Local - Parque Nacional de Chapada dos Guimarães. Aproximadamente 40 km de Cuiabá.
🗓 Data 14 de dezembro
💰 Preço promocional
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A AMANTES DA NATUREZA-MT vai te levar em um lugar fantástico com belezas Naturais incrível. Trilha Vale do Rio Claro você encontra 3 trilhas principais que te levam para as seguintes atrações: Poço Verde, Poço das antas e a Crista do Galo.
Crista do Galo, um pico que nos permite ter uma visão 360º da Chapada dos Guimarães . A paisagem é sensacional de se contemplar. Ao todo são cerca de 14 km de trilha a pé ida e volta.
⏰ Saída
6h00h de Sabado
⏲ Previsão de retorno
15h00h
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Posto em frente à Rodoviária Central de Cuiabá.
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11/12 .
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Governo do Estado lança manual de turismo sustentável para Mato Grosso
Parceria com ONU Meio Ambiente e Sebrae ajudará gestores públicos e empresários a comporem uma agenda de sustentabilidade em Mato Grosso
Thielli Bairros
O turismo sustentável é uma forma que busca simultaneamente a conservação e a proteção do meio ambiente, a promoção da cultura, a valorização das tradições, o respeito das pessoas, em particular da comunidade local, melhorando a experiência positiva do turista e promovendo a viabilidade dos negócios.
A descrição está no documento “Normalização e Certificação de Turismo Sustentável”, um manual de diretrizes que foi lançado nesta segunda-feira (09.12), em Cuiabá, pelo Governo de Mato Grosso, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Parceria para Ação pela Economia Verde (Page MT), Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e Sebrae MT.
“O Estado de Mato Grosso, por orientação do governador Mauro Mendes, está em busca do desenvolvimento do turismo mostrando nossas belezas naturais de forma sustentável. O projeto levará as diretrizes para as políticas públicas e auxiliará os empresários do setor”, afirmou Jefferson Moreno, secretário adjunto de Turismo.
De acordo com o diretor superintendente do Sebrae MT, José Guilherme Barbosa Ribeiro, o manual é prático e objetivo. “Mostra aos poderes públicos estadual e municipais como apoiar o turismo em Mato Grosso e à iniciativa privada orienta como fazer a normalização deste turismo sustentável – o que fazer, como fazer, quais são as normas”, explicou.
Operadores e analistas afirmam que a escassez é um importante fator por trás do salto nos contratos futuros do arábica na ICE, que catapultaram cerca de 25% desde meados de outubro, em meio a uma disputa pelos estoques certificados pela bolsa de arábica lavado ou de qualidade.
Os estoques caíram de 2,5 milhões de sacas em março para 2,1 milhões, com as colheitas na América Central, Colômbia e Peru, principais fontes do café arábica lavado, caminhando rumo a um início lento, enquanto a oferta de arábicas semi-lavados do Brasil permanece ajustada, em meio a problemas com a qualidade da última safra.
O salto nos preços afetou especuladores. Os mais recentes dados do CFTC mostram que eles já cobriram cerca de 85% das posições líquidas vendidas que mantinham no início de setembro, de mais de 50 mil lotes, ajudando a abastecer o recente rali das cotações.
O arábica semi-lavado do Brasil geralmente pode ser substituído pelo café lavado, mas os problemas de qualidade levaram a uma oferta escassa neste ano, apesar da abundância geral de arábicas não lavados.
Em Honduras, os arábicas lavados estão com um prêmio de cerca de 6 centavos de dólar sobre os futuros na ICE, ante um desconto de cerca de 4 centavos em janeiro, o que impede que operadores entreguem o estoque à ICE, onde não obteriam um prêmio.
Honduras representa menos de 10% da produção global de arábica, mas compõe mais de três quartos do estoque certificado pela ICE e, dessa forma, possui um impacto desproporcional sobre os preços futuros.
“Para os produtores, o Natal chegou mais cedo”, disse um operador com base na Suíça.
“As torrefadoras podiam procurar origens menos expressivas (de arábica), que normalmente têm um desconto (em relação aos futuros), mas não mais. Todos os arábicas lavados subiram, apesar de os futuros em Nova York também avançarem”, acrescentou.
Operadores afirmam que os arábicas lavados colombianos possuem um prêmio de cerca de 32 centavos sobre os futuros da ICE, contra 16 centavos em janeiro.
A escassez se formou durante boa parte deste ano, com os níveis historicamente baixos dos preços levando cafeicultores na América Central, Colômbia e Peru a abandonar seus cultivos e partir rumo às fronteiras dos Estados Unidos.
Os futuros na ICE atingiram mínimas de 13 anos em maio, o que fez com que os preços no mercado físico em grande parte das regiões —com exceção do Brasil— ficassem abaixo dos custos de produção.
