17 de junho de 2020
Ação integrada apreende helicóptero usado em desmatamento ilegal na Amazônia
Duas pessoas foram conduzidas para delegacia pelo flagrante em desmatamento ilegal e outros crimes ambientais
Juliana Carvalho | Sema-MT
Um dos conduzidos relatou que foram pulverizados 83 galões de 20 litros de agrotóxicos em duas propriedades
Foto por: Sema-MT
Uma operação integrada da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), Polícias Civil e Militar e Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer) flagrou a pulverização de agrotóxico em floresta nativa, áreas de regeneração e pasto, ocasionando danos visíveis à flora.
Esta é a primeira vez que Mato Grosso apreende um helicóptero sendo utilizado para realizar desmatamento ilegal. A equipe considerou o crime um atentado contra a saúde pública e o meio ambiente.
Na ação realizada a 63 quilômetros do município de Colniza (Noroeste de Cuiabá), duas pessoas foram conduzidas para a delegacia de polícia. O piloto do helicóptero não foi localizado. A aeronave apreendida será periciada e removida, enquanto os produtos utilizados na pulverização serão periciados no local.
A operação ocorreu nesta segunda-feira (15.06) e foi motivada por denúncia anônima que relatou o uso de agrotóxico por diversas propriedades no entorno da Vila Maguila, distrito de Colniza.
MT apreende helicóptero usado para pulverizar agrotóxico na Floresta Amazônica
Créditos: Sema-MT
Após um trabalho pelo Núcleo de Inteligência e Operações Integradas (NIOC) da Sema, a área foi identificada e o Ciopaer foi acionado para sobrevoar a área. Os agentes identificaram a vegetação amarelada e localizaram a aeronave com os pulverizadores acoplados.
A equipe também encontrou os tanques utilizados no armazenamento de agrotóxicos, nas margens de um lago que aparenta ser uma nascente hídrica represada. As investigações iniciais apontam para a contaminação da lagoa.
De acordo com o relato de um dos conduzidos, foram pulverizados 83 galões de 20 litros de agrotóxicos em duas propriedades, em uma área aproximada de 850 hectares e estavam preparando para realizar o trabalho na terceira propriedade.
MT apreende helicóptero usado para pulverizar agrotóxico na Floresta Amazônica
Créditos: Sema-MT
O suspeito relatou ainda que todo material era manipulado às margens da nascente. Demais sanções administrativas estão sendo calculadas e a Polícia Civil conduz o inquérito criminal.
Desmatamento ilegal zero
A ação realizada em Nova Bandeirantes integra Operação Amazônia Arco Norte do Governo de Mato Grosso em parceria com a Operação Verde Brasil do Governo Federal, visando zerar o desmatamento ilegal em Mato Grosso.
Desde o início da Operação, em maio, foram aplicados R$ 101 milhões em multas por crimes contra a flora, como desmatamento, exploração florestal e queimadas ilegais, dentre outros. Foram embargados mais de 21 mil hectares e apreendidos 44 tratores.
Desde janeiro, Mato Grosso aplicou R$ 555 milhões por crimes contra a flora e embargados 78 mil hectares. As ações conduzidas resultaram na apreensão de 116 tratores e 27 caminhões.
Atividade essencial
As atividades de fiscalização ambiental, que incluem as ações de monitoramento e controle de crimes ambientas como desmatamento e exploração florestal ilegais, pesca predatória, caça ilegal, poluição causara por empreendimentos, dentre outros, seguem em pleno funcionamento durante a pandemia do Covid-19.
De acordo com artigo 8° do decreto Estadual 432/2020, a fiscalização ambiental é considerada atividade essencial no Estado. Ao se deparar com crimes ambientais, o cidadão pode fazer denúncias pelo 0800 65 3838 ou via aplicativo MT Cidadão (disponível para IOS e Android).
TSE adia o 1º turno das eleições municipais para 15 de novembro

Não haverá prorrogação e mandato e o segundo turno deve acontecer em 29 de novembro
As eleições municipais de 2020 estão adiadas e não acontecerão mais no dia 04 de outubro.
O deputado federal, João Campos (Republicanos) acaba de postar em sua redes sociais o resultado de uma reunião que acaba de acontecer no TSE (Tribunal Superior Eleitoral)
Em reunião hoje, no Tribunal Superior Eleitoral, ficou decidido que as eleições municipais de 2020 serão prorrogadas.
