atualmente, movimenta mais de R$ 35 milhões ao ano, possui uma sede, três filiais e 250 funcionários devidamente registrados. A Central reúne 33 cooperativas de 14 municípios do Acre e possui dois mil associados diretos, escoando mais de 80% da produção extrativista brasileira de castanha no Acre. “Se considerarmos também as famílias que não são associadas, a Cooperacre beneficia mais de quatro mil famílias”, ressalta o superintendente.

Um projeto de reflorestamento foi implantando há dois anos com apoio dos governos federal e estadual visando garantir o futuro das próximas gerações extrativistas. Por meio do projeto, os produtores replantaram cerca de mil hectares de florestas de seringueira e castanha.

Projeto Reca: associativismo com preservação ambiental
Outra história de sucesso, baseada na relação entre associativismo e preservação ambiental, será levada à Rio+20 pelo projeto Reflorestamento Econômico, Consorciado Adensado (Reca), da Associação dos Pequenos Agrossilvicultores, de Nova Califórnia (RO). Para o presidente da associação e coordenador do projeto Reca, Hamilton Condack, a Rio+20 é a vitrine ideal para mostrar o trabalho já reconhecido pelo compromisso com a preservação ambiental e organização social. “Como nós estamos distantes dos grandes centros, aproveitamos eventos como a Rio+20 para divulgar os nossos produtos”, reforça.

A participação do Reca no Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) e no Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), articulados pelo MDA, permite a consolidação do projeto e assegura o ganho para cerca de 200 famílias de forma direta, e para mais de 2 mil pessoas de forma indireta. O Reca levará à Rio+20 doces, licores e geleias produzidos a partir de frutos típicos da floresta, como o açaí e a castanha.

O projeto Reca nasceu em 1989, com um grupo de agricultores de várias partes do Brasil que foram assentados em uma demarcação do Incra, no antigo seringal Santa Clara. Na época, as terras eram demarcadas e entregues às famílias sem nenhum tipo de apoio. Os agricultores eram induzidos a derrubar a floresta para dar lugar às plantações. Outra dificuldade era a malária que assolava os assentados e contribuía para um quadro de dor e desesperança. Mesmo assim, os agricultores iniciaram o trabalho de desbravar as terras. Como as terras estavam em processo de litígio, os projetos dos assentados não eram aprovados e eles não recebiam recursos dos governos estaduais de Rondônia e do Acre.
Dada a necessidade, os agricultores se reuniram e começaram a discutir como fazer para sobreviver frente a tantas dificuldades. Eles se juntaram a antigos povos da região, como os seringueiros, e começaram a discutir uma forma alternativa que desse condições de melhorar a vida de todos, adaptada ao clima e forma de vida dos povos locais. Unindo os conhecimentos de organização e cooperação dos povos oriundos das outras áreas com os dos povos da região sobre a floresta, começaram a elaborar um projeto para a implantação de sistemas agroflorestais (Saf's), escolhendo plantas nativas e frutíferas.

Depois de idas e vindas e diversos projetos que não receberam qualquer apoio, o então bispo do Acre, dom Moacyr Grech, abraçou a ideia, e com recursos de uma instituição holandesa foram implantados 200 hectares de Saf's com pupunheira para frutos, cupuaçuzeiro e castanha do Brasil. Atualmente, o Reca é dividido em 11 grupos, de acordo com a proximidade.

As dificuldades se transformaram em superação e o Reca chega a Rio+20 como referência de projeto voltado ao desenvolvimento das comunidades locais, unindo preservação da floresta e comprometimento social. O Reca ganhou o prêmio Objetivos do Desenvolvimento do Milênio (ODM) Amazônia Viva: plantando e colhendo frutos para um mundo melhor, em 2007, e foi o vencedor do Ford Preservação Ambiental.

