10 de junho de 2020

Geraldo Lúcio fala do Turismo Rural enquanto agregador de valores aos produtos da Agricultura Família

O Turismo Rural proporciona a gregação de valor aos produtos da Agricultura Família 

A história do Turismo Rural no Brasil e no Mato Grosso inicia nos anos 80 com a necessidade de se ter alternativas de produção e rendas ao agricultor e consequentemente apresentar novos destinos e produtos de turismo aos visitantes.

Neste ponto o Mato Grosso tem a vantagem de ser um grande estado em termos territorial com cinco polos de turismo: Amazônia, Cerrado, Araguaia, Pantanal e Metropolitana, com sua área rural e natural propicia para se desenvolver o Turismo Rural.

O aumento do emprego e da renda aos produtores que trabalham com Turismo Rural irá acontecer devido à agregação de valor aos produtos da produção primária “Quando o produtor tem uma galinha e ele vende esta galinha viva ou com pouco processo de elaboração , ele ganha um certo valor pelo produto considerando a galinha viva ou podendo estar morta e congelada.

Mas quando ele pega a mesma galinha, e prepara um prato por como por exemplo uma galinha com arroz e vende o prato em sua propriedade, diretamente ao consumidor final, ele agregou um grande valor ao produto. 

A galinha que antes ele vendia por um pequeno valor, agora que ela está pronta para comer, o valor fica muito maior, dessa forma os lucros também aumentam”, isto Vale para outros produtos de origem animal e vegetal.

O Turismo Rural vem com uma proposta de incentivar a produção, industrialização, comercialização de produtos orgânicos e agroecológicos, viabilizando a propriedade e o agricultor. 

Por outro lado o turista quer vivenciar e participar do processo de produção da propriedade, para depois além de consumir in' loco, poder também adquirir e levar os produtos.

Dessa forma, para implantar o turismo rural, os produtores precisam aprender a lidar com as pessoas, praticar a empatia, aprender a atender os cliente pois além de recebê-las na propriedade terão que companha-los no dia a dia na propriedade.

Texto: Geraldo Donizeti Lúcio
Blogueiro

Falando de Turismo Rural. Com Geraldo Donizeti Lúcio

Geraldo Donizeti Lúcio
Foto: Nobres - MT

Ser um turista é viajar, conhecer novos lugares, novas pessoas, novas paisagens, novas culturas isto é algo extremamente prazeroso.

O Brasil é um gigante pela natureza  com muitos destinos, produtos e pontos turísticos, ainda há muito para se conhecer neste país.

Dentre os diversos segmentos de turismo, existe o turismo rural, que deixou de ser um modismo ou apenas um nicho de mercado atualmente tem ganhado um status de turismo e chegou a ser segmentado pelo Ministério do Turismo.

Permite aos seus amantes conhecer e ter contato direto com a natureza, com agricultura e culturas locais, valorizando a hospedagem domiciliar em um ambiente totalmente rural.

O turismo rural, proporciona coisas simples e autênticas, como forma de “fugir” do estresse e da complexidade vivenciada todos os dias no meio urbano.

É um segmento que desponta com atividades que proporcionam paz, tranquilidade e relaxamento aos envolvidos

É um tipo de turismo que valoriza a cultura local e as populações que vivem no meio rural e até urbano, pois privilegia a mão de obra local e regional.

É  uma atividade que ameniza ou reverte o processo do êxodo rural, sendo a contra-mão do êxodo rural, contribuindo também na sucessão familiar.

Estimula a produção local da agricultura e da pecuária, e promove o aumento no emprego e renda dos trabalhadores do campo.

O agricultor que apenas era visto como um ator na produção primária de bens alimentícios,  agora  passa a ser  empreendedor com o turismo rural, onde vende seus produtos de forma agregada, atingindo o final da sua cadeia produtiva atendendo a demanda do consumidor final,  mas é preciso estar atento aos impactos que essa atividade turística pode causar à natureza.

O Turismo pode trazer impactos negativos, como por exemplo:  acúmulo de resíduos sólidos, líquidos e gasosos, a vegetação pode ser até  destruída e o meio ambiente, sem falar em mudanças de hábitos culturais e comportamentais do homem do campo, comprometendo a atividade turística.

