5 de setembro de 2020

Animais silvestres resgatados em Mato Grosso são levados para instituição ecológica em Goiás


Foram encaminhados dois veados-catingueiros, um lobo-guará, um tamanduá-mirim e um gato-palheiro
Renata Prata | Sema/MT

Gato-palheiro - Foto por: Waldo Troy/Sema-MT
Gato-palheiro
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Cinco animais silvestres de Mato Grosso foram levados para Instituto Onça Pintada, em Mineiros (GO), pela Coordenadoria de Fauna e Recursos Pesqueiros da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT).

Foram encaminhados dois veados-catingueirosum lobo-guará, um tamanduá-mirim e um gato-palheiro (animal raro que se encontra entre as espécies ameaçadas de extinção).

Os filhotes de lobo guará e tamanduá-mirim foram encontrados em Tangará da Serra, ambos sem a mãe. O tamanduá é uma fêmea. O lobo é um macho que a mãe morreu atropelada por uma máquina agrícola. Já a fêmea de veado catingueiro foi entregue voluntariamente na região da baixada cuiabana.

Animal raro

O filhote de gato-palheiro foi encontrado em Tangará da Serra e entregue ao Corpo de Bombeiros, que o destinou à Regional da Sema no município. O animal pode ser diferenciado dos felinos domésticos devido a pelagem longa, coloração diferenciada e listras pretas nas patas.

É classificado pela IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza) como espécie quase ameaçada e pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) como ameaçada de extinção.

Vítima de incêndios florestais

O veado-catingueiro, um filhote macho, perdeu a mãe para as queimadas no Pantanal e foi encontrado com escoriações no rosto devido ao fogo na Transpantaneira. Ele foi recolhido por um grupo de pessoas da região que fazem um trabalho preventivo para evitar que pontes de madeira queimem.

O animal foi entregue na pousada Jaguar, que dá apoio logístico à equipe de resgate de animais no Pantanal e ali recebeu os primeiros socorros dos médicos veterinários presentes.

A equipe formada por agentes da Sema, veterinários de Minas Gerais e São Paulo e voluntários já vem trabalhando há mais de dez dias na região do Porto Jofre, ponto escolhido por ser estratégico para o resgate de animais que são vítimas do fogo.

Força-tarefa

A força-tarefa para atendimento aos animais silvestres vítimas de incêndios florestais reúne esforços de órgãos do Governo de Mato Grosso, Governo Federal, entidades de classe, terceiro setor e instituições privadas.

O grupo é coordenado pelo Comitê Estadual de Gestão do Fogo. O fogo no Pantanal já dura mais de 40 dias e muitos animais estão sofrendo com queimaduras, inalação de fumaça e desidratação.

O grupo é composto pelas secretarias de Meio Ambiente e Segurança Pública, BPMPA, Batalhão de Emergências Ambientais do Corpo de Bombeiros Militar, Programa REM-MT, Assembleia Legislativa, Prefeitura de Poconé, Juizado Volante Ambiental, Ibama, UFMT, Conselho Regional de Medicina Veterinária, Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso, Ampara Silvestre. Apoiam a ação Integral Pet, laboratório VET Vida, Vivet e Pantaneiro Clínica Veterinária.

Posto de atendimento a animais silvestres

O Posto de Atendimento a Animais Silvestres (PAEAS) Pantanal está instalada no quilômetro 17 da rodovia Transpantaneira que liga Poconé a Porto Jofre. O recinto para abrigar os animais foi construído por recuperados do Complexo Penitenciário Ahmenon Lemos Dantas, localizado em Várzea Grande.

O posto tem a coordenação de uma médica veterinária e apoio do Batalhão de Polícia Militar de Proteção Ambiental (BPMPA), Corpo de Bombeiro Militar, Sema e voluntários para o resgate de animais.

Até o momento, o PAEAS Pantanal já atendeu tuiuiú, jabuti, iguana e garça. O tuiuiú segue em observação e a garça faleceu. Já os répteis receberam hidratação, anti-inflamatório foram soltos em locais seguros.

