7 de novembro de 2024

Wilson diz já ter apoio de 12 deputados para derrubar a proibição da pesca


Fernanda Leite

Repórter | Estadão Mato Grosso

O deputado estadual Wilson Santos (PSD) disse nesta quinta-feira, 31 de outubro, que já conta com o apoio de 12 deputados para aprovar o projeto que derruba a Lei do Transporte Zero. O texto que tramita na Assembleia Legislativa é um substitutivo integral apresentado por Wilson em um projeto proposto por deputados bolsonaristas durante o período eleitoral.

Na sessão do último dia 24 de outubro, os deputados estaduais debateram o projeto de lei 1.669/2024, proposto por aliados do prefeito eleito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL). Inicialmente, foi divulgado que o texto serviria para anular a Lei do Transporte Zero. Porém, uma análise aprofundada do projeto apontou que ele acabaria apenas com a lei que permitiu a pesca de 12 espécies, resultando na proibição total da pesca nos rios de Mato Grosso.

- FIQUE ATUALIZADO: Entre em nosso grupo do WhatsApp e receba informações em tempo real (clique aqui)

- FIQUE ATUALIZADO: Participe do nosso grupo no Telegram e fique sempre informado (clique aqui)

Wilson contou que a Comissão Especial do Observatório da Pesca, em sua primeira reunião, ouviu vários empresários do setor de comércio de artigos para pesca e do setor hoteleiro, além de representantes de comunidades de pescadores. Na reunião realizada na última quarta, 30, os empresários relataram várias dificuldades após o início da vigência do Transporte Zero.

"Tivemos uma reunião do Observatório da Pesca [.....], e por 3h ouvimos os setores envolvidos. E na segunda quinzena ouviremos o seguimento da pesca, quem sabe a Confederação Nacional da Pesca, a Sema, o governador Mauro Mendes (União) e outros. E com relação ao projeto apresentado pelos deputados Faissal Calil, Gilberto Catanni e Sebastião Rezende, ainda está tramitando com substituitivo de pauta, porque do jeito que apresentaram piorava a situação do pescador, porque anulando esta [lei] valeria a anterior proibindo 100% do transporte. Não creio que foi maldoso a atitude deles, mas agora vamos anular as duas leis para que volte o status anterior e devolva o direito do pescador profissional de exercer a profissão dele", comentou o parlamentar.

 

VEJA VÍDEO:


Hidrelétricas e monoculturas ameaçam de extinção primatas amazônicos em Mato Grosso

 


Impactos desses empreendimentos geram consequências biológicas, sociais e culturais irreparáveis para diversas espécies. 

Publicidade

Hidrelétricas e monoculturas ameaçam de extinção primatas amazônicos em MT (Fotos: ICMBio)

O desmatamento crescente na região amazônica, impulsionado principalmente pela expansão de monoculturas e da pecuária, pela ampliação da malha rodoviária e pela instalação de hidrelétricas, é considerado uma das principais ameaças aos primatas em risco de extinção em Mato Grosso. É o que revela o Plano de Ação Nacional para a Conservação (PAN) dos Primatas Amazônicos, elaborado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

Conforme explica o documento, os impactos desses empreendimentos geram consequências biológicas, sociais e culturais irreparáveis para diversas espécies. “Os impactos decorrentes da migração de trabalhadores e de pessoas em busca de oportunidades acabam por aumentar significativamente a população local, a expansão urbana desordenada, a exploração dos recursos naturais e, consequentemente, a caça”, afirmam os pesquisadores.

Coatá-da-testa-branca (Foto: ICMBio / Juliana Gonçalves)

O primeiro ciclo do plano, que esteve em vigor até o ano passado, apontou que quatro espécies de primatas estão seriamente ameaçadas em Mato Grosso. De acordo com o PAN, que tem como objetivo reduzir ou mitigar as ameaças à fauna em risco de extinção, o coatá-de-testa-branca, também conhecido como macaco-aranha, está em uma das situações mais críticas. No estado, essa espécie, que corre um risco muito alto de extinção na natureza, pode ser encontrada no Parque Estadual do Cristalino.

