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17 de novembro de 2025

Produtos de Mato Grosso lotam estande do Consórcio da Amazônia Legal na COP30







A produtoras de ervas medicinais, Jacira - Foto por: Divulgação Mtur

Produtos de Mato Grosso lotam estande dAmazônia


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Com raízes que perpassam gerações no cultivo de ervas medicinais advindo do bisavô curandeiro, seguido pelo avô e, depois, pelo pai, Jacira Corrêa Sarate é descente de escravos e até hoje mora na comunidade quilombola Mata Cavalo, em Nossa Senhora do Livramento. “Meu pai sempre disse que eu tinha uma missão: a cura. Quando é uma missão você não escapa, cedo ou tarde tem que cumpri-la”, avalia, quase que contando a própria história. Com a morte do pai, ela teve de vencer o desafio de manter os produtos de ervas voltados à cura. Reconhecida nacionalmente, com participação em feiras em São Paulo e outras regiões fora de Mato Grosso, Jacira é figura carimbada nas feiras promovidas pela Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf), em parceria com a Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), pelo Estado.  


Como não poderia deixar de ser, os produtos dela, escolhidos minuciosamente, estão expostos na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), um dos principais eventos globais sobre o tema, que neste ano é realizado em Belém (PA). Jacira enviou licor de casca de Jatobá, cravinho do serrado, garrafada “Cura Tudo”, gin do Serrado, o comemorado Suplemento Natural à base de Batata Doce, Pomada Natural e a concorrida paçoca de pilão.

Ela está entre os 16 produtores de pequena escala da agricultura familiar de Mato Grosso selecionados para enviar ao menos uma amostra da produção na COP 30, no estande do consórcio da Amazônia Legal, composto pelos nove Estados que integram o território amazônico. “É Mato Grosso representado na COP 30 pela agricultura familiar. São agricultores, como das comunidades tradicionais, quilombola e indígenas. Há produtos da floresta, como Castanha do Brasil, produtos do Cumbaru, do Pequi, do Jatobá, mel. É um evento internacional, com vários países. O mundo está de olho na Amazônia e nosso Estado faz parte disso”, explica o técnico da Seaf/Empaer, Geraldo Donizete Lúcio.

O encontro reúne líderes mundiais, cientistas, organizações não governamentais e representantes da sociedade civil para discutir ações de enfrentamento às mudanças climáticas.


Entre os selecionados, também está a Águas Claras Cachaçaria, do Sítio Santa Rita, em São José do Rio Claro, que enviou as cachaças “Amburana” e “Carvalho Europeu”, além dos licores de canela e café. Da fazenda Nossa Senhora do Carme, em Poconé, a BioMendies Mel do Pantanal optou por enviar Mel, Extrato de Própolis e licores de canela e Café, produzidos na fazenda Nossa Senhora do Carmo, em Poconé. Situada em Cáceres, a Apiários Turbino aposta no mel do própolis para conquistar o público da COP30.  


A Aldeia Massepô, da Terra Indígena Utimina, enviou o Café Indígena Robustas Amazônico Especial, Torra Média. Trata-se da primeira aldeia a produzir café em Mato Grosso. Indígenas da etnia Umutina, em Barra do Bugres, começaram a embalar para comercialização o café produzido com suporte do Governo de Mato Grosso. Eles estão investindo na cultura depois de receberem mudas, kits de irrigação e uma patrulha mecanizada do programa MT Produtivo Café, da Seaf. 

Conforme o cacique Felisberto Copodonepá, a produção representa um avanço significativo para a agricultura familiar indígena. Trata-se da nova fonte de renda para a comunidade. “Recebemos 3,6 mil mudas de café e, no ano passado, também recebemos uma patrulha, que é um trator com grade”, destacou.  

O Armazém do Serrado CoopAmsal, da Comunidade Agrícola das Palmeiras, em Santo Antônio do Leverger, priorizou os produtos Colorau, Cappuccino de Babaçu, Castanha de Baru, Açafrão da Terra, Gergelim e o Shake de Babaçu com Chocolate. “O shake de babaçu é resultado de um delicioso e nutritivo preparado feito de mesocarpo do coco do babaçu e do cacau 100%, O produto não contém glúten, nem açúcar, e é rico em fibras”, destaca a produtora Cristiana Almeida Rodrigues Canabrava.