Finalizando, esta atividade vem se consolidando no Brasil desde os anos 80, e o Estado de Mato Grosso com as suas características iminentemente rural, de produção de grãos, pecuária, pequenos animais, agricultura familiar, aliados à natureza preservada,  na sua ocupação pautada em imigrantes do Brasil e de outros países,  nas comunidades tradicionais, etnias quilombolas e indígenas, tem também por natureza potencialidades de ser um grande destino com produtos e atividades diferenciadas em turismo rural.

Texto: Geraldo Donizeti Lúcio
Blogueiro

9 de junho de 2020

Receita Federal regulamenta Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte Simples Nacional


Pronampe beneficiará cerca de 4,5 milhões de pequenos negócios frente à crise causada pela Covid-19



A Receita Federal iniciará envio de comunicado às Microempresas (ME) e Empresas de Pequeno Porte (EPP), com a informação do valor da receita bruta, com base nas declarações desses contribuintes ao fisco, para viabilizar a análise à linha de crédito do Pronampe, junto às instituições financeiras.

Nesta primeira etapa, receberão o comunicado, a partir de 9 de junho, via Domicílio Tributário Eletrônico do Simples Nacional (DTE-SN) as ME e EPP optantes pelo Simples Nacional.

Numa segunda etapa, que terá início, a partir do dia 11 de junho, o comunicado será enviado via Caixa postal localizada no e-CAC às ME e EPP não incluídas no Simples Nacional.



Terão direito ao programa as empresas com data de abertura até 31/dezembro/2019. Somente receberão os comunicados as ME e as EPP que declararam, respectivamente, suas receitas nas respectivas declarações da tabela acima (Origem das informações enviadas pela RFB).

Caso exista divergência na informação da receita bruta ou não tenha ocorrido a entrega da respectiva declaração, a retificação ou inclusão da informação de receita bruta deverá ser realizada por meio da respectiva declaração.

O detalhamento da medida está na Portaria RFB nº 978 de 8 de junho de 2020, publicada no Diário Oficial da União de hoje (09/06).

O Pronampe, que poderá ser acessado por um total de aproximadamente 4,58 milhões de Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (cerca de 3.8 milhões do Simples e cerca de 78o mil de fora do Simples), prevê como regra geral, que a linha de crédito corresponderá a no máximo 30% (trinta por cento) da receita bruta anual, calculada com base no exercício de 2019.

No caso das empresas que tenham menos de 1 (um) ano de atividade, a linha de crédito concedida corresponderá ao maior valor apurado, desde o início das suas atividades, entre:

· 50% (cinquenta por cento) do seu capital social; ou
· 30% (trinta por cento) da média de seu faturamento mensal.

Os recursos recebidos no âmbito do Pronampe servirão ao financiamento da atividade empresarial nas suas diversas dimensões e poderão ser utilizados para investimentos e para capital de giro, vedada a sua destinação para distribuição de lucros e dividendos entre os sócios.

A medida não será aplicada às Microempresas, Empresas de Pequeno Porte que iniciaram as suas atividades em 2020, conforme estabeleceu a Lei nº 13.999, de 18 de maio de 2020, que instituiu o programa.

A Receita Federal está trabalhando para facilitar a adesão das Micro e Pequenas Empresas ao Pronampe, tornando mais fácil para as empresas interessadas comprovarem a sua receita declarada, entretanto, a concessão depende da instituição financeira participante do programa.


Clique aqui para acessar o "Perguntas e Respostas" sobre o Pronampe, produzido pela RFB.

PARQUE ESTADUAL SERRA DE RICARDO FRANCO: Liminar é suspensa e proprietários voltam a ter bens bloqueados

Notícias / Mato Grosso

Por Assessoria

Ilustração



A Turma de Câmaras Cíveis Reunidas de Direito Público e Coletivo do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) acolheu, na sessão de julgamento de quinta-feira (4), o requerimento do Ministério Público do Estado (MPMT) e cassou a decisão liminar que suspendia o bloqueio de bens de proprietários de uma agropecuária localizada no Parque Estadual Serra de Ricardo Franco.

A Procuradoria de Justiça Especializada em Defesa Ambiental e da Ordem Urbanística postulou ainda pelo desprovimento da reclamação formulada contra despacho saneador no processo de origem.

Por unanimidade, os desembargadores foram favoráveis ao pleito ministerial.

Para o procurador de Justiça titular da Especializada em Defesa Ambiental e da Ordem Urbanística, Luiz Alberto Esteves Scaloppe, a decisão em segunda instância na véspera do 'Dia Mundial do Meio Ambiente - 5 de Junho' é considerada uma importante vitória.