Distribuição de alimentos e água

A força-tarefa de resgate aos animais silvestres vítimas dos incêndios florestais no Pantanal está realizando a distribuição de alimentos e água ao longo da rodovia Transpantaneira.

Os suprimentos estão sendo depositados debaixo das pontes e em locais aleatórios para   que não sejam criados pontos de ceva. A medida é realizada com acompanhamento de especialistas para assegurar que hábito de procurar alimentos, típico dos animais de vida livre, seja preservado.

Doações

A população pode apoiar o resgate dos animais doando utensílios e medicamentos veterinários conforme lista disponível no site do Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV-MT) ou pela vaquinha virtual organizada pela ONG Ampara Silvestre.

Os medicamentos e utensílio veterinários podem ser entregues na sede do CRMV-MT localizada na Rua Choffi (Ten. Tavares), 178, Santa Rosa – Cuiabá-MT. (Atrás do supermercado Extra da Miguel Sutil) de segunda a sexta-feira das 8h às 17h.

Palestra: Produção Agropecuária e desafios para a sustentabilidade


Data: 17 de setembro
Horário: 19h
Certificado de 5h!
Ao vivo no Youtube!

Prof°. Ana Luisa Araújo de Oliveria
Professora: FACBA/UNEMAT
Doutoranda em Desenvolvimento Rural PGDR/UFRGS
Mestra em engenharia agricula FEAGRI/UNICAMP
Engenharia Agrônoma - UNEMAT

Mediador: Gabriel Simões - UNEMAT
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12º ENCONTRO MATO-GROSSENSE DE PESQUISADORES(AS) EM TURISMO E HOSPITALIDADE


24 e 25 de setembro de 2020. 

Das 17 as 22 horas (Horário oficial de Mato Grosso)

O Encontro Mato-grossense de Pesquisadores(as) em Turismo e Hospitalidade – EMPETH, é um evento científico idealizado por pesquisadores(as) da área de Turismo e Hospitalidade. 

A partir de sua 12ª edição, passou a ser organizado e promovido pelo grupo de pesquisa Centro de Estudos Turísticos do Centro Oeste – CETCO, vinculado ao Curso de Bacharelado em Turismo do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso – Campus Cuiabá Cel. Octayde Jorge da Silva. 

O objetivo do evento é congregar pesquisadores(as), professores(as), estudantes, profissionais e comunidade interessada em discutir os avanços das pesquisas em Turismo, Hospitalidade e áreas afins.

Trata-se de um evento totalmente gratuito, e em 2020 será realizado na modalidade à distância, por meio de plataformas digitais.  

A programação do 12º EMPETH é composta por uma homenagem a um(a) Turismólogo(a) com relevantes contribuições ao Turismo do Estado de Mato Grosso, e uma palestra com a temática: A importância da Pesquisa no Turismo. Além disso, a programação contará com apresentações de trabalhos científicos de pesquisadores(as) (estudantes, professores(as) e profissionais), nas modalidades de Resumo Expandido e Relato de .Frequentes

O evento é gratuito?

Como se dará o acesso às transmissões ?

Ação solidária?

O evento possui certificação? Se sim, como irei receber?

Equipe

Comissão Organizadora do 12º EMPETH

Ana Paula Bistaffa de Monlevade

Angela Maria Carrión Carracedo Ozelame

Arthur Felipe Souza de Farias

Daniel Fernando Queiroz Martins

Daniel Rodrigues Rosa

Danilo Herbert Queiroz Martins

Douglas Maxwell Botelho Elmino

José Vinicius da Costa Filho

Júlio Corrêa de Resende Dias Duarte

Marcela de Almeida Silva

Rosilene Thuliana Ferreira da Silva



Redes Sociais


12º Encontro Mato-grossense de Pesquisadores(as) em Turismo e Hospitalidade

Organizado por

Centro de Estudos Turísticos do Centro Oeste – CETCO

PERÍCIA CONSTATA QUE INCÊNDIO EM RESERVA NO PANTANAL FOI PROVOCADO POR AÇÃO HUMANA


Lançamento da Operação Pantanal 2 para combate ao incêndio na região Créditos: Mayke Toscano/Secom-MT

