31 de janeiro de 2020

Reunião debate a organização da cadeia produtiva da borracha em Mato Grosso

A cultura da seringueira ocupa uma área de 20 mil hectares e são cultivados em mais de 15 municípios do Estado.Rosana Persona | Empaer

A intenção é produzir um produto de qualidade para ganhar bons preços nos mercados. - Foto por: João de Melo | Empaer


A Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), em parceria com Associação dos Heveicultores do Estado de Mato Grosso (Ahevea), realizou nesta quarta-feira (22.01) uma reunião com o objetivo de organizar a cadeia produtiva da borracha natural no Estado. O engenheiro florestal da Empaer, Antônio Rocha Vital, comenta que 20 mil famílias cultivam a seringueira em Mato Grosso. O evento foi realizado no Sindicato Rural de Cuiabá, no Parque de Exposições Senador Jonas Pinheiro.

De acordo com Rocha, na década de 90, o plantio da seringueira ocupava uma área de 40 mil hectares. Hoje apenas 20 mil hectares são cultivados em mais de 15 municípios do Estado. Ele enfatiza que o grande desafio do cultivo é o preço do quilo da borracha, que está sendo comercializada por R$ 2,35 . Ele considera um preço baixo e esclarece que em outros anos a borracha já chegou a ser comercializada por R$ 4,10 o quilo.

A receita apresentada pelo engenheiro é produzir um produto de qualidade para ganhar bons preços nos mercados e utilizar pequenos centros de agregação de qualidade e valores para produzir o CVP (Cernambi Virgem Prensado) na propriedade. “Além de produzir látex, os seringais ocupam outra posição que é o sequestro de carbono. Uma tonelada de borracha natural seca da seringueira possui aproximadamente 900 kg de carbono”, comenta.

O produtor rural Ricardo Camargo, membro da câmara setorial, possui uma área de 250 hectares de seringueira, localizada no município de Barra do Bugres. Ele fala que a seringueira é a monocultura perene que mais sequestra carbono. Ele explica que depois que a Câmara Setorial da Borracha Natural (CSBN) validou a tecnologia de quantificação do carbono sequestrado pela seringueira em 2016, começaram a procurar como monetizar este carbono.


O presidente da Ahevea e técnico em agropecuária da Empaer, Clodoaldo Maccari, fala que o município de Gaúcha do Norte (595 km ao Norte de Cuiabá) possui uma área plantada de 2 mil hectares de seringueira e 250 produtores. E destaca que o cenário está bem complicado e alguns produtores estão erradicando os seringais. “Para tornar a cultura viável, o preço deveria estar em torno de R$ 3,50 o quilo da borracha”, explica.

Ele enfatiza que a reunião debateu vários pontos para tornar a cultura atrativa para os demais produtores e o principal foco foi a certificação da borracha em Mato grosso, que tem como finalidade cumprir a legalidade econômica, social e ambiental dentro da cadeia heiveícola, além de agregar valor à borracha produzida pelo seringueiro com incremento da renda dos municípios. “A intenção da Associação é fortalecer a produção de borracha limpa com a adoção da certificação e propiciar um bônus financeiro por quilograma de borracha natural produzida independente do preço de mercado”, esclarece Maccari.

Participaram da reunião o secretário adjunto da Secretaria de Estado da Agricultura Familiar (Seaf), Carlos Alberto Simões de Arruda, o presidente da Empaer, Renaldo Loffi e a presidente da Associação Brasileira do Segmento de Reforma de Pneus, Margarethe Buzzeti, produtores rurais e outros.

Acesso ao crédito rural auxilia produtores na compra de máquinas agrícolas .

Produtores de Campo Verde financiaram recursos do Pronaf no valor de R$ 1,3 milhões para investimento e custeioRosana Persona | Empaer

Produtores adquirem trator e pretendem ampliar a produção - Foto por: Arquivo Pessoal
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Para facilitar a lida no campo e ampliar a área plantada, os produtores rurais Jorge Luiz dos Santos e Sebastião dos Santos, do Assentamento Santo Antônio da Fartura, localizado no município de Campo Verde (131 km ao Sul de Cuiabá), financiaram recursos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) Mais Alimentos, no valor de R$ 252 mil para aquisição de dois tratores. Na safra passada foi financiado o montante de R$ 1,3 milhão em investimento e custeio para 35 produtores rurais do município, através de projetos elaborados pela Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer).

