7 de maio de 2022

Pecuaristas do MT são remunerados por preservar florestas.

Redação

O Programa Conserv no Araguaia, parceria entra a Liga do Araguaia com Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), celebraram em evento online, no ultimo 3 de maio, o reconhecimento de serviços ambientais prestados por pecuaristas em propriedades privadas que investem na conservação de excedente de mata. A partir de agora, além das safras de boi e de soja, eles também recebem pela “safra da preservação”.

Convidado por atuar no mercado financeiro, em sua análise, Cândido Bracher, integrante do Conselho de Administração do Itaú Unibanco e com experiência de quatro décadas no mercado financeiro, disse que no Brasil, o ambiente rural é uma máquina de captura de carbono e o preço desta captura vale muito, comparando com a “nova Arábia”.

Com exemplos, explicou que “a Europa tem a legislação mais avançada nesse sentido, a ETS, Emission Trade Sistem, onde a tonelada de carbono removido chega a 95 euros. Já uma floresta em crescimento captura 15 ton/ha/ano de Carbono e isto gera uma renda de 1.400 euros por hectare”, analisa. Esses valores ainda não são praticados no Brasil, mas mostram o caminho para uma regulação de mercado.

“Além disso, o país é visto como potência agroambiental, facilitando a receptividade dos nossos produtos agrícolas nos mercados internacionais. O contrário só nos prejudica. Fiquei orgulhoso do que vi e ouvi da Liga do Araguaia e do projeto Conserv no Araguaia”, disse Bracher.

IMPACTOS DO CONSERV NO ARAGUAIA – As adesões concretizam mais um passo da missão da Liga do Araguaia, que busca promover o desenvolvimento econômico e social da região do Médio Araguaia mato-grossense, por meio do aumento da produtividade e da renda, respeitando a legislação vigente e os limites dos sistemas naturais, mostrando na prática uma pecuária sustentável capaz de aliar produção e conservação.

Na prática, foram seis novos contratos representando um total de 4.552 hectares excedentes de Reserva Legal contratados. O valor pago aos produtores é estabelecido de maneira competitiva levando em conta alguns parâmetros fundamentais: valor médio do arrendamento nas regiões previstas pelo CONSERV; atributos ambientais das áreas contratadas; e índice de prioridade para a conservação.

Segundo José Carlos Pedreira de Freitas, coordenador do Instituto Agroambiental Araguaia, braço administrativo da Liga do Araguaia, é preciso conectar a dimensão produtiva com a dimensão ambiental no Agro brasileiro. A Fazenda deve ser vista como um “todo”, onde áreas de produção e conservação trocam benefícios e serviços entre si, sem a cisão acentuada pelo Código Florestal que separou as duas áreas.

“É preciso conectar a dimensão produtiva com a dimensão ambiental. A Fazenda deve ser vista como um ‘todo’, onde áreas de produção e conservação trocam benefícios e serviços entre si”, ressalta José Carlos Pedreira de Freitas, coordenador executivo do Instituto Agroambiental Araguaia, braço administrativo da Liga do Araguaia.

André Guimarães, diretor executivo do IPAM, explica que a ideia é engajar produtores para a conservação. “Há produtores que vão além das exigências legais e o Conserv surge como mecanismo financeiro para remunerar esses serviços ambientais gerados pelas propriedades rurais. Produzimos soja, carne e o sonho é que se some a ‘produção’ e ‘conservação’ de florestas, gerando oportunidade de negocio e renda”.

Já Caio Penido, produtor rural, membro fundador da Liga do Araguaia, presidente do Imac (Instituto Mato-Grossense da Carne) e vice-presidente do GTPS (Grupo de Trabalho da Pecuária Sustentável), lembra que o produtor que arca com custos da conservação e a biodiversidade prestam serviços a todo o planeta. “A Liga foi buscar parceiros que acreditavam na agenda Brasil: implementar o código florestal, com a remuneração do excedente. O que soava romântico, ‘criar valor na biodiversidade’, hoje é uma realidade”, finaliza.

