19 de fevereiro de 2020

A QUEM INTERESSA INVIABILIZAR A PRESENÇA DO IBAMA, ICMBIO E FUNAI NA AMAZÔNIA?

A violência contra ambientalistas, populações indígenas, ribeirinhos e servidores públicos vem se intensificando de forma assustadora. 

As ameaças e ataques são dirigidos a todos que, de uma forma ou de outra, atuam no combate à grilagem, aos desmatamentos ilegais, à biopirataria, ao genocídio de comunidades indígenas. 

Confira a nota na íntegra.


Pão do Dia - Aleluiah Apps


"Então os que estavam reunidos lhe perguntaram: "Senhor, é neste tempo que vais restaurar o reino a Israel?" Ele lhes respondeu: "Não lhes compete saber os tempos ou as datas que o Pai estabeleceu pela sua própria autoridade"." (Atos 1:6-7)

Sinais nos influenciam em tudo o que fazemos.

Quando você está dirigindo e vê um sinal vermelho, você para.

Para alguns, no entanto, esse sinal significa simplesmente "diminua um pouco." Quando você vê um sinal que "20 km/h", você deve desacelerar.

Mas, para muitos, este sinal não significa absolutamente nada.

Quando você está em uma estrada nos EUA e vê o sinal "Disneylândia," isso significa: "Gaste dinheiro." O famoso sinal "Las Vegas" significa "Perca dinheiro".

Sinais têm significado.

Embora não possamos dizer o ano, nem o mês, muito menos o dia do retorno de Jesus Cristo, podemos ver sinais dos tempos nos dizendo que sua volta tem ficado cada vez mais próxima.

Quais são esses sinais?

Nós os lemos nas manchetes todos os dias, ou os ouvimos nas notícias ou os vemos na TV.

Não sou profeta.

Eu simplesmente leio a Bíblia.

E os sinais dos tempos estão claramente registrados nas Escrituras.

O Antigo Testamento contém centenas de profecias sobre a vinda do Messias à terra.

Através destas profecias, sabemos que Jesus foi o Messias, pois Ele cumpriu cada uma delas.

Ele cumpriu todas as profecias do Antigo Testamento que apontavam para Ele.

Assim, quando olhamos para profecias sobre o nosso futuro, também sabemos que elas serão cumpridas exatamente como Deus disse, porque há cinco vezes mais profecias sobre o Seu retorno à Terra pela segunda vez do que sobre a Sua primeira vinda.

O retorno de Cristo é algo que a Bíblia realmente enfatiza.

Deus quer que conheçamos as profecias bíblicas, porque 30% das Escrituras sãop dedicados a elas.

É importante estudar profecias bíblicas, porque elas nos ensinam sobre o nosso futuro.

E elas também nos asseguram que Deus sempre cumpre as Suas promessas.

FORO DE TURISMO INDÍGENA DE LAS AMÉRICAS


18 de fevereiro de 2020

Uma nova visão de turismo está surgindo no Brasil, escreve Guilherme Paulus

Potencial do país foi mal aproveitado 

Embratur nasce de 1 novo esforço 

Sistema S se beneficia ao investir 

Brasil tem que divulgar patrimônio
   

O ministro Marcelo Álvaro Antônio (Turismo) no Rio: governo federal faz esforço inédito para avançar o setor turístico, segundo Guilherme PaulusRoberto Castro/Ministério do Turismo - 4.fev.2018 


Podemos afirmar, hoje, que o turismo está entre as pautas prioritárias do Governo Federal; e não podemos ter dúvidas de que essa indústria é uma catalizadora de recursos, de geração de emprego e renda, de fomento aos negócios, de atração de investimentos. E o nosso país –como poucos no mundo– dispõe de uma ampla variedade de atrativos; da cultura à gastronomia, à arte, ao ecoturismo e à aventura, sem contar as suas praias deslumbrantes, os ecossistemas variados, os parques nacionais e os patrimônios históricos.

Mas esse potencial imensurável, por consequentes trocas de gestão pública, questões de investimento ou mesmo de um plano estratégico para posicionar o Brasil como um dos principais competidores do turismo internacional, foi prejudicado ao longo dos anos.

Neste governo, vemos o resultado do esforço do presidente Jair Bolsonaro, do ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, e do presidente da Embratur, Gilson Machado Neto, para ampliar a presença do Brasil em importantes eventos internacionais. Como membro do Conselho Nacional do Turismo, por indicação do próprio Governo Federal, acompanho a evolução deste importante instrumento de divulgação do nosso país mundo afora.