O engenheiro agrônomo da Empaer, Kenio Batista Nogueira, fala que devido a demanda por produtos originados da agricultura familiar, a escassez da mão de obra e a facilidade na aquisição de máquinas e equipamentos agrícolas, a pequena propriedade está substituindo o trabalho realizado de forma braçal pelas tarefas mecanizadas. Isso faz com que esses estabelecimentos sejam mais produtivos, aderindo à mecanização parcial ou total de suas atividades.

No Sítio Boa Esperança, o produtor rural Jorge Luiz dos Santos possui uma área de 20 hectares e produz limão, banana da terra, prata e milho verde. Na propriedade produz frutas o ano todo, pois utiliza um sistema de irrigação que garante a produção. Durante o mês são comercializados dois mil quilos de banana, 16 mil quilos de milho verde e dois mil quilos de limão. Os produtos são vendidos nos municípios de Cuiabá e Rondonópolis.

Arquivo pessoal

Com o financiamento na ordem de R$ 115.811,50, o produtor Jorge adquiriu um trator modelo TL 5.80, com motor Diesel turbo intercooler e grade aradora com controle remoto para auxiliar no preparo do solo e na condução da lavoura. Ele conta que esse é o segundo trator que adquiriu e o operador de máquinas é o seu filho, Marcos Luiz dos Santos. Como são dois tratores, um está sendo utilizado na propriedade e o outro como prestador de serviço para atender os demais agricultores do assentamento.

Um dos tratores trabalha na gradagem do solo, na construção de canteiros para hortaliças e outras atividades. Dessa forma, o produtor garante outra fonte de renda, recebendo pelo atendimento em torno de R$ 140,00 a hora trabalhada. Segundo ele, essa também é uma forma de pagar as parcelas do novo trator que tem um período de carência de dois anos, com juros de 4,6% e até sete anos para saldar o financiamento.

No mesmo município, no Sítio São Sebastião, de 21 hectares, o produtor Sebastião, sua esposa, Zelita Ferreira dos Santos e filhos, Josimar e Cleudemar Ferreira dos Santos, trabalham no cultivo de banana maçã, prata e terra, limão, milho verde e hortaliças. Desde 2002 na propriedade, a família adquiriu o primeiro trator modelo TL 5.80, com motor Diesel turbo intercooler, grade aradora com controle remoto e 14 discos de 28 polegadas, um investimento de R$ 136.215,22. “O novo trator veio para facilitar o trabalho no campo”, esclarece.

De acordo com Sebastião, com a facilidade de gradear a terra com o trator, a intenção é ampliar a área plantada com o cultivo de milho verde. Ele explica que em 2019, plantou 1500 pés de banana (maçã, prata e terra), e acredita no cultivo da frutífera. O filho Josimar é o responsável pelo equipamento agrícola e faz todo serviço no Sítio com o trator. “Este foi o primeiro equipamento adquirido e precisamos também de plantadeiras, pulverizadores, colhedoras agrícolas e outros. Quem sabe no futuro poderemos comprar”, salienta.

Empaer apresenta relatório com mais de 47 mil agricultores familiares atendidos em 2019

Foram realizados convênios e parcerias com instituições públicas, empresas privadas e organizações sociais no valor de R$ 14,6 milhões.Rosana Persona | Empaer | MT

Produtores financiaram recursos na ordem de R$ 54,6 milhões para investimento e custeio. - Foto por: Arquivo Empaer


Responsável pela execução das políticas públicas voltadas ao desenvolvimento do meio rural, a Empaer consolidou as principais ações e serviços executados no ano de 2019. Foram realizados 137 mil atendimentos para 47.560 agricultores familiares entre mulheres rurais, indígenas, pescadores, jovens e outros. Nesta safra foram financiados recursos na ordem de R$ 54,6 milhões para investimento e custeio através de projetos de crédito elaborado pela empresa. No início da gestão Mauro Mendes, a Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), gerou uma economia de R$ 2,9 milhões por ano com a extinção de 86 cargos comissionados.