Mais recentemente, com a alta das cotações, surgiram rumores de exportadores na Colômbia e no Brasil descumprindo contratos e pedindo a rolagem ou o cancelamento (com taxas) destes a importadores.
“Ouvi dizer que algumas pessoas estão tentando prorrogar a entrega até a próxima safra”, disse José Marcos Magalhães, presidente da cooperativa brasileira Minasul, acrescentando que é possível que exportadores não consigam cumprir os contratos no prazo, seja pelos altos preços, seja pela falta de lotes de qualidade.
Os preços do café no Brasil atingiram recentemente os maiores níveis desde janeiro de 2018, em termos reais (considerando a inflação), segundo dados da Esalq/Cepea, dissuadindo exportadores de compras
Governo edita MP para legalizar 300 mil posses rurais, 86% na Amazônia
O presidente da República, Jair Bolsonaro, e a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, apresentarão hoje a MPImagem: DIDA SAMPAIO/ESTADÃO CONTEÚDO
Tales Faria
Colunista do UOL
10/12/2019 04h00
O presidente Jair Bolsonaro marcou para hoje, às 18h, a cerimônia de assinatura da nova medida provisória destinada à regularização de posses em áreas rurais.
A MP da regularização fundiária prevê a legalização de 300 mil posses em assentamentos. Dessas, já têm georreferenciamento executado 147.316 propriedades, sendo 127.816 na Amazônia legal.
A expectativa é de que a proporção dos georreferenciamentos executados e não executados se repita, e a Amazônia legal responda por 86% das 300 mil posses regularizadas.
Sua edição e de outros dois decretos sobre o tema, que deverão ser anunciados hoje, formam um pacote considerado pelo governo como um de seus mais ambiciosos projetos sociais.
As medidas têm como foco assentamentos do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), especialmente na Amazônia Legal, mas se expandem para todas as regiões do país.
A MP dará um caráter legal à utilização de tecnologias remotas para checagem e vistoria das informações prestadas por posseiros. Ou seja, para o uso de satélites e até drones e os chamados Veículos Aéreos Não Tripulados (VANTs).
A ideia é utilizar a base de georreferenciamento já disponível no Incra.
O uso legalizado dessas novas tecnologia permitirá diminuir a burocracia nos pedidos de regularização. A tal ponto que o secretário especial de Assuntos Fundiários, Luiz Antônio Nabhan Garcia, chegou a anunciar que seria implantado um sistema de autodeclaração.
Com isso Nabhan criou uma polêmica em torno do risco de fraudes e explosão de assentamentos ilegais que atrasou a edição da MP.
O governo teve que a explicar ao Tribunal de Contas da União (TCU) que não haverá autodeclaração. O termo foi banido do projeto.
Além de se explicar ao TCU, o governo também teve que atender a exigências do Supremo Tribunal Federal (STF) quanto aos territórios quilombolas e às vistorias.
A preocupação passou a ser a de explicar que o novo processo de regularização apenas diminui o número de declarações para a legalização de ocupações ocorridas até 2014, quando foi criado o Programa de Regularização Ambiental (PRA).
Com uma vantagem: obrigará o posseiro a incluir sua propriedade no CAR (Cadastro Ambiental Rural) para conseguir a regularização. Se não tiver cumprido exigências ambientais, ele terá que se inscrever no PRA.
A regularização de assentamentos tem sido uma reivindicação de governadores, especialmente do Norte e do Nordeste, onde há mais assentamentos ilegais. Os governadores afirmam que a ilegalidade aumenta os riscos de desmatamentos e atrapalha a arrecadação de impostos.
"O vácuo legal, provocado pela falta de regularização, gera a ausência de responsabilidade, o que dificulta a identificação de eventuais responsáveis por crimes ambientais", disse ao UOL o governador do Pará, Hélder Barbalho.
Segundo Barbalho, por outro lado o proprietário regularizado, uma vez inscrito no CAR, poderá acessar linhas de crédito especiais.
O governo federal pretende assinar convênios com os estados para regularizar as 300 mil posse. Destinará R$ 140 milhões do Fundo Petrobras, obtido pela Operação Lava Jato, para a Amazônia Legal.
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL
A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec) contratou a empresa Trunk Segurança Eireli para prestar serviços de vigilância desarmada e segurança patrimonial para atender a demanda no Complexo Turístico e Histórico de Mimoso – Memorial Cândido Rondon, no município de Santo Antônio do Leverger (33 km de Cuiabá).
A empresa vai receber R$ 408, 2 mil para prestar o serviço. A vigência do contrato será de 12 meses, podendo ser prorrogado. O extrato do contrato é assinado pelo secretário César Mirando e foi publicado no Diário Oficial do Estado que circulou na quinta-feira (21)
Até o dia 30 de novembro o processo de internalização do Aeroporto Marechal Rondon deve estar concluído. A garantia foi dada pelo secretário Nacional de Aviação Civil, Ronei Glanzmann, durante reunião com o senador Wellington Fagundes (PL), na última terça-feira (19). A medida possibilitará a abertura de operações aéreas para países sul-americanos, com previsão de dois voos semanais da empresa Azul de Cuiabá a Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia.