"Há vários anos o MPMT vem lutando para assegurar a preservação do Parque Estadual Serra Ricardo Franco. Existem dezenas de processos questionando a ocupação ilegal de áreas localizadas dentro do parque. Ver as nossas ações e teses sendo acolhidas por unanimidade no Poder Judiciário enche-nos de esperança pois temos a certeza que o Ministério Público não está sozinho nesta luta", destacou o procurador de Justiça.

A reclamação, apreciada em sessão de julgamento realizado nesta quinta-feira (04) foi movida pela Agropecuária Três Irmãos LTDA., João Sanchez Junqueira Júnior, Giulianne Sanchez Junqueira e Rojas Sanches Junqueira.

Eles argumentaram a ocorrência de suposto descumprimento de decisão do TJMT por parte do juízo da comarca de Vila Bela da Santíssima Trindade (a 521km de Cuiabá).

Os reclamantes sustentaram que, ao proferir o despacho de saneamento e organização do processo na ACP código 59729, o juiz teria incorrido em "flagrante descumprimento" da decisão liminar proferida pela desembargadora Antônia Siqueira Gonçalves Rodrigues nos autos de um agravo de instrumento.

O despacho saneador se referiu ao reconhecimento da efetividade do decreto de criação do Parque e da natureza protetiva dispensada à área onde os reclamantes desenvolvem atividades produtivas.

Assim, conforme manifestação da Procuradoria de Justiça Especializada em Defesa Ambiental e da Ordem Urbanística, "o despacho saneador não determinou o reestabelecimento de nenhum das medidas suspensas pelo agravo, como bem informou o magistrado de piso, não há que se falar em descumprimento da decisão".

A sustentação oral na sessão de julgamento foi feita pelo procurador de Justiça Paulo Roberto Jorge do Prado.

Luiz Alberto Esteves Scaloppe argumentou que a decisão supostamente afrontada "determinou a suspensão das medidas de constrição, bloqueio de bens e comunicações da ação às instituições que se relacionam comercialmente com a propriedade, mantendo a propriedade como garantia de satisfação, em caso de eventual condenação".

E defendeu que "o juízo de primeira instância apenas abordou seu posicionamento no despacho saneador, onde oportunamente tratou a questão não como mérito da ação principal, mas como questão de direito que necessitava ser enfrentada".
FONTE: 

Gente, fomos reclassificados!!! Olhem que legal, não somos mais da terceira idade, nem idosos!

GERALDO LÚCIO

OMS reclassifica conceito de Jovem / Idoso

Anteriormente, uma Instituição Inglesa (Friendly Society Act) definiu, em 1875, que "Idosos" eram indivíduos a partir de 50 anos.....

Diante da evolução da qualidade dos alimentos, das atividades físicas, hoje praticadas pela maioria das pessoas, e do avanço do número de pessoas que escolheram melhorar a alimentação, o que deu mais qualidade, e aumentou a expectativa de vida das pessoas, a Organização Mundial de Saúde (OMS), fez uma nova avaliação do conceito de ser Jovem, ter Meia Idade, e, ser Velho.....


01) Menor de idade: 0 a 17 anos;

02) Jovens: 18 a 65 anos;

03) Meia Idade: 66 a 79 anos;

04) Idosos: 80 a 99 anos;

05) Idosos de Longa Vida: maiores de 100 anos.

PARA ALEGRIA DE TODOS FOMOS RECLASSIFICADOS!!!

Eu tinha certeza que não era idoso. 

Esta aí a prova: somos tão jovens!

Vivaaaaa!!!👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻

Como dizia o meu amigo Ednei Bueno: 
"A BEM DA VERDADE ESTA POSTAGEM FOI FEITA COMO DESCONTRAÇÃO, pois esta informação não tem PROCEDIMENTOS, ou seja não há veracidade nos fatos,  mas foi uma forma de descontrair um pouco neste período de pandemia.

Em Poxoréo Mato Grosso - Brasil - Trilhas e Cachoeiras

Poxoréo é rico em belezas naturais, com inúmeras cachoeiras, belos morros, rios, cavernas, parque arqueológico, dentre outros. 

Morro da Mesa é seu mais famoso ponto turístico, com 700 metros de altura o monte pode ser observado por qualquer parte da cidade, com uma trilha de 5 metros, nível intermediário podendo ter duração de 2 horas e meia com paradas para as fotos. 

