30 de junho de 2020

MERCADO - As notícias que você precisa saber agora para começar bem a terça-feira

Preço do boi China a R$ 226, negociações lentas para o milho e soja e dados do USDA estão entre as informações importantes de hoje

Por Felipe Leon, com agências de notícias

Abertura dos mercados: investidores aguardam dados de mercado de trabalho nos EUA

Boi: preço de animais padrão China atinge R$ 226 em São Paulo, diz Safras

Milho: com negociação lenta no mercado interno, lotes para exportação dominam, apesar de recuo do dólar

Soja: mercado lento no aguardo de dados do USDA de área plantada nos EUA


Café: risco climático e melhora no otimismo com retomada da economia levam preços em Nova Iorque aos maiores patamares em um mês

Agenda:

Deral: dados de desenvolvimento das lavouras do Paraná

USDA: relatório de área plantada de soja, milho e algodão dos EUA em 2020

USDA: levantamento de estoques trimestrais de soja, milho e trigo em 1º de junho nos EUA

Abertura dos mercados: investidores aguardam dados de mercado de trabalho nos EUA

Com os investidores no aguardo de dados de mercado de trabalho nos EUA a serem divulgados ainda nesta semana, os mercados operam com variações leves. Por volta das 7h39 (horário de Brasília) as bolsas europeias operam com ligeiro viés de alta, enquanto que os futuros das bolsas americanas operam estáveis. O dólar tem alta consistente em relação aos pares principais e leve alta ante moedas emergentes.

Essa configuração sinaliza abertura um pouco pressionada para a moeda brasileira. No Brasil, dados fiscais e de desemprego são destaques hoje e podem trazer volatilidade adicional ao mercado de câmbio.

Boi: preço de animais padrão China atinge R$ 226 em São Paulo, diz Safras

Os animais destinados ao mercado chinês estão sendo negociados por até R$ 226 a prazo, de acordo com levantamento da Safras & Mercado.

Como de costume, o início da semana é marcado por baixa liquidez, porém, o cenário de preços firmes e com viés de alta, em decorrência da oferta restrita e escalas encurtadas permanece, segundo análise da Agrifatto Consultoria.

Milho: com negociação lenta no mercado interno, lotes para exportação dominam, apesar de recuo do dólar

De acordo com a Agrifatto Consultoria, a colheita inicial tem atendido comercialização antecipada do milho, de forma que a segunda safra ainda não abastece o mercado interno e não pressiona as cotação. Segundo o Estadão Conteúdo, apesar do recuo do dólar ontem, dia 29, os lotes destinados à exportação dominaram as negociações do cereal.

Soja: mercado lento no aguardo de dados do USDA de área plantada nos EUA 

No exterior, o foco dos investidores está concentrado nas divulgações previstas para hoje do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), com dados de área plantada e estoques trimestrais. Segundo levantamento da Agrifatto Consultoria, o mercado projeta um aumento de cerca de 500 mil hectares de área plantada de soja, e que um número maior que esse pode pressionar negativamente os preços.

Já a ARC Mercosul informa expectativa de mercado para aumento de 800 mil hectares, com redução da mesma magnitude na área de milho.

Café: risco climático e melhora no otimismo com retomada da economia levam preços em Nova York aos maiores patamares em um mês

O risco de geada em regiões produtoras no Brasil com a chegada de uma massa de ar polar e a melhora do otimismo com a retomada da economia global impulsionaram as cotações na bolsa de Nova York. A Safras & Mercado reportou volume movimentado e vendas concentradas na safra nova no mercado físico brasileiro, sendo que a alta no exterior favoreceu a entrada de produtores que aproveitaram para negociar melhores valores que os vistos nas últimas semanas.

FONTE: https://www.canalrural.com.br/agronegocio/as-noticias-que-voce-precisa-saber-agora-para-comecar-bem-a-terca-feira-3/

QUE TODOS TENHAM UMA BOA TERÇA FEIRA - DO CAMPO PARA SUA MESA.


29 de junho de 2020

Posição do Brasil no Mercado Mundial - Agronegócios


TENHAM TODOS UMA ÓTIMA SEGUNDA FEIRA ´DO CAMPO PARA SUA MESA.


Convite Live: A importância da Integração de Políticas Públicas e o Planejamento Intersetorial para a Potencialização da Inclusão Socioprodutiva.




Dia: 30/Junho/2020 

Horário: 8:30h (Fuso horário local) MATO GROSSO

Local de Acesso: Canal do Youtube SetascComunica 


Realização: Secretaria de Estado de Assistência Social e Cidadania – SETASC/MT

LIVE INTERESSANTE - Qual a importância do consumidor para a preservação das atividades turísticas?


 O que fazer para incentivar o retorno gradual e transmitir segurança aos viajantes no cenário de pandemia? 

Como as MPs criadas pelo governo podem minimizar as consequências da crise? 

A retomada econômica do Brasil será em 2021? 

 Para responder essas e outras perguntas, o Festuris Live #19 vai conversar com o Presidente da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA), Alexandre Sampaio. 

Será na próxima segunda-feira, 29 de junho, às 19h, pelo Instagram do @festurisgramado. 