A Delícias da Vó Rikka, de Várzea Grande, apostou na produção de peta caseira, bolacha caseira com suspiro, batata chips, gergelim, e shake de babaçu com chocolate. “As petas caseiras são produzidas artesanalmente, ainda em pequena escala, com polvilho doce de secagem ao sol, óleo de soja, sal e ovos de galinha. Há petas de tempero especial, como cebola, alho e salsa, queijo pimenta ou multigrãos (chia, linhaça, quinoa e gergelim)”, ressaltam os produtores Osmar Beckmann, Alvina Cristina Beckmann, Eder Beckmann e Alyssandra Aparecida de Souza Beckmann.

Já o Ateliê Muzzas Morenas, de Cuiabá, enviou para a COP30 bonecas de pano, comadre Nhára e Xó Dito. Já a Doces Campo Alegre Produtos, de Nossa Senhora do Livramento, aposta nas rapaduras de leite, de leite com coco de babaçu, além de doce de leite, doce cachorrada e manteiga de garrafa para conquistar o público. O Empório Serra Pantaneira, de Nossa Senhora do Livramento, enviou itens como cachaças artesanais, licores de frutas e banana chips.


De Alta Floresta, a Castanhaf Castanhas do Brasil expõe no evento tâmara recheada com castanha do Brasil e cobertura de chocolate, castanha sabor alho, castanha picante, doce de banana e banana da Amazônia. A Hidromel Castilho Med, de Sinop, enviou à COP 30 hidromel silvestre e hidromel do Cipó Uva. A Bee Produts e Phyto Dom Querino, da Serra das Laranjeiras, em Cuiabá, mandou casca do Jatobá, farinha da casca do fruto do Jatobá, capuccino de Jacobá, semente (pérola) do Jatobá, melicor com especiarias, melicor com Jabotá e mel. A Rapadura Temporas, por sua vez, disponibiliza durante a COP rapaduras de cana, leite, coco de babaçu e rapadura de mamão. As iguarias são produzidas na chácara Engenho Doce, em Rosário Oeste.

Os produtos mato-grossenses foram transportados pela Casa Civil. A produtora de raízes Jacira Sarate já comemora encomendas de Salvador, do Rio de Janeiro, de São Paulo, Colíder e Terra Nova do Norte, entre outras regiões. “Já tenho meus clientes fixos, encaminho por Sedex”, conclui.  


9 de agosto de 2024

Café indígena de MT é um dos destaques do Estado no 8º Salão Nacional do Turismo

Foto: Sedec/MT -  Redação MT EconômicoO primeiro café indígena de Mato Grosso vai ser apresentado no 8º Salão Nacional do Turismo, realizado até o dia 11 de agosto, no Rio de Janeiro (RJ). O Massepô Café Indígena passou a ser produzido em 2021, na terra indígena de mesmo nome da marca, em Barra do Bugres (165 km de Cuiabá), da etnia Balatiponé-Umutina. De olho no potencial turístico, eles devem passar a oferecer a experiência de provar da bebida em uma visita guiada na aldeia.

O produtor rural indígena e cacique Felisberto de Souza Cupudunepá contou que a ideia de passar a investir em cafeicultura começou em 2013, quando a aldeia foi reaberta. Quando viram os pés de cafés na área, eles perceberam que essa poderia ser a alternativa econômica. Desde então, as famílias indígenas passaram a buscar conhecimento junto com outros parentes, como os da etnia Suruí e Tupari, ambos de Rondônia, que também são cafeicultores.

Além disso, os indígenas buscaram uma espécie de café mais adaptada à região e participaram de dias de campo junto à Embrapa e Empaer. Eles perceberam que a produção teria uma valorização no médio e longo prazo e que não havia necessidade de produzir em uma grande área. A mão de obra iria envolver a própria comunidade.

Treze famílias passaram a produzir café em 2,5 hectares da aldeia e estão na segunda safra. A produção é toda vendida aos consumidores finais ao custo de R$ 25 o pacote de 250 gramas. Agora eles se prepararam para começar a plantar grãos especiais e ofertar ao mercado cafés gourmet com maior valor agregado.

“Nosso sistema de produção é diferente. É um café produzido em terra indígena, feita da forma mais natural possível, envolve a nossa comunidade. O processo de beneficiamento é todo artesanal e dessa forma que a gente consegue agregar o valor. Agora estamos trabalhando para produzir café especial, que pode ter um valor até 3 vezes mais do que o que produzimos atualmente”, comentou o cacique.