O Primeiro turno será realizado no dia 15/11.
A data do segundo turno ainda não foi definida, mas há uma grande possibilidade de que aconteça em 29/11.
Com a decisão não haverá prorrogação de mandato.
16 de junho de 2020
Governo orienta que Rondonópolis, Sinop e mais 15 cidades se preparem para possível lockdown
Da Redação - Wesley Santiago
Foto: Reprodução/Ilustração

O Governo de Mato Grosso orientou que 17 cidades do Estado comecem a adotar medidas preparatórias para um possível lockdown. A indicação é feita com base no novo decreto, que tem por objetivo indicar a implementação de medidas para combater o avanço do novo coronavírus. Estes municípios estão no penúltimo nível de classificação de risco, divulgado no Painel de Gestão da Covid-19. A decisão sobre seguí-las é dos prefeitos.
Leia mais:
As cidades com mais de 40 casos ativos que estão com classificação alta e recomendação de preparação para um possível lockdown, são: Campo Verde; Nova Mutum; Rondonópolis; Sinop e Sorriso.
Além destas, as cidades com menos de 40 casos ativos e que também tem recomendação para a preparação de um possível lockdown, são: Alto Garças; Campinápolis; Campo Novo do Parecis; Colíder; Diamantino; Feliz Natal; Guiratinga; Nobres; Nova Maringá; Poconé; Poxoréu e Ribeirão Cascalheira.
Para estas cidades, que estão no penúltimo nível de classificação de risco (alto), as medidas indicadas pelo governo são:
a) implementação e/ou manutenção de todas as medidas previstas para os Níveis de Risco BAIXO e MODERADO;
b) proibição de qualquer atividade de lazer ou evento que cause aglomeração, tais como shopping center, shows, parques, jogos de futebol, cinema, teatro, bares, restaurantes, casa noturna e congêneres;
c) proibição de atendimento presencial em órgãos públicos e concessionárias de serviços públicos, devendo ser disponibilizado canais de atendimento ao público não-presenciais;
d) adoção de medidas preparatórias para a quarentena obrigatória, iniciando com incentivo à quarentena voluntária e outras medidas julgadas adequadas pela autoridade municipal para evitar a circulação e aglomeração de pessoas.
Após esta fase, caso os casos continuem a aumentar, a recomendação do governo seria a quarentena obrigatória coletiva, junto a outras medidas, que configuram o fechamento total. Até esta terça-feira (16), as cidades com indicação de lockdown eram: Alta Floresta; Porto Espiridião e Querência.
Cuiabá e Várzea Grande ainda aparecem com um nível de classificação de risco moderado, conforme o painel da Secretaria Estadual de Saúde.
Os parques públicos estaduais obedecerão as restrições estabelecidas pelos Municípios e, na ausência delas, poderão ser utilizados desde que observado o distanciamento mínimo de 1,5m entre as pessoas, ficando vedado o acesso sem o uso de máscara de proteção facial, ainda que artesanal, pelos usuários, conforme especifica o decreto.
A Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT) notificou, até a tarde desta segunda-feira (15.06), 6.390 casos confirmados por Covid-19 em Mato Grosso, sendo registrados 223 óbitos em decorrência do coronavírus no Estado.
Dentre os 20 municípios com maior número de casos de Covid-19, estão Cuiabá (1.857), Várzea Grande (557), Rondonópolis (509), Primavera do Leste (272), Tangará da Serra (245), Confresa (225), Sorriso (213), Lucas do Rio Verde (170), Sinop (164), Nova Mutum (138), Campo Verde (134), Barra do Garças (116), Pontes e Lacerda (105), Alta Floresta (103), Cáceres (68), Querência (67), Campo Novo do Parecis (62), Jaciara (60), Sapezal (53) e Guarantã do Norte (53).
Nos termos deste Decreto, para servir de diretriz para adoção de medidas não-farmacológicas, os Municípios terão a sua classificação apurada e divulgada em Boletim Informativo pela Secretaria de Estado de Saúde, de acordo com os seguintes critérios de aferição de risco: I - número de casos ativos de pacientes com COVID 19 no Município; II - taxa de crescimento da contaminação; III - taxa de ocupação de leitos de UTI da rede do Sistema Único de Saúde exclusivos para tratamento de pacientes com COVID 19.