 O morro da Mesa é de grande importância para a comunidade, pois, é no morro que localizava a antena que recebia o sinal de TV, que era um dos motivos do morro era fechado, e aberto apenas na sexta-feira da Paixão, onde subia mais de 300 pessoas em único dia para pagar as suas promessas. Por ter uma grande área ondulado e montanhoso possui outros morros como Dois Irmãos e serras: Grande, Saudade e Paraíso.


Mirante do Morro da Mesa com vista para cidade de Poxoréo


Mirante do Morro da Mesa com vista para cidade de Poxoréo

Outros grandes atrativos que possui na região é o Complexo da Cachoeira do Lucas, que está localizado há 40km da cidade, dentro de uma propriedade privada, a distância fica mais de carro, pois, a trilha para conhecer o complexo do Luca não passa de 4km (ida e volta) com direito em conhecer mais de 07 cachoeiras com paradas de Pontos.

Complexo da Cachoeira do Lucas


Complexo da Cachoeira do Lucas


Complexo da Cachoeira do Lucas

Uma das outras trilhas bem procuradas é da comunidade Raizinha, que possui uma cachoeira com o mesmo nome. Os moradores da comunidade são garimpeiros e seus descendentes da época que a região foi explorada na década de 20. A comunidade é bem receptiva e todos ansiosos para receber visitantes. A trilha possui cerca de 2km e no destino final leva a uma cachoeira de 66 metros, nível intermediário com pouca estrutura, com descidas e subidas bem íngremes.


Cachoeira Raizinha

E de cachoeiras o município está repleto, a cachoeira Encantada é uma das mais procuradas com um pouco mais de 100 metros de altura e com pouco mais de 1km de trilha, com elevação de 116 metros com duração de 1h30 com parada de banho e fotos.


Cachoeira Encantada



O município tem a cachoeira Pedra Furada que fica localizada na beira da estrada cerca de 20km da cidade, com água transparente e morna, o local não há estrutura física e a trilha menos de 3 metros da estrada.

Cachoeira da Pedra Furada

Para finalizar apresentamos o complexo da cachoeira do Porto como é conhecido na região, são duas cachoeiras na mesma trilha com menos de 1km (ida e volta) o local recebe uma boa demanda das pessoas locais
.

Cachoeira do Porto

 

 Complexo da Cachoeira do Porto 


CNP Turismo e Expedições
Av. General Mello, 2374
Cuiaba - MT
(65) 9 9947-1930

Turistas são flagrados acampados em cachoeira em Nobres (MT) durante pandemia

A visitação aos pontos turísticos está proibida no período de pandemia do novo coronavírus, para evitar aglomeração.

Por G1 MT


Polícia determinou a saída dos turistas do local 

Foto: Prefeitura de Nobres-MT

Um grupo de pelo menos 20 turistas foi encontrado pela polícia em um acampamento, na Cachoeira do Tombador, em Nobres, município de Mato Grosso, com vários atrativos turísticos, nesse domingo (7).

A visitação aos pontos turísticos está proibida no período de pandemia do novo coronavírus, para evitar aglomeração.

De acordo com a Prefeitura de Nobres, a Polícia Militar foi até a cachoeira acompanhada de fiscais da Secretaria Municipal de Fiscalização para desalojar o grupo de turistas.


Polícia foram até o local após denúncia 

Foto: Prefeitura de Nobres-MT

A operação foi realizada entre 8h e 11h, depois da montagem de barreiras sanitárias avisando sobre a proibição das visitas.

Além da aglomeração proibida em decreto municipal para evitar a disseminação do vírus que já matou 113 pessoas em Mato Grosso, os turistas cometeram outra irregularidade. A cachoeira fica numa área de reserva ambiental de propriedade privada e eles entraram no local sem autorização.

No local, os turistas foram abordados, revistados e orientados quanto as infrações que estavam cometendo.


GESTÃO AMBIENTAL Sema entrega novas sedes de secretarias a municípios descentralizados



Sema

A secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT) concluiu a construção de cinco novas sedes de secretarias municipais de meio ambiente com objetivo de estruturar e fortalecer as prefeituras para as atividades de descentralização de gestão ambiental. As obras foram feitas com recursos do Projeto MT Sustentável, do Fundo Amazônia/BNDES.