Incentivado pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec), por meio da Adjunta de Turismo, o cacique Felisberto foi orientado a participar do edital do 8º Salão Nacional do Turismo que selecionou produtos da agricultura familiar associado ao turismo para apresentar no evento, no Rio de Janeiro. Ele vai expor o café indígena de Mato Grosso no espaço Cafés do Brasil durante a feira. A expectativa é de um público de 120 mil pessoas

Além do café, Mato Grosso vai levar para o evento a ancestralidade, cultura, etnoturismo, turismo de aventura e pesca esportiva. No Espaço Experiência, haverá ações da pesca esportiva, turismo de aventura, etnoturismo, negócios e eventos. Já no Espaço Brasil em Festa, serão retratados os festejos de São Benedito, da Cavalhada, dos Mascarados e da Dança do Congo. Já na ala Povos Originários, indígenas da etnia Parecis representarão Mato Grosso.

No Espaço Afroturismo contará com membros do Quilombo Mata Cavalo, que farão rodas de conversas e oficinas de bijuterias afro. Com apoio do Serviço Social do Comércio (Sesc) de Mato Grosso, o grupo Flor Ribeirinha se apresenta no palco principal, nos dias 9 e 10.

MAPA DO ETNOTURISMO – OMapeamento do Etnoturismo em Mato Grosso aponta que 19 das 40 etnias que foram mapeadas nos polos Araguaia, Cerrado, Amazônia e Pantanal praticam atividades turísticas em seus territórios em Mato Grosso.

Durante a Feira Internacional do Turismo do Pantanal, realizada de 30 de maio a 2 de junho, a Fundação Nacional do Índio (Funai) liberou o plano de visitação para os Balatiponés-Umutina, em Barra do Bugres.

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2 de maio de 2024

Livramento e Pocone recebem visitas do Geraldo Lúcio e do Ednei Bueno - confiram !

No dia 02 de maio de 2024 o agente técnico da EMPAER, Geraldo Donizeti  Lúcio esteve realizando visitas técnicas  nos municípios de Nossa Senhora do Livramento que fica a 35 km de Cuiabá e no município de Pocone que fica aproximadamente 100 km da Capital.
A referida visita foi acompanhada pelo Engenheiro Agrônomo Ednei Bueno do Nascimento que é Extensionista Rural aposentado da EMATER Paraná - Ednei participou como convidado do evento de encerramento do Projeto Romaria e Caminhos de Sant’Anna que ocorreu em Chapada dos Guimarães no dia 01 de maio (ontem) onde pode dar contribuições importantes como palestrante e na roda de conversa, vale ressaltar que nos dias 29 e 30 de abril Ednei esteve realizando visitas nas Comunidades - Coxipo do Ouro, São Jerônimo, Rio dos Médicos e Chapada para poder entender todo o processo do projeto.

No dia de hoje as visitas foram para avaliação de potencialidades para implantação de novos projetos de Turismo Rural com ênfase e foco nas  Caminhadas na Natureza - em Livramento a visita aconteceu no Centro de Comercialização de Produtos  “E de Livramento”. Foram recebidos pelo Secretário de Turismo do município José Eugenio que fez um relato sobre como surgiu o projeto da Feira de Livramento com a produção associada ao turismo. José Eugênio também apresentou algumas opções dentro do município para implantação de trilhas para Caminhadas na Natureza.
Geraldo Lúcio que conhece o município fez uma sugestão de que uma das Caminhada seja realizada na Comunidade Campo Alegre de Baixo onde está localizado a Fábrica de doces do Ciro e a Casa da Memória da Rapadura - com o nome de Trilha dos Doces.
José Eugênio apresentou várias outras opções, Ednei Bueno teve a oportunidade de conversar bastante e dar várias sugestões de estratégias para agregar a este produto turístico que é a Caminhada na Natureza.

Saindo da sede do município partiram para o município de Pocone (Pantanal), no caminho passaram pela Comunidade Quilombola Mutuca do Complexo de Comunidade Mata Cavalo que fica em Livramento, nesta comunidade tem um projeto de Produção Associada ao Turismo com um grande potencial para ter várias trilhas de Caminhadas na Natureza.

No municio de Pocone passaram pelo centro histórico da cidade e foram para Transpantaneira onde percorreram 35 km com uma parada na Pousada Araras Lodje que tem várias trilhas algumas inclusive com estruturas suspensas devido a realidade do Pantanal que estão credenciadas na ANDA BRASIL e IVV.

No final da tarde retornaram para Cuiabá e o Ednei retornou para o Estado do Paraná e pretende continuar contribuindo com o Turismo Rural de Mato Grosso.