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A nova Embratur (encarregada da promoção turística do país no exterior) nasce justamente de um esforço dessa nova formação no Governo Federal, que encontrou mecanismos legais para o seu fortalecimento ao transformá-la numa agência com mais recursos e mais capacidade de relacionamento com a iniciativa privada. É um novo turismo brasileiro, uma nova visão, que busca justamente posicionar o Brasil como uma potência turística. É uma das maiores conquistas do setor de todos os tempos, sem a menor dúvida.

E como não consigo acreditar que possa haver má intenção contra o nosso país, quero crer que existe muita desinformação em torno desse ponto de transição e principalmente do que vem se falando sobre ele. Um exemplo importante é a alegação de que a MP colocará em risco investimentos e verba do Sebrae.

Se o orçamento que será destinado à nova Embratur pode significar um grande salto para o setor de viagens nacional, para o Sistema S ele representa apenas 15%. Recurso que será usado para fortalecer a promoção de uma indústria que movimenta 52 segmentos, gera empregos e divisas. Uma indústria na qual, segundo estudos da FGV, cada real investido traz 20 em retorno. E onde 1 em cada 5 empregos são criados no mundo.

Ainda, é fundamental observar que a grande maioria das empresas deste setor é formada por pequenos e médios negócios que, hoje, atuam muito abaixo do seu potencial. Com mais turistas, mais recursos gastos no Brasil, teremos uma economia mais aquecida, com restaurantes e atrações cheios, hotéis funcionando no limite da sua ocupação, mais taxistas, mais guias, mais artesãos, enfim, mais profissionais autônomos e empresas se beneficiando da prosperidade que chega ao país com o turista. E quem inevitavelmente se beneficia desta cadeia saudável? O Sebrae, o Sistema S, que estarão sendo investidores desta indústria tão valiosa para todos nós.

O turismo brasileiro sairá de um orçamento irrelevante de cerca de US$ 8 milhões (em 2019) para um de US$ 120 milhões. Isso significa uma mudança inédita na história da nossa indústria. Há uma disputa internacional intensa, os destinos são cada vez mais competitivos, investem cada vez mais; o México, por exemplo, investe US$ 400 milhões e recebe 6 vezes mais turistas internacionais que nós. Pela primeira vez, o Brasil vai disputar essa corrida com condições mais justas.

Recentemente soubemos, pela opinião pública, de um plano de ações de promoção do Brasil no exterior feito pela Embratur. Trata-se de um primeiro grande passo para sairmos de anos de letargia para melhorar a forma como o Brasil se posiciona internacionalmente. E como se faz isso? Como os gigantes fazem: atuando em todas as mídias, buscando investimentos e parcerias com grandes marcas da iniciativa privada, relacionando o país aos ícones do entretenimento, da cultura pop, mostrando ao planeta que o momento do Brasil chegou. Esses projetos são um exercício que visa à internacionalização do nosso país; torná-lo mainstream, levá-lo ao epicentro do entretenimento global.

Ao propor atividades como um blockbuster norte-americano, com elenco renomado, uma animação da Disney ou uma apresentação musical na Broadway, só para dar um exemplo, busca-se colocar o Brasil no imaginário do consumidor internacional que tem, na indústria do entretenimento, um mecanismo de decisão de compra. Esse tipo de divulgação levará cultura, música, arte, gastronomia, recursos naturais do Brasil a uma audiência qualificada que terá ainda mais estímulos para consumir o nosso turismo.

Recentemente, o empresário Álvaro Garnero tocou exatamente nesse assunto. Há décadas, o turismo e a indústria audiovisual trabalham juntos, posicionando destinos no centro do imaginário do consumo global. São inúmeros exemplos, do Marrocos de Casablanca, à Tunísia de Guerra nas Estrelas, à Tailândia de Leonardo de Caprio, à Croácia de Game of Thrones. Países, cidades, lugares às vezes obscuros e que se tornaram fenômenos, com milhares, milhões de visitantes todos os anos. Muitas pessoas viajam em busca desses lugares de fantasia que marcaram para sempre as suas vidas. O Brasil só precisa aprender a usar isso em seu benefício. E capitalizar ainda mais em cima das centenas de milhares de locações cinematográficas que existem por aqui.

E, o que é melhor: sem recursos públicos. Projetos ambiciosos como esses não serão custeados diretamente pela Embratur, que atuará na inteligência em promoção turística, elaborando e selecionando ações relevantes a serem executadas pela iniciativa privada.

