5 de setembro de 2024

Conheçam a Aldeia Uapo PERNOITE AND DAY USE - Reserva Umutina - Barra do Bugre - MT



Aldeia Uapo (Aldeia Uapo)

O povo Balatiponé-Umutina, que tem suas raízes profundamente entrelaçadas com a etnia Bororo, carrega consigo séculos de tradições e histórias relacionadas às vastas paisagens que margeiam o curso dos rios Bugres e Paraguai. Essas tradições, muitas vezes expressas através de caminhadas ritualísticas e jornadas sagradas, refletem uma conexão profunda com a terra e uma compreensão intrínseca dos ciclos e ritmos da natureza. Reconhecendo a riqueza dessa herança e visando estreitar os laços entre as gerações passadas e as atuais, surgiu a ideia de integrar essas práticas ancestrais ao turismo contemporâneo. A proposta de caminhadas e cicloturismo não só resgata e celebra essa memória coletiva, mas também serve como uma ponte para compartilhar essa rica tapeçaria cultural com o mundo exterior. Mais do que uma simples atividade turística, esse projeto busca promover uma verdadeira integração entre a Aldeia Central e todas as demais aldeias que fazem parte da iniciativa de Etnoturismo, fortalecendo laços, promovendo intercâmbio cultural e garantindo que as tradições e histórias Balatiponé-Umutina continuem vivas e sejam valorizadas por gerações futuras. Associação Indígena Hokemaná.



Um dos atrativos turísticos em desenvolvimento de Barra do Bugres é a Terra Indígena Umutina/Balotiponé (FUNAI, 2019), que se localiza entre os Rio Bugres e Rio Paraguai, sendo que seu acesso principal fica a cerca de 10 km da cidade de Barra do Bugres, MT, sentido Barra do Bugres/Cuiabá pela MT 246. Numa vivência entre uma beleza cênica com espécies da fauna e flora de um Ecossistema de Transição entre o Cerrado e a Amazônia, pode se encontrar um povo que busca a valorização da sua cultura e o desenvolvimento sustentável de seu território. O povo Umutina que era conhecido como Barbados, por possuir barbas naturais ou postiças que faziam de pêlo de macaco bugio ou cabelo das mulheres. Sua língua é classificada no tronco linguístico Macro-Jê, da linhagem dos Bororos. Os primeiros contatos com os não-índios ocorreram no século XVIII, devido ao extrativismo da ipecacunha (Psychotria ipecacuanha), conhecida também de poaia (ou raiz do Brasil) e outros produtos da floresta como o cedro e a seringa. O ritual do culto aos mortos era uma de suas manifestações culturais mais importantes, hoje eles trazem na dança e brincadeiras de rodas essa ancestralidade.
A pintura corporal indígena é feita de jenipapo (Genipa americana), ou argila, com representação de algumas espécies de peixes, como pintado (Pseudoplatystoma corruscans) ou ainda de animais, como Tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla). Diferentes das primeiras Umutina, hoje as mulheres costumam usar cabelos cumpridos, mas ainda utilizam vários adornos e acessórios para os rituais e apresentações, como colares, brincos, tiaras, braceletes e tornozeleiras feitos de penas ou de sementes ou cocos. Devido ao processo de "pacificação" (considerado pelos Balatiponés, como processo de descaracterização da cultura originária) a partir de 1943 pelo Marechal Cândido Mariano da Silva Rondon, foi criado o Posto de Serviço do Índio, onde hoje é a sede da Aldeia Central (aldeia mais populosa), com isso, muitas outras etnias vieram para o território, como Paresi, Nabikwara, Kayabi, Terena, Bororo e Irantxe. A partir de 1990, retornou-se a valorização da Cultura Umutina, em que houve o processo de pactuação quanto a autodenominação: Umutina e afirmação da identidade, passando portanto, a partir daquele ano, todo os indígenas que morassem ou nascessem no território teria a identidade de Umutina. 

Texto: Turismóloga e Especialista em Ecoturismo Alessandra Ribeiro de Carvalho

Fonte: Inventário e Diagnóstico Turístico de Barra do Bugres, 2021. POVO BALATIPONÉ - UMUTINA : Passado, Presente, Futuro. Disponível em:https://museucasaborges.wordpress.com/2020/09/26/balatipone-umutinapassado-presente-futuro/. Acesso em: 26 de setembro de 2020. 

Tel: (65) 9 8156-2046

Whatsapp: (65) 9 8156-204

Aldeia Umutina, , Aldeia Central Umutina – Definir a Aldeia - 

CEP 78.390-000 - Barra do Bugres - MT

Informações úteis

Localização

Rural

Pontos de referência

Acesso principal pela Rodovia MT 246 – 150 km de Cuiabá, e 10km de Barra do Bugres: Entrada à esquerda Norte (Sentido Barra do Bugres/Cuiabá) – observar área com presença de areia. Depois percorrer 2 km de estrada de chão cascalhada até o porto do rio Paraguai. Atravessar o rio por balsa ou barco e em seguida percorrer mais 1 km de estrada de chão. 