O Programa Conserv no Araguaia é mais uma etapa do Conserv, programa que existe desde 2020, foi desenvolvido pelo IPAM – em parceria com o EDF (Environmental Defense Fund) e com o Woodwell Climate Research Center -, nesta etapa, o CONSERV opera em municípios de Mato Grosso, nos biomas Amazônia e Cerrado.

O programa conta com 16 contratos, somando 14.320 mil hectares de florestas nativas conservadas dentro de propriedades privadas da Amazônia Legal, em uma área de 86 mil hectares. Segundo dados do Ipam, o programa também é responsável por evitar a emissão de 1,8 milhões de toneladas de CO₂, caso a vegetação fosse suprimida. Está em expansão nesta e em outras regiões.

O QUE DIZEM OS PRODUTORES DA LIGA DO ARAGUAIA:

“O que me levou a participar da iniciativa foi a oportunidade de mostrar para as pessoas que não conhecem o campo que nós, ainda que sejamos eficientes na produção, também conservamos uma parte da propriedade com reservas nativas além daquilo que somos obrigados a preservar”, Geraldo Antonio Delai, Fazenda Tanguro, Canarana (MT). Produção: agricultura com plantio de soja, milho, gergelim, feijão, girassol, milheto, braquiária – integração (lavoura – pecuária) e criação de bovinos com ciclo completo – 100% IATF.

“O que me motivou a entrar no CONSERV no Araguaia foi a possibilidade de aliar o fator financeiro com a conservação do meio ambiente. Durante muitos anos minha família conservou a propriedade que veio dos meus avós, e conservar despende dinheiro. O CONSERV no Araguaia nos ajuda a seguir nesse caminho da preservação”, Dilermando Francisco Lunardi, Araguaiana, Mato Grosso. Produção: pecuária (ciclo completo).

“Pela primeira vez na minha vida de produtor rural, que já é extensa, eu vejo uma ferramenta que surge para nos ajudar. Isso é importante, pois não basta apenas falar para não desmatar; tem que incentivar a não supressão. Se o produtor vai conservar uma área que ele tem direito de abrir, é necessário que ele seja recompensado. O CONSERV no Araguaia está fazendo isso”, Carlos Roberto Della Libera Filho, Barra do Garças (MT). Produção: pecuária – ciclo completo (cria, recria e engorda), ILPF (integração lavoura-pecuária-floresta), suinocultura orgânica, apicultura orgânica e criação de muares.

“Depois de 43 anos cuidando de uma floresta, não deixando fogo entrar e ninguém desmatar, agora com os meus 73 anos, acredito merecer receber alguma compensação financeira pelos serviços prestados à natureza e para a população. Cuidar de floresta custa muito caro”, Luiz Ferreira, Fazenda Brilhante, Barra do Garças (MT). Produção: pecuária.

“A nossa propriedade é pequena, temos poucas áreas abertas e sempre fomos relutantes em suprimir mais, pois sabemos da importância da floresta em pé. Esse projeto permite que continuemos conservando e sejamos remunerados”, Vivaldo Costa Águiar, Pontal do Araguaia (MT). Produção: pecuária.

“Sempre fui muito preocupada com a conservação da floresta e do solo – tenho aversão ao uso da grade, por exemplo. Sei da importância da vegetação para a sociedade como um todo. Porém, preservar e proteger a floresta contra incêndios gera custo ao produtor. O CONSERV no Araguaia faz uma quebra de paradigmas e, pela primeira vez, o produtor passa a ser remunerado por isso”, Liliana Maria Crego Forneris, Fazenda Califórnia, Novo São Joaquim (MT). Produção: pecuária.