O secretário explicou que a SAC e a Receita Federal firmaram entendimento para alteração de manuais de procedimentos relativos à área de uso alfandegário. Participam também dos entendimentos a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a Polícia Federal e a Vigilância Agropecuária Internacional do Ministério da Agricultura.
Glanzmann ainda recordou que a concessão do Aeroporto Marechal Rondon – em bloco, juntamente com os aeródromos de Sinop, Alta Floresta e Rondonópolis – ocorreu em março deste ano e que, posteriormente, tiveram início os estudos para a retomada de vôos internacionais. “A atuação do senador Wellington Fagundes tem sido fundamental para agilizar esse processo”, afirmou.
“A internacionalização é uma luta muito grande de toda a comunidade. A concessão pela qual trabalhamos teve também a finalidade de ajudar nesse processo de integração com os países da América do Sul. As medidas estão sendo tomadas com a nova arregimentação. Aquilo que causa preocupação maior, que é a questão da área já está sendo equacionada, com a adequação do espaço necessário à Receita Federal” – disse Fagundes.
Além da questão da internacionalização do Aeroporto Marechal Rondon, a reunião na Secretaria Nacional de Aviação Civil serviu também para discutir as etapas relacionadas a transição dos aeródromos para a empresa concessionária. O secretário informou ao senador que até o final do ano todos os procedimentos estarão concluídos, de forma a permitir que os projetos previstos comecem a ser operacionalizados com o aporte de investimentos pelo Consórcio Aeroeste.
Outro tema tratado no encontro foi a questão dos investimentos previstos para o Aeroporto de Barra do Garças. Segundo o secretário, está em andamento o projeto para a ampliação do terminal de passageiro e ‘reperfilamento’ de todo o aeroporto. Uma vez finalizado, segundo ele, será firmado termo de cooperação com a Prefeitura.
Glanzmann destacou o trabalho que a Prefeitura vem realizando para viabilizar o empreendimento e garantiu que a modernização e ampliação do Aeroporto de Barra do Garças é estratégico para o desenvolvimento da aviação regional no Centro-Oeste.
Expogospel terá a participação de conhecidas bandas e palestrantes do mundo gospel
Da Redação
(Foto: Divulgação)
Tem início nesta sexta-feira (22) a edição 2019 do festival Expogospel, com atrações nacionais e locais populares entre a comunidade evangélica. O evento acontece no Pavilhão do Parque de Exposições Jonas Pinheiro (ACRIMAT), em Cuiabá, e vai o sábado (23).
O destaque do primeiro dia é a aguardada a apresentação a cantora Gabriela Rocha (RJ). Um dos expoentes da música cristã da atualidade, Rocha mantém o maior canal gospel do Youtube no mundo e é a artista gospel mais ouvida na principal plataforma digital de música, o Spotify.
Já no dia 23, o público terá o Ministério Casa Worship (GO), DJ PV(GO). Cuiabá estará representa pela banda Ministério Som do Céu (Cuiabá) e por outras atrações locais.
Além das atrações musicais, a programação também conta com palestrantes como Alexandre Rotta, coach pessoal e executivo, que tem a participação prevista para 18h30 do sábado. Além disso, o evento também terá uma ampla praça de alimentação, espaço de lazer com parquinho para crianças e estandes de livros e artigos evangélicos.
Em julho deste ano, o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) sancionou a Lei nº 6.421, marcando a Expogospel no Calendário Oficial de Cuiabá. O vereador Luis Claudio, autor do projeto, à época, defendeu que a lei contribuia para a valorização da fé cristã.
A entrada será 1kg de alimento não perecível e os portões do evento serão abertos ao público às 19h.
O setor do Turismo no Brasil apresentou crescimento recorde nos primeiros meses deste ano, com rendimento de R$ 136,7 bilhões, o que representa o maior registrado nos últimos quatro anos. Além disso, o setor criou mais de 25 mil vagas nos últimos 12 meses (encerrados em julho). Os dados constam na pesquisa inédita da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), divulgada essa semana.
“O País vem respondendo positivamente às ações do Ministério do Turismo e do Governo Federal, demonstrando todo o potencial que nossas belezas e atrativos têm e conquistando a confiança de empreendedores e investidores em nossa economia”, destacou o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio.
Os segmentos de restaurantes e similares e de transporte de passageiros representaram 80,5% da receita total do setor, com faturamento de R$ 10,844 bilhões e R$ 5,641 bilhões e crescimento de 4,9% e 20,2%, respectivamente, em relação a junho.