Mais que isso, não me parece que o plano da Embratur se restrinja apenas a essas ideias ou a outras já conhecidas pela opinião pública. Não se trata de um tipo de roteiro ou uma religião específica, mas todos os roteiros, todas as religiões, todos os elementos relevantes do nosso turismo. O que se quer é dar notoriedade a todo esse patrimônio que só o Brasil tem.

Ano passado, o Governo Federal promoveu a isenção do visto para turistas dos EUA, Japão, Canadá e Austrália. E números recentes da Polícia Federal mostram que, apenas após 6 meses da medida, já há um aumento na procura –sobretudo de norte-americanos, 2º mercado que mais envia visitantes para o Brasil (quase 15% de ampliação, se comparado ao mesmo período do ano passado). Levando em consideração o perfil de gasto desses turistas, temos aí um incremento de R$ 450 milhões na nossa economia (segundo dados do Ministério do Turismo).

Mas o turismo no país, na contramão de tantos atributos positivos, está estagnado. Quase 7 milhões de visitantes veem ao Brasil todos os anos, número inferior ao atingido por monumentos e museus em outros destinos. É o papel do governo dar estímulo e estruturar novas políticas, para que ações arrojadas e investimentos estratégicos possam ampliar esses números. Só assim o Brasil terá condições de se tornar uma potência turística. E o melhor de tudo: todos sairão ganhando. 

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Autores 



Guilherme Paulus, 70 anos, é o principal empresário do Turismo no Brasil. Fundador da CVC, uma das maiores operadoras de viagens no mundo, e do Grupo GJP, que controla 10 hotéis próprios no país, o empresário comanda ainda a GJP Construtora e Incorporadora, responsável por condomínios de alto padrão e hotéis. Também é membro da Câmara Temática de Marketing do Ministério do Turismo, por indicação da Presidência da República, membro do Conselho Nacional de Turismo e 1º vice-presidente do Conselho de Administração do São Paulo Convention & Visitors Bureau. 

nota do editor: os textos, fotos, vídeos, tabelas e outros materiais iconográficos publicados no espaço “opinião” não refletem necessariamente o pensamento do Poder360, sendo de total responsabilidade do(s) autor(es) as informações, juízos de valor e conceitos divulgados. 


17 de fevereiro de 2020

Embrapa desenvolve mandioca que produz 51% mais amido

Além disso, a variedade chegou a ultrapassar a produção de 60 toneladas por hectare nos experimentos

Por Canal Rural


Segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) a variedade é adaptada ao plantio direto. Foto: Embrapa

Uma nova variedade de mandioca é capaz de produzir, já no primeiro ciclo, 45% a mais de raízes e 51% a mais de amido. Esse é o desempenho registrado nos experimentos da BRS 420 comparando às cultivares usadas no Centro-Sul do país, região para a qual a nova raiz foi desenvolvida.

Segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), que criou a tecnologia, a variedade é adaptada ao plantio direto, prática em expansão na região, que confere estabilidade produtiva e conservação ambiental. A região Centro-Sul concentra 80% da produção brasileira de fécula de mandioca, o amido extraído da raiz.

“A variedade apresenta excelente comportamento produtivo tanto em colheitas precoces, de dez a 12 meses após o plantio, quanto tardias, até 24 meses, o que assegura flexibilidade de colheita e amplia a janela de comercialização,” informa o pesquisador Marco Antonio Rangel, que atua no campo avançado da Embrapa Mandioca e Fruticultura, na Bahia. 

“Quando a gente fala que é precoce, pode parecer que só produz no primeiro ciclo, mas não. No segundo, ela é também muito produtiva. Em um ano como este, por exemplo, em que os preços estão de razoáveis a bons, o produtor já tem opção de colheita no primeiro ciclo. E em um ano em que o preço não estiver tão bom, o produtor pode optar por colher depois”, ressalta Rangel. 

“Com essa nova variedade, os produtores estão obtendo um parâmetro de produção superior, o que faz crescer o padrão de exigência deles. Isso é extremamente positivo e, ao mesmo tempo, aumenta a demanda para desenvolvermos materiais cada vez melhores. Por outro lado, eles também se conscientizam de que é necessário um cuidado maior de suas lavouras para que as novas variedades se expressem em toda a sua plenitude”, avalia o cientista. 

Segundo ele, a BRS 420 chegou a ultrapassar a produção de 60 toneladas por hectare, nos experimentos. Em pequenas áreas de produtores, ela tem superado 50 toneladas por hectare no primeiro ciclo.

