18 de maio de 2025

Economia Verde – PAGE (Partnership for Action on Green Economy)


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Parceria para Ação em Economias Verdes (PAGE)é uma iniciativa de cinco agências do sistema das Nações Unidas (PNUD, PNUMA, OIT, UNIDO, UNITAR) em resposta ao apelo da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20) da ONU – no documento final “O Futuro que Queremos“, em 2012, por ação e apoio aos governos que buscam uma base mais verde e sustentável para suas economias. Na ocasião,  foi feito um apelo às Nações Unidas para que apoiasse os países interessados na transição para economias mais verdes e inclusivas.

Quatro anos depois se deu o início da parceria com o Estado de Mato Grosso: Em 2015 na COP 21 o Estado de Mato Grosso apresentou a Estratégia PCI (produzir, Conservar, Incluir) e também uma PROPOSTA para a PAGE e preencheu um questionário. Em maio de 2016 foi aprovado na Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD) em Nairóbi/Quênia. Em Junho/Julho foi realizada uma apresentação aos Secretários de Estado e se iniciou um inventário das ações a serem implementadas em Mato Grosso.

O inventário mostrou as áreas com mais perspectivas:

  1. Produção Agropecuária Orgânica com: a. Agroecologia: agricultura familiar e sistema de certificação b. Carne orgânica;
  2. Setor Florestal: Viveiros;
  3. Energias Renováveis e Eficiência Energética: Foto Voltaica e Eólica;
  4. Gestão e Tratamento de Resíduos;
  5. Setor Público Ambiental (geram empregos indiretos – subcontratação de serviços): Política ambiental; Marcos jurídicos; Controle e vigilância do cumprimento da Legislação Ambiental e; Execução de programas de controle ambiental;
  6. Educação Ambiental: Política estratégica para impulsionar a política ambiental;
  7. Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação;
  8. Serviços Ambientais a Empresas: Fator ambiental a gestão das empresas;
  9. Terceiro Setor Ambiental;
  10. Construção Sustentável;
  11. Turismo Sustentável;
  12. Transporte Sustentável.

MATRIZ LÓGICA APROVADA:

Ainda em 2016 um equipe do Governo do Estado foi para Turim/Itália se capacitar e participar da Academy for Green Economy. Já em 2017 foi criado um Termo de Referência para a implantação de um Escritório da PAGE em Mato Grosso com a contratação de um Coordenador Nacional de Projetos e uma Assistente Executiva. Em 2018 houve uma redefinição do orçamento da PAGE para o Estado de Mato Grosso e um processo seletivo para a contratação em dezembro do Coordenador Nacional de Projetos (Eduardo Cairo Chiletto) e em janeiro de 2019 da Assistente Executiva (Marcela Gaiva).

Desta forma, a partir de 2019 se iniciou um grande trabalho para implementar as ações da PAGE em Mato Grosso. E tínhamos 02 grandes desafiosCompatibilizar Crescimento Econômico com o Meio Ambiente. Ou seja… Mitigar Mudanças Climáticas e Proteger o Meio Ambiente com uma Economia de Baixo Carbono e Garantir Emprego Pleno e Produtivo e Trabalho Decente/Digno para Todos.

A Parceria buscou em Mato Grosso, por meio de análise de políticas, diálogo, assistência técnica e construção ou fortalecimento de capacidades governamentais, colocar a sustentabilidade no centro da política de desenvolvimento, estimulando a criação de novas oportunidades de emprego, promovendo tecnologias limpas e reduzindo a pobreza e os riscos ambientais.

O PAGE em Mato Grosso atingiu quatro resultados principais:

  • Fortaleceu e integrou metas verdes e inclusivas vinculadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), por meio da colaboração de múltiplas partes interessadas, em seu planejamento econômico e de desenvolvimento;
  • Implementou reformas setoriais e temáticas baseadas em evidências, alinhadas às prioridades Estaduais para uma economia verde e inclusiva;
  • Fortaleceu as capacidades de planejamento institucional para ações em direção a uma economia verde e inclusiva em nível Estadual;
  • Melhorou sua base de conhecimento para promover uma economia verde e inclusiva.

Considerando a sustentabilidade como ferramenta motriz, os produtos da PAGE/MT apresentaram: Políticas que orientaram Modelos de Produção e Consumo; Políticas que orientaram Modelos de Ordenamento Territorial e; Políticas que orientaram Modelos de Instituição e Governança.