Segundo o ICMBio, a espécie sofreu um declínio populacional de pelo menos 50% ao longo de 45 anos. Sua área de ocorrência coincide com a região conhecida como arco do desmatamento, considerada por ambientalistas como crítica na Amazônia, onde a floresta sofre intensa pressão de desmatamento, principalmente devido à pecuária e à monocultura de soja. O “arco” abrange áreas que vão do norte do Maranhão até o Acre, passando por Mato Grosso, Rondônia e sul do Pará.

Macaco-barrigudo (Foto: Renata Azevedo)

Além do coatá-de-testa-branca, o PAN destaca outra espécie de primata em grande perigo no estado: o macaco-barrigudo, cuja primeira catalogação foi em 1812. O ICMBio suspeita que a espécie vem sofrendo uma redução populacional de pelo menos 30% em três gerações, cerca de 45 anos. “Essa redução tem ocorrido em decorrência da intensa caça, inclusive em Terras Indígenas”, aponta o órgão.

Há ainda outras duas espécies ameaçadas, embora em situações menos graves. Entre elas está o guariba-de-mãos-ruivas, classificado como “vulnerável”, ou seja, com elevado risco de extinção na natureza em um futuro próximo, caso as condições que ameaçam sua sobrevivência e reprodução não melhorem.

Em Mato Grosso, essa espécie tem registro de ocorrência na RPPN Lote Cristalino, no município de Alta Floresta (a 790 km de Cuiabá). Ela foi considerada vulnerável à extinção pela Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (2008) e pela Lista Nacional Oficial de Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção (2014). Na mesma situação encontra-se também o macaco-aranha-da-cara-preta.

Guariba-das-mãos-ruivas e macaco-aranha-da-cara-preta (Fotos: Ricardo Soares e Renata Azevedo)

Execução do PAN

Realizado entre 2017 e 2023, o primeiro ciclo do PAN dos Primatas Amazônicos não alcançou todas as metas traçadas. Pesquisadores envolvidos no projeto apontam que o período foi marcado por um cenário desfavorável para o meio ambiente, com políticas públicas que não priorizaram a Amazônia. Entre os fatores que limitaram o sucesso do PAN estão a redução da representatividade ambiental no Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), a paralisação na criação de Unidades de Conservação (UCs), a falta de renovação de recursos humanos e cortes em bolsas e financiamentos para projetos.

Além disso, a desmobilização social das comunidades amazônicas e o aumento da pressão sobre os recursos naturais intensificaram os desafios. O período também registrou uma elevação nos focos de incêndios florestais, o que agravou a perda de habitat e colocou em risco a sobrevivência dos primatas amazônicos.

COMENTE ABAIXO:

Se toca meu irmão - NOVEMBRO AZUL - Previna - se !


 

*Convite para Participação em Pesquisa sobre Turismo Sustentável*

Prezado(a) participante,

Convidamos você a participar de um estudo sobre *turismo sustentável no contexto organizacional*. Sua opinião nos ajudará a avaliar as práticas e impactos do turismo sustentável, considerando as dimensões econômica, sociocultural e ambiental.

O questionário é *confidencial* e não solicita informações que possam identificá-lo(a). As respostas serão usadas exclusivamente para fins acadêmicos e analisadas de forma agregada.

O preenchimento leva aproximadamente *9 minutos*. Em caso de dúvidas, entre em contato pelo e-mail wander@unir.br. 

*Como agradecimento*, você poderá participar do sorteio de um *smartphone* de 256 GB, 8 GB + 8 GB de RAM e câmera traseira de 108 MP. Basta completar o questionário e seguir as instruções ao final.