“Hoje, infelizmente, temos visto na região as variedades locais ficarem no primeiro ciclo em torno de 20 toneladas e, no segundo, nem isso”, conta.
Adaptada ao plantio direto e à mecanização

Na maioria dos ambientes de experimentação, os pesquisadores utilizaram o sistema de plantio direto (SPD) sobre pastagens ou restos de culturas anuais. Também chamado de plantio mínimo ou reduzido, o SPD preconiza o não revolvimento do solo e é utilizado em grandes culturas de grãos, como milho, soja e trigo.

“Oitenta por cento dos ambientes em que a variedade está sendo trabalhada são de plantio direto. A BRS 420 é muito adaptada a esse sistema. Responde bem em qualquer espécie de palhada, em vários ambientes no Paraná e Mato Grosso do Sul, e também em São Paulo está indo bem, embora ainda não esteja recomendada para lá. É um material estável, seguro, precoce e produtivo”, pontua Rangel.

Trata-se também de uma variedade muito adaptada à mecanização. O pesquisador relata que foi feito um trabalho com um protótipo de máquina colhedora e, dos materiais testados, foi o que apresentou melhor rendimento de colheita, com perdas bem inferiores à colheita manual. “Por isso, no momento em que a colhedora de raízes se transformar em uma realidade, a cultivar já indica potencial forte de adaptação a essa máquina”, avalia.

Outra característica é a rápida cobertura do solo, o que ajuda no manejo das ervas daninhas. Por ser um material precoce, a BRS 420 tem um crescimento muito rápido e vigoroso, reduzindo consideravelmente a necessidade de capina, de acordo com o especialista. “Tendo um bom ajuste ambiental, o produtor pode conseguir fechar o ciclo sem necessidade de capina. É uma variedade que contribui de maneira muito relevante para o manejo integrado das plantas daninhas da mandioca”, afirma.
Alto teor de amido e resistência a doenças

Testes realizados em fecularias revelaram elevada aptidão da variedade para uso industrial, uma vez que suas raízes apresentam fácil descascamento e amido de alta qualidade. Os experimentos apontaram superioridade da BRS 420 em comparação às principais cultivares atualmente utilizadas na região no que se refere também à produtividade de amido: 51,5% a mais no primeiro ciclo e 46,6% no segundo. Outra característica importante é a facilidade de arranquio, em função da disposição horizontal de suas raízes.

Em relação às principais doenças da cultura, a BRS 420 apresenta boa resistência à bacteriose, superalongamento e antracnose. “Apresenta, por vezes, poucos sintomas, mas que não chegam a causar danos”, explica Rangel. Sobre a podridão radicular, um problema na região, o cientista diz que também não foram registradas situações de perdas significativas. “Logicamente, não recomendamos que seja colocada em áreas que ficam saturadas de umidade por muito tempo. Mas é um material seguro, em comparação a outros da região, por exemplo, a variedade Baianinha, que apodrece bastante.”
O que dizem os produtores

Parceiro no trabalho de avaliação dos materiais desde 2016, o produtor Victor Vendramin, de Paranavaí (PR), atesta o bom desempenho da BRS 420. “Já no primeiro ciclo, o desempenho é bem melhor comparado com as variedades tradicionais em termos de produtividade e expressão de acúmulo de amido por hectare. E tanto a BRS CS01 quanto a BRS 420 são variedades que classificamos aqui como modernas, já com aptidão para o plantio direto. As tradicionais reduzem de 15% a 20% sua produtividade em ambiente de plantio direto”, conta Vendramin, que afirma já ter 50% de sua área em SPD.

Segundo ele, a maior parte das variedades locais entrega normalmente cerca de 18 toneladas por hectare, até 12 meses após o plantio. “Essas variedades da Embrapa produzem, em média, 29 toneladas por hectare. Em algumas áreas, a gente já viu obter 37 toneladas por hectare. Vimos, portanto, pelo menos, 50% a mais de produção em relação às tradicionais”, relata o produtor.

No que se refere às doenças e pragas, Vendramin confirma que a BRS 420 tem mostrado maior resistência. “Quando plantamos mais de uma variedade, percebemos que a mosca branca, por exemplo, que foi um problema sério em 2019, tem preferência por outras variedades em relação às da Embrapa. A população chega a ser um terço da que ataca as outras variedades”, salienta.

Ele conta também que a BRS 420 tem maior resistência à podridão radicular. “O bacana é que, ainda que exista incidência de podridão, não apodrece o pé inteiro. E a produtividade, mesmo tendo uma raiz podre, é maior do que as outras. Isso é legal, porque, ainda que aconteça, a capacidade de produção dela compensa o problema.”
Onde encontrar?

Os produtores rurais que tiverem interesse na variedade devem acessar este link para obter mais informações.