E para atingir esse objetivo o Governo do Estado de Mato Grosso entregou 4 conjuntos de resultados:

  1. Implementou Reformas políticas Setoriais e Temáticas baseadas em consonância com a ECONOMIA VERDE;
  2. Promoveu capacidades individuais, institucionais e de planejamento de ações em ECONOMIA VERDE;
  3. Ampliou e diversificou a base de conhecimentopara avanço da ECONOMIA VERDE e;
  4. Secretarias reforçaram e integraram objetivosem ECONOMIA VERDE e alinharam metas nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) com 85% do PPA – Plano Plurianual do Estado alinhado com os ODS.

PRINCIPAIS ÁREAS DE ATUAÇÃO:

USO DE ENERGIA RENOVÁVEL, cujo objetivo foi: Avaliar os potenciais de geração e uso de energia solar fotovoltaica e energia baseada em biomassa de resíduos agroflorestais em Mato Grosso, propiciando subsídios para políticas públicas nesta área, e que permitam um planejamento energético mais assertivo com vistas à alocação de recursos de forma mais eficiente.

TURISMO SUSTENTÁVEL, cujo objetivo foi: Oferecer bases para a elaboração, implementação, gestão, padronização, certificação e desenvolvimento de um esquema de incentivo para promover uma política pública na área de Turismo Sustentável para o Estado do Mato Grosso, considerando:

  • Os princípios do turismo sustentável, atualmente em desenvolvimento na International Organization for Standardization – ISO;
  • Elaborar um Manual de Diretrizes sobre normalização e certificação do Turismo Sustentável em Mato Grosso.

AGRICULTURA FAMILIAR, cujo objetivo foi: Desenvolver uma estrutura Política no Estado sobre Desenvolvimento Rural Sustentável da Agricultura Familiar. Assim como desenvolver processos e ferramentas para a implementação do Sistema Integrado Estadual de Agricultura Familiar (SEIAF)e seus subsistemas. Outros Produtos Relacionados:

  • Análise dos impactos socioeconômicos da pandemia de COVID-19 na Agricultura Familiar, Povos Indígenas e Povos e Comunidades Tradicionais e seus reflexos no abastecimento alimentar em Mato Grosso.
  • Programa de treinamento: Rumo a uma agricultura familiar verde e resiliente em Mato Grosso. 

PLANEJAMENTO E ORDENAMENTO TERRITORIAL, cujo objetivo foi: Estruturar ações de promoção de desenvolvimento sustentável municipal participativo com foco no desenvolvimento sustentável, nos ODS e na Agenda 2030 

  1. Integrando a Agenda 2030 para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável – ODS com a Territorialização dos ODS em municípios do Estado;
  2. Elaboração de Metodologia e Diretrizes para Implantação de 106  Planos Diretores Participativos de Desenvolvimento Municipal – Municípios com população inferior a 20 mil habitantes (75% em Mato Grosso);
  3. Elaboração de Plano de Gestão para o Centro Histórico de Cuiabá-MT;
  4. Apoio ao CAR- Regularização Ambiental no Vale do Mangaval;

Importante ressaltar que O Plano Diretor é o instrumento básico da política de desenvolvimento do Município – É a principal lei do município. O Plano Diretor de Infraestrutura Econômica, Social e Ambiental para o Desenvolvimento Sustentável Municipal propõem diretrizes que norteiam os agentes públicos e privados sobre o que deve ou não ser feito no município. Nele são identificadas e delimitadas as estratégias para o desenvolvimento, buscando assim assegurar os direitos fundamentais das pessoas, a sustentabilidade e o atendimento pleno às demandas da população. Toda a comunidade municipal participa do processo, inclusive comunidades rurais e assentados.

Vale ressaltar que os objetivos de Desenvolvimento Sustentável  somente serão alcançados com a participação de toda sociedade no município.

Além disso, as diretrizes desta nova metodologia contratada pelo PNUD e criada por mim, no qual foi contratado, tem por foco os ODS e os Planos Diretores Participativos – PDP são instrumentos para preparar os municípios para implantar os ODS – Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e a Agenda 2030.