O projeto prevê a entrega de 17 novas sedes de secretarias municipais de Meio Ambiente e 4 Diretorias de Unidades Desconcentradas da Sema/MT. Já foram concluídas as obras de Brasnorte, Juara, Comodoro, Porto dos Gauchos e Vila Bela da Santíssima Trindade.

Outras cinco novas sedes municipais encontram-se em fase de construção: Claudia, Querência, Ribeirão Cascalheira, São Félix do Araguaia e Canarana. Já as de Apiacás, Guarantã do Norte, Nova Monte Verde e Paranaíta estão em fase de licitação. As secretarias de Sinop, Aripuanã, Colíder estão em fase de finalização de projeto.

As Diretorias de Unidades Desconcentradas da Sema de Guarantã do Norte, Tangará da Serra, Confresa e Alta Floresta estão com projetos sendo finalizados junto a Secretaria de Estado de Infraestrutura (Sinfra).

As sedes ainda não foram entregues oficialmente pela Sema devido ao período de restrições sociais causado pela pandemia Covid-19. As prefeituras, porém, já podem utilizar os espaços para dar eficiência ao trabalho ambiental assinando o Termo de Responsabilização de Bem Patrimonial.

EM GUARANTÃ - Sema apreende duas balsas de extração mineral

RENATA PRATA



Fiscais da Unidade Desconcentrada de Guarantã do Norte, da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT), apreenderam duas balsas que faziam extração ilegal de ouro.

A ação teve apoio da Delegacia Regional da Polícia Judiciária Civil. Por meio de denúncias, a equipe percorreu aproximadamente 40 quilômetros no Braço Norte, no Vale do Rio Peixoto.

As balsas de extração mineral estavam próximas uma da outra e operavam de forma clandestina sem as devidas licenças ambientais. O proprietário não estava presente no momento da operação, mas já foi identificado.

Os procedimentos administrativos estão sendo realizados para aplicação de multa e o relatório técnico será encaminhado para a Promotoria de Justiça. Um fiel depositário será nomeado durante o processo.

“As denúncias são um instrumento muito valioso e útil para cessar o dano ambiental, fiscalizar e fazer as apreensões e multas necessárias. Assim que recebemos as denúncias aqui na Regional, tentamos deslocar uma equipe até o local indicado para fazer as constatações iniciais e verificar a ocorrência do crime ambiental”, afirma Luciano Moraes, diretor regional de Guarantã do Norte..



MATO GROSSO - Floresta em pé e geração de renda são temas de debate com setor produtivo


por Da Redação



A conciliação entre cadeia produtiva sustentável e preservação dos recursos naturais foi defendida por participantes durante debate realizado no dia mundial do Meio Ambiente, celebrado no dia 5 de junho. A Webinar foi transmitida ao vivo pelo YouTube no canal Sema Mato Grosso, com o tema Semana do Meio Ambiente Floresta em Pé: Garantia de Renda.

O debate foi coordenado pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT) e teve a gestora da pasta, Mauren Lazzaretti, como mediadora. Os convidados representantes das principais cadeias produtivas de Mato Grosso trouxeram reflexões e exemplos de sobre a junção de floresta em pé, garantia de renda e produção sustentável é importante para o estado. A participação popular foi garantida com comentários e perguntas via chat.

Mato Grosso é um exemplo para o mundo, ao mesmo tempo líder em produção e com 60% do território preservado, pontuou Mauren. “Há um consenso que só comando e controle não vão produzir o resultado esperado. Para que a população da Amazônia consiga viver com dignidade é preciso que possamos fomentar e induzir as cadeias produtivas sustentáveis e que o produtos produzidos no local tenha o seu valor agregado”.

A secretária de Meio Ambiente citou a necessidade da legalização da produção no Estado, respeitando a legislação e focando na eficiência administrativa para eliminar burocracias que não agregam ao controle ambiental. “Temos feito um trabalho em conjunto com setor produtivo, órgãos de controle e Assembleia Legislativa para encontrar esse equilíbrio. É importante a imagem de Mato Grosso como um estado que produz e que conserva”. 

Mato Grosso e seus ciclos produtivos

O pecuarista e presidente do Instituto Mato-grossense da Carne (IMAC), Caio Penido, trouxe uma retrospectiva do processo de produção em Mato Grosso, se iniciando com o incentivo na década de 60 para a ocupação, sem nenhuma consciência ambiental com foco somente em produzir, desmatar e trazer riquezas. O ciclo seguinte começou com criação do conceito de desenvolvimento sustentável, em 1983. Porém, sem um Código Florestal e informações confiáveis, se iniciou os conflitos entre ONGs e produtores que estavam em lados opostos, pontuou o pecuarista.