Conheça alternativas de culturas para aumentar seu lucro e produtividade

A Emater do Rio Grande do Sul apresentou, durante a Expoagro Cotricampo, opções rentáveis para produtores investirem

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Por Canal Rural

Alternativas para aumentar o lucro dos produtores rurais foram apresentadas pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Rio Grande do Sul (Emater-RS), durante a Expoagro Cotricampo, realizada em Campo Novo (RS), até sábado, 15.

O feno de alfafa, por exemplo, tem um excelente custo-benefício e aumenta a produtividade da pecuária leiteira, de acordo com especialistas. O cultivo é indicado para fazendas com produção diária acima de 25 litros de leite por vaca.

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Quando comparado aos capins convencionais, o feno de alfafa tem teor de proteína 30% maior, quatro vezes mais fósforo e o dobro de cálcio. “Um quilo de feno substitui um quilo de ração. Se for produção própria, dá para afirmar que o custo fica em R$ 0,50/R$ 0,60 por quilo, enquanto a ração fica em torno de R$ 1/R$ 1,14 por quilo. Então há vantagem econômica, além de ser mais saudável para o animal”, diz o extensionista rural João Schommer.


Segundo a Emater, o cultivo de melancia sugar baby é outra alternativa rentável. Resistente à alta temperatura, essa variedade produz 40 toneladas por hectare. Considerando o valor de venda a R$ 1,50 por quilo, o lucro é de R$ 50 mil por hectare.

“Essa variedade se diferencia das outras por ser menor, possuir menos sementes e um pouco mais de polpa em relação a outras. Seu ciclo é mais precoce, então abrange um nicho de mercado mais diferenciado”, comenta o extensionista rural Ademir Wagner.

A empresa de assistência técnica também o cultivo de mandioca, que pode render 22 toneladas — e R$ 10 mil — por hectare. O produtor pode vender para compradores diversos, segundo o extensionista Erni Breitenbach. “A mandioca é uma cultura versátil, fácil de produzir na propriedade e para cada processamento, ela terá alguma agregação. Se encaminhada para a indústria de panificados, por exemplo, pode agregar em até 300% o valor do produto”, comenta.



Record é condenada a pagar dois milhões de reais por pintar de branco arte rupestre em Diamantina Emissora cobriu com tinta grafismos pré-históricos em área que foi de cenário da série ‘Rei Davi’



São Paulo - 
Imagem mostra a sobreposição de camada branca ao grafismo rupestre em Diamantina.Divulgação MPMG

A arte pré-histórica preservada durante séculos em uma parede na cidade de Diamantina, em Minas Gerais, já não existe mais. Foi apagada —ou melhor, pintada de branco— para compor o cenário da minissérie bíblica Rei Davi, da Record. Quase dez anos depois da gravação de uma das minisséries que se tornaram um filão de sucesso na teledramaturgia e o segredo da emissora para alavancar a audiência, a emissora foi condenada em segunda instância a pagar dois milhões de reais por ter coberto com tinta a parede com arte rupestre.

O cenário natural da Serra do Pasmar, no Alto Jequitinhonha, à primeira vista, parecia ideal para as gravações. A rede de televisão investiu cerca de 30 milhões de reais na minissérie, inclusive com gravações nas áreas desérticas de Cache Creek e Kamloops, no Canadá. No Brasil, no entanto, a equipe optou por modificar a paisagem. Um relatório de análises químicas no sítio arqueológico mostrou a presença de tinta branca vinílica na área de patrimônio cultural utilizada para gravação.
Mais informações 

Na sua defesa apresentada em Juízo, a Record nega que seja possível relacionar a tinta que existe no local à sua presença, uma vez que a prova pericial foi realizada dezenove meses após o encerramento das gravações de Rei Davi. Além disso, a empresa de comunicação afirmou que a gravação da minissérie gerou benefícios ao município de Diamantina, tais como o acréscimo no turismo e projeção nacional e que, por isso, não deveria pagar indenização por danos sociais. Destacou ainda que não havia registro de que o local utilizado para as gravações era sítio arqueológico ou área de preservação. Procurada, a Record não respondeu às perguntas enviadas pela reportagem.

O centro histórico de Diamantina, uma cidade colonial encravada em meio a montanhas, é reconhecido pela Unesco como Patrimônio da Humanidade por manter preservada a memória dos garimpeiros de diamantes do século XVIII que exploraram a região. Mas pesquisas realizadas pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e pela Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) apontam que Diamantina e os municípios de entorno têm uma história muito mais antiga a ser explorada.