A região Sudeste apresentou o maior volume de faturamento em julho, com R$ 12,5 bilhões. O Sul, segunda região de maior expressão, registrou R$ 3,33 bilhões no mês de julho. Já entre os estados, destaque para São Paulo (SP), com 41,1% das vendas nacionais das empresas ligadas ao turismo, seguido por Rio de Janeiro (RJ) com 10,4%, Minas Gerais (MG), com 8% e Paraná (PR) com 6%.
“O crescimento do faturamento mensal dá indicativos de alta para os próximos meses, em sintonia com a performance esperada para a economia neste segundo semestre, principalmente em função das possibilidades de gastos dos consumidores”, avaliou o presidente da CNC, José Roberto Tadros.
Isenção de vistos
O ministro Marcelo Álvaro, enfatizou que iniciativas desenvolvidas pelo Governo Federal na área, buscam elevar a absorção de mão de obra por meio do turismo. Caso da isenção de vistos a cidadãos de países estratégicos, que aumenta a procura do Brasil por visitantes e movimenta os destinos nacionais; e da abertura de empresas aéreas ao capital estrangeiro, que desperta o interesse do mercado e estimula a chegada de empresas aéreas low costs ao país.
Os números da pesquisa são obtidos por meio do Índice Cielo de Vendas do Turismo da CNC, que tem como parâmetros a Pesquisa Anual de Serviços (PAS), o Índice de Atividades Turísticas (Iatur) e a Pesquisa do Turismo, do IBGE, e as taxas de variação da pesquisa Cielo/CNC (ICV-Tur).
A partir desta sexta-feira (8), estados, municípios e setor privado podem cadastrar suas propostas de financiamento do Prodetur+Turismo. O programa do Ministério do Turismo incorpora elementos de planejamento e gestão para qualificar as propostas locais alinhando tais iniciativas às políticas nacionais de turismo. Para se cadastrarem, os interessados devem enviar a documentação para o e-mail cgpla@turismo.gov.br. Sabia o que é preciso para participar AQUI.
A 4ª Edição das Diretrizes Estratégicas do Prodetur+Turismo traz atualizações dos critérios para a concessão do Selo+Turismo. A diretora-geral do departamento de Ordenamento do Turismo do MTur. Silvana Nascimento, explica que a medida foi tomada para dar celeridade ao processo. “As alterações foram realizadas com o objetivo de acelerar a análise de crédito. Percebemos essa necessidade a partir dos eventos realizados desde o lançamento do programa com gestores públicos e privados do turismo, bem como por meio das análises realizadas para concessão do selo”, ressaltou.
A partir de agora, Estados, Municípios e o Distrito Federal deverão comprovar que têm capacidade de endividamento e pagamento conforme avaliação do Tesouro Nacional. Além disso, os projetos, constantes das propostas oriundas da iniciativa privada deverão ser acompanhados dos respectivos estudos de viabilidade econômica ou plano de negócios. Essas e outras alterações estão especificadas na Portaria nº 308, de 07/10/2019. Os participantes deverão atender a todos os critérios estabelecidos em portaria, caso contrário não poderão receber o Selo.
Para obtenção do Selo+Turismo, a proposta apresentada deverá ser cadastrada no Sistema Prodetur+Turismo, pelosite www.prodetur.turismo.gov.br. Os projetos que obtiverem o carimbo terão prioridade na análise para obtenção de crédito, junto aos bancos financiadores. Empresas, municípios e estados já cadastrados no programa, mas que ainda não tenham recebido o Selo Oficial +Turismo, deverão se recadastrar.
O PROGAMA - O Prodetur+Turismo apoia estados e municípios que integram o Mapa do Turismo Brasileiro e setor privado do turismo no acesso a recursos provenientes de financiamentos nacionais e internacionais, para viabilizar a execução de projetos que visam o desenvolvimento, a gestão e a estruturação dos destinos turísticos, assim como a geração de emprego, renda e inclusão social.
Ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio (à esquerda), e presidente Jair Bolsonaro em reunião em Brasília, em 4 de abril — Foto: Marcos Correa/Presidência da República
O presidente Jair Bolsonaro transferiu a Secretaria Especial de Cultura do Ministério da Cidadania para o Ministério do Turismo, comandada por Marcelo Álvaro Antônio. A mudança foi feita por decreto publicado nesta quinta-feira (7) no "Diário Oficial da União".
A Secretaria de Cultura foi criada para substituir o Ministério da Cultura (MinC), que foi extinto no início da gestão do presidente. O G1 entrou em contato com a Presidência da República para saber o motivo da mudança mas, até a última atualização desta reportagem, não havia resposta.