O ciclo atual é de produção sustentável, que relaciona o aumento de produção com conservação, estimulando sistemas produtivos integrados, tecnologia, capacitação, investimentos e acesso a mercados que reconheçam e remunerem a biodiversidade. Esta produção deve ser em conformidade com o Código Florestal restaurando, quando necessário, áreas de preservação e reservas legais. “Valorizar a floresta viva é uma forma de ter uma vantagem competitiva para os nossos produtos”, considerou o produtor rural.

Entre os desafios, o pecuarista cita o fato de que apesar do Brasil ser referencia mundial em conservação e legislação ambiental a população brasileira não percebe o país como a maior potência ambiental do mundo. Também foram apontados os altos custos para 25% das propriedades em território nacional que estão dentro de áreas destinadas à preservação da vegetação nativa, como impostos sobre estas terras, cercas para separar floresta do pasto e custo técnico e jurídico ambiental.

“A concorrência é desleal no comércio internacional com países que não tem legislação ambiental e estão preocupados apenas com produzir. O setor produtivo sente como uma injustiça ambiental, com ônus apenas para o produtor e bônus para toda a sociedade. Então a floresta tem que ser realmente uma garantia de renda”.

Manejo Florestal Sustentável

Rafael Mason, empresário do setor de Base Florestal e presidente do Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso (Cipem) abordou no debate ações que elevam a sustentabilidade da atividade ambiental em Mato Grosso por meio do manejo florestal sustentável.

“O setor da base florestal vem passando por modificação estando cada vez mais interligado com outras cadeias produtivas. Hoje não é só a madeira, no estado, temos o aproveitamento de resíduos na geração de energia para indústrias frigorificas, cerâmicas, empresas de etanol de milho. Nossa cadeia esta 100% integrada”, avaliou.

Tornar eletrônica a coleta de dados para o inventário florestal é uma medida indispensável para ampliar a transparência da rastreabilidade e garantia dos produtos, trazendo segurança para comprador, vendedor e meio ambiente, ressaltou o presidente do Cipem. “Deve-se modernizar e buscar constantemente alternativas para ampliar a comercialização externa. O Brasil tem o melhor sistema do mundo de controle ambiental e precisamos ampliar nossos mercados”.

O empresário enfatizou a importância de esclarecer a sociedade sobre a prática do manejo florestal e os benefícios que ele proporciona, conciliando a ação do homem de prover sustento em harmonia com as riquezas naturais. “O uso da madeira em construção é uma tendência mundial, é o único bem natural sustentável que a gente consegue neutralizar o carbono, gerar emprego e renda. Temos que trabalhar para ter uma indústria forte, o desenvolvimento e modernização trará um aproveitamento muito melhor”.

Legado para futuras gerações

O terceiro convidado da webinar, o produtor rural Marino Franz, exaltou Mato Grosso como um grande exportador de alimentos animal e vegetal mas lembrou da importância de se produzir respeitando o meio ambiente. Em sua avaliação o trabalho desenvolvido em Lucas do Rio Verde, cidade na qual foi prefeito por duas gestões, é um exemplo a ser seguido.

“O município tem 885 nascentes de água georreferenciadas e preservadas e 900 hectares em área urbana de mata nativa conservada. É um legado precioso que estamos deixando para as futuras gerações”.

Sócio cofundador da primeira usina de etanol de milho do Brasil, Marino falou sobre a importância da indústria de fomento de eucalipto e bambu como um diferencial para o estado. “O bambu funciona com uma tecnologia inteligente por conta da biomassa, que pode ser usada na produção de energia e durabilidade alta sem precisar ficar replantando. Ele também protege contra as queimadas e incêndios florestais. É um bom caminho pra integração entre agropecuária e floresta’.

O produtor rural abordou o momento atual que o mundo está vivendo, causado pela pandemia de Covid-19, e alertou que os mercados vão exigir cada vez mais uma maior rastreabilidade e segurança. “Estamos preparados para oferecer isso. Produtor, órgãos ambientais e de controle tem que discutir os problemas de forma coerente porque só assim é possível gerar riquezas para o povo, emprego e sustentabilidade”, concluiu.

Fonte: GOV MT