1) Quais as principais ações que o governo pretende implementar para alavancar o setor do turismo, bastante impactado pela pandemia?
Há, atualmente, inúmeras estratégias em planejamento e execução, mas as principais estão focadas na divulgação do turismo mato-grossense. Estamos trabalhando na promoção de ações que busquem divulgar o turismo no Estado, e uma dessas atividades, por exemplo, é a participação em feiras de turismo nacionais e internacionais. Estamos planejando realizar, também, fam tours, convidando os principais jornalistas e operadores de turismo tanto regionais quanto nacionais, além, é claro, da publicação, em revistas nacionais, de materiais promocionais focados no turismo do Estado. Acreditamos que a realização de parcerias é uma estratégia que traz muitas oportunidades para o setor, é por isso que estamos alinhando com a Secom a produção de vídeos institucionais para divulgação nas mídias tradicionais do País, como rádio e televisão, já que estas possuem uma grande capacidade de alcance de público. Mas, para além de parcerias para a divulgação, estamos realizando também a parceria com o Sebrae, com a intenção de desenvolver ações tanto de planejamento como de estruturação do segmento turístico.
Outro grande investimento é quanto à infraestrutura turística. O Governo do Estado de Mato Grosso está projetando grandes investimentos, todos com o objetivo de buscar melhorar a infraestrutura do setor. Temos diversos projetos, um deles é a revitalização de 4 orlas turísticas que possuem grande potencial para alavancar o turismo em regiões que há tempos estavam abandonadas pelo setor público; as orlas do Rio Cuiabá, nos municípios de Santo Antônio do Leverger e Barão do Melgaço, ambas localizadas na baixada cuiabana, e as orlas do Rio Araguaia, localizadas nos municípios de São Félix do Araguaia e Luciara.
Ainda na baixada cuiabana, a atual gestão pretende licitar no primeiro semestre de 2022 a revitalização da principal praça de Chapada dos Guimarães: a Praça Dom Wunibaldo, que abriga em seu interior o Santuário de Santana, muito visitada por turistas de todos os cantos.
Na rodovia transpantaneira está prevista uma melhoria de infraestrutura extremamente relevante, sendo ela a troca de todas as pontes de madeira por pontes de concreto ou bueiros celulares, essa ação vai propiciar mais segurança aos turistas que visitam a maior planície alagada do planeta.
Além dessas obras citadas, o Governo do Estado segue elaborando projetos para outras obras em regiões com grandes potenciais turísticos, tais como a revitalização da Lagoa de Barra do Bugres, a implantação da Rota da Fé, no município de Juscimeira, a recuperação de estradas no Parque Cachoeira da Fumaça e a pavimentação de mais 3 Km da mesma (MT357). Além da construção do Mirante da Avenida Coroados, no município de Jaciara, estamos projetando, também, a reforma da Praça Manoel Loureiro, em Rosário Oeste, e a revitalização da orla de Cáceres. Essas obras são de grande importância, ao pensarmos na grande potencialidade de desenvolvimento econômico e social que elas podem proporcionar tanto aos turistas quanto aos moradores próximos a esses locais.
Essas são ações que mostram que estamos empenhados tanto na divulgação de Mato Grosso, como uma potencialidade turística, quanto na realização de projetos que têm o objetivo de trazer melhorias de infraestrutura para os municípios e regiões turísticas.
2) Quais foram os principais investimentos desta gestão no turismo?
Na atual gestão, o primeiro passo foi “colocar a casa em ordem” e reorganizar obras que estavam abandonadas, seja por problemas técnicos ou financeiros, como as obras de dois centros de eventos localizados nos municípios de Tangará da Serra e Barra do Garças, ambos com previsão de entrada no primeiro semestre de 2022. Tais obras vão possibilitar que esses dois municípios polos possam desenvolver o turismo de eventos, fortalecendo, assim, toda a região turística ao qual eles pertencem.
Finalizamos a pavimentação da MT-020, que liga Chapada dos Guimarães ao Lago do Manso, em um dos poucos pontos de acesso público, para possibilitar uma nova exploração turística no lago. Também recuperamos 95 km de asfalto na MT-246, que dá acesso a municípios turísticos do Estado, como Barra do Bugres, Tangará da Serra e Campo Novo dos Parecis. Ainda no que tange à infraestrutura das estradas, foi realizada a pavimentação da MT-343, que liga duas importantes regiões do Estado: a Região Oeste e a Região Sudoeste, dando acesso direto de Cáceres à Barra do Bugres.
É importante citar que o Governo do Estado tem a previsão de investir em obras relacionadas ao turismo um orçamento em torno de 230 milhões de reais, planejamento previsto dentro do Mais MT. Essas obras possuem impacto direto no turismo, pois devolverá a alguns municípios uma identidade turística que há muito tempo foi perdida, como é o caso de Barão do Melgaço e Santo Antônio do Leverger, que já foram grandes polos turísticos da região.
3) O Ministério do Turismo criou regiões metropolitanas turísticas em todos os Estados. Em Mato Grosso, foram criadas 14, mas apenas 5 estão formalizadas. Qual o planejamento para que essas Instâncias de Governança se concretizem e recebam recursos do governo federal?
A criação do Programa de Regionalização do Turismo tem a finalidade de incentivar os municípios a um trabalho conjunto para estimular e valorizar a peculiaridade de cada localidade. Desse modo, cada local pode ser integrado em uma visão mais abrangente, principalmente, se levarmos em conta a dimensão regional. Levando isso em consideração, o instrumento norteador do Programa de Regionalização é o Mapa do Turismo Brasileiro, esta é uma importante ferramenta que orienta o Ministério do Turismo, bem como as unidades da Federação, no desenvolvimento de políticas públicas. Quando trazemos para o contexto de Mato Grosso, o Mapa do Turismo atual, que é vigente até 27 de março de 2022, possui 85 municípios, distribuídos em 14 regiões turísticas, todas com Instância de Governança Regional do Turismo (IGR). Dentro dessas 14 regiões, 6 já foram formalizadas, as demais se encontram no formato de fórum ou conselho regional, que já discutem e também buscam a formalização. Assim, diante da relevância do programa, a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico prevê, em sua Dotação Orçamentária Anual, ação com etapa direcionada para o processo de fomento e organização da regionalização do turismo, por meio do fortalecimento da IGRs ativas.
4) Quais os principais entraves para que MT se torne rota de turismo no País? O que tem sido feito para solucionar essas questões?
Atualmente, Mato Grosso tem quatro grandes desafios no setor do turismo, sendo eles a estrutura dos destinos, tanto no âmbito de municípios quanto no espaço das regiões turísticas, ampliação e direcionamento da demanda, atração de investimentos privados e diversificação e ordenamento da oferta. Desafios estes que estão previstos como diretrizes estratégicas, na nova proposição da Política Estadual de Turismo, que também dispõe sobre o Sistema Estadual de Turismo e dá outras providências de interesse direto do setor.
5) Como está o processo de internacionalização do Aeroporto Marechal Rondon?
Esse processo ainda depende de algumas exigências feitas por órgãos como a Receita Federal. Estamos trabalhando para preencher todos os requisitos o mais breve possível e assim poder prosseguir com essa demanda.
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