A Serra do Pasmar foi considerada de alto potencial arqueológico segundo trabalhos do professor Andrei Isnardis, da UFMG, realizados a partir de 2009. Escavações encontraram pinturas rupestres e vestígios líticos (local de retirada de ferramentas de pedras) dos grupos pré-históricos que habitaram a região há até 11.000 anos. Indícios mostram que a área pintada pela Record tem registros arqueológicos de até 4.000 anos, antes do início da invasão colonial. “Em toda região, temos cerca de 220 sítios arqueológicos registrados”, afirma o pesquisador.
Andrei Isnardis

Isnardis explica que comparada com outras áreas de Minas Gerais, a região de Diamantina é bastante preservada. “A população local intervém menos. Muitos sempre viveram como coletores e utilizam os abrigos rochosos [onde estão localizadas as pinturas rupestres], mas não são frequentes rabiscos”, afirma. Quando muito, são encontradas fuligens de fogueiras realizadas nas proximidades das pinturas. “O caso da Record é diferente, fruto de um profundo desconhecimento do valor das pinturas rupestres e do patrimônio arqueológico”, afirma.

Esse desconhecimento se reflete, inclusive, no impasse entre os desembargadores de segunda instância quanto ao preço a ser pago por quem destrói um patrimônio arqueológico. Na decisão em primeira instância, o juiz Tiago Ferreira Barbosa condenou a Record à recuperação dos danos ambientais, ao custeio de prova pericial realizada, ao pagamento de indenização a título de compensação ambiental no valor de um milhão de reais e à indenização por danos morais coletivos também no valor de um milhão de reais, pelos danos ao patrimônio cultural dos municípios de Gouveia e Diamantina. Também condenou a proprietária da área, Maria Geralda de Almeida, por permitir o acesso ao local sem assegurar a reparação da área degradada.

Como a Record recorreu, ficou para os desembargadores debaterem o mérito da questão. E o valor a ser pago como reparação de um crime que raramente é objeto de queixa foi tema de controvérsia. Para uma desembargadora, por exemplo, 400.000 reais já seriam suficientes para sanar o malfeito. Mas foi o voto do relator, o desembargador Paulo Balbino, que prevaleceu, e com ele grande parte da sentença determinada na primeira instância, inclusive os dois milhões de reais. A empresa de comunicação ainda pode recorrer.

Se é possível colocar um preço no que foi perdido? “É um exercício que não sou capaz de fazer… porque não tem preço. Estamos falando de outro tipo de valor. Um valor histórico, cultural, antropológico, humano, de pessoas que tinham um outro modo de vida. A pintura rupestre é o vestígio mais visível de outros povos. É inestimável”, lamenta Isnardis.

15 plantas que ajudam no controle de pragas na horta


15 plantas que ajudam no controle de pragas na horta

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Ter uma horta orgânica em casa requer cuidados e dedicação. Para controlar a área de forma natural, sem utilizar produtos químicos como pesticidas ou agrotóxicos, mantenha as plantas que listamos a seguir próximas ao cultivo. A lista é do Manual Horta Orgânica Doméstica, elaborada pelo Clube do Jardim.

Alfavaca: Também conhecida como manjericão de folha larga, esta planta é muito comum no tempero de peixes. Além disso, o seu cheiro forte repele moscas e mosquitos. Mas, atenção, a alfavaca não deve ser plantada perto da arruda.

Foto: iStock Photo


Alho: Além de ser um dos temperos mais utilizados na culinária, cultivar o alho em sua horta é benéfico, principalmente se você cultivar tomates. A planta atua como um repelente para pragas que costumam atacá-los.

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Alecrim: O alecrim é considerado uma planta fácil de se cultivar e muito indicada para jardineiros principiantes, tendo boa tolerância a pragas. O arbusto é capaz de afastar a borboleta-da-couve e a mosca-da-cenoura. A sálvia é uma ótima companheira para o alecrim.

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Cheiro-de-mulata: Conhecida pelos nomes de catinga-de-mulata, tanaceto, atanásia ou erva-de-São-Marcos, o aroma forte desta planta medicinal repele insetos voadores. Ela pode ser plantada em toda área da horta. A erva ainda é utilizada para fazer a água de cheiro, utilizada pela religião do Candomblé, por isso seu apelido, cheiro-de-mulata.

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Hortelã: A planta herbácea é muito cultivada em todo o mundo devido às suas essências aromáticas. O cheiro da hortelã repele lepidópteros, como a borboleta-da-couve, formigas e ratos. É uma boa opção cultivar a hortelã nas bordas das lavouras.