 Coloque na sua agenda e conheça as perspectivas para o futuro do turismo brasileiro pela visão de um dos grandes líderes do setor!

 #SempreJuntos #UnidosPeloTurismo #FesturisLive #AlexandreSampaio #FBHA #CNC

Turismo agoniza na pandemia e busca recuperação judicial para sobreviver

*Por dr. Marco Aurélio Mestre Medeiros

Com a pandemia do novo coronavírus ainda avançando após três meses de isolamento social no Brasil, a sobrevivência de milhares de empresas corre severos riscos. O setor do turismo é um dos mais afetados com esse efeito cascata, que é agravado pela dependência com outras áreas como hotelaria e companhias aéreas, atividades que também estão com a maior parte de suas operações suspensas.

Nesse cenário, a recuperação judicial é uma alternativa viável e capaz de permitir que empresas do setor turístico consigam "respirar" sem ter que fechar milhões de postos de trabalho em definitivo ou decretar falência. O principal objetivo da Lei de Recuperação Judicial (Lei 11.101/2005) é preservar a função social da empresa a fim de facilitar a retomada da atividade econômica.

Por abranger empreendimentos de diferentes setores, a indústria do turismo corre risco de sofrer um retrocesso de até 30%, conforme previsão da Organização Mundial do Turismo (OMT), agência da Organização das Nações Unidas (ONU). De acordo com o Conselho Mundial de Viagens e Turismo (World’s Travel and Tourism Council- WTTC), o segmento de turismo responde por 1 em cada 10 empregos do mundo e contribui com 10,3% do PIB global.

Dentro de uma empresa, os reflexos negativos da grave crise que estamos enfrentando se estendem aos funcionários, sócios, representantes, fornecedores e clientes. No setor do turismo, boa parte dos empreendimentos são de pequeno porte e com as restrições para conter o avanço do vírus, tiveram que reembolsar clientes por pagamentos efetuados antes da pandemia.

Desde o grande até o pequeno, todos estão na mesma situação, afetados fortemente pela pandemia. A situação dos pequenos empresários, donos de hotéis e pousadas, é ainda mais grave já que o faturamento depende de estabelecimentos cheios de clientes e turistas, situação oposta às recomendações sanitárias e de biossegurança que precisam ser seguidas enquanto perdurar a pandemia.

Empresários do setor estão se esforçando em busca de saídas para minimizar os impactos negativos, mas empréstimos bancários possuem taxas de juros altíssimas e as empresas não têm muitas garantias a oferecer. Algumas medidas de estímulo e socorro ao segmento foram anunciadas pelo Governo Federal, mas são paliativas e incapazes de reverter a grave crise.

Uma delas é Medida Provisória nº 963/2020, que liberou crédito extraordinário de R$ 5 bilhões para ser aplicado no financiamento da infraestrutura turística nacional. Outra MP, a de nº 948, trata do cancelamento de serviços, reservas e eventos e visa auxiliar os segmentos turísticos e culturais nesse período de crise.




Diante desse cenário, as empresas brasileiras e estrangeiras desse setor precisam buscar alternativas para auxiliar em suas reestruturações e a melhor saída para muitas será recorrer à recuperação judicial. Até a Pullmantur Cruzeiros, integrante do Grupo Royal Caribbean, uma maiores empresas de transatlânticos do mundo, anunciou, no dia 22 de junho, que pediu recuperação judicial na Espanha. De acordo com o conselho de administração da Pullmantur, o impacto sem precedentes da pandemia de Covid-19 tornou necessária a busca pelo instituto da recuperação.

A partir do momento em que o pedido é deferido, a recuperação judicial permite uma série de benefícios como facilitar o pagamento das dívidas, dialogar com os credores, suspender ações e execuções judiciais, evitar processo de falência e fazer acordos ou convenções coletivas de trabalho. 

A empresa tem ainda a possibilidade de negociação coletiva, carência no início dos pagamentos, alongamento da dívida, redução dos passivos mediante negociação e equalização das taxas de juros. O instituto da recuperação de empresas é bastante abrangente permitindo a inclusão de vários tipos de créditos, a alienação da sociedade, por diversas forma, concessão de prazos e condições especiais para pagamento das obrigações vencidas.

Também permite a substituição de administradores, alterações de controle acionário, possibilidade de os credores eleger administradores, aumento de capital social, arrendamento do estabelecimento, inclusive para sociedade dos próprios empregados, redução salarial, dação em pagamento e novação de dívida das, venda parcial de bens, constituição de sociedade de credores, usufruto da empresa, administração campanha de emissão de valores mobiliários (artigos 50).

É importante ressaltar que o Poder Judiciário está sensível e atento ao difícil momento enfrentado pelo setor e deverá receber o processamento da recuperação judicial com bons olhos. Até porque o empresário que busca esse mecanismo jurídico já demonstra que está interessado em evitar uma falência e deixa claro o interesse em garantir a continuidade dos negócios para honrar os compromissos com credores, fornecedores e preservar os empregos dos colaboradores, cumprindo com a função social da empresa.


Marco Aurélio Mestre Medeiros é advogado especialista em Recuperação Judicial, com atuação em todo o país junto ao escritório Mestre Medeiros Advogados Associados Email: marcomedeiros@mestremedeiros.com.br