O presidente da Empaer, Renaldo Loffi, ressalta que o relatório de atividade da empresa mostra que foram emitidas 11.179 Declarações de Aptidão do Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) para agricultores de 132 municípios. Foram elaborados 1.204 projetos técnicos para captação de crédito de investimento e custeio nas linhas do Pronaf e FCO (Fundo Constitucional do Centro-Oeste). Segundo Loffi, a contratação do crédito assegura a circulação de dinheiro na economia local e possibilita investimentos na região.

No período de janeiro a dezembro de 2019, a empresa atuou em 132 municípios do Estado, prestando serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural, Pesquisa e Fomento Agropecuário. Formalizou parcerias com prefeituras de 56 municípios, através de acordos de cooperação, possibilitando melhores condições para manutenção das unidades operacionais municipais. Foram realizados 11 Encontro de Mulheres Rurais com efeito motivador, informativo, recreativo e de integração, que também apresentaram as políticas públicas para 4.572 agricultoras.

João de Melo | Empaer


Renaldo Loffi, presidente da Empaer.

Atuação e parcerias

A empresa está presente em 127 municípios através de 148 unidades operativas, sendo um escritório central em Cuiabá, nove escritórios regionais, 132 escritórios locais, três centros regionais de pesquisa e transferência de tecnologia, um núcleo com sete laboratórios (solos, nutrição animal, fitopatologia, controle biológico, biotecnologia, sementes e entomologia), seis campos experimentais e quatro viveiros de produção de mudas. Toda essa estrutura conta com a força de trabalho de 654 servidores e funciona para atender o produtor rural, levando ao campo tecnologia e conhecimento para desenvolver a agricultura familiar.

Loffi destaca que seu primeiro ato como presidente da empresa foi reduzir de 155 cargos para 69 cargos comissionados, economizando mais de R$ 240 mil por mês. Foi realizado também uma parceria com a Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf) para o fortalecimento das Cadeias Produtivas de Pecuária de leite, Café, Cacau, Fruticultura, Olericultura e Apicultura em 32 municípios. E também convênios e parcerias com instituições públicas, empresas privadas e organizações sociais no valor de R$ 14,6 milhões.

Uma das parcerias é com o Programa Global REDD+ for Early Movers (REM), no valor de R$ 8,2 milhões para atendimento de 5.700 famílias em 33 municípios e também para reestruturação de escritórios da empresa. O REM premia países que apresentam resultados positivos na conservação de suas florestas, e foi viabilizado pelos governos da Alemanha e do Reino Unido. O programa REM em Mato Grosso prevê que recursos serão repassados em contrapartida ao cumprimento de metas de redução de desmatamento no Estado. Os repasses são realizados anualmente e a gerência financeira desses recursos fica a cargo do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio).

João de Melo | Empaer


Atendimento digital

Conforme o presidente, o Sistema de Acompanhamento e Gerenciamento das Atividades da Empaer (Sagae), plataforma digital que está sendo utilizada para armazenar dados dos agricultores familiares e também acompanhar a eficiência dos técnicos no trabalho no campo, já cadastrou 15.220 agricultores. A previsão é de que até o final de 2020, a empresa tenha um retrato mais preciso da agricultura familiar no Estado de Mato Grosso.

Renaldo esclarece que de forma transparente e moderna, a ferramenta está sendo utilizada via web e aplicada para coletar as informações dos serviços prestados, além de avaliar o ganho social dos produtores rurais e o trabalho executado pelos funcionários da empresa. Ele explica que os técnicos estão inserindo dados pessoais do produtor e realizando o cadastro da família e da unidade produtiva, além do mapeamento com coordenadas geográficas, atividade produtiva, infraestrutura, equipamentos e outros. “Teremos informações precisas e um mapeamento geral da agricultura familiar no Estado”, ressalta.

Transferência de tecnologia

A pesquisa desenvolvida pela Empaer é voltada prioritariamente para a agricultura familiar e tem como objetivo gerar conhecimento e tecnologia com a finalidade de fomentar e diversificar a produção no Estado. Em 2019, contabilizou a implantação de 26 Unidades Tecnológicas, 16 experimentos de pesquisa e 10 unidades de validação com as culturas do arroz, feijão, trigo, banana, abacaxi, espécies de flores tropicais e ornamentais, milho, bovinocultura de corte, citrus, frutos de clima temperado, capim elefante para fins energético, produtos biofortificados e outros.