Com a mudança, passam a ser de responsabilidade do Ministério do Turismo:
Política nacional de cultura
Regulação dos direitos autorais
Proteção do patrimônio histórico, artístico e cultural;
Apoio ao Ministério da Agricultura para a preservação da identidade cultural de comunidades quilombolas
Desenvolvimento de políticas de acessibilidade cultural e do setor de museus
O decreto também transfere para o Ministério do Turismo a Comissão Nacional de Incentivo à Cultura, responsável por emitir pareceres sobre os pedidos de artistas que buscam financiamento por meio da Lei de Incentivo à Cultura, conhecida como Lei Rouanet.
Também são transferidos para o Turismo o Conselho Nacional de Política Cultural, a Comissão do Fundo Nacional de Cultura, outras seis secretarias não especificadas.
Em nota, o Ministério do Turismo disse que a pasta e a Cultura têm pautas “sinérgicas e atividades naturalmente integradas”. “A cultura é um dos principais atrativos turísticos do país e é responsável por grande parte da movimentação de visitantes nacionais e internacionais”.
Ainda de acordo com o ministério, a fusão “fortalece as ações de cada área, com maior integração e ganho de eficiência – como preconiza o governo do presidente Jair Bolsonaro – impulsionando o desenvolvimento econômico e social, ampliando o acesso à cultura e ao turismo, beneficiando a população brasileira" (leia mais abaixo a íntegra da nota).
O Ministério da Cidadania também se manifestou sobre a mudança. A pasta citou ações realizadas no âmbito da cultura, como a publicação de nova normativa da Lei Federal de Incentivo à Cultura, que captou R$ 559,6 milhões até outubro.
De acordo com o ministério, nos últimos anos, a cultura no Brasil "passou por uma pauta extensa, permeada por muitas controvérsias" e que, em comum acordo, o governo federal decidiu fazer a mudança na secretaria publicada nesta quinta.
"A troca reforça o papel da Cultura como um dos eixos fundamentais do desenvolvimento econômico do país, dada a grande demanda que a pasta exige para cumprir seus objetivos", finaliza o Ministério da Cidadania (leia mais abaixo a íntegra da nota).
Filho de pastor é cotado para secretaria
A transferência ocorre um dia depoisde o governo exonerar o então secretário de Cultura, Ricardo Braga, que ficou dois meses no cargo. Braga havia substituído Henrique Pires, que deixou o posto em agosto, depois que o Ministério da Cidadania suspendeu um edital com séries sobre temas LGBT – o que ele chamou de censura.
"Eu tenho o maior respeito pelo presidente da República, tenho o maior respeito pelo ministro, mas eu não vou chancelar a censura", afirmou Henrique Pires quando decidiu deixar o cargo.
A possibilidade foi confirmada pelo porta-voz da Presidência, Otávio Rêgo Barros, em entrevista na tarde de quarta-feira. Perguntado se um filho de RR Soares – como é conhecido o pastor – é um dos nomes cotados, o porta-voz disse que "é um dos nomes que estão sob escrutínio por parte do senhor presidente da República e muito em breve ele fará por meio do ministério [a] que couber a Cultura a informação oficial.".
Bolsonaro recebe RR Soares na tarde desta quinta.
Leia a íntegra da nota do Ministério do Turismo
Turismo e Cultura possuem pautas sinérgicas e atividades naturalmente integradas. A cultura é um dos principais atrativos turísticos do país e é responsável por grande parte da movimentação de visitantes nacionais e internacionais. O Brasil representa o 9º país em atrativos culturais do mundo, segundo Índice de Competitividade Global do Fórum Econômico Mundial.
O Ministério do Turismo já possui projetos conjuntos com o Ministério da Cidadania, por meio da Secretaria Especial da Cultura e órgãos ligados à pasta, como o acordo de cooperação para a criação da Rede Brasileira de Cidades Criativas, o programa Revive e a gestão compartilhada de patrimônios culturais e naturais.
A união de esforços resultou ainda nos títulos recentemente conquistados pelo Brasil na Rede Mundial de Cidades Criativas da UNESCO, com a escolha de Belo Horizonte, na Gastronomia, e Fortaleza, no Design. O Turismo e a Cultura também trabalharam juntos nas candidaturas de cidades brasileiras para títulos de patrimônios da UNESCO, como foi o caso de Ilha Grande e Paraty, no Rio de Janeiro; o Bumba Meu Boi, no Maranhão; e os parques Cânions do Sul, entre Rio Grande do Sul e Santa Cataria, e o de Seridó, no Rio Grande do Norte.
O trabalho do Ministério do Turismo vem alcançando importantes resultados no fortalecimento da economia nacional, sobretudo com a geração de emprego e renda para os brasileiros. Alguns exemplos:
A alta na geração de emprego e renda alcançada mês a mês pelo setor ao país. Mais de 25 mil novos postos de trabalhos gerados pelo turismo no mês de julho, segundo dados da CNC. O crescimento de 3,2% das atividades turísticas no Brasil de janeiro a julho deste ano -- índice maior que a média alcançada por outros setores da economia. O aumento de 43,4% nos gastos de turistas no país, após a isenção de vistos para países estratégicos, o melhor resultado dos últimos 16 anos, com exceção do período da Copa do Mundo 2014. Mais empresas aéreas de baixo custo operando voos para o país. Mais destinos regionais atendidos.