A classificação de risco dos Municípios forma-se por 2 (dois) quadros de situação, classificados entre os que possuem número inferior ou superior a 40 (quarenta) casos ativos nos respectivos territórios, levando em consideração os seguintes níveis de gravidade: baixo; moderado; alto e muito alto.
Saiba o que significa cada um dos termos:
I - taxa de ocupação de leitos de UTI (TOL): é a relação entre o número de leitos efetivamente disponíveis para os pacientes de COVID 19 no Sistema Único de Saúde no território do Estado de Mato Grosso, sejam federais, estaduais ou municipais, e a sua efetiva ocupação por pacientes acometidos pela referida doença, medida e divulgada diariamente em boletim pela Secretaria de Estado de Saúde;
II - taxa de crescimento da contaminação (TCC): é a relação entre o número acumulado de pessoas infectadas no território de determinado município no dia da divulgação do boletim com o acumulado de (07) sete dias antes, medido e divulgado diariamente em boletim pela Secretaria de Estado de Saúde;
III - casos ativos de COVID 19: pacientes confirmados com a COVID 19 em monitoramento pelas autoridades sanitárias, divulgado diariamente em boletim pela Secretaria de Estado de Saúde;
IV - classificação de risco: identifica a situação epidemiológica do Município aferida pela relação entre o número de casos ativos de COVID, a taxa de crescimento da contaminação e a taxa de ocupação dos leitos de UTI da rede pública exclusiva para tratamento da referida doença;
V - boletim informativo: documento divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde, diariamente, com a situação epidemiológica de cada Município e com a sua respectiva classificação de risco;
VI - isolamento: medida para separar, pelo prazo mínimo de 14 (quatorze) dias, pessoas sintomáticas, assintomáticas e suspeitas, em investigação clínica e laboratorial, das demais de modo a evitar a propagação da infecção e transmissão;
VII - quarentena: medida que tem como objetivo evitar a propagação da pandemia por meio do confinamento obrigatório de pessoas em suas habitações, com restrição ao trânsito de pessoas, ficando permitida a circulação apenas para o exercício e/ou acesso às atividades essenciais;
VIII - área de contenção: perímetro delimitado por autoridade municipal na qual a população esteja submetida a intensa ocorrência e expansão da epidemia, onde as intervenções de quarentena e de isolamento coletivo obrigatório serão aplicadas.
Viagens pós-pandemia serão de carro, para destinos próximos
No caso do avião, serão deslocamentos de no máximo três horas; destinos de natureza também serão tendência

Véu de Noiva, na Chapada dos Guimarães (MT)
Foto: Divulgação / Estadão Conteúdo
Com tantas dúvidas na bagagem, os brasileiros devem começar a se aventurar pelo território nacional na pós-pandemia, dizem os especialistas entrevistados pelo Estadão. "Do mesmo jeito que o Brasil abandonou o marketing em mercados internacionais, parou também de se comunicar com o brasileiro. Mas, enquanto as fronteiras estiverem fechadas, viajaremos com prazer pelo Brasil. É possível que a vontade reprimida de viajar nos faça ver os atrativos brasileiros com outros olhos", afirma Ricardo Freire, à frente do site Viaje na Viagem.
O desejo de viajar pelo próprio país é visto em diversos lugares. Na China, por exemplo, uma pesquisa da consultoria Oliver Wyman mostrou que 77% dos 1 mil chineses entrevistados, de 18 a 24 anos, dão preferência a destinos nacionais para a primeira viagem depois que a covid-19 estiver vencida. Segundo a Organização Mundial do Turismo (OMT), os desembarques internacionais devem cair entre 60% e 80% no mundo em 2020. Isso significa de 850 milhões a 1,1 bilhão de viajantes estrangeiros a menos.
No Brasil, diversas campanhas incentivam o turismo doméstico. O movimento #ViajePeloBrasil reúne em torno de 20 associações do setor, como o Sistema Integrado de Parques e Atrações Turística (Sindepat), que tem Beto Carrero World, Bondinho Pão de Açúcar e Beach Park entre seus associados. No site da CVC, por exemplo, os destinos mais buscados para viagens a partir do quarto trimestre são Maceió, Gramado e Rio de Janeiro.