PERÍCIA CONSTATA QUE INCÊNDIO EM RESERVA NO PANTANAL FOI PROVOCADO POR AÇÃO HUMANA

Ciman-MT também concluiu perícia em outras regiões do Pantanal e na Rodovia Helder Cândia

Laudos das perícias realizadas pelo Centro Integrado Multiagências de Coordenação Operacional (Ciman-MT) apontam que os incêndios registrados na região do Pantanal mato-grossense foram provocados por ação humana. Os laudos foram encaminhados para a Delegacia de Meio Ambiente (Dema) para que seja aberto inquérito e responsabilização dos infratores.

O processo de perícia é realizado por dois profissionais e conta com um estudo e uso de imagens de satélite para auxiliar na identificação da origem do incêndio. A plataforma permite o registro diário, assim como a identificação dos focos.

“As equipes designadas para a perícia atuam especificamente na investigação. Muitas vezes não conseguimos identificar o causador, mas é possível detectar onde o fogo foi iniciado e o tipo de material utilizado”, explicou a comandante adjunta do Batalhão de Emergências Ambientais, Jusciery Rodrigues Marques.

O valor da multa varia dependendo do tamanho da área, danificação, tipo de vegetação, se atingiu a fauna, flora e se há reincidência. Se o infrator for pego em flagrante, é encaminhado para a delegacia para registro do Boletim de Ocorrência e possível detenção.

A penalidade varia de R$ 1 mil a R$ 7,5 mil por hectare, conforme decreto federal 6514/2008. No caso de incêndios na área urbana, a multa é aplicada pela prefeitura municipal. Dessa forma, a penalidade para quem pratica queimadas ilegais em Mato Grosso pode chegar a R$ 50 milhões de reais em multa ambiental e a detenção um a quatro anos, em caso de dolo, e de no mínimo seis meses em caso de incêndio culposo, sem a intenção de provocar o fogo.

De acordo com dados da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema), entres os meses de janeiro a setembro de 2020, mais de 5 mil focos de calor foram localizados em propriedades privadas, cerca de 3 mil em terras indígenas e 890 em unidades de conservação. Mais de R$ 107 milhões em multas já foram aplicados por uso irregular do fogo. No total, o Estado aplicou R$ 805 milhões em multas por crimes ambientais, como queimadas e desmatamento ilegal.

No Pantanal, os laudos apontaram áreas queimadas de 40 mil hectares da reserva particular, em Barão de Melgaço (Sesc Pantanal), Fazenda Espírito Santo, Rodovia Transpantaneira e Fazenda São José, que teve 65 mil hectares danificados pelo fogo.

De acordo com a secretária de Meio Ambiente, Mauren Lazzaretti, a região do Pantanal é uma das maiores preocupações, mas o Governo tem empregado esforços para o combate aos incêndios em todo o Estado.

“Hoje temos mais de 2,5 mil pessoas envolvidas no combate aos incêndios florestais no Estado de Mato Grosso, com 40 viaturas, 50 aeronaves. Além disso, toda a nossa estrutura de combate e responsabilização dos infratores também teve uma diferença esse ano que é capacitação e a previsão legal para que o Corpo de Bombeiros possa estabelecer relatórios e fazer a autuação”, destacou ela, durante live com outros secretários de Meio Ambiente, na quinta-feira (03.09).

Outras perícias

No caso do incêndio nas proximidades do condomínio Beach Home Resort (Rodovia Helder Cândia), a causa foi apontada como acidental, por faísca de fiação elétrica de alta tensão.

