28 de maio de 2021
Guias de Turismo de Mato Grosso presentes na inauguração do CAT do Aeroporto Marechal Rondon.
Por mais que não desejamos, podemos estar envolvidos em situações complicadas e até mesmo desesperadoras.
27 de maio de 2021
Compra de terra: programa quer facilitar acesso de agricultor familiar a crédito
Jesus está nos dizendo: Eu posso te levar a viver o novo! Se der a oportunidade!
Cultivo orgânico de gergelim e algodão colorido auxilia agricultores a exportarem produção
As lavouras ocupam uma área de 40 hectares e a produção de gergelim foi exportada para o Japão.
Os cultivos de gergelim e algodão colorido no sistema agroecológico vêm sendo executado por 16 famílias de agricultores familiares no município de Canarana (823 km a Leste de Cuiabá). As lavouras ocupam uma área de 40 hectares e a produção de gergelim foi exportada para o Japão. A previsão para a comercialização do algodão é no mercado interno e exportar para a França. O técnico agropecuário da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), Gildomar Avrella, fala que o objetivo é promover uma agricultura sustentável com soluções econômicas juntamente com a parceria de diferentes instituições públicas e privadas.
As lavouras foram implantadas nos Assentamentos Guatapará (Canarana) e Nova Aliança em Gaúcha do Norte. Os agricultores foram capacitados e receberam treinamento para o cultivo sustentável com a oportunidade de desenvolver um trabalho com o algodão e gergelim agroecológico, abrindo mercados com fibras e grãos sustentáveis. “Esse projeto vem sendo executado desde 2019 pelos técnicos da Empaer, com a finalidade de incentivar a comercialização de produtos da agricultura familiar através de parcerias com empresas privadas”, esclarece.
Técnico da Empaer, Gildomar prevê uma produção de até 15 toneladas de algodão em pluma. | Foto: Empaer.
Conforme Gildomar, para atender o mercado europeu a produção de algodão será produzida de forma orgânica e com certificação para embarque internacional. O contato e as negociações estão sendo feitas com uma empresa francesa para aquisição do algodão tanto colorido quanto o branco. O gergelim já foi comercializado para o Japão, numa quantidade que gira em torno de 40 toneladas. Antes de embarcar a matéria prima, o exportador faz análise dos grãos. “A produção de gergelim vai atender a demanda de semente certificada para o mercado nacional”, esclarece.
Numa área de 5 hectares, a previsão é de produzir entre 12 toneladas a 15 toneladas de algodão em pluma. Gildomar prevê uma rentabilidade com a venda do produto orgânico em torno de R$ 16 mil por hectare. Ele explica que a intenção é criar núcleos orgânicos dedicados a produção sustentável, que ajudarão os agricultores a coordenarem seus esforços e acessarem benefícios como treinamentos, assistência técnica, que proporcionam uma transformação econômica, gerando renda e melhorando a condição de vida das famílias do meio rural.
Agricultura sustentável com soluções econômicas e parcerias de instituições públicas e privadas. | Foto: Empaer
Os agricultores precisam produzir um volume mínimo para exportação em torno de 15 toneladas de algodão por safra. A lavoura do gergelim ocupa uma área de 35 hectares. A intenção dos agricultores é chegar a uma produção de 100 toneladas do grão por ano. O técnico da Empaer explica que a produtividade média está em torno de 3 mil quilos de gergelim por família. Cada agricultor plantou entre um e dois hectares. O ciclo da cultura é de 120 dias, e a colheita é feita manualmente.
Desde a criação destes dois projetos no sistema orgânico, Gildomar explica que a Empaer vem trabalhando em parceria com diferentes instituições, públicas e privadas, para viabilizar soluções econômicas, desenvolvimento e inovação para a competitividade e sustentabilidade da agricultura familiar do município. Ele enfatiza que o desafio da agricultura familiar é a transição para sistemas com uma base de mercado cada vez maior, que leve em consideração a demanda atual e futura por alimentos e matérias-primas.
“A previsão para 2022 é a inclusão de novos agricultores com o compromisso de melhorar as condições de vida dessas famílias. Com a participação do setor privado, acredito no aumento da produtividade, da receita e, como consequência, o desenvolvimento rural”, declara Avrella.
