Lançado no mês de dezembro, o projeto Caminhos do Morro – Comunidade Morrinho inicia a programação do ano com o ‘Desafio dos 100 km’, uma caminhada na natureza no entorno do Morro de Santo Antônio. O projeto conta com a assistência técnica da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), em parceria com a Associação de Pequenos Produtores Rurais e Moradores de Morrinho (Aprumo), em Santo Antônio de Leverger.
A iniciativa é promovida pelo Rancho Epona, uma das 14 propriedades que fazem parte do projeto, e será realizada entre os dias 21 e 25 de fevereiro (de segunda a sexta-feira), com a meta de percorrer 20 km diários, com saída e retorno da sede do Rancho. Na sexta-feira (25), último dia de caminhada, a chegada será na sede Aprumo, fechando a programação com a entrega de certificado dos quilômetros percorridos.
A técnica da Empaer Ludmila Bodnar lembra que o objetivo é fomentar a agricultura familiar associada ao turismo rural e, como atrativo, o Morro de Santo Antônio.
“Buscamos estimular, orientar e seguimos acompanhando todos os atrativos que fazem parte do projeto e os que desejam fazer parte. A região tem potencial, mas precisa de um olhar sensível dos gestores para deslanchar”.
Segundo Ludmila, é preciso explorar o morro de forma consciente com gestão e participação da comunidade local. “Essa é a nossa missão. Com a assistência técnica da Empaer vamos mostrar que, com a agricultura familiar e outras opções de lazer, é possível agregar como fonte de renda para os produtores da região”.
Empaer
Mirian com o certificado da caminhada piloto realizada na semana do Natal Foto: Arquivo
A proprietária do Rancho Epona, Mirian Ferraz, é caminhante desde 2018 e já realizou alguns caminhos pelo Brasil, entre eles o Circuito Caminhos da Sabedoria, na cidade de Ibiraçu, no estado do Espírito Santo. Na época, o percurso de 108 km foi realizado em cinco dias na companhia de outros peregrinos.
Ela explica que o roteiro e detalhes do Desafio 100k estão sendo finalizado e será divulgado nas redes sociais e grupos de conversa do Rancho Epona. “Fizemos um piloto do desafio na semana do Natal na companhia de amigos e familiares e foi um sucesso. No momento, estamos finalizando os últimos detalhes, como os locais para carimbar o passaporte, as regras do evento e a emissão do certificado junto a Aprumo, assim como a definição do valor da taxa para ajudar nos custoss, emissão de passaporte e certificado entre outros”.
Com o habito de caminhar, Mirian conta que teve a oportunidade de ser estimulada por outras pessoas que já tinham feito um dos mais tradicionais caminhos do mundo, o Santiago de Compostela, na Espanha - que a despertou pelo prazer da caminhada e querer proporcionar a mesma sensação a outras pessoas.
“Caminhar é renovador. É no silêncio que o ritmo se impõe, é possível colocar a mente em equilíbrio, ouvir o ruído da natureza, escutar o compasso e, até o descompasso do coração, sentir o vento, o calor e a imensidão que nos cerca. Em grupo é melhor ainda poder compartilhar e escutar histórias”, conclui ela.
Serviço
Desafio dos 100 km
Onde: Rancho Epona – Comunidade Morrinho – Santo Antônio de Leverger
O Projeto Poxoréu consiste na produção e exibição de um documentário (media metragem), de 45 minutos no formato 2k, com o objetivo de resgatar sua história de ocupação, à princípio habitado pelos índios bororos e, posteriormente marcada pela chegada dos garimpeiros em
busca de ouro e pedras preciosas, dando origem ao povoado.
CULTURA.
• Trata-se de um produto sobre a história de um bem cultural brasileiro. Contribuirá para mostrar o processo de formação do
povoado, apresentando um mosaico
étnico-cultural presente no país, onde cada grupo, ao instalar-se na região, contribuiu para a formação e desenvolvimento do município de Poxoréu.
O objetivo deste trabalho é entender o processo de ocupação e desenvolvimento do território, marcado pela movimento
massivo de garimpeiros em busca de riqueza e prosperidade, passando por um processo de reformulacão quando as jazidas começaram a mostrar sinais evidentes de escassez.
Desde então a populacão local procura
novos caminhos para sua manutenção
sócio-econômica.
Este trabalho visa compreender tal
processo, estabelecendo as essências de
sua identidade, afim de propor alternativas para o futuro da comunidade diante da
contemporaneidade.
Contaremos com uma minuciosa pesquisa de documentos históricos e fotos antigas, além de entrevistas com os personagens relevantes
A produção e exibição deste média metragem (documentário) visa a divulgação da cidade e propor
alternativas para o futuro da comunidade diante da contemporâneidade.