ANALISES ECONÔMICAS E PROMOÇÃO DO CONHECIMENTO, cujo objetivo foi: Promover o conhecimento sobre EVI – Economia Verde Inclusivaao tempo em que identificou perspectivas de crescimento econômico no contexto da produção sustentável, com:

  • Criação do Observatório de Empregos Verdes em MT;
  • Avaliação do potencial de geração de emprego e renda em setores econômicos ;
  • Avaliação das necessidades de aprendizagem e instituições de capacitação de MT;
  • Curso de Economia Verde em parceria com IES Públicas;
  • Curso dos ODS para instituições públicas e privadas.

ESTÍMULOS A IMPLANTAÇÃO DA EVI (Economia Verde Inclusiva), cujo objetivo foi: Definir diretrizes e padrões para orientar atividades estratégicas no estado.

  • Implantar padrões de sustentabilidade para a Construção e Reforma de Prédios Públicos no Estado, com foco na eficiência energética e hídrica;
  • Elaborar um quadro regulamentar para compras públicas sustentáveis no Estado;
  • Criar diretrizes de política pública para esverdear a cadeia de suprimentos de produtos da pecuária;
  • Implantação do Selo Verde voltado para a Agricultura Familiar;
  • Implantação de Compras públicas sustentáveis.
  • Economia Verde no Setor de Base Florestal:

Impacto Direto: A Economia Verde no Setor de Base Florestal, trabalho este desenvolvido pela FIEMT – Federação das Industrias do Estado de Mato Grosso, gerou política pública por um modelo de preservação de florestas, cerrados e demais biomas que representam uma nossa possibilidade de Desenvolvimento Sustentável. Assim como promover sinergias e parcerias com a comunidade internacional, com diferentes atores do setor público, privado, empresas, associações, comunidades, trabalhadores, comércio e serviços, inclusive para promoção de construção de casas populares em MLC (Madeira Laminada Colada).

Os produtos da PAGE/MT propuseram Políticas Públicas para a  melhoria do bem-estar humano, com diretrizes para reduzir significativamente os riscos ambientais e os  desequilíbrios ecológicos.

Ressaltando que a Economia Verde é uma alternativa ao modelo econômico dominante que pode ajudar a reduzir as emissões de gases de efeito estufa e a mitigar as mudanças climáticas: Promovendo a transição para fontes de energia de baixa emissão de carbono; Contribuindo para a estabilização do clima global; Reduzindo riscos e escassez ambiental e; Aprimorando o bem estar humano e construindo equidade social.

Assim, baseada na iniciativa existente (PCI – Produzir, Conservar, Incluir e REDD+ (REM Mato Grosso)) e na experiência das cinco  agências, a PAGE/MT se tornou um poderoso instrumento para o Estado avançar na implementação da Economia Verde. Esse esforço se destinou a promover a consciência social, ampliar a oferta de serviços, ao mesmo tempo em que fomentou o desenvolvimento sustentável e a implementação de políticas mais inclusivas, o diálogo entre os diversos stakeholders e as politicas públicas, contribuindo assim para a melhor implementação  das iniciativas de Economia Verde em Mato Grosso.

Desafio implementado: “Promover um crescimento econômico sustentável, inclusivo e continuado, emprego pleno e produtivo e trabalho decente para todos”. (ODS 8 – Assembleia das Nações Unidas – setembro/2015)

Aproveito a oportunidade para parabenizar publicamente a Assistente Executiva (Marcela Gaiva), pelo empenho e dedicação. “Quem sabe faz a hora, não espera acontecer” (Geraldo Vandré: Para não dizer que não falei das flores).

No próximo artigo iremos falar sobre Mato Grosso e aPCI – Produzir, Conservar e Incluir, considerada a maior iniciativa sub-nacional do mundo para mitigar as mudanças climáticas.  Cuja visão é alcançar o desenvolvimento social, ambiental e econômicoatravés do uso sustentável da terra.

Eduardo Cairo Chiletto

ONU – Parceria para Construção de um Mundo mais Justo e Sustentável.


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Em 1945 na Conferência de São Francisco o Brasil foi um dos países fundadores da Organização das Nações Unidas (ONU) e participa ativamente da organização até hoje, defendendo os princípios da ONU, como a paz, a igualdade, a solução pacífica de conflitos e o desenvolvimento sustentável global.