26 de maio de 2021
PECUÁRIA NOVA TÉCNICA Embrapa usa fungo em pastagem para controlar carrapato

Uma abordagem inédita obteve sucesso no controle do carrapato-do-boi (Rhipicephalus microplus), importante parasita de bovinos de corte e de leite. Em vez de somente aplicar produtos sobre os animais, cientistas testaram formulações granulares secas com o fungo Metarhizium robertsii que também podem ser aplicadas sobre as pastagens. A abordagem inovadora foi feita por pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) , da Universidade Federal de Goiás (UFG), da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e da empresa norte-americana Jaronski Mycological Consulting.
Os experimentos foram bem-sucedidos no controle do aracnídeo, uma vez que 95% da população de carrapatos em um sistema de produção encontra-se no pasto e não nos animais. As fêmeas botam seus ovos no solo, dos quais eclodem as larvas que evoluem à idade adulta, quando finalmente saltam a fim parasitar os animais. É a primeira vez que essa estratégia é utilizada.
- Com alta dos grãos, triticale é alternativa para produção de forragens e ração animal
- Manejo permite aumentar lotação no pasto com sustentabilidade
Conforme destaca Éverton Kort Kamp Fernandes, pesquisador da UFG, o controle biológico por fungos enteropatogênicos é muito explorado na agricultura para o controle de artrópodes-praga e a estratégia do estudo foi aproveitar a ampla literatura e aplicar a técnica no controle do carrapato. Ele lembra que o agente de biocontrole não é uma toxina ou proteína capaz de causar a morte imediata do carrapato, mas um fungo, utilizado vivo para causar uma infecção letal no inseto.
Foto: Embrapa/Divulgação
“Isso cria um desafio para a aplicação, uma vez que o manejo de controle deve ser planejado de duas formas distintas e complementares: a aplicação do fungo diretamente no animal infestado ou na pastagem, ou em ambos, para o efetivo controle de todo o ciclo de vida do carrapato”, explica.
As aplicações reduziram significativamente o número de larvas de carrapatos sobre a pastagem durante estação mais úmida, atingindo pelo menos 64,8% de eficácia relativa, porcentagem expressiva e promissora levando em consideração o emprego de um inimigo natural. “A utilização dessas formulações, combinada a outras estratégias de controle, ajudará o produtor a obter animais menos infestados e a diminuir a pressão de resistência do carrapato aos acaricidas químicos, viabilizando a produção de leite e carne de qualidade com animais mais saudáveis e livres de infestações descontroladas”, comenta Alan Marciano, da UFRRJ.
De acordo com os experimentos, a aplicação direcionada à pastagem atinge mais efetivamente a população de carrapatos do que as realizadas em bovinos infestados, além de prevenir ou minimizar os níveis iniciais de infestação no gado.
O estudo também detectou persistência do fungo no solo e a colonização fúngica das raízes das gramíneas cultivadas nas pastagens. Isso garante resultados prolongados com redução da necessidade de novas aplicações. Os pesquisadores preveem que o fungo possa ser incorporado na manutenção e formação de pastagens, algo que dependerá de futuros estudos.
Desenvolvimento de forrageira
As formulações granulares de agentes microbianos estão ganhando atenção especial como tecnologia de baixo custo para uso como biopesticidas ou bioinoculantes na agricultura. Visando atingir as pragas de artrópodes que vivem no solo, pequenos grânulos levam propágulos de fungos a locais ocupados pelas pragas-alvo.
Por se tratar de uma nova formulação, nunca testada em condições naturais, foi necessário que os cientistas investigassem a persistência do fungo no solo e a colonização das raízes da forrageira Urochloa decumbens. Sabe-se que esse fungo, além de controlar pragas, pode também ser um forte aliado no desenvolvimento da planta, e essa variedade é bastante utilizada para alimentar o “gado a pasto” no Brasil.
O experimento ao ar livre revelou que, apesar do controle do carrapato e do envolvimento com a planta forrageira, houve um declínio significativo na persistência do fungo no solo ao longo do tempo. Esse fenômeno é esperado e influenciado por fatores intrínsecos ao microrganismo, edáficos, bióticos, culturais e climáticos.