Expor a cidade no cenário nacional, atraíndo e fomentando o turismo, além de enaltecer as peculiaridades locais.
Assim sendo, entendemos que a proposta deste média-metragem POXORÉU se enquadra na lei LEI Nº 8.313, DE 1991: Art. 1°: VIII - Estimular a produção e difusão de bens culturais de valor universal, formadores e informadores de
conhecimento, cultura e memória; IX - priorizar o produto cultural originário do País. Art. 18 f) produção de obras cinematográficas e videofonográficas de
curta e média metragem e preservação e difusão do acervo audiovisuais.
CONTRAPARTIDA PARA SUA EMPRESA
* Marca presente nos créditos como “apresenta e encerramento” do filme;
* Assinatura em todos os episódios com vinheta em animação 2D com em locução em off ("Poxoréu", oferecimento (sua empresa);
* Realização de vídeo institucional ou publicitário de até 1 minuto sobre a marca no filme;
* Branded content (conteúdo de marca no filme);
* Campanha (patrocinada) de pré-lançamento nas redes sociais;
* Making of e cortes customizados.
CICLO DE PUBLICAÇAO
* YouTube e Vimeo– documentário completo;
* Facebook (link completo);
* Replicar conteúdo do Facebook no Linkedin
* Instagram - 7 (sete) teasers (patrocinados), serão utilizados como “chamada” para o produto principal
(o filme completo), além de servir de material promocional que irá fomentar o turismo.
10% do valor do projeto será utilizado integralmente em impulsionamento e otimização nas redes sociais (Facebook /YouTube /Vimeo e Instagram).
Resumindo: A empresa investe, desconta no IR, apoia um projeto cultural e social e tem retorno com conteúdo e exposição da marca.
Mais que compensação financeira, o incentivo ao setor cultural tem impacto essencial na saúde dos negócios:
* Ganho de imagem institucional;
* Agrega valor à marca;
* Reforça o papel da empresa na localidade onde atua;
* Desenvolvimento de novas oportunidades de negócios;
* Reforço da política de relacionamento da empresa com outras esferas do governo.
Com este patrocínio, sua empresa estará atrelada em um grande projeto cultural e social.
🐼 O WWF-Brasil em parceria com a plataforma on-line Quero na Escola deu início às Olimpíadas de Restauração - projeto onde estudantes do sétimo, oitavo e nono ano do ensino fundamental podem participar e aprender sobre temas que envolve o meio-ambiente. 📚
🤩 Além de inserir a juventude em uma abordagem socioeducativa, os estudantes também vão concorrer à diversos prêmios. Para saber mais acesse: https://restauranatureza.org.br/
🤝 Compartilhe essa ideia, você pode postar em suas redes sociais e ajudar a fortalecer a educação do nosso futuro.
É priorizarmos momentos com Deus, fazendo uso da leitura da Bíblia e o buscando em oração.
Temos prioridades em nossas vidas, Trabalho, Amigos, coisas pessoais, além do dia a dia, mas quando colocamos o Reino de Deus como prioridade, Ele mesmo cuida daquilo que nosso coração deseja e precisa.
A palavra nos ensina que Deus seja a nossa prioridade e não a nossa ultima escolha.
Vamos deixar Deus ser Senhor e Rei das nossas vidas assim saberemos estabelecer prioridades.
Vamos confiar em Deus as nossas vidas, esperarmos com paciência e crer que Ele está agindo a nosso favor, e acima de tudo agradecermos por tudo o que Ele tem feito e por tudo o que Ele ainda vai nos fazer!
*Que tenhamos uma terça-feira alegre,feliz e e abençoada conforme a vontade e o agir de Deus Pai nas nossas vidas e dos nossos familiares!*
A banana será plantada em uma área de dois hectares e beneficiará 10 aldeias da comunidade, fomentando a autonomia alimentar e geração de renda aos indígenas
Maricelle Lima Vieira | Empaer/MT
Os Bakairi organizaram uma força tarefa para montar as mudas e, em 30 dias serão plantadas - Foto por: Empaer
A preparação de mudas de banana da terra farta velhaco é mais uma atividade do projeto Aldeia Sustentável Pakuera, desenvolvida pela Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), na cidade de Paranatinga (a 373 km de Cuiabá). A iniciativa visa fomentar a autonomia alimentar e gerar renda aos indígenas da etnia Bakairi, da aldeia Pakuera.
Doadas pela Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf), as 1.500 mudas foram montadas na semana passada individualmente com adubo e irá aguardar 30 dias para criar resistência e iniciar o plantio em uma área de dois hectares. A previsão de colheita é de um ano e seis meses e irá beneficiar 10 aldeias.