Horário de funcionamento

Segunda, Terça, Quarta, Quinta, Sexta, Sábado, Domingo, Feriado: 24 horas

Observação sobre funcionamento

Nos períodos de chuva – cheia – não há visitas nas aldeias (Dezembro a Março)

Tipo de visita

Guiada

Entrada

Paga

Valor: R$275,00

Métodos de pagamento

Débito Automático (débito em conta, débito online) , Transferência bancária

Atividades realizadas

Como cada aldeia se difere em logística e estrutura dentro do território, pode-se buscar um roteiro Etnoturismo, em que realiza a vivência com as comunidades em seu cotidiano, manifestações culturais e agrícolas, como preparo de comidas típicas, confecção de artesanato, pintura corporal indígena, prática de arco-flecha. 
Ainda pode-se agregar o Ecoturismo, com observações de aves e outros animais silvestres ou pesca esportiva com guias e agências especializadas, ou cicloturismo, heking (trilha de trecho menor – cerca de 10 km - de “bate e volta”, e, que não exige pernoite, nem equipamentos pesados) e trekking (trilha mais longas, que requer pouso e fica-se mais de 24 horas, requer mais equipamentos, como barracas, lanternas entre outros, local apropriado para pouso ou camping) devido a trilhas de curta, média e longa distância, de classificação de leve à severa.
As refeições e atividades variam de acordo com o tipo de turista recebido. Os visitantes são acolhidos pelos representantes da comunidade no Porto, em seguida seguem o circuito Umutina dentro da especialidade de cada roteiro, para conhecer as aldeias e extensões turísticas da Terra Umutina.
Recepção – check-in a comunidade: receptividade Xipá- koxiporé – (casa tradicional – modelo Paresi)
Aldeia Central Umutina: Saudações de Boas Vindas 
• Histórico do povo Balatiponé –Cerimônia de saudação de boas-vindas,
• Mostras de artesanatos e ornamentos típicos de uso próprio do povo, pinturas corporais.
• Contos e histórias do povo Umutina através na arquitetura existente, tanto das época de Marechal Rondon como as feitas de barro, taquara e cobertas de buriti. 
• Trilha no centro da Aldeia e por meio da mata e da roça para conhecimento da cultura Umutina – Trilha leve a moderada de cerca de 8 km.
• Cicloturismo
• Trekking
• Hiking 

Aldeia Uapo 
• Vivência dos costumes indígenas 
• Café da manhã ou bebidas indígenas 
• Observação de Aves;
• Observação de Animais silvestres 
• Colheita na roça, pomar ou mata para manuseio em ervas, frutos e raízes, como milho, abóbora ou mandioca, para preparo de alimentações e bebidas típicas - Culinária Indígena 
• Trilha na mata de curta a longa distância (Trekking)
• Natação no rio Paraguai
• Pesca Esportiva ou para o preparo da refeição no local 
• Refeições de culinária indígena em área comunitária típica indígena 
• Malocas adaptadas para receber os visitantes para pouso: com energia elétrica, cama e espaço para redes.
• Visitação a casa cultural (Paresi – Sagrada) e apreciação de dança tradicional e contos e histórias do povo Umutina. 
• Cicloturismo
• Hiking 

Aldeia Massepô: 
• Café da manhã com bebidas e comidas típicas como a Chicha de milho ou abóbora e o biju de mandioca. 
• Refeitório Comunitário, aberto coberto de Buriti, com mesas e bancos de madeira.
• Culinária Indígena; a base de peixe, mandioca, milho arroz, feijão e saladas.
• História do Povo e da aldeia.
• Amostra esportiva com arco e flecha
• Culinária indígena para degustação
• Trilhas na natureza visita a lagos/baías – 
• Cicloturismo
• Trekking
• Hiking 
• Passeio arqueológico das antigas malocas
• Exposição de artesanatos diversos
• Visitação a casa cultural e apreciação de dança tradicional do povo Umutina
• Banho de rio e descanso ao ar livre em esteiras na praia de piçarra
• Visitação na roça e manuseio de plantas
• Pernoite em casa tradicional, utilizando redes e camas com capacidade para 10 pessoas.