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Tomilho: A planta, muito utilizada na culinária em temperos de carnes e molhos, requer pouco cuidado e prefere terrenos secos. O arbusto do tomilho tem poder de afastar a borboleta-da-couve, considerada praga em algumas plantas cultivadas, principalmente da couve, couve-flor e brócolis, onde as lagartas desfolham a planta.

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Sálvia: De folhas longas e aveludadas, a sálvia tem um sabor forte e, ao mesmo tempo, refrescante, assemelhando-se levemente ao alecrim. A erva repele a mariposa do repolho.

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Tagetes: Vulgarmente conhecido como cravo-de-defunto, por possuir odor considerado forte e até desagradável, ele é um ótimo repelente natural de muitos insetos e protege contra os nematóides.

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Coentro: O coentro, muito utilizado na culinária brasileira, principalmente no norte e nordeste, é eficiênte no contole de pulgões e ácaros.

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Gerânio: Além de serem muito bonitos e possuirem diversas cores de flores, os gerânios ajudam a proteger o jardim, pois a espécie é um repelente natural de insetos.

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Manjericão: As folhas do manjericão são muito utilizadas para molhos e temperos. O seu odor, além de muito agradável, ajuda a repelir moscas e mosquitos.

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Citronela: A citronela é uma planta medicinal muito utilizada como repelente para insetos, sendo eficaz contra moscas, mosquitos e formigas. Ela ajuda a manter longe até mesmo os mosquitos da dengue.

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Anis: Também conhecida como erva-doce, seu caule é muito utilizado em saladas e sua fruta em forma de semente é usada em confeitaria e em licor. O anis tem a capacidade de repelir as traças.

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Capuchinha: Também conhecida popularmente como chagas, flor-do-sangue e agrião-do-méxico, é uma flor que pode ser comestível, desde que seja cultivada sem o uso de agrotóxicos. Ela repele nematóides, vermes que atacam e matam as plantas e insetos.

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Losna: Planta medicinal, também conhecida como Absinto, Erva-do-fel, Alenjo, Erva-de-santa-margarida, Sintro ou Erva-dos-vermes. Além de possuir odor inseticida, ela afasta animais de sua horta.

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Redação CicloVivo

Dicas de controle biológico para hortas urbanas

 

Dicas de controle biológico para hortas urbanas

O produtor tem de trabalhar para manter o equilíbrio do ambiente.

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Por Governo SP

A produção de hortaliças nas grandes cidades está aumentando. A Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo busca fomentar esta prática por meio do Instituto Biológico, trazendo dicas de como tornar as hortas caseiras mais sustentáveis utilizando inimigos naturais em vez de defensivos agrícolas.

Predadores, parasitoides, nematoides, bactérias e fungos são inimigos naturais que protegem as plantações das pragas e doenças. O controle biológico, uma técnica do Manejo Integrado de Pragas (MIP), utiliza esses inimigos para manter o equilíbrio natural, tornando a plantação mais saudável.

“O controle biológico é o componente de maior importância do MIP”, diz o pesquisador Mário Sato, que trabalha no Centro Avançado de Pesquisa em Proteção de Plantas e Saúde Animal do Instituto.

O controle das pragas ocorre naturalmente, em muitos casos não há necessidade da aplicação de inseticidas e acaricidas, pois causam desequilíbrio ao plantio. “O produtor tem de trabalhar para manter o equilíbrio do ambiente, ou seja, não aplicar qualquer produto, fazer uma boa adubação e uma irrigação adequada, para não ter uma infestação elevada de pragas, que pode causar injúrias à cultura”, explica Sato.

Em cultivos de hortaliças, a presença de insetos (pragas) é comum e o número de inimigos naturais é baixo. Nesse caso, a introdução de predadores, parasitoides ou nematoides, é necessária para o controle biológico ser efetivo.

Diversos inimigos naturais, como ácaros predadores, já são comercializados e são fáceis de serem utilizados, pois quando liberados no campo se dispersam por conta própria. Já o defensivo agrícola necessidade de pulverização, por toda a horta. Entretanto, “existe a possibilidade de o controle biológico ser associado ao controle químico, mas tem que haver cuidado ao aplicar a técnica, pois o defensivo pode prejudicar o inimigo natural”, afirma o agrônomo.

Funciona assim: quando existe praga, o inimigo natural controla e à medida que as pragas vão diminuindo, ele simplesmente vai embora – não existe risco do inimigo se tornar praga. “Na maioria dos casos, o produtor precisa reintroduzi-los em sua plantação, pois em cultivos de hortaliças há uma troca frequente de cultivares”, conclui.