O segmento da cultura envolve ao menos 68 setores da economia, e é transversal como o do Turismo, que impacta em 53 setores. A fusão, portanto, fortalece as ações de cada área, com maior integração e ganho de eficiência – como preconiza o governo do presidente Jair Bolsonaro – impulsionando o desenvolvimento econômico e social, ampliando o acesso à cultura e ao turismo, beneficiando a população brasileira.
Leia a íntegra da nota do Ministério da Cidadania
A Cultura no Brasil, nos últimos anos, passou por uma pauta extensa, permeada por muitas controvérsias. Em comum acordo, o governo federal decidiu transferir a Secretaria Especial da Cultura do Ministério da Cidadania para o Ministério do Turismo.
Nesse período, realizamos grandes ações, como a publicação de nova normativa da Lei Federal de Incentivo à Cultura, com objetivo de atender mais projetos, de modo descentralizado, levando mais produções para mais localidades do país. Até outubro, a captação atingiu valor de R$ 559,6 milhões, montante superior em R$ 47,5 milhões em relação ao mesmo período do ano passado.
Na área de patrimônio e museus, houve aporte de R$ 200 milhões de recursos do Fundo de Direitos Difusos para 29 projetos de restauro e segurança, entre outros.
Foram entregues, ainda, 19 obras de restauro em patrimônio histórico totalizando investimentos de R$ 69 milhões.
A troca reforça o papel da Cultura como um dos eixos fundamentais do desenvolvimento econômico do país, dada a grande demanda que a pasta exige para cumprir seus objetivos.
Com muita alegria informo que a WTM em Londres acaba de anunciar que para 2020 o tema OMT será "Desenvolvimento Rural e Turismo" .
E durante reunião de Ministros juntamente com o grupo ONU FIDA o tema abordado é inovação tecnologia e turismo para empoderamento das comunidades rurais.
O mundo vai debater turismo rural inovador moderno e sem perder a ruralidade.
Que o turismo rural brasileiro olhe os novos caminhos com espírito aberto para inovação.
Por muito pouco — questão de segundos — a bióloga Carine Emer, do câmpus de Rio Claro, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), não morreu queimada no carro em que viajava no domingo, dia 27 de outubro, pela BR-262, entre Corumbá e Miranda, no Mato Grosso do Sul. Uma labareda gigante atravessou a rodovia, vinda de um incêndio no mato em suas margens. Foi apenas mais uma entre o maior número de queimadas já registrado no Estado. Entre os dias 1º de agosto e 31 de outubro, o número de focos de queimadas no Pantanal cresceu 506% na comparação com o mesmo período do ano passado.
Direito de imagem CEZAR CORRÊAAraras comem cocos no chão; fogo aumenta ainda mais o risco de que algumas espécies ameaçadas de extinção desapareçam
Os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram que, em números absolutos, os incêndios em todo o bioma Pantanal saltaram de 1.147 entre agosto e outubro de 2018 para 6.958 nos três meses deste ano.
Outubro foi o mês que teve o maior aumento de focos, indo de 119 no ano passado para 2.430, o que representa um crescimento de 1.942%. Depois vem agosto, que passou de 243 para 1.641 (575%), e setembro, que foi de 785 para 2.887 (368%).
O fogo coloca em risco a vida de muitos animais da rica biodiversidade pantaneira, assim como a vegetação. É fácil encontrar animais mortos depois que o fogo se apaga, como cobras, lagartos e jacarés, estes principalmente por causa da seca.
"Ainda não há estimativa de quantas árvores e bichos foram queimados", diz Carine. "Também é difícil dizer em quanto tempo a área vai se recuperar. Depende de até quando os incêndios vão durar, do que for destruído." O governo do Estado ainda não tem um levantamento da situação.
O engenheiro florestal e especialista em restauração ambiental, Júlio Sampaio, gerente dos programas Cerrado e Pantanal, do WWF-Brasil, diz que, embora ainda não tenha sido feito um levantamento preciso do impacto dos incêndios na vida selvagem, ele foi intenso.
"Há vários relatos de animais incinerados ou asfixiados pela fumaça", explica. "Os que se locomovem mais lentamente, como os de pequeno porte e os répteis são os que sofrem mais com as queimadas", acrescenta.
Direito de imagem THAMY MOREIRAFilhote de arara morreu desidratado e queimado
De acordo com Sampaio, diferentemente de algumas plantas, que têm adaptações genéticas para sobreviver ao fogo, entre os animais elas não existem.