Aldeia Bakalana:
• Café da manhã com chicha, biju e alimentos indígenas. 
• Refeitório Comunitário
• Culinária Indígena.
• História do Povo e da aldeia.
• Vivencia com práticas de agricultura local
• Oficina de pintura corporal / oficina de artesanato
• Almoço: Culinária indígena a base de peixe, mandioca, milhos e outros produtos da agricultura local. 
• Atividade da tarde
• Aprendendo a fazer a gastronômica típica
• Trilha na natureza, com distância de 1,5 km 
• Encerramento das atividades após as atividades da tarde.
• Cicloturismo
• Trekking
• Hiking 

Aldeia: Águas Correntes
• Oficina de artesanatos, colares, cestos de palha, brincos e abanadores
• Centro de eventos,
• Observação de aves;
• Observação de animais silvestres, 
• Trilhas na natureza
• Técnica de extração cumbaru e babaçu
• Cicloturismo
• Trekking
• Hiking 

Aldeia: Adonai integrada ao roteiro
• Canoagem, turismo cultural
• Barreiro
• Bosque e espaço aberto para eventos
• Passeio de barco e natação no rio Paraguai
• Exposição de artesanatos
• Cicloturismo
• Trekking
• Hiking 

Necessário autorização prévia

Sim, através da Associação Balotiponé e as lideranças de cada aldeia por e-mail e por escrito, com agendamento antecipado.

*O valor da entrada* (voucher) é diferenciado entre: 
Entrada= *R$ 25,00 (turista nacional)* - *R$ 50,00 (turista internacional* - *pode variar conforme a cotação do USD$ (EUA) 
Diária, incluso café da manhã, almoço e janta R$ 250,00 (turista nacional) - *R$ 1000,00 (turista internacional* - *pode variar conforme a cotação do USD$ (EUA). 

Métodos de pagamento

Débito Automático (débito em conta, débito online) , Transferência bancária

Informações complementares

Para todas a atividades deve-se levar repelente e protetor solar, não levar e não consumir bebidas alcoólicas e cumprir o Manual de Conduta dentro de toda a Terra Indígena. Contatos para reservas turísticas por aldeia: 
Associação Indígena Balotiponé: 
Presidente: Neuzinho Uapodonepa Boroponepa

Lideranças - Caciques: 
Aldeia Central (Balotiponé): Lucimar Calomizeré
Adonai: Cacildo Amojonepá
Águas Correntes: Sandriano Monzila Parikikoreo
Bakalana: Sebastião Ipakuri
Uapo: Dionisio Antônio Apodonepá
Massepô: José Felizberto Kupodonepá






















 

ICMBio estima que incêndio consumiu 20% do total da Flona de Brasília


 Igo Estrela/Metrópoles 
Incêndio em floresta mudanças climáticas

Até a manhã desta quarta-feira (4/9), após menos de 24 horas de queimadas, a Floresta Nacional (Flona) de Brasília perdeu 1,2 mil hectares (ha) para o fogo, segundo o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Esse espaço corresponde a 20% – ou um quinto – da área total da maior unidade de conservação do Distrito Federal.

Confira:

ICMBio/ReproduçãoFloresta Nacional de Brasília (Flona) mapa
Floresta Nacional (Flona) de Brasília até 2022. Naquele ano, lei federal retirou glebas 2 e 3 da área que corresponde à unidade de conservação

No entanto, a lei desafetou as Flonas 2 e 3 para regularização urbana de dois assentamentos. Assim, a unidade de conservação ficou com apenas duas glebas, as quais, juntas, somam 5,6 mil ha – equivalentes à área aproximada de 7,8 mil campos de futebol.

O incêndio iniciado nessa terça-feira (3/9) atinge a Flona 1, próxima à região administrativa de Ceilândia (DF). O levantamento mais recente do ICMBio dá conta de que essa parte da floresta perdeu 30% da área – o que corresponde a 20% do total.

8 imagens
Na esteira do grande incêndio, Brasília teve o dia mais seco do ano segundo o Inmet
A temperatura chegou a 33°C, com a umidade relativa do ar a 7%
Incêndio de grandes proporções atingiu a Floresta Nacional de Brasília (Flona)
Bombeiros combateram as chamas durante o dia todo

EXCLUSIVO: A guerra química que acontece nos interiores do Brasil

 


Avião despejando agrotóxicos em plantação.
Créditos: Amissphoto/Pixabay 
MEIO AMBIENTE

O avanço desenfreado do agronegócio sobre comunidades rurais, indígenasquilombolas e ribeirinhas, despejando litros de agrotóxicos por esses territórios em cima de crianças, idosos e mulheres grávidas, anuncia: uma guerra química que acontece nos interiores do Brasil.

Em primeiro no ranking como o país mais perigoso para defensores do meio ambiente, o Brasil somou, somente em 2022, cerca de 2.018 conflitos no campo, envolvendo 909.450pessoas, segundo levantamento da Comissão Pastoral da Terra (CPT). 

Naquele ano, 8.033 famílias foram atingidas por essa guerra química, que fez 193 vítimas. Já em 2023, esse tipo de violência foi o que mais vitimou comunidades, somando quase o dobro de pessoas do ano anterior: 336. 

Agronegócio avança e deixa rastros de destruição sobre comunidades vítimas do uso de agrotóxicos como arma química