João de Melo | Empaer

Na Estação de Piscicultura, localizada no município de Nossa Senhora do Livramento, foram produzidos 406.239 alevinos para recria e engorda. Foram destinados a 274 produtores de 12 municípios do estado, disponibilizando toda a tecnologia de reprodução das espécies tambacu, tambatinga e tambaqui para os piscicultores do Vale do Rio Cuiabá e regiões. Para o reflorestamento, recuperação de áreas degradadas, matas ciliares e formação de pomares foram produzidas 19.488 mudas de plantas nativas, frutíferas e ornamentais e micropropagadas.

No Núcleo de Laboratórios foram realizadas 45.196 análises laboratoriais, sendo 44.533 análises de solo, 542 de nutrição animal e 51 de fitopatologia, disponibilizando os serviços para 1.932 agricultores de 113 municípios. “O objetivo dos resultados dos trabalhos de pesquisa é gerar conhecimento e tecnologia para a agricultura familiar com a finalidade de fomentar e diversificar a produção no Estado”, enfatiza.

João de Melo | Empaer

Plano de Demissão Voluntária (PDV)

Como medida de reestruturação da Empaer, Loffi fala que 348 servidores estão aptos a aderirem ao Plano de Demissão Voluntária (PDV). 

Ele destaca que o plano é uma medida para enxugar os gastos e tornar a Empaer mais eficiente, e ao mesmo tempo valorizar os funcionários que se dedicaram ao desenvolvimento da agricultura familiar no Estado de Mato Grosso.

Circuito Empreendedor será em Porto Alegre do Norte em fevereiro

Evento do Governo do Estado levará informações sobre gestão de negócios, legislações e linhas de crédito para quem quer empreenderThielli Bairros | Sedec MT

Em 2019, o evento foi realizado em Juína e reuniu mais de 150 empreendedores - Foto por: Marcos 
Vergueiro/Secom MT

A primeira edição do Circuito Empreendedor de 2020 será na região do consórcio Norte Araguaia, no município de Porto Alegre do Norte (a 1.159 km de Cuiabá) no dia 20 de fevereiro. Os interessados em investir no seu próprio negócio terão acesso a capacitações e orientações sobre o acesso ao crédito, além de informações sobre ações do governo e entidades parceiras para fomentar o próprio negócio e diminuir a informalidade.

O evento é gratuito e qualquer cidadão dos municípios Canabrava do Norte, Confresa, Porto Alegre do Norte, Santa Cruz do Xingu, Santa Terezinha, São José do Xingu e Vila Rica poderá participar fazendo a inscrição neste link: http://bit.ly/2tzflAB.

O Circuito Empreendedor segue dados do PIB per capita de cada região e a estratégia de atendimento aos municípios seguirá a divisão regional dos Consórcios de Desenvolvimento Regional.

“Queremos chegar onde o Estado ainda não esteve tão presente. Sabemos que as cidades desenvolvidas já têm uma boa organização empresarial, então focamos nos municípios mais carentes para ajudar os empreendedores a gerar emprego e renda”, afirma Celso Banazeski, secretário adjunto de Indústria, Comércio e Empreendedorismo da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec).

SERVIÇO:

Circuito Empreendedor Norte Araguaia

Data: 20/02/2020

Horário: 8h às 18h

Local: Centro Comunitário Padre Josimo (Rua Açucena, s/nº - Setor São Geraldo)

Porto Alegre do Norte – MT

Metamat perfurou 11 poços para captação de água em cinco municípios




Projeto prevê cerca de 500 poços tubulares profundos, que levarão água para mais de 60 mil famíliasLorena Bruschi | Secom-MT


Perfuração de poço no assentamento Dom Osório, em Rondonópolis. - Foto por: Assessoria


O trabalho de realizar o estudo geológico, e a perfuração de poços tubulares de captação de água, começou com a abertura de 11 novos poços no interior do estado. A ação é fruto de um convênio assinado em 2019 entre a Companhia de Mineração de Mato Grosso (Metamat), e a Fundação Nacional de Saúde (Funasa). 

Este é o primeiro grande projeto em andamento, após a reestruturação administrativa e financeira da empresa. O papel social de levar condições de vida a quem reside em comunidades sem acesso a água potável é o grande objetivo do convênio, que tem a previsão de perfurar cerca de 500 poços, afirma o presidente da Metamat, Juliano Jorge Boraczynski. 