Coopavam leva experiência premiada à Rio+20

A Cooperativa dos Agricultores do Vale do Amanhecer (Coopavam), de Juruena (MT) e a Associação de Mulheres Cantinho da Amazônia (AMCA), vão levar a Rio+20 o fruto de experiências que vem sendo premiadas por apoiarem as comunidades locais com sustentabilidade. Mais de cinco mil quilos de castanha do Brasil e derivados como farinha, óleo e biscoito serão expostos e comercializados na Praça da Sociobiodiversidade. A curta história da Cooperativa – criada em 2008 – já é reconhecida por órgãos nacionais e internacionais por levar desenvolvimento aos cooperados, conservar a floresta amazônica e ainda fornecer alimentação saudável para a população da região.
A Coopavam recebeu recursos do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), por meio do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), que investiu R$ 336 mil na construção da fábrica e para a conservação e recuperação ambiental no assentamento Vale do Amanhecer.

A cooperativa envolve agricultores, extrativistas e cinco etnias de indígenas da Região Noroeste de Mato Grosso - Cinta-Larga, Apiacás, Munduruku, Caiabi e Zoró. Antes da fundação da Coopavam, os extrativistas e indígenas recebiam entre R$ 0,50 e 0,80 por quilo de castanha in natura, compradas por atravessadores. Hoje, devido à participação em vários Programas do Governo, principalmente no Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), articulado pelo MDA, nas modalidades Doação Simultânea e Formação de Estoque, os extrativistas recebem até R$ 4 pelo quilo in natura e seca. Esses produtos chegam à mesa de aproximadamente 22 mil crianças e de adultos em situação de risco de insegurança alimentar em seis municípios da região.

A responsável pela gestão da Coopavam e da AMCA, Lucinéia Machado, enfatiza a transformação que a cooperativa e a associação estão propiciando à toda comunidade. Mais do que o ganho financeiro, os extrativistas estão se conscientizando sobre a importância de preservar a floresta. “Com o PAA as crianças estão adquirindo um novo hábito alimentar. Consumindo produtos da floresta aprendem o valor de preservá-la”, pondera. Lucinéia acrescenta que outro resultado importante foi a valorização do trabalho das mulheres que, segundo ela, são as principais responsáveis pela qualidade do produto final. Lucinéia ainda explica que a preocupação com a diversificação dos produtos foi a motivadora para a formação da AMCA. Formada por 85 sócias, a associação, que funciona em conjunto com a Coopavam, produz biscoitos que estarão à venda na Rio+20. “A nossa participação servirá para que as pessoas do mundo inteiro conheçam a nossa experiência que une geração de renda com conservação ambiental e ganho social”, revela.

A AMCA recebeu, em novembro de 2011, o Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologias Sociais, na Categoria "Participação de Mulheres na Gestão de Tecnologia Social" e a Coopavam foi premiada pela 4ª edição dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM-ONU) com a prática: Amazônia Viva: plantando e colhendo frutos para um mundo melhor.

Também conhecidos como "8 Jeitos de Mudar o Mundo", os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) são um conjunto de metas pactuadas pelos governos dos 191 países-membros da ONU com a finalidade de tornar o mundo um lugar mais justo, solidário e melhor para se viver.

O compromisso foi firmado durante a Cúpula do Milênio, em setembro de 2000, após uma análise dos maiores problemas globais e prevê um conjunto de oito macro objetivos, voltados para as áreas de saúde, renda, educação e sustentabilidade, a serem alcançados pelas nações até 2015.

Dos oito objetivos, a Coopavam atingiu pelos menos a metade: erradicar a extrema pobreza e a fome, promover a igualdade entre os sexos e a autonomia de mulheres, garantir a sustentabilidade ambiental e estabelecer parcerias para o desenvolvimento. “O nosso trabalho está sendo reconhecido no país e agora no mundo. Estes prêmios nos dão uma motivação ainda maior para continuar”, finaliza.