O Brasil possui uma Missão Permanente na ONU na sua sede em Nova York e é um dos maiores contribuintes da ONU em operações de paz. O Brasil possui uma representação fixa na ONU desde 1947 e participa de todas as agências especializadas. A ONU também tem um complexo em Genebra, na Suíça, onde estão centradas ações humanitárias e de emergência climática.

A partir de 1945, refletindo seu compromisso com a diplomacia e a paz, o Brasil passou a ser responsável pela abertura da Assembleia Geral da ONU. E em 1992 na Rio 92 o Brasil sediou a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, deixando um legado sobre o ClimaDesertificação e Diversidade Biológica.

Importante ressaltar que a ONU tem como objetivo alcançar um futuro mais sustentável, acabar com a pobreza, proteger o planeta e garantir paz e prosperidade. E o Sistema das Nações Unidas no Brasil é formado por agências, fundos e programas que apoiam o desenvolvimento sustentável do país.

ONU é extremamente importante no que se refere às questões humanitárias, em todo o mundo e às relações diplomáticas internacionais. É um espaço onde todas as nações do mundo podem se reunir, discutir sobre os problemas, conflitos e buscar soluções que beneficiem toda a humanidade

Em 2012 aconteceu a Rio+20, no Rio de Janeiro/Brasil, uma das maiores conferência da ONU. Na ocasião o mundo falava muito do buraco na camada de ozônio e das consequências para a saúde humana e o meio ambiente. Mas não se falava na questão econômica e o que essa situação poderia acarretar. Mas na Conferência se levantou a questão… e no documento final da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável Rio+20, “O futuro que queremos,  reconheceu a Economia Verde como um canal para a promoção do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza. Na ocasião,  foi feito um apelo às Nações Unidas para que apoiasse os países interessados na transição para economias mais verdes e inclusivas.

E em resposta a esse apelo surgiu a PAGE – Partnership for Action on Green Economy. com o suporte de cinco agências da ONU: o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – PNUD, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente – PNUMA, a Organização Internacional do Trabalho – OIT, a Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial  –  UNIDO e o Instituto das Nações Unidas para Treinamento e Pesquisa UNITAR. Essas 05 agência criaram a PAGE – Partnership for Action on Greeen Economy (Parceria de Ação para uma Economia Verde), com o objetivo de atender às crescentes demandas dos países que procuram desenvolver e implementar estratégias de Economia Verde em seu território. Ademais, cada agência contribuiu com sua expertise para o fortalecimento da Parceria.

Vale ressaltar que a Economia Verde é aquela que resulta em melhoria do bem-estar humano e  igualdade social,  ao mesmo tempo em que reduz significativamente os riscos ambientais e os  desequilíbrios ecológicos. E no ano de 2016 o Estado de Mato Grosso formalizou a parceria com a PAGE, do qual eu fui o Coordenador Nacional de Projetos. Vale ressaltar que até então a PAGE só fazia parceria com países e o Estado de Mato Grosso ou o primeiro estado subnacional do mundo a firmar a parceria com a PAGE.

Durante a 21ª Conferência das Partes da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima – COP 21- em Paris, o Governo de Mato Grosso apresentou as três diretrizes fundamentais que passaram a orientar as suas ações (políticas e projetos): Produzir, Conservar, Incluir – PCI. Essa iniciativa vinculou de forma indissociável o aumento de produtividade com a conservação ambiental e a inclusão social.

A PCI surgiu como uma estratégia intersetorial que visa a expansão e aumento da eficiência da produção agropecuária e florestal, a conservação dos remanescentes de vegetação nativa, a recomposição dos passivos e a inclusão socioeconômica da agricultura familiar, dos povos indígenas e populações tradicionais.

Plano Estratégico para combater o aquecimento global, construído em parceria e consonância com o 2º e 3º setores atuantes em Mato Grosso, visou fortalecer as políticas públicas ao criar sinergia entre iniciativas já existentes e os compromissos assumidos em prol desse objetivo, além de fortalecer o diálogo entre os setores e as várias instituições, buscar a inclusão social por meio da promoção do trabalho decente e dos empregos verdes, bem como promover a conservação do meio ambiente.