O técnico da Empaer José Carlos Pinheiro da Silva destaca que o projeto desenvolvido pela Empaer é através da Cooperativa Agropecuária Indígena Pakuera (Cooperpark) auxiliando na logística dos trabalhos desde o manejo do solo, preparação das mudas, plantio e colheita.
Segundo José Carlos, o objetivo é fortalecer a agricultura indígena para ampliar a oferta de alimentos, garantir segurança alimentar e possibilitar novas opções de geração de renda nas aldeias, por meio de alternativas que associem produção e conservação ambiental.
“Além disso, buscamos contribuir com o fortalecimento da cultura dos Bakairi atualmente em processo de retomada de antigas tradições. Todas as atividades são planejadas em conjunto com a Cooperpark”.
O cacique Genivaldo Gerônimo Poiure, ressalta que as ações em andamento buscam aumentar a produtividade da cultura e expandir a área plantada a médio prazo. “Precisamos encontrar meios de subsistência, associar mais uma cultura para agregar na alimentação e que também possa gerar renda”.
A atividade, prevista no Plano de Gestão Territorial e Ambiental dos Paresi, é alternativa sustentável para geração de renda e valorização cultural
Os indígenas do povo Haliti Paresi que vivem na aldeia Wazare, localizada na Terra Indígena Utiariti, no município de Campo Novo dos Parecis, em Mato Grosso (MT), receberam a anuência da Fundação Nacional do Índio (Funai) para executar seu projeto de Turismo de Base Comunitária (TBC) na aldeia, no final de dezembro de 2021. A atividade permite a valorização da cultura tradicional, além de colaborar para a autonomia financeira dos indígenas.
Paulo Zenazokemae, presidente da associação Waymaré, do povo Paresi, conta que a ideia da realização de atividades turísticas no território Haliti começou na aldeia do Rio Formoso, localizada no município de Tangará da Serra. “Isso foi há muito tempo, a comunidade de Wazare também se interessou em buscar o turismo comunitário, para complementar a renda das atividades que estão sendo realizadas hoje pela comunidade. Mas a questão mais importante é o incentivo à cultura, a tradição, que o turismo fortalece aqui dentro da aldeia da comunidade Paresi”, diz orgulhoso.
O turismo comunitário da aldeia Wazare se fortaleceu com o Plano de Gestão Territorial e Ambiental (PGTA) das nove terras indígenas Haliti Paresi, elaborado entre 2016 e 2019. Para a implementação do PGTA Paresi, as associações Waymaré e Halitinã -organizações representantes do povo Haliti – escolheram seis aldeias que já vinham realizando atividades turísticas no território. Com o apoio técnico da Operação Amazônia Nativa (OPAN), The Nature Conservancy (TNC) e Garupa, em 2019 iniciou-se o projeto para o fortalecimento do turismo de base comunitária, com a elaboração de planos de visitação no território Haliti, e a realização de oficinas de formação e expedições de mapeamento das trilhas e da estrutura local.
Aldeia Wazare, localizada na Terra Indígena Utiariti, no município de Campo Novo dos Parecis, em MT / Foto: Rony Paresi
Giovanny Vera, indigenista da OPAN, ressalta a importância da autonomia dos indígenas na distribuição de recursos oriundos do etnoturismo, e com isso o fortalecimento da governança local. “As tomadas de decisão são feitas pela comunidade, com protagonismo deles no desenvolvimento e na operação da atividade turística.”
Ele reitera que o Plano de Visitação dos indígenas Haliti Paresi traz diversos benefícios à comunidade. “Um dos maiores benefícios é o do povo valorizar ainda mais a sua própria cultura, quando percebe que pessoas de fora vêm justamente para poder conhecer suas tradições, para conhecer a história dos indígenas, não para olhar simplesmente uma cachoeira, mas sim para conhecer a história da cachoeira.”
O indigenista lembra que a Wazare é uma das seis aldeias que atuam com o turismo comunitário. “Essas aldeias já vinham realizando atividades turísticas, então as associações Halitinã e Waymaré propuseram a elaboração do Plano de Visitação delas.”
Indígenas Haliti Paresi em Wazare / Foto: João Bispo/CNP Turismo
Publicada em junho de 2015, a Instrução Normativa nº 03 da Funai orienta o desenvolvimento de atividades de visitação turística em TIs. A normativa foi aprovada restringindo a atividade ao modelo de base comunitária, nas modalidades de etnoturismo e ecoturismo, prevendo também o turismo de pesca esportiva, desde que sejam realizados os estudos de impacto ambiental necessários. Segundo a instrução, cabe aos indígenas decidir sobre o uso dos recursos naturais existentes em seu território – desde que a atividade em questão seja desenvolvida com o protagonismo das comunidades e de maneira coletiva, não podendo ser realizada por um grupo restrito ou à revelia da maioria.