Diversidade para o mundo

Durante a Rio+20, a Praça da Sociobiodiversidade e outras participações do MDA nas programações paralelas mostrarão a diversidade brasileira para o mundo, as inciativas de sustentabilidade da agricultura familiar por meio das ações da Secretaria da Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário e que este setor é estratégico para o desenvolvimento rural sustentável no país.

"A exposição de produtos oriundos das nossas florestas, produtos orgânicos da agricultura familiar vai ser muito importante para que o público presente na Rio+20 tenha contato direto, não só vendo como experimentando esses produtos e conversando com os expositores, que são agricultores", afirma o secretário da Agricultura Familiar, Laudemir Müller. Ele aponta que o evento terá uma rica mostra de produtos (dos biomas Amazônia, Cerrado, Caatinga, Mata Atlântica) com grande potencial de consumo e que demonstram a capacidade de gerar renda e ao mesmo tempo preservar, "usando com sustentabilidade a biodiversidade que o Brasil tem e o conhecimento tradicional do nosso país".

"O que a gente quer na Rio + 20 é mostrar essa iniciativa e fazer com que o mundo possa ter uma ideia que o Brasil é diverso, além de dar visibilidade para o segmento da agricultura familiar, para esta identidade social no país, que muitas vezes não é conhecida no exterior e que é tão importante para a economia, para a sociedade brasileira e para o meio ambiente", resume Arnoldo de Campos, diretor do Departamento de Geração de Renda e Agregação de Valor da Secretaria da Agricultura Familiar (SAF), do Ministério do Desenvolvimento Agrário.

Na Praça da Sociobiodiversidade, que acontece de 16 a 22 de junho, no Aterro do Flamengo, como parte da programação paralela da Rio+20, estarão 23 empreendimentos de agricultores familiares, povos e comunidades tradicionais e produtos do Talentos do Brasil (moda). A praça ficará no espaço Arena Socioambiental, das 12h às 20h.

O diretor observa que o Plano Nacional da Sociobiodiversidade promove, a partir de uma articulação de instrumentos de políticas públicas, de atores sociais, empresariais e governamentais envolvidos com a temática, "a geração de renda com a floresta em pé", a partir de produtos que são feitos por comunidades rurais e oriundos da biodiversidade brasileira.


Autor: Rondonoticias

Governo de Mato Grosso participa do "Diálogo Federativo Rumo à Rio + 20"

Da Redação

Em preparação à Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável (Rio +20), que acontece de 13 a 22 de junho, o Governo de Mato Grosso, por meio da Secretaria de Estado das Cidades (Secid) participou na segunda-feira (04.06) do III Diálogo Federativo Rumo à Rio + 20, que tem como tema "Cidade Sustentável: Participação Social e a Reforma Urbana".

O evento, realizado durante a 33ª Reunião do Conselho das Cidades (ConCidades), teve o objetivo de promover debates entre os entes federativos e os movimentos sociais para colher sugestões e compilar iniciativas nos temas da Rio + 20.

Para o ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, que participou da abertura do ConCidades, a Rio + 20 consolidará a postura do governo brasileiro frente ao cenário ambiental mundial. "A Rio + 20 deverá deixar uma plataforma de atitudes positivas, por isso estamos aqui, para contribuir com os pilares que vão sustentar a conferência. Temos que ter em mente que nada adianta buscar o desenvolvimento, se o preço desse desenvolvimento for a destruição da casa onde moramos", destacou o ministro.

Durante a reunião, os movimentos sociais, com representantes de vários estados, reivindicaram a inclusão dos temas debatidos na reunião do ConCidades, no documento oficial que será apresentado pelo governo brasileiro na Rio +20. "A executiva do Conselho estava preocupada de não termos espaço de discussão da conferência no ConCidades. Houve a sugestão e resolvemos trazer a dinâmica do diálogo federativo para dentro do Conselho, com a participação dos entes federativos e dos movimentos sociais", ressaltou o secretário executivo do ConCidades, Carlos Vieira.

