8 de outubro de 2023
7 de outubro de 2023
Quanto o país ganharia ao deixar a Amazônia se regenerar? Estudo responde
— É um trabalho teórico, mas envolvido em muito conhecimento empírico, que movimentou um volume de dados tal que precisamos incorporar na equipe um cientista da computação —me disse Scheinkman, de Nova York.
— A Amazônia vive essa combinação: emite muito, tem muito desmatamento e esse desmatamento está ligado a uma pecuária de baixa produtividade. A produtividade da pecuária na Amazônia ficou estagnada entre os censos agropecuários de 2006 e 2017. Simultaneamente, a Amazônia tem alta capacidade de restauro pela regeneração da floresta — explica Juliano Assunção, do Rio de Janeiro.
O prêmio Nobel de Economia Lars Hansen participou dos estudos originais. A pergunta básica foi a que preço da tonelada de carbono é mais negócio deixar a floresta se refazer do que criar gado. Hoje, na Europa, a tonelada de carbono é comercializada a US$ 90.
Em torno de 21% da Amazônia está desmatada e 90% desse total é ocupado pela pecuária. Isso cria uma situação contraditória: a Amazônia tem 9% do PIB brasileiro e 50% das emissões de gases de efeito estufa.
O que Scheinkman e Assunção querem com o estudo, que faz parte do Amazônia 2030, é mostrar que o mecanismo de carbono têm a capacidade de mudar o destino da floresta. Chamam também a atenção para o fato de que a escala da qual falam, de possibilidade de financiamento, é muito maior do que tudo o que foi dito até agora.
Só esses dados já mostram a falta de sentido do projeto aprovado ontem no Senado e que vai para a Câmara para regular o mercado de carbono no Brasil. Por pressão da bancada ruralista, o setor agropecuário foi retirado desse mercado. O engenheiro florestal Tasso Azevedo, numa rede social, explicou o contrassenso de excluir a agropecuária, setor responsável por 75% das emissões. Disse que o mercado brasileiro poderia ser um dos mais avançados do mundo, mas “nasceu fadado a ser nanico”.
Os dois economistas não estão falando de mercado, mas de negociação entre o Brasil e outros países para obter remuneração pela conversão de pastos em florestas. Significaria reduzir drasticamente o gado na Amazônia.
— A área ocupada com o gado que é hoje de 15% pode cair para 4% com uma pecuária mais produtiva — explica Juliano.
O mercado de carbono no mundo pode ser regulado ou voluntário. O regulado é o que se tem na Europa, em que as empresas têm cotas de emissão. Se excederem compram de quem emitiu menos. E existe o voluntário, de iniciativa das grandes empresas.
— O grande problema do mercado de carbono hoje em dia é que ele é altamente fragmentado. Você pode comprar crédito de carbono na Europa, na Califórnia ou em outros estados. Nos Estados Unidos é por estado, ainda mais fragmentado. Isso é uma maneira muito ineficiente de combater a mudança climática. Para a atmosfera tanto faz se o carbono vai da China, do Brasil ou dos Estados Unidos. Não basta reduzir as emissões, é preciso capturar carbono da atmosfera e isso é feito pela floresta na sua regeneração — afirma Scheinkman.
— O potencial que a gente estima é a de captura de 16 gigatoneladas, ou 16 milhões de toneladas de carbono. A US$ 20, estamos falando de US$ 320 bilhões. Mas esse valor é piso. Se for US$ 40 a tonelada são US$ 640 bilhões. A gente está falando de algo de trilhões de reais. Totalmente em outra escala do que se falou até agora — diz Juliano.