“Variáveis climáticas desafiadoras ao microrganismo foram registradas durante o experimento, e observamos que as duas estações em que ocorreram as aplicações divergiram em termos de persistência e eficácia do fungo contra o carrapato. Essa informação é valiosa para futuros protocolos de aplicação”, relata Alan Marciano.
O cientista explica que altas temperaturas combinadas com alta incidência de chuva marcaram o período após a primeira aplicação, na qual foi registrada a melhor eficácia de controle do carrapato. Isso evidenciou que o período chuvoso foi benéfico ao fungo, pois propiciou uma umidade do solo adequada ao seu desenvolvimento, mesmo sob alta radiação solar.
Contudo, durante a segunda aplicação, com temperaturas mais amenas e com menores precipitações, a eficácia relativa do controle de carrapatos foi menor, apesar de a persistência fúngica ter sido menos afetada durante os sete dias iniciais após a aplicação.
Os pesquisadores explicam que a falta de chuva e o solo mais seco impediram a germinação de propágulos, esporulação e, consequentemente, afetaram o desempenho do fungo em se disseminar e causar a morte dos estágios não parasitários do carrapato (fêmeas em período de postura, ovos e larvas recém-eclodidas).
A equipe de pesquisa já trabalha em melhorias da formulação para mitigar os efeitos deletérios identificados no estudo. Os pesquisadores acreditam que o trabalho é capaz de gerar um futuro produto no mercado, útil tanto para a pecuária quanto para a agricultura. O analista da Embrapa Gabriel Mascarin enfatiza a necessidade de novos estudos visando a persistência prolongada do fungo após a aplicação, em uma gama de condições além da situação brasileira, para otimizar as concentrações de grânulos aplicadas ao solo com o objetivo de incrementar as atuais taxas de eficácia no controle de carrapatos.
25 de maio de 2021
CONAQ Terra & Território está convidando você para uma reunião Zoom agendada.
Klabin e Embrapa desenvolvem pesquisa que une produção de celulose e carne de baixo carbono.
Parceria pesquisa criação de um sistema de silvicultura que possa permitir o uso integral da floresta plantada para a produção de celulose e papel ao mesmo tempo em que o produtor cria gado de corte
A Klabin e a Embrapa firmaram uma parceria inédita para a criação e a validação de diretrizes de um sistema silvipastoril (integração pecuária-floresta – ILPF) que permite o uso integral da floresta plantada para a produção de celulose e papel ao mesmo tempo em que o produtor cria gado de corte. Os sistemas silvipastoris podem ser usados para mitigar ou neutralizar os gases de efeito estufa emitidos pelo gado. Com a pesquisa que está sendo realizada, espera-se criar diretrizes para que os produtores rurais possam, além de acessar o mercado sustentável da carne baixo carbono, vender os plantios florestais em sua totalidade para a indústria de celulose e papel e ter uma fonte adicional de renda.
O protocolo de carne baixo carbono atualmente se refere a integração lavoura e pecuária. Outro protocolo, o de carne carbono neutro, se refere a sistemas com árvores voltadas ao mercado de toras/serrarias. Já este projeto vai estabelecer as diretrizes para a validação desse sistema voltado para a produção de celulose, visando a mitigação da emissão dos gases de efeito estufa dos bovinos por meio do sequestro de gás carbônico (CO2) pelas árvores, incluindo as raízes, outro diferencial desse estudo.
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“Este potencial de armazenamento e por quanto tempo o carbono fica armazenado ainda não são conhecidos no caso de sistemas silvipastoris com árvores voltadas à produção de celulose e papel, que têm modelagens diferentes dos plantios voltados à produção de madeira para serraria, por exemplo, que é atualmente o produto utilizado no protocolo ‘Carne Carbono Neutro’”, explica o pesquisador Vanderley Porfírio-da-Silva, que coordena o projeto pela Embrapa Florestas.
A iniciativa está ligada ao programa de parcerias “Plante com a Klabin”, e terá duração de sete anos. Neste período, serão realizados os estudos e a coleta de dados nas propriedades que já estão participando, que se tornarão unidades experimentais com o sistema silvipastoril. “Esta iniciativa é pioneira no setor e é mais um exemplo do trabalho de fortalecimento da Klabin para o desenvolvimento sustentável das regiões, apoiados por um parceiro que é referência em inovação no agronegócio, a Embrapa. Acreditamos que nos primeiros dois anos já teremos dados importantes para o projeto, que surge como mais uma alternativa de renda para os proprietários rurais e avanço das práticas sustentáveis”, explica José Totti, diretor Florestal da Klabin.