“Hoje há uma demanda de 60 mil famílias, e de cerca de 500 poços artesianos. Até o final do governo Mauro Mendes vamos ter levado água para todos os 141 municípios. São famílias de grandes assentamentos e comunidades rurais, de áreas quilombolas, e também urbanas, que vivem sem água potável. Vamos levar condições para essas pessoas.”, afirma.

Moradores de cinco cidades foram beneficiados com as perfurações. Receberam poços: Rondonópolis (4 perfurações), Ribeirãozinho (3), Pedra Preta (2), Cocalinho e Jaciara, um poço cada. A previsão é de que em fevereiro sejam feitos mais sete poços em Rondonópolis, três em Serra Nova Dourada, e quatro em Vila Rica.

O convênio possibilita parcerias com as prefeituras. Os municípios interessados devem se enquadrar em pré-requisitos, entre eles, oferecer uma contrapartida, que significa a instalação de bomba, reservatório, ligação domiciliar e cercamento da área. Enquanto a Metamat fornece a mão de obra especializada e os estudos geológicos da área, a Funasa oferta os maquinários e perfuradoras.

O poço tubular de perfuração profunda é uma obra de engenharia geológica, que possibilita o acesso a àgua por uma perfuração que pode chegar a até 2 mil metros de profundidade.

Reestruturação
Em 2019, a estatal passou por uma reforma administrativa, que possibilitou a economia de cerca de R$ 800 mil ao mês, apenas em gastos com pessoal, com a demissão de 47 funcionários. O quadro da empresa ficou reduzido a 36 servidores, quantidade necessária para manter os serviços básicos da entidade.

Além disto, recebeu recursos de repasses obrigatórios suficientes para cobrir as despesas, o que representa a autossuficiência da empresa - que deixa de necessitar de repasses dos cofres públicos para funcionar. Conforme o presidente a empresa se mostrou viável economicamente.

Apenas em compensações, a Metamat tem direto a R$ 9,7 milhões ao ano, valor suficiente para arcar com as despesas das atividades. Estes repasses são do Fundo Especial do Petróleo (FEP), Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM), e do Compensação Financeira pela Utilização de Recursos Hídricos (CFURH).

A Metamat foi criada pela Lei estadual 3.130/71, com o principal objetivo de atuar no campo de pesquisas minerais, lavra, compra e venda, importação, exportação, industrialização e administração de jazidas próprias ou de terceiros. A empresa é regida ainda pela Lei federal 6.404/76, conhecida como a Lei das S.A.

Entre as atribuições legais, a estatal presta serviços de pesquisa e planejamento mineral à órgãos do setor público ou privado. Pode anda editar a publicar trabalhos técnicos na forma de boletins, revistas e livros, para divulgar o potencial mineral do estado.

A empresa tem autonomia para fomentar ações de extensão mineral – orientação técnica e capacitação aos garimpeiros e mineradoras -, o mapeamento geológico básico do estado, sempre buscando a modernização técnica por meio de projetos especiais.

Junta Comercial do Distrito Federal conhece boas práticas de Mato Grosso

A visita possibilitou a troca de experiências e soluções técnicas entre as autarquiasLorena Bruschi | Secom-MT

Fachada da Junta Comercial de Mato Grosso (Jucemat) - Foto por: Christiano Antonucci


Uma equipe da Junta Comercial, Industrial e Serviços do Distrito Federal (Jucis-DF), realizou uma visita técnica à Junta Comercial de Mato Grosso (Jucemat), com o intuito de conhecer a rotina e os fluxos de trabalho local, o atendimento e o sistema de processos digitais. A visita aconteceu no dia 22 de janeiro, na sede da Jucemat, em Cuiabá.

A presidente da Jucemat, Gercimira Rezende, avalia que a troca de conhecimento entre as Juntas Comerciais é essencial para o aprimoramento mútuo das entidades de registro mercantil do Brasil. “Agradecemos a visita, e nos colocamos à disposição para parcerias que possam melhorar os serviços oferecidos. É por meio da troca de experiências que avançamos”.