Trilha Solidária no dia do Meio Ambiente, Chapadão dos Parecis em Nortelandia MT

32 Festa do Peão de Rio Branco MT.

Rapel Canion das Índias - Jaciara MT

Pedal Caminhos do Morro. Santo Antônio do Leverger. MT

*1ª Caminhada Fotográfica pelos Caminhos do Morro.*



*Data: 05 de Junho 2022.*
📌 *Comunidade Morrinho - MT.*
✅ *Mais informações:*
*(65) 9 8153-5011*

*Faca sua inscrição:*
👇🏽👇🏽👇🏽
https://forms.gle/p3xritopGkzEkB616

_*VAGAS LIMITADAS!*_

*Organização & Realização*
*Rancho Epona - Ecoturismo* 
_*Trilhas & Caminhos*_

EDUCAÇÃO PATRIMONIAL DECOLONIAL: PERSPECTIVAS E ENTRAVES NAS PRÁTICAS DE PATRIMONIALIZAÇÃO FEDERAL

Átila Bezerra Tolentino

Resumo

Ao considerar que a trajetória e as práticas preservacionistas federais são fortemente marcadas por um modelo colonialista e eurocêntrico, este artigo busca debater sobre as possibilidades e desafios da adoção de uma educação patrimonial pautada pela perspectiva da decolonialidade. Para tanto, são trazidas discussões de autores pertencentes à linha de pensamento da corrente decolonial, como Boaventura Sousa Santos, Maldonado-Torres, Catherine Walsh, entre outros, que defendem uma epistemologia do Sul e conclamam uma ecologia dos saberes, como forma de combater as matrizes fundantes do saber-poder ocidental. Conclui-se que a educação patrimonial decolonial é necessária para romper com os processos de patrimonialização que reproduzam os processos de dominação do saber-poder sobre as memórias historicamente subalternizadas de grupos sociais não hegemônicos.

Texto completo:

PDF

Referências


BRAGA, Emanuel Oliveira. Entre o templo e a ruína: identidades, conflitos e políticas no póstombamento da igreja de São Miguel Arcanjo na Terra Indígena Potiguara, Paraíba. In: Anais da 30ª Reunião Brasileira de Antropologia. João Pessoa: ABA, 2016.

BRANDÃO, Carlos Rodrigues. O difícil espelho: limites e possibilidades de uma experiência de cultura e educação. Rio de Janeiro: Iphan/Depron, 1996.

CHAGAS, Mario de Souza. Há uma gota de sangue em cada museu: a ótica museológica de Mário de Andrade. Chapecó: Argos, 2006.

CHAGAS, Mario. Educação, museu e patrimônio: tensão, devoração e adjetivação. In TOLENTINO, Átila B. (org.). Educação patrimonial: educação, memórias e identidades. Caderno Temático de Educação Patrimonial nº 03. João Pessoa: Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, 2013, pp 27-31, 2013.

CHAGAS, Mario; GOUVEIA, Inês. Museologia social: reflexões e práticas (à guisa de apresentação). In Museologia Social. Cadernos do Ceom. Ano 27, nº 41. Chapecó: Unochapecó, 2014, pp. 9-22.

CHUVA, Márcia. Fundando a nação: a representação de um Brasil barroco, moderno e civilizado. Topoi, v. 4, n. 7, jul-dez, Rio de Janeiro: UFRJ, 2003, pp. 313-333.

DUSSEL, Enrique. Meditações Anti-Cartesianas sobre a Origem do Anti-Discurso Filosófico da Modernidade. In SANTOS, Boaventura de Sousa; MENESES, Maria Paula (orgs.). Epistemologias do Sul. Coimbra: Almedina / CES, 2009.

FLOÊNCIO, Sônia Rampim; et al. Educação patrimonial: inventários participativos: manual de aplicação. Brasília: Iphan, 2016.

FLORÊNCIO, Sônia Rampim; et al. Educação Patrimonial: histórico, conceitos e processos. 2 ed. Brasília: Iphan/DAF/Cogedi/Ceduc, 2014.

GROSFOGUEL, Ramón. Para Descolonizar os Estudos de Economia Política e os Estudos Pós-coloniais: trasmodernidade, pensamento de fronteira e colonialidade global. In SANTOS, Boaventura de Sousa; MENESES, Maria Paula (orgs.). Epistemologias do Sul. Coimbra: Almedina / CES, 2009, pp. 383-418.

HORTA, Maria de Lourdes P.; GRUNBERG, Evelina; MONTEIRO, Adriane Q. Guia básico de educação patrimonial. Brasília: Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, Museu Imperial, 1999.