Para o titular da Coordenadoria do Desenvolvimento dos Agronegócios (Codeagro), José Valverde Machado Filho, a adoção de conceitos que definam hortas urbanas e periurbanas faz parte de uma política pública muito próxima à realidade das pessoas, que cada vez mais buscam uma relação com os alimentos que consomem, preferencialmente in natura.

“Tais políticas visam estimular tanto a produção de alimentos dentro de casa, em pequenos canteiros ou hortas horizontais, como aquelas que promovem uma integração da comunidade”, avalia.

Veja abaixo algumas dicas importantes:

* Utilizar solo sem contaminantes;

* Se possível, esterilizar o solo antes de plantar (solarização);

* Comprar mudas sadias;

* Não exagerar na adubação;

* Irrigar corretamente;

Observação: a adubação exagerada, com irrigação inadequada (excesso ou falta de água), causa estresse às plantas, e favorece a criação de pragas e doenças

Brasil ganha centro avançado de pesquisas sobre controle biológico


Cycloneda sanguinea. | Foto: Charles J Sharp 



Brasil ganha centro avançado de pesquisas sobre controle biológico 

Iniciativa vai investir 40 milhões em pesquisa para agricultura mais sustentável. 


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Por Jornal da USP 

Um centro de pesquisa dedicado aos estudos de controle biológico foi lançado no Brasil na última terça-feira (11). Batizado de SPARCBio (sigla para São Paulo Advanced Research Center for Biological Control) é sediado na USP, em Piracicaba (SP), e deve receber R$ 40 milhões nos próximos anos. 
Controle biológico 

Controle biológico é uma forma de combater pragas e doenças utilizando seus inimigos naturais, como fungos, insetos ou outros predadores. Estes organismos não deixam resíduos no meio ambiente e contribuem para um controle racional e mais sustentável das pragas agrícolas. 
Apoio financeiro 

Os investimentos serão feitos pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), por meio do programa Centros de Pesquisa em Engenharia, e pela Koppert Biological Systems, e terão como contrapartida recursos da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP para infraestrutura de pesquisa e custos de pessoal. 

A proposta é desenvolver um novo modelo de manejo de controle de pragas e doenças para a agricultura em regiões tropicais. O centro terá como meta a transferência de conhecimento para a empresa e para a sociedade e prevê a interação com o sistema educacional, incluindo os níveis fundamental e médio, durante o desenvolvimento dos estudos. 

O diretor do SPARCBio, professor José Roberto Postali Parra, ressalta a importância da difusão de conhecimento que será feita pelo centro. “O projeto tem como um dos desafios a mudança de cultura dos produtores rurais brasileiros em relação à competitividade e reprodutibilidade das tecnologias de controle biológico, na comparação com os agroquímicos. Essa quebra de paradigma só será viável com educação e difusão do conhecimento que resultem em maior aceitação dos biológicos. A proposta é desenvolver pesquisas de alto nível, atender o agricultor e desenvolver um modelo global de controle biológico para a agricultura de regiões tropicais.” 
Parcerias 

O centro é sediado no Departamento de Entomologia e Acarologia da Esalq, mas integra outras universidades e instituições no Brasil e exterior. Há parcerias com instituições brasileiras como Unesp, UFSCar, UFV e Embrapa. No exterior, participam pesquisadores de instituições como University of Minnesota e University of California, ambas dos Estados Unidos, Institut National de la Recherche Agronomique/INRA (França) e University of Copenhagen (Dinamarca). 

Para o diretor da Esalq, professor Durval Dourado Neto, a instalação do SPARCBio na Esalq consolida uma das missões da Universidade, a de promover conhecimento e recursos para o desenvolvimento do país. “Essa parceria envolvendo agentes públicos e privados amplia o desenvolvimento da ciência aplicada em prol de uma agricultura eficiente e atende às demandas dos mercados nacional e internacional.” 

Segundo o vice-presidente da Fapesp, Ronaldo Aloise Pilli, este é o 13º Centro de Pesquisa e Engenharia criado pela fundação. “A Fapesp vem empreendendo esforços para promover a participação dos setores acadêmico e empresarial na transferência de conhecimento para a sociedade.” O diretor industrial da Koppert, Danilo Pedrazzoli, destaca que a parceria para a criação do novo centro de pesquisa trará benefícios a todos os envolvidos. “A Universidade ganha com royalties, o governo, com impostos de produtos que vierem a ser desenvolvidos e a empresa, com o desenvolvimento de novos produtos e tecnologias. Vamos deixar de ser replicadores de tecnologia para sermos geradores e disseminadores”, afirmou.