Conforme o secretário geral da Jucis, Maxmilliam Patriota Carneiro, a Jucemat já vem auxiliando, desde o início, no processo de implantação da Junta, criada em julho de 2019 pela Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF). Na prática, os serviços que eram de atribuição federal passaram a ser executados pela nova autarquia.

“Como a Jucemat já nos auxiliou com treinamentos presenciais, e com vídeos explicativos para ensinar os usuários a utilizarem o sistema de processos, viemos fazer esta visita técnica. Graças a esse apoio conseguimos cumprir nosso calendário de migração do sistema analógico para o digital. Neste ano, viramos a chave para o digital”, afirma.

Ele conta ainda que na ocasião, foi possível conhecer outras técnicas e ferramentas que são utilizadas, já que a Jucemat tem experiência nos processos 100% digitais. Ele cita como exemplo o funcionamento do processo de análise de requerimentos, feito de forma totalmente digital, e apenas validado por análise humana, enquanto na JUCIS ainda há uma pré-analise, antes da avaliação automatizada.

“Com esta pequena mudança já conseguiríamos ganhar em produtividade, e melhorar no ranking de tempo de análise de processos nacional”, explica. 

A visita fez parte da programação do presidente da Jucis, Walid Sariedine, que esteve em Mato Grosso para participar também da Assembleia Geral da Federação Nacional das Juntas Comerciais (FENAJU), que aconteceu nos dias 23 e 24 de janeiro, em Cuiabá.

Empreendedorismo é tema de evento para servidores da Sedec


Secretaria Adjunta de Administração Sistêmica inicia projeto para compartilhar conhecimentosThielli Bairros | Sedec MT

Secretário adjunto Celso Banazeski fala aos servidores sobre empreendedorismo e Pensando Grande para os Pequenos - Foto por: Sedec MT


Compartilhar os conhecimentos dos servidores da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec) com os demais colegas é o objetivo do projeto desenvolvido pela Secretaria Adjunta de Administração Sistêmica que realizará palestras durante o ano sobre diversos temas. Na primeira edição, a conversa foi sobre empreendedorismo com o secretário adjunto de Indústria, Comércio e Empreendedorismo, Celso Banazeski.

“A secretaria tem grandes talentos, pessoas com diversas formações e qualificações. Queremos usar estes talentos e trazer novas experiências para nossos servidores. E as palestras serão sobre diversos temas que não fazem, necessariamente, parte do nosso dia a dia. Estamos pensando em transformar isso em grandes produtos”, disse Andrea Andolpho Moraes, secretária adjunta de Administração Sistêmica.

SEDEC MT

Banazeski apresentou aos servidores o programa Pensando Grande para os Pequenos, um plano de ação para o desenvolvimento dos pequenos negócios e do empreendedorismo. “A ‘Sistêmica’ entendeu que é importante que todos soubessem mais sobre empreendedorismo, o que é um empreendedor privado e um público ou social - que constrói um ambiente favorável para o desenvolvimento econômico e social sustentável”, contou.

O secretário adjunto ainda ressaltou que é necessária a interação dos servidores para a construção de políticas públicas. “Uma visão crítica do que é crescimento econômico e desenvolvimento social é importante, assim como a consciência de que temos que construir um Estado melhor de forma associativa e cooperativa. Todos têm que contribuir para o desenvolvimento”, frisou.

A superintendente de Política do Turismo da Secretaria Adjunta de Turismo, Maria Letícia A. M. Costa participou da palestra e aprovou o projeto. “É importante porque às vezes não temos a visão de como o empreendedorismo pode funcionar no setor público e pode influenciar a vida das pessoas, tentando melhorar a sociedade. Também acho fundamentais esses eventos porque é uma oportunidade de discutir e ouvir pessoas novas e ideias”, finalizou.

Roda de Conversa: Inclusão Socioprodutiva: “Fortalecendo o acesso aos Direitos Econômicos e Sociais, Potencializando as ações de Geração de Trabalho, Emprego e Renda


Convite

Roda de Conversa: Inclusão Socioprodutiva: “Fortalecendo o acesso aos Direitos Econômicos e Sociais, Potencializando as ações de Geração de Trabalho, Emprego e Renda”. 