FONSECA, Maria Cecília Londres. O patrimônio em processo: trajetória da política federal de preservação no Brasil. 2. ed. rev. ampl. Rio de Janeiro: UFRJ/MinC/Iphan, 2005.

MALDONADO-TORRES, Nelson. A Topologia do Ser e Geopolítica do Conhecimento: modernidade, império e colonialidade. In SANTOS, Boaventura de Sousa; MENESES, Maria Paula (orgs.). Epistemologias do Sul. Coimbra: Almedina / CES, 2009, pp 337-382.

NITO, Mariana Kimie; SCIFONI, Simone. O patrimônio contra a gentrificação: a experiência do inventário participativo de referências culturais do Minhocão. In Revista do Centro de Pesquisa e Formação, nr. 05. São Paulo: SESC, 2017, pp. 38-49.

NUNES, João Arriscado. O Resgate da Epistemologia. In SANTOS, Boaventura de Sousa; MENESES, Maria Paula (orgs.). Epistemologias do Sul. Coimbra: Almedina / CES, 2009, pp. 215-242.

SÁ, Alecsandra Ana dos Santos; SERRADELA, Larissa Isidoro; LÉO NETO, Nivaldo Aureliano. Tiririca dos Crioulos: um quilombo indígena. Carnaubeira da Penha: Associação dos Remanescentes do Quilombo Tiririca, 2016.

SANTOS, Boaventura de Sousa; MENESES, Maria Paula (orgs.). Epistemologias do Sul. Coimbra: Almedina / CES, 2009.

SANTOS, Boaventura de Sousa. Para além do Pensamento Abissal: das linhas globais a uma ecologia de saberes. In SANTOS, Boaventura de Sousa; MENESES, Maria Paula (orgs.). Epistemologias do Sul. Coimbra: Almedina / CES, 2009a, pp. 23-72.

SANTOS, Boaventura de Sousa. Um Ocidente Não-Ocidentalista?: a filosofia à venda, a douta ignorância e a aposta de Pascal. In SANTOS, Boaventura de Sousa; MENESES, Maria Paula (orgs.). Epistemologias do Sul. Coimbra: Almedina / CES, 2009b, pp. 445-486.

SCIFONI, Simone. Educação e patrimônio cultural: reflexões sobre o tema. In TOLENTINO, Átila B. (org.). Educação patrimonial: reflexões e práticas. Caderno Temático de Educação Patrimonial nº 02. João Pessoa: Superintendência do Iphan na Paraíba, 2012, pp 30-37.

SIVIERO, Fernando Pascuotte. Educação e patrimônio cultural: uma encruzilhada nas políticas públicas de preservação. Revista CPC, n. 19, São Paulo: USP, jun. 2015, pp. 80-108.

TOLENTINO, Átila B. O que não é educação patrimonial: cinco falácias sobre seu conceito e sua prática. In TOLENTINO, Átila B.; BRAGA, Emanuel Oliveira (orgs.). Educação Patrimonial: políticas, relações de poder e ações afirmativas. Caderno Temático de Educação Patrimonial nº 05. João Pessoa: Iphan/PB; Casa do Patrimônio da Paraíba, 2016, pp 38-48.

VELHO, Gilberto. Patrimônio, negociação e conflito. In LIMA FILHO, Manuel Ferreira; ECKERT, Cornelia; BELTRÃO, Jane (orgs). Antropologia e patrimônio cultural. Diálogos e desafios contemporâneos. Blumenau: Nova Letra, 2007. pp. 249-261.

WALSH, Catherine. Interculturalidad, Estado, Sociedad: luchas (de)coloniales de nuestra época. Quito: Universidad Andina Simón Bolívar/Ediciones Abya-Yala, 2009.


Apontamentos

  • Não há apontamentos.


Copyright: © 2018, 2021 GT Acervos: História, Memória e Patrimônio - Associação Nacional de História - Seção Rio Grande do Sul (ANPUH-RS)

ISSN 2595-4830

Licença Creative Commons
Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.