_Agradecemos sua participação!_

TURISMO EM FOCO IGR Amazônia Mato-grossense é consolidada e engloba 6 municípios


Arquivo Sedec

A IGR Amazônia Mato-grossense é uma associação sem fins lucrativos que reúne a participação de seis municípios limítrofes, além de organizações do terceiro setor e empresas privadas

Na tarde de ontem segunda-feira(04), ocorreu o 8º Encontro da IGR (Instância de Governança Regional) Amazônia Mato-grossense, realizado por meio de uma reunião online com empresários e representantes do poder público de cinco dos seis municípios que compõem a instância.

Durante o encontro, foi anunciada a institucionalização da IGR Amazônia Mato-grossense, que deixa de ser um fórum de turismo e passa a ser reconhecida oficialmente como uma associação, sendo essa, uma conquista de suma importância para o desenvolvimento da região, visto que o CNPJ da mesma não exigirá carência para a captação e a execução de recursos, além da discussão de temas relevantes, como o planejamento e as ações executadas pela IGR durante o ano de 2024.

As cidades participantes foram Alta Floresta, Paranaíta, Carlinda, Apiacás e Nova Monte Verde, enquanto Nova Bandeirantes esteve sem representantes. O evento contou também com a presença de Diego Orsini, da Sedec (Secretaria de desenvolvimento do Estado), e Marina Marquezine, consultora do Sebrae – MT.

A IGR Amazônia Mato-grossense é uma associação sem fins lucrativos que reúne a participação de seis municípios limítrofes, além de organizações do terceiro setor e empresas privadas que atuam de alguma forma no turismo, incluindo hotéis, bares, restaurantes, pousadas, agências de viagens e similares. Sua finalidade é promover melhorias em nível regional, relacionadas ao setor.

Conforme Diego, da Secretaria de Desenvolvimento do Estado (Sedec), a gestão da associação pela iniciativa privada é exatamente o que se espera de uma entidade desse tipo. O conselho administrativo da IGR é presidido pelo senhor Marcelo Basílio, representante da Telles Pires Lodge, localizada em Apiacás.

A vice-presidência é ocupada pela senhora Viviana Biondi, proprietária da pousada Fazenda Anacã, em Alta Floresta, enquanto a secretária-executiva é Adriana Conde Cuissi, do Recanto Toca do Tatu, em Carlinda. O vice-secretário é Sandro Paukoski, da Pousada São Benedito.

O encontro foi encerrado com a programação de uma reunião presencial marcada para o próximo dia 12, às 14h, no IFMT, Campus Alta Floresta. Todos os representantes do setor estão convidados e serão convocados a comparecer e prestigiar a palestra de Diego Orsini, que abordará a temática.

“A importância das IGRs no desenvolvimento do turismo”. Além disso, a consultora especializada do Sebrae, Marina Marchezine, que acompanha o trabalho de diversas associações desse tipo no estado, fará uma apresentação sobre os desafios, oportunidades e conquistas da região da Amazônia Mato-grossense no contexto do projeto dos agentes de roteiros turísticos.

Fonte: Viviana Anália Biondi

6 de novembro de 2024

Fazendas a venda em Mato Grosso Surpreende

 