A previsão é de que a próxima perícia seja realizada na Área de Proteção Ambiental (APA) do Parque Estadual de Chapada dos Guimarães. O incêndio devastou mais de dois mil hectares de vegetação. As equipes permanecem no local para monitoramento. Trabalham na região 55 combatentes entre Bombeiros Militares, ICMBio, Exército Brasileiro e brigadistas da Prefeitura.

Confira o que as perícias constaram em cada área queimada

Sesc Pantanal

Na Reserva Particular do Patrimônio Natural Sesc Pantanal (RPPN) – região de Barão de Melgaço, a causa do incêndio foi dada como queima intencional de vegetação desmatada para criação de área de pasto para gado. A equipe fez o deslocamento com a aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) e constatou o uso de madeiras, palanques de cerca e rodeios para o gado. Próximo a este local a equipe também encontrou galões de óleo diesel que aparentavam terem sido utilizados para incendiar as pilhas de material vegetal derrubado.

Fazenda Espírito Santo (Pantanal)

Os militares realizaram um estudo pericial na Fazenda Espírito Santo, próximo ao Sesc Pantanal/Aeródromo. Conforme foi possível verificar, o incêndio teve início em uma área próximo à estrada de acesso ao Sesc Pantanal. Uma máquina agrícola que fazia limpeza de área com enleiramento (parte do processo da junção do material que formará o feno) pegou fogo e começou o incêndio na região.

Rodovia Transpantaneira

A perícia referente ao incêndio que queimou, aproximadamente, seis mil hectares, constatou a causa como acidente automobilístico. Um veículo perdeu o controle na cabeceira de uma das pontes da rodovia, caiu no barranco e pegou fogo logo depois. No local foram encontrados vestígios indicadores de queima e restos do veículo.

Fazenda São José

De acordo com os estudos, o fogo começou devida à prática de retirada de mel de abelhas silvestres. Foi constatado, em local de mata fechada, conhecida na região como Moitão, vestígios que indicam a queima de raízes para o uso de fumaça a fim de retirar os favos de mel. O local possuía diversas árvores queimadas com as mesmas características de extração, o que sugere prática recorrente no local.

Rodovia Helder Cândia (próximo ao Brasil Beach)

As causas foram dadas como incêndio propagado por faísca de fiação elétrica de alta tensão. A equipe encontrou vestígios que remetem à manutenção da rede elétrica após ruptura do cabo de alta tensão e troca do elemento isolante no topo do poste que fica em local aberto. Houve a ruptura de um dos cabos, o que causou faíscas ao tocar o solo, dando início ao incêndio.

 

Com informações de Evelyn Ribeiro | Secom-MT

Oportunidade de Emprego.

Perícia constata que incêndio em reserva no Pantanal foi provocado por ação humana


Ciman-MT também concluiu perícia em outras regiões do Pantanal e na Rodovia Helder Cândia
Evelyn Ribeiro | Secom-MT

No Pantanal, os laudos apontaram áreas queimadas de 40 mil hectares da reserva particular, em Barão de Melgaço - Foto por: Mayke Toscano/Secom-MT
No Pantanal, os laudos apontaram áreas queimadas de 40 mil hectares da reserva particular, em Barão de Melgaço
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Laudos das perícias realizadas pelo Centro Integrado Multiagências de Coordenação Operacional (Ciman-MT) apontam que os incêndios registrados na região do Pantanal mato-grossense foram provocados por ação humana. Os laudos foram encaminhados para a Delegacia de Meio Ambiente (Dema) para que seja aberto inquérito e responsabilização dos infratores.

O processo de perícia é realizado por dois profissionais e conta com um estudo e uso de imagens de satélite para auxiliar na identificação da origem do incêndio. A plataforma permite o registro diário, assim como a identificação dos focos.

“As equipes designadas para a perícia atuam especificamente na investigação. Muitas vezes não conseguimos identificar o causador, mas é possível detectar onde o fogo foi iniciado e o tipo de material utilizado”, explicou a comandante adjunta do Batalhão de Emergências Ambientais, Jusciery Rodrigues Marques.