CONCEITO QUALIS CAPES (2019): A4 

 width=http://ezb.uni-regensburg.de/ezeit/?2936806

 http://www.journaltocs.ac.uk/index.php?action=search&subAction=hits&journalID=41190&userQueryID=33823&high=1&ps=30&page=1&items=0&journal_filter=&journalby=         http://flacso.org.ar/latinrev/

http://www.periodicos.capes.gov.br/?option=com_pmetabusca&mn=88&smn=88&type=p&sfx=aHR0cDovL2J1c2NhZG9yLnBlcmlvZGljb3MuY2FwZXMuZ292LmJyL1Y%2FZnVuYz1maW5kLWVqLTEmaW5zdGl0dXRlPUNBUEVTJnBvcnRhbD1OT1ZPJm5ld19sbmc9UE9S&sfxparam=sillog%C3%A9shttps://www.sumarios.org/revista/sillog%C3%A9s 

  

Como descascar ovo cozido? Veja as dicas mais fáceis do mundo neste artigo

Para descartar o ovo é necessário que primeiro você deixe ele  esfriar. Se estiver com mais pressa, poderá fazer a adição do seu ovo dentro do freezer da geladeira na parte dos cantos para esfriar mais rápido. Quando estiver frio, dê uma leve batidinha em alguma superfície dura para quebrar uma pequena parte e leve para debaixo d’água onde vai começar a tirar pedaço por pedaço. A água ajuda a remover sem que o ovo fique grudado na casca e você tenha algum tipo de desperdício. 

Também existe a técnica do copo. Coloque o seu ovo dentro de um copo e deixe a mão sobre a boca dele. Bata bastante porque a casca vai começar a se soltar totalmente sozinha!  Isso tudo vai demorar menos do que 8 segundos e você não vai ter nenhuma dificuldade. 

O canal do Youtube que pertence a Isamara Amâncio tem um vídeo que vai te ajudar a como descascar o ovo cozido em menos de 10 segundos na sua cozinha, sempre otimizando o máximo de tempo possível. Portanto, se tiver alguma dúvida sobre o assunto, basta que você continue a leitura aqui conosco porque deixamos o conteúdo disposto logo abaixo para te ajudar. 

Por fim, saiba tudo sobre: Pode usar vinagre branco no cabelo? Veja o que dizem especialistas sobre o assunto

Logo, entenda aqui o guia completo: Plantas no banheiro murcham? Veja quais delas são as mais indicadas

TCU acata pedido e suspende o BRT em Cuiabá e VG

Pablo Rodrigo e Allan Mesquita

Reprodução

Reprodução

O ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Aroldo Cedraz, determinou a suspensão de procedimentos para as obras  do BRT (Ônibus de Rápido Transporte) em Cuiabá e Várzea Grande. 

 

A decisão liminar publicada nesta sexta-feira (6) acata o pedido do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), que solicitou a suspensão por possíveis irregularidades na decisão do governador Mauro Mendes (União) em abandonar o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) em prol do BRT.  

 

Leia também - Emanuel 'enquadra' empresários interessados em implantar o BRT

 

"Diante do exposto, defiro com fundamento no art. 276 do Regimento Interno/TCU, o pedido de medida cautelar, sem prévia oitiva da parte, e determino ao Governo do Estado de Mato Grosso, por meio da Secretaria de Estado de Infraestrutura Logística/SINFRA, que suspenda todos os procedimentos administrativos tendentes à alteração do modal de VLT para BRT (RDCi Presencial, Edital n. 047/2021, Processo n. 387506/2021), até que o Tribunal decida sobre o  8.443/1992.°mérito da questão, nos termos do art. 45 da Lei n Lei n 8.443/1992", diz trecho da decisão.

 

Em sua decisão, o ministro lembra que o  Grupo de Trabalho Mobilidade Cuiabá, do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), apontou riscos na mudança do modal VLT pelo BRT, "esmo ciente de que o cenário de mudança para o modal BRT envolvia riscos maiores do que o cenário de continuidade da obra do VLT com escopo reduzido, o Governo do Estado de Mato
Grosso, em dezembro de 2020, formalizou ao MDR pedido de alteração do modal de VLT para BRT, com base em estudos realizados por aquele ente estadual, sem participação do Ministério".