De acordo com o Plano de Visitação da aldeia Wazare, o turismo tem contribuído para aumentar a geração de renda dos indígenas. E a renda anual dessa atividade gira em torno de R$ 15.000,00 (quinze mil reais), recurso distribuído entre moradores da aldeia, melhora da infraestrutura e aquisição e manutenção de materiais relativos à atividade”, diz um trecho do documento que conta a conexão dos indígenas com o turismo que começou em 2009.
Demonstrações de danças, cantos e pinturas são algumas das atividades turísticas oferecidas aos viajantes / Foto: João Bispo/CNP Turismo
A renda do turismo comunitário é dividida igualmente entre todos. “Metade do recurso é destinado a reaplicação e investimento no próprio projeto de turismo cultural, e os outros 50% são distribuídos de forma igualitária, independente de gênero e de idade, justamente para a gente não trazer desigualdade interna na comunidade”, explica Rony Paresi, cacique da aldeia Wazare.
Rony afirma que os ganhos financeiros não são o bem maior do projeto. “Através do turismo é que socializamos a nossa cultura, os nossos pensamentos, a nossa espiritualidade, os nossos modos de viver na conjuntura atual, e com isso podemos quebrar paradigmas, preconceitos, essa visão estereotipada que muita gente tem com relação aos povos indígenas”, salienta. “A gente passa a perceber que muitos desses preconceitos são por falta de realmente conhecer a fundo o que é a cultura indígena hoje.”
A liderança destaca que o turismo comunitário tem fortalecido a identidade cultural de seus parentes, à medida em que são explicadas aos turistas a história de origem dos Paresi, além das pinturas corporais, dos jogos tradicionais e parte do conhecimento. “Essas atividades têm envolvido grande parte dos comunitários, sobretudo as crianças. Hoje em dia, crianças e jovens têm orgulho de sua identidade Haliti-Paresi”, conclui.
Mulheres e crianças da Aldeia Wazare / Foto: João Bispo/CNP Turismo
Ainda no Plano de Visitação, o cacique narra como se deu a constituição da Aldeia Wazare e seus respectivos projetos de sustentabilidade. O início do processo originou-se em 1970, por um dos principais líderes do Povo Haliti-Paresi, Daniel Matenho Cabixi, seu pai, que atuou na defesa dos direitos de seu povo e teve de deixar de lado o sonho de constituir uma aldeia junto à sua família, por conta da intensa luta indigenista.
Em meados de 2009, com vontade de realizar o sonho do pai Daniel Cabixi, Rony Paresi passou a projetar junto de seus irmãos e mãe a construção da aldeia Wazare. “Entre 2009 e 2011, foi elaborado um planejamento com foco em várias vertentes consideradas primordiais à futura comunidade. No dia 09 de maio de 2011, toda a família Cabixi fez uma visita de reconhecimento (in loco) para confirmar a viabilidade da construção da aldeia denominada Wazare, cujo nome foi escolhido para referenciar e eternizar a cosmologia do líder mítico do nosso povo Haliti-Paresi. Wazare, junto do sábio irmão Kamahiye, ensinou aos nossos antepassados todos os conceitos e aspectos de sobrevivência no esplêndido Chapadão dos Parecis”, diz o Plano.
Criada em 16 de julho de 2011, a aldeia Wazare possui estrutura arquitetônica tradicional, segundo o Plano, com hatis (casas da cultura Haliti-Paresi) e mantendo o espaço circular do terreiro.
Além da criação de galinhas e da piscicultura, a horticultura e o plantio de árvores para sombra e produção de frutas são outras também atividades sustentáveis complementares para a geração de renda, junto com o plantio de soja e milho, realizado em uma pequena área da TI Utiariti.
Na experiência turística é oferecido banho natural, passeio de barco no rio Verde e demonstração de pesca tradicional / Foto: Drone
A indigenista e coordenadora do Programa Mato Grosso da OPAN, Artema Lima, que atuou diretamente no PGTA Haliti-Paresi, destaca que o turismo pode proporcionar a conservação dos rios, cachoeiras e de todo o universo cultural dos Paresi. Esta é uma das premissas do turismo de base comunitária, aliar geração de renda e a conservação ambiental. “É uma alternativa para a conservação do Cerrado e das águas. Os territórios Paresi têm um potencial hídrico enorme. Localizados na bacia do rio Juruena e seus afluentes como o Rio Verde, Rio Papagaio, Rio Sacre e também o Rio Formoso, rios com potencial para a realização de esportes radicais como rapel e rafting nas corredeiras e nos saltos, além de proporcionar aos visitantes um turismo contemplativo e cultural”, finaliza.