Número de fazendas à venda no Estado de Mato Grosso surpreende Escrito por Compre Rural 5 de novembro de 2024 - 14h23 Atualizado em 5 de novembro de 2024 - 14h28 Foto: Maury Dorta Com grande número de fazendas à venda em plataformas digitais, alguns municípios matogrossenses chegam a ter cerca de 30% do território disponível para compradores interessados O Mato Grosso tem chamado a atenção por conta da quantidade de anúncios de fazendas à venda, o que sinaliza aumento de oferta em áreas tradicionalmente de pecuária de corte e corrobora com as mudanças no mercado de terras. A tendência foi verificada pelo Chaozão, portal especializado em anúncios de propriedades rurais. Segundo levantamento feito pela agrotech, alguns municípios do Estado exibem um número elevado de ofertas de fazendas. Dentre eles, se destaca Cocalinho, que conta com 16.538,832 km², e está com 30% do seu território anunciado na plataforma para venda. As fazendas são de aptidão para pecuária de corte. Outro é Primavera do Leste: 23% do município de 5.472,207 km² está pronto para receber novos proprietários. Em terceiro lugar fica Paranatinga, com 13% dos seus 24.177,568 Km² na mesma situação. Neste caso, as fazendas são de dupla aptidão (pecuária e/ou lavoura). Clique aqui para seguir o canal do CompreRural no Whatsapp “O movimento está relacionado às significativas mudanças na dinâmica do mercado de terras no Estado, sejam por conta dos tipos e formas de explorações agropecuárias, do movimento de sucessões familiares a até da ‘saúde’ da propriedade rural”, afirma a engenheira agrônoma Renata Apolinário, Diretora Operacional do Chaozão e responsável pela pesquisa. Ela explica que nessas regiões as características de solo, regularidade de chuvas, aptidão e questões ambientais limitam o uso da propriedade rural. “O Mato Grosso possui diversos tipos de solo e perfis de exploração para agropecuária. Existem ótimas regiões em termos de produtividade e desenvolvimento, mas também outras com muita areia e mais isoladas, com poucos recursos e estrutura”, observa. No caso do Pantanal, a compra e venda de propriedades rurais se limita ao povo local, que já conhece o sistema e o manejo. Com a pressão por aumento de produtividade diante de um mercado cada vez mais competitivo, não há mais espaço para terras de pastagens degradadas ou mal manejadas. Ainda mais diante da crescente concentração de terras nas mãos de grandes grupos e fundos de investimento, buscando explorar o potencial da agricultura em escala. Assim, a tendência é de que terras de pecuária menos produtivas sejam vendidas por pequenos e médios pecuaristas que não conseguem competir com esses grandes investidores, ou que preferem capitalizar suas propriedades para outros fins. A agricultura, especialmente a produção de grãos, tem avançado sobre áreas antes dedicadas exclusivamente à pecuária. “Aquelas que apresentam menor capacidade de suporte animal e baixo retorno financeiro, são colocadas à venda por proprietários que não conseguem ou não querem investir na recuperação dessas áreas. Assim, terras que não têm viabilidade imediata para esse tipo de transição, ou que requerem altos custos para adequação, acabam sendo colocadas à venda por valores mais acessíveis”, explica o especialista em pecuária, Rostyner Pereira Costa. Outro ponto importante é que assim como a oferta tem sido crescente, a demanda tem se tornado mais seletiva, pois investidores e possíveis compradores de terras estão cada vez melhor assessorados na escolha de uma propriedade rural. São estudados todos os fatores do imóvel, tais como o solo, clima, benfeitorias, região, tipo de exploração, logística e valorização do patrimônio imobilizado, para definir uma compra. “Todo comprador quer terra com solo saudável, com água disponível, com aptidão estruturada e pronta para produzir. Em cenário ideal, por exemplo, os agricultores querem solo com 40% para mais de argila, índice pluviométrico de 1.800 para mais e regularidade nas chuvas, topografia plana e alta produtividade. O que não está tão disponível no mercado”, alerta Renata Apolinário. O especialista em pecuária destaca ainda a questão da sucessão no agronegócio e a necessidade de reestruturações financeiras que intensificam a onda de vendas. “Terras de pecuária de qualidade mais baixa são as primeiras a serem negociadas. Devemos ainda lembrar que vivemos um cenário de alta taxa de juros e incerteza econômica e política, o que provoca a fuga de muitos investidores do Brasil”, conclui. Quer ficar por dentro do agronegócio brasileiro e receber as principais notícias do setor em primeira mão? Para isso é só entrar em nosso grupo do WhatsApp (clique aqui) ou Telegram (clique aqui). Você também pode assinar nosso feed pelo Google Notícias Não é permitida a cópia integral do conteúdo acima. A reprodução parcial é autorizada apenas na forma de citação e com link para o conteúdo na íntegra. Plágio é crime de acordo com a Lei 9610


Leia mais em: https://www.comprerural.com/fazendas-a-venda-surpreende-no-estado-de-mato-grosso/