O valor da multa varia dependendo do tamanho da área, danificação, tipo de vegetação, se atingiu a fauna, flora e se há reincidência. Se o infrator for pego em flagrante, é encaminhado para a delegacia para registro do Boletim de Ocorrência e possível detenção.

A penalidade varia de R$ 1 mil a R$ 7,5 mil por hectare, conforme decreto federal 6514/2008. No caso de incêndios na área urbana, a multa é aplicada pela prefeitura municipal. Dessa forma, a penalidade para quem pratica queimadas ilegais em Mato Grosso pode chegar a R$ 50 milhões de reais em multa ambiental e a detenção um a quatro anos, em caso de dolo, e de no mínimo seis meses em caso de incêndio culposo, sem a intenção de provocar o fogo.

Lançamento da Operação Pantanal 2 para combate ao incêndio na região
Créditos: Mayke Toscano/Secom-MT

De acordo com dados da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema), entres os meses de janeiro a setembro de 2020, mais de 5 mil focos de calor foram localizados em propriedades privadas, cerca de 3 mil em terras indígenas e 890 em unidades de conservação. Mais de R$ 107 milhões em multas já foram aplicados por uso irregular do fogo. No total, o Estado aplicou R$ 805 milhões em multas por crimes ambientais, como queimadas e desmatamento ilegal.

No Pantanal, os laudos apontaram áreas queimadas de 40 mil hectares da reserva particular, em Barão de Melgaço (Sesc Pantanal), Fazenda Espírito Santo, Rodovia Transpantaneira e Fazenda São José, que teve 65 mil hectares danificados pelo fogo.

De acordo com a secretária de Meio Ambiente, Mauren Lazzaretti, a região do Pantanal é uma das maiores preocupações, mas o Governo tem empregado esforços para o combate aos incêndios em todo o Estado.

“Hoje temos mais de 2,5 mil pessoas envolvidas no combate aos incêndios florestais no Estado de Mato Grosso, com 40 viaturas, 50 aeronaves. Além disso, toda a nossa estrutura de combate e responsabilização dos infratores também teve uma diferença esse ano que é capacitação e a previsão legal para que o Corpo de Bombeiros possa estabelecer relatórios e fazer a autuação”, destacou ela, durante live com outros secretários de Meio Ambiente, na quinta-feira (03.09).

Outras perícias

No caso do incêndio nas proximidades do condomínio Beach Home Resort (Rodovia Helder Cândia), a causa foi apontada como acidental, por faísca de fiação elétrica de alta tensão.

A previsão é de que a próxima perícia seja realizada na Área de Proteção Ambiental (APA) do Parque Estadual de Chapada dos Guimarães. O incêndio devastou mais de dois mil hectares de vegetação. As equipes permanecem no local para monitoramento. Trabalham na região 55 combatentes entre Bombeiros Militares, ICMBio, Exército Brasileiro e brigadistas da Prefeitura.

Confira o que as perícias constaram em cada área queimada

Sesc Pantanal

Na Reserva Particular do Patrimônio Natural Sesc Pantanal (RPPN) – região de Barão de Melgaço, a causa do incêndio foi dada como queima intencional de vegetação desmatada para criação de área de pasto para gado. A equipe fez o deslocamento com a aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) e constatou o uso de madeiras, palanques de cerca e rodeios para o gado. Próximo a este local a equipe também encontrou galões de óleo diesel que aparentavam terem sido utilizados para incendiar as pilhas de material vegetal derrubado.

Fazenda Espírito Santo (Pantanal)

Os militares realizaram um estudo pericial na Fazenda Espírito Santo, próximo ao Sesc Pantanal/Aeródromo. Conforme foi possível verificar, o incêndio teve início em uma área próximo à estrada de acesso ao Sesc Pantanal. Uma máquina agrícola que fazia limpeza de área com enleiramento (parte do processo da junção do material que formará o feno) pegou fogo e começou o incêndio na região.