"Não há espécie da fauna brasileira que esteja adaptada para conviver com incêndios", diz ele. "Isso faz com que o impacto (dos incêndios) seja muito maior para os animais do que para os vegetais. Mas não há estudos sobre isso, então é muito difícil estimar quantos bichos foram mortos."
Ele alerta, no entanto, que o fogo aumenta ainda mais o risco de algumas espécies ameaçadas de extinção desaparecerem, como o tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla), o tamanduá-mirim (Tamandua tetradactyla) e lobo-guará (Chrysocyon brachyurus) e algumas aves, como a arara-azul (Anodorhynchus hyacinthinus).
O único levantamento já feito depois dos incêndios foi elaborado pelo Instituto Arara Azul, uma organização não governamental que criou e administra o Refúgio Ecológico Caiman (REC), o maior centro de reprodução da espécie no Pantanal, com 54 mil hectares, onde há atualmente 98 ninhos cadastrados, dos quais 52% naturais e 48% artificiais. "O fogo atingiu nossa fazenda no dia 10 de setembro", conta a bióloga Neiva Guedes, presidente do Instituto e professora do programa de pós-graduação em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional da Universidadade Anhanguera Uniderp (Universidade para o Desenvolvimento do Estado e da Região do Pantanal), de Campo Grande.
Atos criminosos e riscos para viajantes
De acordo com o governo do Mato Grosso do Sul os incêndios florestais ocorrem em várias direções e em proporções nunca registradas, causados "pela estiagem e atos criminosos".
O fogo nas margens da rodovia BR-262, que liga Vitória (ES) a Corumbá (MS), cruzando o Pantanal, assusta e coloca em riscos a vida dos viajantes. As labaredas chegam a mais de dez metros de altura e formam uma cortina de fumaça, que transforma o dia em noite, reduzindo a visibilidade de quem trafega pela estrada.
Direito de imagem INSTITUTO ARARA AZULEquipe do Instituto Arara Azul monitora destruição após queimadas
Devido à gravidade da situação, em setembro o governo estadual decretou estado de emergência. Segundo o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck, a maioria das queimadas não ocorre por causas naturais, mas intencionais, feitas por fazendeiros ou populações indígenas para renovar os pastos ou abrir novas áreas de cultivo.
Verruck diz que é uma atitude cultural. "Historicamente sempre foi assim, nesta época do no ano coloca-se fogo", explica. "Mas este é o período mais seco do ano, por isso proibimos qualquer tipo de queimada entre agosto e outubro de todos os anos. Agora, como a situação está mais grave, prorrogamos a interdição até 30 de novembro, assim como o estado de emergência. Neste período, todas as queimadas são ilegais."
Segundo Verruck, elas já devastaram 56 mil hectares de vegetação nativa no Pantanal sul-mato-grossense apenas do dia 20 de outubro até o dia 31. "Em todo o Estado, a área chega 1,3 milhão de hectares, das quais cerca de 500 mil foram na reserva dos índios cadiuéus", diz.
"A situação, já complicada nesta época do ano, se agravou, porque choveu apenas 30% do que é normal para este período." Também contribuiu para intensificar o fogo uma combinação de outros fatores como baixa umidade do ar, alta temperatura, ondas de calor, muita matéria orgânica seca e grande velocidade do vento.
De acordo com ele, para combater as queimadas, o governo estadual conta com o apoio do Estado vizinho do Mato Grosso, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Comando Militar do Oeste do Exército Brasileiro.
"Estão trabalhando dezenas de brigadistas do Ibama, bombeiros e militares", conta. "Além disso, estão sendo usados no combate ao fogo três aviões e quatro helicópteros. Entre os problemas que enfrentamos nesse trabalho estão dificuldades nas comunicações entre os municípios atingidos, pois os incêndios queimaram as fibras ópticas."
Direito de imagem CHICO RIBEIRO/PORTAL DO GOVERNO DE MATO GROSSO DO SULOutubro foi o mês que teve o maior aumento de focos, indo de 119 no ano passado para 2.430, o que representa um crescimento de 1.942%
Em seu 1º Relatório do Impacto do Fogo sobre as Araras Azuis, Neiva informa que dos 98 ninhos cadastrados, 39 eram de araras 15 de outras oito espécies de aves, todos com ovos ou filhos. Além disso, havia 30 ninhos sendo preparados pelas araras ou em disputa com outras aves e 14 vazios. Desse total, 33% foram atingidos em diferentes graus de severidade, dos quais apenas dois foram perdidos totalmente. A contabilidade final revela, no entanto, que 16 filhotes e 23 ovos foram destruídos pelos incêndios.
Próximas gerações de araras ameaçadas
Segundo Neiva, isso afetará o sucesso das araras-azuis não só nesta estação reprodutiva, mas também no futuro.
"As perdas atuais serão sentidas nestas e nas futuras gerações, quando estes filhotes perdidos não entrarão na população reprodutiva daqui a 9 ou 10 anos", lamenta em seu relatório.