A estratégia estadual objetivou aumentar a produção, conservar a floresta e incluir as 105.000 famílias dos assentamentos rurais, populações tradicionais (índios, quilombolas e ribeirinhos,entre outros) e vulneráveis no mercado formal de trabalho, bem como introduzir novas áreas de atuação mais sustentáveis e decentes. 

Nesse sentido, foi possível garantir que Mato Grosso ofereceu grande oportunidade institucional e ambiental para implementar as estratégias apoiadas pela  iniciativa PAGE, na medida que já buscou o desenvolvimento de ações transformadoras voltadas  à construção e fortalecimento de uma Economia Verde.

Como já dito, mas vale repetir, a visão global da PAGE  é a de contribuir para a transformação equitativa e sustentável das estruturas econômicas, com o objetivo de obter a sustentabilidade ambiental, a geração de trabalho decente e a promoção do bem-estar humano.

Muito importante ainda ressaltar que na Rio+20 o evento marcou o início da Agenda 2030 da ONU e seus 17 ODS – Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, que seriam adotados pelos 193 Estados Membros no ano de 2015. A ONU e seus parceiros no Brasil estão trabalhando para atingir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. São 17 objetivosinterconectados que abordam os principais desafios de desenvolvimento enfrentados por pessoas no Brasil e no mundo.

Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável são um apelo global à ação para acabar com a pobreza, proteger o meio ambiente e o clima e garantir que as pessoas, em todos os lugares, possam desfrutar de paz e de prosperidade. Estes são os objetivos para os quais as Nações Unidas estão contribuindo a fim de que possamos atingir a Agenda 2030.

Agenda 2030 é um plano de ação global da ONU para promover o desenvolvimento sustentável até 2030. Governos, sociedade civil, setor privado e cidadãos devem atuar em parceria para colocar em prática os objetivos e metas da Agenda 2030. O plano estabelece 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e 169 metas, com os seguintes objetivos: 

  • Erradicar a pobreza
  • Proteger o planeta
  • Garantir a prosperidade para todos
  • Reduzir as desigualdades
  • Garantir a Ação climática
  • Valorizar a Educação
  • Promover a Saúde
  • Promover a Igualdade de gênero
  • Oferecer Energia acessível
  • Fornecer Água limpa

Através da PAGE o PNUD – Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento fez um levantamento do quanto o PPA – Plano Plurianual do Governo do Estado de Mato Grosso estava alinhado com os ODS – Objetivos do Desenvolvimento Sustentável. E verificou-se que 85% está alinhado, conforme abaixo. Desta forma, foi elaborada uma minuta que foi encaminhada e aprovada pelo governo e já publicada com o objetivo de alinhar 100% do PPA aos ODS até o ano de 2025.

ONU busca proteger o planeta da degradação, sobretudo por meio do consumo e da produção sustentáveis, da gestão sustentável dos seus recursos naturais e tomando medidas urgentes sobre a mudança climática, para que ele possa suportar as necessidades das gerações presentes e futuras.

E em Novembro/2025 o Brasil sediará a COP30 – Conferência das Partes – em Belém no Estado do Pará, para discutir, entre outros, o financiamento climático e a proteção das comunidades mais vulneráveis. O que reforçará o papel do Brasil como protagonista na busca do Desenvolvimento Sustentável e a importância de preservar as florestas.

Entretanto, percebe-se que, de forma equivocada, o governo está derrubando árvores na Amazônia para construção de rodovia para acesso à COP30, notícia que já está repercutindo no mundo. Segundo o Ibsustentabilidade, além da rodovia outras áreas estão sendo desmatadas para ampliação de uma avenida. O projeto, que envolve a duplicação e o prolongamento da rua da Marinha em Belém, recebeu autorização estadual para desmatar com perda de 64 espécies sendo 5 de maior importância ecológica e 2 integrantes da lista de espécies da flora ameaçadas de extinção.

Além disso, essa obra pode afetar a fauna local, que abriga 133 espécies de mamíferos, incluindo primatas. Ou seja, o governo do Pará segue com uma obra ligada à COP30 que impacta até mesmo espécies ameaçadas de extinção. Segunda o Folha de São Paulo, a obra foi licenciada pelo governo estadual, mesmo com apontamentos de que a responsabilidade seria municipal. O Ministério Público tentou suspender a construção, mas a decisão foi revertida pela Justiça, permitindo a continuidade dos trabalhos. O que me faz questionar: Em vez de impactar o meio ambiente, porque não foram tomadas medidas 100% sustentáveis para atender o evento?