Entre vizinhos
Outra tendências apontadas pela OMT para a retomada das viagens são as bolhas regionais, distantes de ser uma realidade para o Brasil na América do Sul. "O que mais se configura no mundo são as bolhas, por exemplo entre a Austrália e a Nova Zelândia e entre os países bálticos", explica Luiz Gonzaga Godoi Trigo, professor do curso de Lazer e Turismo da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (USP). "Mas aqui Uruguai e Argentina estão com fronteiras fechadas para nós."
É que o Brasil faz um movimento diferente de outros países, que saíram da quarentena para reaver suas atividades, incluindo viagens, após vencerem o pico da covid-19. A curva de contaminação e m
ortes pelo coronavírus segue subindo no País, no entanto vários destinos, hotéis e atrações já anunciam a reabertura, com expectativa crescente no número de visitantes a partir de julho. "Aqui ainda não é o momento em que eu recomendaria para viajar", alerta Francisco Ivanildo de Oliveira Júnior, médico do Hospital Emílio Ribas. "Quando a gente está falando de turismo está falando de deslocamento. A doença viaja com as pessoas."
Em escapadas a cidades próximas, outra tendência forte na pós-pandemia, "o risco é um pouco menor porque normalmente são situações semelhantes em relação à doença", segundo o infectologista. "Considerando que não tem vacina e que, quando tiver, a imunização de todo mundo vai demorar meses, as tendências de viagem ainda serão bem restritas no próximo ano", afirma Trigo, professor da USP. "As primeiras viagens serão de carro, trem, ônibus, com distanciamento, higienização rigorosa. Os últimos a voltar serão os navios."
Escapadas
Para Danilo Santos de Miranda, diretor regional do Serviço Social do Comércio no Estado de São Paulo (Sesc-SP), que organiza excursões e passeio a preços acessíveis, a segurança de viajar apenas com parentes ou amigos, reforça a tendência de escapadas de carro. "Creio que roteiros personalizados ganharão força, mas não acredito que isso impeça a retomada dos pacotes turísticos, desde que revestidos dos protocolos de segurança sanitária necessários aos novos tempos."
Por causa do medo causado pelo coronavírus, muita gente deve evitar o avião no início de retomada, então os brasileiros irão viajar mais de carro. Isso levou operadoras do setor, como a CVC, a focar também nesse estilo de viagem. "O turismo de proximidade deve crescer. Por exemplo, as pessoas saírem de São Paulo e irem para Campos do Jordão para passar o final de ano, em vez de irem, como iam no passado, para o Nordeste, o Caribe ou a Europa", disse Leonel Andrade, presidente do grupo CVC Corp, em uma live promovida pelo Estadão. "Nós estamos desenhando tudo com os grandes destinos, com hotéis, pousadas, casas. Nosso objetivo é chegar no final de junho com todo um endereçamento de produtos e serviços para o segundo semestre."
O Circuito Litoral Norte, formado pelas prefeituras de Bertioga, Caraguatatuba, Ilhabela, São Sebastião e Ubatuba, vem trabalhando com empresas como CVC, Abreutur, Decolar, Interep e Orinter, para criar pacotes com uma ou mais cidades da região. Desde 4 de junho, hotéis e pousadas de Monte Verde, no sul de Minas Gerais, funcionam com até 40% da ocupação - a Agência do Desenvolvimento de Monte Verde e Região (Move) já negocia um aumento nesse limite, para depois de 17 de junho, com o município de Camanducaia, a que pertence o distrito.
Depois da Serra Gaúcha, primeiro destino nacional a voltar a receber visitantes no início de maio, outro importante destino do Brasil, Foz do Iguaçu celebrou o aniversário da cidade, em 10 de junho, com a reabertura para o turismo. A cidade das cataratas anunciou que pontos turísticos e hotéis de maior porte terão barreiras para identificar e testar visitantes com sintomas compatíveis com a covid-19, como febre, gripe ou problema respiratório nos 14 dias anteriores.
Em Bonito, cidade do Mato Grosso do Sul que é referência em ecoturismo no País, desde 1º de junho está permitido o funcionamento da hotelaria e de atrativos turísticos, desde que suas respectivas associações apresentem protocolos de biossegurança ao município e seus integrantes se comprometam a cumprir essas normas. A retomada do setor é esperada a partir de julho. "Vários destinos de ecoturismo já tinham normas. Por exemplo, na flutuação em Bonito, é uma prática corriqueira a esterilização de bocais e roupa de neoprene", diz Israel Waligora, sócio-fundador da Ambiental Turismo.