"Queremos saber também o que acontecerá nos próximos anos com relação à alimentação, que até agora não era um fator limitante. Mas com os incêndios, hectares e mais hectares da palmeira acuri foram totalmente destruídos. Esta planta é chave não só para as araras-azuis, embora seja fundamental para elas, mas para várias outras espécies que se alimentam da sua polpa, inclusive o gado."
Direito de imagem GOVERNO DO MS/DIVULGAÇÃOOs dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram que, em números absolutos, os incêndios em todo o bioma Pantanal saltaram de 1.147 entre agosto e outubro de 2018 para 6.958
Sobre o convívio da biodiversidade vegetal com o fogo anual do Pantanal há mais estudos. "De acordo com as pesquisas que temos realizado, os incêndios nas áreas mais sujeitas a inundações podem diminuir o número de espécies de árvores e arbustos que ocupam as partes baixas", diz o botânico Geraldo Alves Damasceno Junior, dos programas de pós-graduação em Ecologia e Conservação e em Biologia Vegetal, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS).
"Muitas árvores que tiveram suas copas queimadas não conseguirão rebrotar e a inundação que virá depois poderá impedir que sementes dessas espécies germinem, pois muitas delas precisam de um período prolongado de seca para nascer e crescer nesses ambientes", acrescenta Damasceno.
Direito de imagem VICENTE ASSADSegundo o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck, a maioria das queimadas não ocorre por causas naturais, mas intencionais, feitas por fazendeiros ou populações indígenas
Mas para a vegetação pantaneira as queimadas também podem ter um lado bom. "Elas promovem aumento da biodiversidade das espécies herbáceas que ocorrem nesse ambiente", explica Damasceno.
"Como grande parte das plantas do Pantanal pertence a este grupo, no cômputo geral os incêndios podem promover um aumento na biodiversidade dos vegetais. Assim, o fogo é um elemento que na paisagem da região faz parte da dinâmica da vegetação, embora algumas espécies mais sensíveis possam desaparecer dos locais onde ele foi muito severo."
A flora tem outra vantagem em relação à fauna do Pantanal. "A vegetação se recupera muito rapidamente", explica Damasceno. "Em poucos meses, ela vai rebrotar novamente. Entretanto, alguns efeitos podem ser bastante duradouros. Para árvores e arbustos, por exemplo, nós conseguimos captar efeitos danosos até seis anos após eventos de fogo."
Carine conta que pesquisa para seu pós-doutorado a dispersão de sementes na Mata Atlântica, mas estava no Mato Grosso do Sul para dar uma palestra na Semana da Pós-Graduação em Ecologia e Conservação na Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS), em Campo Grade.
"Eu achei que era uma ótima oportunidade para dar um pulo até o Pantanal e conhecê-lo, afinal é o sonho de todo biólogo ver este sistema tão rico", conta. "Então organizamos uma pequena excursão para ir até a região do Passo do Lontra, que fica no município de Corumbá."
Direito de imagem CARINE EMEREntre os dias 1º de agosto e 31 de outubro, o número de focos de queimadas no Pantanal cresceu 506% na comparação com o mesmo período do ano passado.
Eles chegaram ao local na sexta-feira e Carine disse que já achou a situação esquisita. "Estava tudo muito estranho, muito seco, e o rio Miranda tão baixo como nunca se viu", explica.
"Saímos para ver bicho, mas não ouvíamos nem víamos nenhum. No sábado de madrugada, aconteceu a mesma coisa. Poucas aves, o que é estranho, porque no Pantanal você visualiza muitos animais. Saímos de barco pelo rio e só o que víamos era fogo dos dois lados. Algo surreal, pois a gente vai para o Pantanal, a maior região alagável do mundo, e só vê incêndio por todos os lados e nada de bicho."
Mas o pior ainda estava por vir. No domingo eles andaram horas de carro pela BR-262 e praticamente não avistaram animais. "Só vimos um tamanduá-mirim na beira da rodovia e tudo seco, lagoas, riachos, vegetação", revela. "Vimos também jacarés mortos em poças secas."
No final do dia resolveram voltar para Campo Grande. "Era por volta de umas 18 horas e começamos a ver muito fogo, nos dois lados da estrada e focos mais distantes", conta.
"De repente, uma labareda gigantesca cortou a estrada e não nos pegou por questão de dois ou três segundos. Fizemos a volta e retornamos para Corumbá, muito assustadas e com uma sensação de estar no Inferno, de Dante. Quer dizer, não conheci o Pantanal, pois não vi bichos, e quase morri."
Direito de imagem VICENTE ASSADNão há espécie da fauna brasileira que esteja adaptada para conviver com incêndios, alerta oengenheiro florestal e especialista em restauração ambiental, Júlio Sampaio