O Secretário de Estado das Cidades de Mato Grosso (Secid-MT), Nico Baracat, participou da abertura do evento como conselheiro titular do ConCidades, cargo que ele ocupa desde junho de 2011.

"Acho importante acompanharmos de perto os debates, já que o tema da Rio + 20 é Cidade Sustentável. Integrantes da equipe técnica da secretaria também estão participando dos grupos de trabalho, que durante a reunião do conselho estão tratando de assuntos importantes para nós como habitação, saneamento e planejamento urbano".

Na reunião do Grupo de Trabalho (GT) Habitação foi discutida a criação de um GT de Assistência Técnica, hoje um dos grandes gargalos enfrentados principalmente pelos estados e municípios, quando o assunto é habitação, já que existem recursos do Programa Minha Casa, Minha Vida, mas faltam técnicos para dar viabilidade aos processos coletivos.

Na terça-feira (05.06), às 11 horas, os reassentamentos involuntários foram tema de debate. Eles estão ocorrendo principalmente em cidades brasileiras onde estão sendo realizadas obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e relativas a Copa de 2014.

A retirada de famílias de locais onde as obras serão executadas têm gerado polêmica, o que motivou a discussão do tema na reunião do conselho.




INDIOS DE MATO GROSSO ESTÃO PRESENTES NA RIO + 20



A casa dos povos indígenas durante a conferência Rio+20 começou a tomar forma na terça-feira pelas mãos de 21 guerreiros da nação Kaiamurá, do Alto Xingu, no Mato Grosso.

A aldeia Kari-Oca, sede do encontro de povos nativos de todo o mundo, está sendo erguida no campus da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em Jacarepaguá, zona oeste do Rio.

No terreno, com cerca de sete mil metros quadrados, os guerreiros trabalham para levantar duas ocas de debates, alojamentos e uma tenda tecnológica, de onde as discussões serão transmitidas via internet para povos indígenas dos Estados Unidos ao Japão.

A oca construída pelos guerreiros reproduz o modelo das habitações da aldeia. Ela sediará encontros e debates sobre temas como alimentação, mudanças climáticas, energia limpa, erradicação da pobreza e economia verde.

No total, cerca de 1.200 índios circularão pelos espaços, participando de discussões, atividades culturais e esportivas.

Durante a conferência, os índios vão preparar um documento que será entregue aos representantes das Nações Unidas, no dia 17 de junho.

"Estamos aqui para mostrar nossa tradição, nossa cultura, nossa casa. Estamos passando um conhecimento para os jovens, e isso não pode acabar", resumiu o líder dos guerreiros e um dos arquitetos responsáveis pela construção das ocas, Atawalu Hotopyne, de 50 anos. Após três dias de viagem de ônibus, os guerreiros chegaram à cidade no último dia 22, mas os trabalhos de construção das ocas só começaram na segunda-feira.

O terreno destinado ao evento não tinha sido liberado para as obras a tempo e ainda passava por serviços de terraplanagem enquanto os guerreiros erguiam a estrutura da aldeia.

Pela primeira vez no Rio, o grupo aproveitou o tempo livre para conhecer a praia de Ipanema. Com uma câmera fotográfica na mão, Kotoki Kaiamurá, de 23 anos, registrava os passeios e a construção da Aldeia. "Vou mostrar à minha sociedade o que vimos aqui. Eles sempre quiseram conhecer o Rio e vão ficar felizes ao ver as imagens", contou.

Cada guerreiro irá receber cerca de R$ 900 pelo trabalho de construção da aldeia. No total, o orçamento do projeto é de cerca de R$ 1 milhão, mas os recursos ainda não foram liberados pelo governo federal. A expectativa dos organizadores é de que até a próxima semana o dinheiro seja liberado para não comprometer a realização dos trabalhos. "Saímos do zero, mas ainda temos muito o que fazer", afirmou Marcos Terena, um dos responsáveis pela organização.

(Com Agência Estado)

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