Dia: 12/Fevereiro/2020

Horário: 14:00h as 16:30h

Local: Auditório SETASC

Objetivo Estratégico: Fortalecer as Ações de Intersetorialidade, através da Integração de Políticas Públicas, visando a potencialização da Inclusão Socioprodutiva das famílias que estão em situação de risco social, vulnerabilidade, insegurança alimentar, pobreza e extrema pobreza no Estado Mato Grosso.

Meta Estratégica: Intercambio de informações, mapeamento (pesquisa-diagnóstico) para conhecer a realidade atual das ações-programas-projetos de Inclusão Socioprodutiva executadas através do Governo Estadual e dos Munícipios de Mato Grosso.

Esta ação inicial é fundamental para a construção conjunta da Elaboração do “Plano Estadual-Agenda Estratégica Intersetorial-Integrada”, de Inclusão Socioprodutiva e de Segurança Alimentar e Nutricional, posteriormente pactuando os procedimentos para o aprimoramento da Gestão Estadual de Inclusão. 

Acesse o link abaixo ou copie e cole no navegador para fazer sua inscrição:



A sua presença é de extrema importância.

Atenciosamente,

Adm. Natalício Menezes
Superintendência de Segurança Alimentar e
Desenvolvimento Socioprodutivo
(65) 3613-5749 ou e-mail segurancaalimentar@setasc.mt.gov.br

O governador Mauro Mendes divulgou, nesta quinta-feira (30.01), o calendário de pagamento do salário dos servidores públicos para o ano de 2020 e também do 13º salário.



Confira o calendário completo:

O trabalho foi realizado pela Secretaria de Estado de Fazenda e levou em consideração as medidas adotadas para o ajuste das contas públicas, equilíbrio fiscal e as previsões de arrecadação.

“Com as ações que realizamos ao longo de 2019, foi possível chegar em 2020 com o cenário financeiro que permite ter a data certa para honrar esse importante compromisso com o servidor, que é o pagamento dos salários”, destacou Mauro Mendes.

Conforme o calendário, o 13º salário do servidor efetivo será pago em duas parcelas. A primeira, no dia 30 de junho de 2020, que corresponderá a 40% do valor do 13º. Já a quitação, com a segunda parcela, de 60%, será no dia 18 de dezembro de 2020. 

Para os servidores comissionados, o pagamento será em parcela única, no dia 18 de dezembro.




30 de janeiro de 2020

Chã de Jardim em Areia no Brejo paraibano vira galeria de arte a céu aberto




Guataçara Monteiro, Ana Célia Macedo e Luciana Balbino / Projeto Galerias divulgação Minuto Turismo

Artistas visuais de vários cantos do Brasil estão reunidos na Comunidade Chã de Jardim, em Areia, na Paraíba, para realizar o Projeto “Galerias – arte em comunidade”. A ação pretende ressignificar o espaço por meio da arte com a colaboração e o envolvimento dos moradores locais. O Projeto que é da iniciativa do artista plástico Guataçara Monteiro e do administrador de empresas João Paulo Pessoa é realizado desde 2013 na Amazônia e também aqui no Nordeste. Eu estive lá pra conferir e posso garantir que é uma iniciativa incrível, e com toda certeza já esta “mexendo” com o mindset da comunidade. Agora, é só aguardar os frutos! Lembrando que a visita ao Projeto está aberta, então corre pra Areia, a inauguração vai ser na próxima quinta-feira, dia 30 de janeiro

Projeto Galerias por Ana Célia Macedo

Projeto Galerias por Ana Célia Macedo

Projeto Galerias por Ana Célia Macedo

Projeto Galerias por Ana Célia Macedo

Em Chã de Jardim, grandes nomes foram convidados a contribuir, entre eles, o paraibano Clóvis Júnior, um dos principais nomes da Arte Naif da América Latina; o grafiteiro reconhecido mundialmente, Vespa, de São Paulo, os artistas plásticos Douglas Reis, Bruno Brito e Guilherme Mendicelli, de São Paulo, Perron Ramos, de Pernambuco, Dennis Mota, Márcio Bizerril e Walfredo de Brito, aqui da Paraíba, Eliana Chaves, do Amazonas e o idealizador do Projeto que já expôs em diferentes regiões do Brasil, também na França e EUA, o artista plástico Guataçara Monteiro, que é paraense, mas reside no interior de São Paulo.