Rodovia Transpantaneira

A perícia referente ao incêndio que queimou, aproximadamente, seis mil hectares, constatou a causa como acidente automobilístico. Um veículo perdeu o controle na cabeceira de uma das pontes da rodovia, caiu no barranco e pegou fogo logo depois. No local foram encontrados vestígios indicadores de queima e restos do veículo.

Perícias na região do Pantanal
Créditos: Bombeiros MT

Fazenda São José

De acordo com os estudos, o fogo começou devida à prática de retirada de mel de abelhas silvestres. Foi constatado, em local de mata fechada, conhecida na região como Moitão, vestígios que indicam a queima de raízes para o uso de fumaça a fim de retirar os favos de mel. O local possuía diversas árvores queimadas com as mesmas características de extração, o que sugere prática recorrente no local.

Rodovia Helder Cândia (próximo ao Brasil Beach)

As causas foram dadas como incêndio propagado por faísca de fiação elétrica de alta tensão. A equipe encontrou vestígios que remetem à manutenção da rede elétrica após ruptura do cabo de alta tensão e troca do elemento isolante no topo do poste que fica em local aberto. Houve a ruptura de um dos cabos, o que causou faíscas ao tocar o solo, dando início ao incêndio.

FEIRA DA AGRICULTURA FAMILIAR NO MEMORIAL RONDON DE MIMOSO MT.

No Memorial Rondon em MIMOSO . Uma Feira de Qualidade


ACESSE O LINK PARA VER
No Memorial Rondon em MIMOSO . Uma Feira de Qualidade

Sema multa UHE Sinop em R$ 36 milhões


Empreendimento só poderá realizar manobras de vertedouros e dos geradores após aprovação da Sema de medidas mitigadoras para evitar nova mortandade de peixes
Juliana Carvalho | Sema-MT

Usina Hidrelétrica de Sinop - Foto por: Juliana Carvalho
Usina Hidrelétrica de Sinop
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A Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) aplicou multa de R$ 36 milhões na Usina Hidrelétrica de Sinop pela mortandade de sete toneladas de peixes no rio Teles Pires ocorrida em 15 de agosto. A infração foi calculada aplicando sanção de R$ 6 milhões por operar em desacordo com a licença e mais R$ 6 milhões por não adotar medidas de precaução. Ao total de R$ 12 milhões, foi acrescentado o agravante da reincidência, majorando a multa para R$ 36 milhões.

De acordo com o parecer técnico feito pela equipe multidisciplinar que investigou o caso, a morte dos peixes foi causada por manobras de comportas e dos hidrogeradores. Os laudos apontam que os peixes foram encontrados com traumas mecânicos, já que são atraídos pela agitação das águas. As medições feitas pela Sema não encontraram alterações na qualidade da água.

Diante das constatações, além da multa, a Sema determinou que as manobras das comportas do vertedouro, como também dos geradores UHE Sinop, só serão autorizadas após serem aprovadas os resultados das medidas restritivas e condicionantes implementadas para evitar novos eventos de mortandade de peixes A Sema solicitou estudos de viabilidade técnica para diversas medidas de mitigação, como implantação de sistema de repulsão de peixes, canal lateral para atração e transposição dos peixes, dentre outros.

O empreendedor deverá contratar consultoria externa qualificada para estabelecimento de novas regras operacionais. A Sema também solicita a contratação de auditoria independente, de notório saber na área, para acompanhar a operação e regras definitivas para funcionamento do empreendimento. Esta auditoria deverá se reportar diretamente ao órgão ambiental.

A UHE Sinop também deve realizar e apresentar quinzenalmente leitura do perfil vertical do reservatório, com medição de metro a metro, de parâmetros de qualidade da água. 

