23 de junho de 2022
A história do Professor Abel Santos Anjos com a viola de cocho. Como a viola-de-cocho deu a volta ao mundo nas mãos deste genial professor.
Abel dos Anjos é reconhecido como mestre da cultura pelo trabalho com viola de cocho
O músico e pesquisador é homenageado na série documental ‘Viola dy Anjos’, disponível em seis capítulos no youtube
Graciele Leite | Assessoria SecelÍcone da cultura mato-grossense, a viola de cocho não era considerada um símbolo de orgulho para a população 30 anos atrás. Apesar de conduzir o cururu e o siriri nos quintais cuiabanos, era vista como um instrumento sem valor e os jovens não tinham interesse em perpetuar a tradição. O despertar começou quando o professor e músico Abel Santos Anjos Filho, o Abel dy Anjos, se interessou pela história, o modo de fazer e o som da viola de cocho. A partir do trabalho dele, o instrumento desbravou o Brasil, ganhou a Europa e, mais importante, passou a ser visto como legado da cultura popular regional.
A história de homenagem a Abel está contada na série documental ‘Viola dy Anjos’, produzido por Raphael Gustavo Coiado. “Ele teve um papel determinante ao tirar a viola de cocho das festas nos sítios e apresentar o instrumento em toda a sua plenitude à sociedade cuiabana, trazendo também os músicos e a comunidade ribeirinha e pantaneira para condição de artistas regionais”, destaca o produtor.
Com seis capítulos e uma coletânea musical, ambos disponíveis no youtube, o projeto foi executado com recursos da Lei Aldir Blanc, por meio do edital “Conexão Mestres da Cultura - Marília Beatriz de Figueiredo Leite”, da Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel).
A série traz uma retrospectiva de todo trabalho de pesquisa e aproximação com mestres do Cururu em Cuiabá, a geração de valor econômico e cultural da viola de cocho, a valorização do saber popular na comunidade e no mundo, a inovação no modo de tocar o instrumento. Por estes e outros motivos, o trabalho reconhece a importância da atuação de Abel para a difusão, resgate e perpetuação da cultura cuiabana nos últimos 30 anos.
“O professor Abel dy Anjos foi a figura responsável pela redescoberta e reinvenção da viola de cocho em Mato Grosso. Realizou um excepcional trabalho, tanto ao reapresentar o instrumento mundo afora, quanto ao desenvolver um novo método para tocá-la, facilitando o acesso das novas gerações”, comenta Raphael.
Além de depoimentos do próprio Abel, a série conta com participação de pessoas que fizeram a história com ele e contribuíram neste trabalho de resgate cultural. Entre eles, falecido mestre Caetano Ribeiro, mestres Thomas Flaviano e Alcides Ribeiro, além da artista Vera Capilé e o professor Waldir Bertúlio. O trabalho incluiu a criação de uma coletânea musical com 15 obras selecionadas especialmente para o projeto, e que marcam a trajetória dele como musicista, professor, artista e mestre da cultura.
Conexão Mestres da Cultura
O edital surgiu para compartilhar os saberes e fazeres artísticos e culturais do estado, reconhecendo o trabalho desenvolvido por pessoas impactaram a cultura mato-grossense, considerando sua contribuição para o fortalecimento da cultura do estado e sua importância para a comunidade que atua. No total, o edital atendeu 75 projetos com investimento total R$ 7,5 milhões.
Bom dia inteirinho com Jesus. Existe sempre um novo alvorecer.
O nascer do sol e a esperança
E não há problema que possa impedir
As mãos de Jesus pra me ajudar…
22 de junho de 2022
CURSO GRATUITO de Turismo Rural com o objetivo de ensinar a excelência no atendimento.
Chegaram os bonés do Chapadão do Parecis
MT vai coletar dados sobre agricultura familiar para subsidiar políticas
Luciana Cury/Assessoria Seaf-MT

Representantes de dez entidades se reuniram para participar do ‘Workshop Metodologia de Implementação do Seiaf’, no auditório da Controladoria Geraldo Estado (CGE)
DA REDAÇÃO
O Governo de Mato Grosso irá coletar dados para identificar o volume, tipos de produtos comercializados e qual o retorno financeiro que os itens cultivados por agricultores familiares promovem. Essas informações vão subsidiar as futuras políticas públicas da agricultura familiar estadual.
A busca será coordenada pela Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf), que promoveu nesta terça-feira (21.06) o “Workshop Metodologia de Implementação do Seiaf” para dar aplicabilidade a essa ação.
O evento foi realizado no auditório da Controladoria Geral do Estado (CGE) e reuniu todas as sete entidades envolvidas na elaboração do questionário a ser utilizado na coleta de dados.
A previsão é de que em 2023 seja realizada a busca das informações específicas sobre a agricultura familiar Mato Grosso, que possa levantar as particularidades de cada região, com mensurações de quantidades de cada cultivo e criação. Se isso ocorrer, Mato Grosso será o primeiro Estado brasileiro a realizar essa coleta exclusiva sobre o segmento, de forma sistematizada e específica.
Com os dados colhidos, o conteúdo será destinado para alimentar o Sistema Integrado da Agricultura Familiar de Mato Grosso (Seiaf-MT), criado para abrigar as informações e gerir as futuras ações públicas que o Estado pretende adotar.
“Para esse trabalho pioneiro precisaremos do apoio não apenas das prefeituras, como também de associações, cooperativas, organizações não governamentais, instituições de ensino, sindicatos e consórcios municipais, porque cada cidade tem uma particularidade, que precisa ser levada em consideração na hora de buscarmos essas informações”, comenta o superintendente de Agricultura Familiar da Seaf, George Lima, responsável pela ação.
Além de áreas rurais, também serão foco da coleta de dados assentamentos e comunidade tradicionais.
A coleta de dados começará nesta quarta-feira (22.06) em quatro cidades pilotos: Alta Floresta, Cotriguaçu, Querência e Várzea Grande. Após essa fase, o grupo de trabalho voltará a se reunir para aprimorar ou realizar ajustes que forem necessários, para então promover a coleta de dados em todo o território estadual