Projeto Galerias por Ana Célia Macedo

Projeto Galerias por Ana Célia Macedo

Projeto Galerias por Ana Célia Macedo

De forma voluntária, os artistas intervêm nas fachadas das casas, paradas de ônibus e nos muros, cada um com o seu estilo e linguagem, mas sempre reforçando os temas locais, como a natureza e a cultura da região. O Projeto “Galerias – arte em comunidade” transforma pequenas comunidades em verdadeiras galerias de arte a céu aberto, de forma colaborativa, envolvendo e incluindo toda a comunidade assistida pelo Projeto.

Participe financiando o Projeto. Acesse o site do Catarse

Guataçara Monteiro / Projeto Galerias por Ana Célia Macedo

Perguntei ao Guataçara como surgiu a ideia de mudar comunidades por meio da arte. Antes de responder a minha pergunta, ele me disse que, nasceu numa pequena comunidade do Pará, onde as dificuldades eram muitas e que foi difícil, mas hoje vive da sua arte. Então, por isso, ele quer promover a arte, por meio da economia criativa nas comunidades carentes. O Projeto, entretanto, nasceu dentro da sua empresa, a “Guataçara Brasil”, com o objetivo de capacitar pessoas; artistas, estudantes, pesquisadores e profissionais, em cultura popular. É como “juntar a fome com a vontade de comer!” Ele disse que, existe uma necessidade de desenvolver cultural, social e economicamente, comunidades menos assistidas como: os indígenas, os quilombolas e as diversas outras comunidades rurais espalhadas pelas regiões Norte e Nordeste. “Percorrendo o país, observei à necessidade de levar a arte a quem têm dificuldade de acesso aos museus e as galerias. Essa é nossa forma de contribuir para a difusão e educação artística do nosso povo”, respondeu.

Ouça na íntegra o artista plástico Guataçara Monteiro falando sobre artistas convidados para o Projeto “Galerias – arte em comunidade”
“Guataçara Monteiro falando sobre artistas convidados para o Projeto “Galerias – arte em comunidade””Tocador de áudio

Use as setas para cima ou para baixo para aumentar ou diminuir o volume.


Ana Célia Macedo e Luciana Balbino / Projeto Galerias por Ana Célia Macedo

O Restaurante Vó Maria, que faz parte dos projetos sociais da Comunidade Chã de Jardim, fica “do outro lado da pista”, e foi lá que eu almocei, ao som da Rádio Janela, mais uma invenção sensacional da Luciana Balbino, e conversei com ela sobre tudo que está acontecendo por lá. Ela me disse que está empolgada com a iniciativa de trazer a arte para perto da comunidade, “Muitos de nós nunca visitamos uma galeria ou tivemos contato mais próximo com a arte. Vamos ganhar culturalmente e também economicamente, porque vamos atrair ainda mais turistas e estimular a economia sustentável de nossa comunidade”, explicou animada.

Como a realidade empreendedora faz parte da rotina da comunidade, a ideia de confeccionar souvenires das obras de arte para comercialização e assim dar longevidade ao Projeto, soou como uma linda melodia e de sucesso, tenho certeza! Também se acertou por lá, que a cada três anos, novos artistas darão continuidade às pinturas gerando sustentabilidade ao Projeto. Hoje a comunidade, conta com cerca de 200 famílias, que acompanham de perto a realização dos trabalhos, permitindo uma troca culturalmente rica para todos os participantes. A comunidade Chã de jardim estimula o empreendedorismo sustentável por meio da economia criativa e da produção associada ao turismo e também com o ecoturismo, além de realizar uma série de ações com jovens, para evitar a saída destes para o sudeste, em busca de oportunidades. Praticamente todos os jovens que trabalham lá, estão ou já passaram pela universidade.

A Nova Galeria paraibana é a “Céu Aberto” e fica em Chá de Jardim, em Areia, ela vai estar aberta sempre, é só passar por lá e apreciar. Indo, não esqueça de ficar pro almoço no Restaurante Vó Maria, como eu já disse, “é só atravessar a pista” e “encher o bucho!”


Projeto Galerias por Ana Célia Macedo


Projeto Galerias por Ana Célia Macedo


Projeto Galerias por Ana Célia Macedo


Projeto Galerias por Ana Célia Macedo