4 de setembro de 2020

 de Agricultura

São Paulo, 4, – A Associação Paulista de Extensão Rural (Apaer), organização que reúne profissionais que atuam com assistência técnica e extensão rural, recorreu ao Ministério Público do Estado (MP-SP) para ter acesso ao plano de reestruturação da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, que prevê o fechamento de 574 Casas de Agricultura em todo o Estado, ligadas à Coordenadoria de Desenvolvimento Rural Sustentável (CDRS, mais conhecida como Cati), e também mais da metade (48) dos Escritórios de Desenvolvimento Rural (EDR) e Escritórios de Defesa Agropecuária, das 80 unidades em funcionamento hoje. As informações são da Apaer, em comunicado à imprensa.

Conforme a associação, servidores têm sido informados, por meio de apresentações feitas pela própria Secretaria, sobre a intenção de desativar os prédios usados pela CDRS e pela Defesa 



Apaer relata que a justificativa usada para a reestruturação, que levará à diminuição de diversos serviços de atendimento ao setor rural, é que a proposta faz parte do plano de ajuste fiscal proposto pelo governador de São Paulo, João Doria (PSDB). O governo do Estado quer fazer essa opção com o argumento de que é para compensar um déficit no orçamento de R$ 10 bilhões estimado para o ano que vem.

Segundo a Apaer, além da intenção de fechar as Casas de Agricultura, o governo do Estado enviou para a Assembleia Legislativa Projeto de Lei 529 no início de agosto deste ano. Com essa iniciativa pretende “extinguir cerca de 1.000 unidades administrativas”, incluindo unidades de áreas da saúde, do Instituto Florestal e da Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo “José Gomes da Silva” (Itesp) – este último responsável pela aplicação da política agrária e fundiária do Estado.

O presidente da Apaer, Antônio Marchiori, informa na nota que “o fechamento das Casas de Agricultura vai atingir diretamente cerca de 300 mil agricultores familiares do Estado que recebem orientação dos extensionistas que atuam no meio rural, comprometendo o desempenho dessas pequenas propriedades, prejudicando e encarecendo a produção de alimentos essenciais para nossa sociedade como leite, frutas, ovos e hortaliças. Existem outras formas de diminuir o déficit no orçamento – diminuir a desoneração fiscal de grandes empresas é uma delas”.

Pelo plano da Secretaria, em um ano as Casas de Agricultura seriam fechadas e os municípios passariam a ter que recorrer “a figura da Unidade de Representação Municipal”, diz a Apaer. Esse novo modelo pressupõe o atendimento de demandas via uma central de atendimento (0800) que faria uma triagem e, caso julgar necessário, direcionaria um profissional para atender a consulta.

A Apaer avalia que a transferência dos serviços prestados pelas Casas de Agricultura para os municípios via convênio trará prejuízos para os agricultores familiares, considerando que poucos municípios têm estrutura capaz de suprir essa demanda com qualidade e eficiência.

De acordo com a Apaer, a intenção do governo Doria de fechar as Casas de Agricultura nos municípios começou em março do ano passado, com a publicação de decreto que alterou o nome da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati), com sede em Campinas, e transferiu para os extensionistas diversas atribuições que antes eram da Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente. Com essa mudança, “as Casas da Agricultura ficaram obrigadas a fazer a gestão do Sistema de Cadastro Ambiental Rural (CAR) e também com a obrigação legal de fazer a regularização ambiental de cerca de 280 mil imóveis rurais”, informa.

Um estudo liderado por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e publicado pela Revista Pesquisa, da Fapesp, mostrou que a cada R$ 1 investido em extensão rural, pesquisa e desenvolvimento, além de educação superior, R$ 12 retornam para a sociedade. No caso específico da extensão rural, o retorno por real investido foi de R$ 11. Os dados foram extraídos do livro Contribuição da Fapesp ao Desenvolvimento da Agricultura do Estado de São Paulo, que reúne as conclusões de um projeto de pesquisa realizado entre 2013 e 2018.