E como já escrito no artigo “Dicionário do Clima (Parte 02)” sobre a COP30… “O local foi escolhido por estar inserido na Amazônia, um dos biomas mais importantes para o equilíbrio climático no mundo. E os principais temas incluem: 1. Redução de emissões de gases de efeito estufa. 2. Adaptação às mudanças climáticas. 3. Contribuição dos países ricos ao financiamento do clima”.

Segundo Ciclovivo, ter árvores no nosso caminho, na nossa vizinhança em nossas casas e nas ruas e praças, ajuda a manter a saúde física e mental em dia, conforme segue: 1. Saúde e Bem Estar – O acesso a espaços verdes alivia o stress, estabiliza a pressão arterial, alivia a ansiedade e a depressão; 2. Menos Calor – para combater ilhas de calor urbanas, plantar e conservar árvores é uma solução natural. Elas podem baixar a temperatura em até 7 graus celsius; 3. Ciclo de Água – As árvores funcionam como guarda-chuva gigantes; 4. Desenvolvimento Saudável – A conexão com a natureza é fundamental para crianças e adolescentes que estão em fase de desenvolvimento. É uma verdadeira aula de Educação Ambiental; 5. Mais Vida – Além da humanidade, as cidades abrigam milhares de espécies da flora e fauna e precisamos desta biodiversidade; 6. Ar Mais Puro – O verde nas cidades é fundamental para que possamos respirar um ar mais puro; 7. Lazer e Diversão – Subir em árvores, brincar com folhas e flores, fazer uma trilha e um piquenique são atividades que os espaços verdes garantem; 8. Justiça Ambiental e Igualdade – As áreas mais “nobres” tendem a ser mais arborizadas levando qualidade de vida a todos os cidadãos.

Vale ressaltar que o desmatamento é uma das atividades que mais emite gases de efeito estufa no Brasil. A Amazônia tem um papel fundamental na regulação do clima global. No Brasil 61% das emissões de gases de efeito estufa (GEE) vem da mudança no uso do solo e no desmatamento, segundo o IPAM Amazônia.

Importante lembrar que a Conferência das Partes (COP) tem como objetivo principal reduzir as emissões de gases de efeito estufa, encontrar soluções para problemas ambientais e negociar acordos. Entre os resultados das COPs estão o Protocolo de Kyoto e o Acordo de Paris. O Protocolo de Kyoto é um tratado para reduzir as emissões de gases de efeito estufa. O Acordo de Paris tem como objetivo fortalecer a resposta à ameaça da mudança do clima. 

Segundo o PNUD – Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, ter um compromisso com a natureza é uma maneira de garantir que todos tenham um planeta saudável. E os objetivos da COP – Conferência das Partes, como já dito, são encontrar soluções para o aquecimento global, reduzir as emissões de gases de efeito estufa e adaptar as sociedades aos novos padrões climáticos

Um novo relatório da World Meteorological Organization confirmou que 2024 foi o ano mais quente nos últimos 175 anos de registro observacional. Embora um único ano acima de 1,5 ° C de aquecimento não indique que as metas de temperatura de longo prazo do Acordo de Paris estejam fora de alcance, é um alerta. Cada fração de grau de aquecimento global é importante. 2025 é um ano crítico para a ação climática.

Segundo o Mestre Templário Dom Albino Neves (Caminho da Luz): “Vivemos em um período da humanidade em que os que aqui chegaram, de certa forma, pressentem que algo está para acontecer e que esse algo pode até trazer como resultado a extinção da raça humana, como aconteceu com a extinção dos dinossauros, ou mesmo o seu vagar, para adquirir a consciência da necessidade da construção de um mundo novo. Possivelmente este seja um dos mistérios do arrebatamento anunciado nas Escrituras Sagradas“.

Segundo Nelson Mandela: “É tão fácil quebrar e destruir. Os heróis são aqueles que fazem a paz e constroem”. E volto a dizer: “Quem sabe faz a hora, não espera acontecer” (Geraldo Vandré: Para não dizer que não falei das flores).

A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo“(Nelson Mandela).

Eduardo Cairo Chiletto