Pela Embrapa, o projeto faz parte de iniciativas da empresa em busca de alternativas de produção que promovam a “descarbonização” da agropecuária brasileira, por meio de sistemas de produção mais sustentáveis e que também agreguem renda ao produtor, a exemplo de projetos já em andamento na mesma linha, como o “Carne Carbono Neutro”, “Soja Baixo Carbono”, “Leite de Baixo Carbono” e, agora, o início do desenvolvimento deste projeto aliando a produção de celulose à de “carne baixo carbono”.
Além disso, pelo Plante com a Klabin, há a garantia de compra da floresta plantada com um preço mínimo, que dá ao produtor maior visibilidade e segurança com relação aos resultados futuros. “O objetivo desse programa é manter uma relação de longo prazo e estável com nossos parceiros florestais, democratizar as riquezas geradas pelo plantio de florestas, proporcionando alternativas de renda e incentivando a adoção de práticas que atendam aos atributos ambientais, sociais e financeiros”, esclarece Carlos Bernardi, gerente Comercial Florestal da Klabin.
Os resultados do estudo poderão, no futuro, promover condições para a certificação da “carne baixo carbono”, o que permitirá que os proprietários rurais acessem o mercado sustentável do produto, pois atesta que os animais que deram origem ao produto tiveram as suas emissões de metano compensadas durante a produção pelo crescimento das árvores integradas no sistema e que o bem-estar animal foi promovido com a presença de sombra para eles e sem agredir o meio ambiente. (Com Embrapa)
MT: produtores pantaneiros reforçam ações preventivas de combate ao fogo no bioma
Pecuaristas da região temem risco de uma nova seca severa este ano, enquanto Governo do Estado antecipa início do período proibitivo do uso do fogo na área rural
O governo de Mato Grosso antecipou para o dia primeiro de julho o período proibitivo de queimadas na zona rural. A medida veio em conjunto com decreto de emergência ambiental publicado pelo Estado, que se estenderá até o mês de novembro. As ações são preventivas contra o alto risco de incêndios florestais diante dos baixos índices pluviométricos no estado. A atenção é ainda maior no Pantanal, onde os produtores temem enfrentar nova seca severa este ano, como mostra o repórter Pedro Silvestre. Confirma.
O BLOG
Achavam que o Cerrado não era lugar pra lavoura. O tempo, a pesquisa e o suor provaram o contrário. Diziam que criar gado em lugar quente era difícil. Mas hoje tem mais boi do que gente nesta terra. O trabalho por aqui mostrou que, se o mundo não cansa de girar, não tem porque se curvar diante de obstáculos. Acordar, batalhar, conquistar são sinônimos das histórias que fizeram deste rincão um celeiro respeitado. De gigante adormecido, a campeão de produção. O estado que orgulha o país por produzir comida é o assunto deste blog. Bem-vindo ao Canal Rural Mato Grosso, onde quem cultiva na terra o alimento é a grande notícia!
SOBRE O AUTOR
Um cara da cidade que se apaixonou pelo agro! Formado em jornalismo em 2005 (UFMS), Luiz Patroni tem pós-graduação em comunicação, política e marketing (Estácio de Sá) e cursa MBA em agronegócios (Esalq/USP). Desde o primeiro contato com o jornalismo rural, decidiu o que queria para a vida: contar para o mundo as histórias do campo. Por mais de 8 anos foi repórter do Canal Rural (MS e MT), participando de projetos como Lavouras do Brasil, Caminhos do Algodão, Soja Brasil. Também produziu reportagens sobre a agropecuária em países como França, Holanda, Bélgica, Alemanha, Itália, Estados Unidos, Argentina, Uruguai, Paraguai e Bolívia. Entre 2013 e 2017 foi apresentador e editor-chefe do programa MT Rural e do quadro Momento Agro na TV Centro América (afiliada à Rede Globo em MT). De volta ao Canal Rural depois de quase 5 anos, traçou como missão levar para a tela as notícias, os desafios, as conquistas e as histórias de quem faz de Mato Grosso referência internacional na produção de alimentos.
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