OUTRAS TENDÊNCIAS
Turismo dentro do Brasil
"O brasileiro médio, incluindo e talvez até principalmente o turista de alta renda, tem um enorme déficit de viagem pelo Brasil. Alguém que tire uma ou duas semanas de férias anuais pode passar dez anos de férias sem sair do Brasil com imenso proveito", afirma Ricardo Freire, especialista no assunto. Para Marcio Pochmann, professor do Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em vez de campanhas para trazer mais viajantes de fora, deveria se pensar em incentivar o turismo doméstico. "O gasto lá fora de brasileiros é maior do que o que o estrangeiro faz no Brasil. É um problema da sociedade, não do setor. A gente não valoriza o que nosso."
Voos curtos
No começo, as viagens de avião tendem a ser de no máximo três horas. "Tem de usar máscara o tempo todo, mas é desconfortável", diz Luiz Gonzaga Godoi Trigo, professor da USP. E acrescenta: "Na classe econômica, vai todo mundo amontoado. Lá no meio, é impossível você não se contaminar. As pessoas vão ter medo no começo."
Destinos conhecidos
Outra tendência de comportamento apontada por especialistas será a de retornar a lugares conhecidos. "Acreditamos que os viajantes passarão a adotar é a busca por destinos que já tenham familiaridade, locais que trazem bem-estar e garantia de bons momentos. Isso significa que o brasileiro vai acabar viajando para destinos que já conhece e vai deixar para explorar novas opções mais para frente", acredita Claiton Armelin, diretor de Produtos Nacionais da CVC.
Ecoturismo
Depois de um longo período de isolamento em casa, os especialistas imaginam que os viajantes estarão propensos a se aventurar por destinos de ecoturismo, na praia e na montanha. "Quando da abertura, estão falando que deve haver uma procura por natureza. Fico alegre de ouvir isso, mas não acho que é uma coisa automática", diz Israel Waligora, sócio-fundador da Ambiental Turismo. No retorno das atividades, ele acredita que destinos de ecoturismo em São Paulo voltarão antes dos demais também, até por questões econômicas, já que são mais baratos que saídas para destinos fora do Estado. "Em um ano e dois anos, imaginamos um público com menor. Uma simplificação da viagem deve se impor num primeiro momento. Petar, caminhadas na Serra do Mar, Socorro e Brotas são destinos que devem ter mais procura. É muito importante essa retomada porque beneficia os receptivos locais."
Público controlado
Primeiro destino nacional a voltar a receber viajantes no início de maio, Gramado trabalha com uma capacidade reduzida em hotéis e atrativos. O Bustour, que passa por pontos da cidade gaúcha e da vizinha Canela, está operando novamente. Com no máximo 50% da capacidade, o ônibus hop on hop off está rodando desde 5 de junho, mesma data do retorno do Bier Park, parque cervejeiro na Rua Coberta. Por sessão, apenas seis pessoas entram com intervalos de 40 minutos entre as visitações.
Selos de segurança
São vários selos sendo lançados. O Ministério do Turismo tem o Turismo Responsável, já usado por agências e hotéis como o Barretos Country Thermas Resort, um dos primeiros no interior paulista a conseguir a certificação. No mundo, antes de todos os destinos, o Turismo de Portugal lançou o selo Clean & Safe. Agora é o primeiro da Europa a receber o selo Safe Travels do World Travel & Tourism Council (WTTC), conselho mundial de turismo composto por cerca de 200 CEOs e presidentes das principais empresas do setor no planeta.
Cautela na compra
Depois das viagens não realizadas devido à pandemia, o brasileiro deve recorrer ainda mais a avaliações positivas de empresas e a regras de cancelamento, acredita Henrique Lian, diretor de Relações Institucionais e Mídia da Proteste. "No caso do turismo, é preciso ter cuidado, pois existem muitas empresas pequenas que podem se dissolver rapidamente. A possibilidade de ter de entrar em uma lista enorme de credores numa vara de falência e recuperação judicial para tentar receber definitivamente não é uma boa perspectiva."
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