"Entendo, porém, que a ausência de qualquer perspectiva de decisão dos entes federais envolvidos, a curto prazo, acerca da autorização para substituição do modal afasta a existência do perigo na demora, razão pela qual o novo requerimento do Município de adoção de providência acautelatória deve, tal como o primeiro pedido formulado, ser indeferido", diz trecho do voto.

 

A decisão destaca também que os tramites da obra do governo do Estado seguem em andamento e inclusive já foi declarado o consórcio vencedor para execução da obra. Nesse sentido, o TCU destacou que o pedido da prefeitura poderia perder o 'sentido', caso não fosse acatado nesse momento. 

 

“Especificamente quanto ao processamento da licitação, cabe ainda esclarecer que o certame foi finalizado, com habilitação e declaração do consórcio vencedor, conforme notícia oficial do Governo do Estado”, destaca outro trecho.

Diante da decisão, os projetos para implantação do BRT ficam suspensas até que o TCU analise o mérito da ação.  

Troca de modais
A decisão de troca do VLT pelo BRT foi tomada pelo Governo, em dezembro de 2020, a partir de decisão judicial que determinou a rescisão contratual com o consórcio, suspeito de corrupção e pagamento de propina para agentes públicos, conforme consta em delação premiada.


Nos últimos dias de dezembro, o governador anunciou que substituiria o VLT pelo Ônibus de Trânsito Rápido (BRT), no valor de R$ 430 milhões. Ao anunciar a desistência do VLT, que consumiu mais de R$ 1 bilhão, o governo de Mato Grosso garantiu que a decisão foi embasada em estudos e relatórios técnicos.
Na ocasião, Mendes também anunciou uma ação na Justiça pedindo ressarcimento e indenização no valor total de R$ 830 milhões, contra o Consórcio VLT e as cinco empresas que o compõem: CR Almeida, CAF Brasil, Santa Bárbara Construções, Magna Engenharia e Astep Engenharia.

 

6 de maio de 2022

PL que fomenta o Turismo Rural é aprovado na ALMT.

Assessoria de Imprensa

Assessoria de Imprensa

O projeto de Lei (PL) nº 376/2021, que institui a política de fomento ao Turismo Rural, de autoria do deputado estadual João Batista do Sindspen (PP), foi aprovado em 2ª votação, durante a sessão ordinária realizada nesta última quarta-feira (4), na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT).

De acordo com o parlamentar, o objetivo da matéria é elaborar um Fórum com representatividade no Estado, envolvendo líderes de associações, sindicatos rurais entre outros agentes que atuam nas atividades do campo, para debater assuntos em prol da Agricultura Familiar.

- FIQUE ATUALIZADO: Entre em nosso grupo do WhatsApp e receba informações em tempo real (clique aqui)

- FIQUE ATUALIZADO: Participe do nosso grupo no Telegram e fique sempre informado (clique aqui)

“Esse projeto foi criado pensando em atender as reais necessidades das nossas lideranças políticas, comunitárias e classistas do interior do Estado, bem como, os pequenos produtores da baixada cuiabana. Nosso objetivo é garantir a participação desses representantes nos debates sobre o tema em Mato Grosso. Com a aprovação aqui no parlamento, o projeto segue para sanção do Governo, que deve elaborar a partir daí, um Programa de Desenvolvimento da Política Estadual de Turismo Rural”, explicou o deputado.

Para concluir, o deputado ressalta que é expressivo o número de propriedades rurais, com atividades turísticas no Estado e ações como estas, “visam garantir a prática sustentável de pequenos produtores promovendo o lazer do turista, além de proteger o meio ambiente”, finalizou.

Batista disse ainda, que o PL aprovado altera um dispositivo da Lei nº 8.965 de 27 de agosto de 2008. O deputado esclareceu que depois de sancionada, a proposta entra em vigor com a seguinte redação: “Parágrafo único - A Política Estadual de Turismo Rural será elaborada por um Fórum com representatividade Estadual envolvendo todos os atores e agentes envolvidos na atividade”.

COMENTE ESTA NOTÍCIA