
INVERNO COMEÇA NESTA SEXTA-FEIRA: PREPARE-SE PARA FRIO, GEADAS E MUDANÇAS NO PADRÃO DE CHUVAS
Estação, que vai até 22 de setembro, promete ser mais próxima da média histórica, sem a influência do El Niño ou La Niña
O Hemisfério Sul dá as boas-vindas ao inverno nesta sexta-feira, 20 de junho, às 23h42 (horário de Brasília). A estação se estenderá até 22 de setembro, às 15h19, marcando um período de importantes alterações climáticas em diversas regiões do Brasil.
De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o inverno de 2025 será caracterizado por uma redução nas chuvas nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e em partes das regiões Norte e Nordeste. Em contrapartida, os maiores volumes de precipitação se concentrarão no noroeste da Região Norte, no leste do Nordeste e em parte da Região Sul.
Além da menor incidência de radiação solar, a estação trará massas de ar frio vindas do sul do continente, provocando quedas nas temperaturas. As médias térmicas devem ficar abaixo de 22°C no leste das regiões Sul e Sudeste.
Essa diminuição nas temperaturas poderá resultar em geadas no Sul, Sudeste e Mato Grosso do Sul, com a possibilidade de neve em áreas serranas do Sul. Episódios de friagem são esperados em Mato Grosso, Rondônia, Acre e sul do Amazonas. O Inmet também alerta para a formação frequente de nevoeiros e névoa úmida durante as manhãs nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, o que pode reduzir a visibilidade em estradas, áreas montanhosas e aeroportos.
Inverno sem El Niño e La Niña: Um retorno à normalidade
A Climatempo aponta que o inverno de 2025 seguirá padrões climáticos mais próximos da média histórica da estação. Essa perspectiva contrasta com os dois últimos anos (2023 e 2024), quando o Brasil registrou invernos atipicamente mais quentes, marcados por ondas de calor.
Nesta estação, o país não sofrerá as fortes influências dos fenômenos El Niño ou La Niña. O Oceano Pacífico Equatorial, na costa peruana, apresenta atualmente neutralidade térmica, com temperaturas próximas da média. Embora haja previsão de resfriamento nessa região durante o segundo semestre, seus efeitos no clima brasileiro só devem ser perceptíveis no final do inverno e ao longo da primavera.
Expectativas de chuvas e temperaturas por região
O padrão climático deste inverno favorecerá a formação de corredores de umidade entre o Norte, Centro-Oeste e Sudeste no final da estação, aumentando as chances de chuva em agosto e setembro. Essas precipitações serão impulsionadas pela passagem de frentes frias continentais e pelos corredores de umidade, com um possível resfriamento tardio na primavera devido ao esfriamento do Pacífico.
Enquanto a costa leste do Nordeste manterá chuvas frequentes, mas menos intensas que no outono, o sul da Bahia deve registrar precipitações acima da média com a chegada das frentes frias. A configuração oceânica, com o Atlântico Tropical Norte mais quente que o sul, deslocará a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) para norte, o que deve reduzir as chuvas no norte do Nordeste e na porção setentrional da Região Norte. O inverno também trará precipitações abaixo da média no centro, sul e leste do Rio Grande do Sul, enquanto algumas áreas do leste catarinense, paulista, fluminense e capixaba podem registrar chuvas levemente acima do normal.
Quanto às temperaturas, embora se espere mais dias frios do que em 2023 e 2024, o final do inverno ainda deve registrar temperaturas acima da média em quase todo o país. O Centro-Oeste e Tocantins terão períodos de calor em agosto e setembro, porém sem as ondas prolongadas do ano anterior.
Alertas e previsões específicas
A primeira onda de frio significativa está prevista para o final de junho, com intensidade superior à registrada no início do mês. Ela deve afetar Sul, Sudeste, Centro-Oeste e causar friagem intensa em Rondônia, Acre e sul do Amazonas, possivelmente estabelecendo novos recordes de baixas temperaturas para o ano.
Este inverno traz uma maior probabilidade de geadas amplas no Sul e condições mais favoráveis para o fenômeno no Sudeste e Centro-Oeste, em comparação com os últimos anos. A ocorrência de neve, bastante reduzida em 2023 e 2024, tem chances em julho e agosto deste ano.
Sobre as queimadas, a expectativa de maior umidade em agosto e setembro no Centro-Oeste e Sudeste deve reduzir a severidade e a quantidade de focos em relação aos últimos anos. No entanto, a região do MATOPIBA (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) é motivo de preocupação, com previsão de atraso nas chuvas da primavera, o que pode potencializar os riscos de incêndios florestais
Nenhum comentário:
Postar um comentário