Scheinkman lembra que tem outra conta a ser considerada: se nada for feito e o Brasil continuar desmatando como atualmente, o país emitirá 32 gigatoneladas de carbono em 30 anos. Isso significa que trocar a pecuária improdutiva pela volta da floresta, pouparia 48 milhões de toneladas de gases de efeito estufa. É a soma do que o Brasil deixaria de emitir, ao parar o desmatamento, com o que retiraria da atmosfera com a regeneração da floresta. Essa diferença pode selar não apenas o nosso destino, mas o destino do mundo. https://oglobo.globo.com/blogs/miriam-leitao/coluna/2023/10/quanto-o-pais-ganharia-ao-deixar-a-amazonia-se-regenerar-estudo-responde.ghtml
RODOVIA DA INTEGRAÇÃO Entenda o trajeto da nova estrada entre Cuiabá e Chapada dos Guimarães
Primeiros quilômetros da rodovia foram licitados, a obra será tocada pela construtora Nhambiquaras LTDA por R$ 8 milhões
LÁZARO THOR
Da Redação
Midiajur
A possibilidade de encurtar o caminho em 36 quilômetros até a turística e amena cidade de Chapada dos Guimarães é a maior novidade oferecida pela MT-030, chamada de "Rodovia da Integração".
Pensada para substituir a MT-251, a Rodovia Emanuel Pinheiro, a MT-030 aproveitará o trajeto de um antigo caminho entre Cuiabá e Chapada dos Guimarães, conhecido como "Estrada Velha".
Os primeiros passos para a construção da rodovia já foram dados. O governo estadual licitou um trecho de 4,6 quilômetros no fim do perímetro urbano de Cuiabá até a Ponte de Ferro, sobre o rio Coxipó, sentido Coxipó do Ouro.
Leia mais:
Cidade de Chapada dos Guimarães possui 17 nascentes sob risco
A construtora vencedora da licitação foi a Nhambiquaras LTDA e o valor total do contrato é de R$ 8.278.025,16. O prazo de conclusão é de 180 dias. A previsão para que a estrada esteja pavimentada e concluída até o trecho da Ponte de Ferro é fevereiro do próximo ano.
A empolgação com o novo trajeto é tamanha que na última quinta-feira (5) o deputado estadual Ondanir Bortolini, o Nininho (PSD), realizou audiência pública para debater a rodovia. Nininho foi um dos primeiros a comentar sobre o projeto da nova estrada e a divulgar o trecho.
Entenda o novo trajeto
Com base nas informações repassadas pelo parlamentar até aqui, no edital de licitação e no termo de referência da contratação é possível indicar o trajeto da MT-030 ou "Rodovia da Integração".
No início, o trecho segue o trajeto da Estrada da Ponte de Ferro, seguindo no sentido da região do Coxipó do Ouro. O asfaltamento deste trecho foi licitado pela Secretaria de Estado de Infraestrutura em 2022. No entanto, a empresa vencedora não executou a obra e, após diversas notificações, o contrato foi rescindido.
Após atravessar a Ponte de Ferro e o Rodoanel, a rodovia seguirá até o trecho onde encontra o linhão da usina do Rio da Casca. A rodovia segue paralela ao linhão, na chamada Estrada Velha, passando por área de mineração da Comunidade Rio dos Médicos.
Veja no mapa os pontos de referência por onde deve passar a rodovia:
Neste ponto, o trajeto é perpendicular a Trilha Tope de Fita, antigo trajeto utilizado por bandeirantes no século XVIII para chegar até Serra Acima, como era conhecida Chapada dos Guimarães. Séculos depois a trilha também foi utilizada por tropeiros. Até hoje o caminho histórico possui calçamento de pedra feito por escravos.
Após esse trecho, entre a Comunidade Rio dos Médicos e a Trilha Tope de Fita, a rodovia "sobe" a serra, passando próxima de pousadas e pontos turísticos. O trecho não atravessa a área do Parque Nacional de Chapada dos Guimarães, o que pode facilitar o licenciamento ambiental.
Por fim, a Rodovia da Integração se conecta a MT-251 (única ligação atual entre Cuiabá e Chapada) na altura da Subestação de Energia do município de Chapada
NANICA em Cuiabá saibam o que é e confiram !
Promoção do final de semana
NANIBOX com 6 fatias 130.00
Com 4 fatias 90
Sabores
Banoffee
Manoffee
Nutella
Mineiro de botas
Uvoffee
2musse
Maracollattee
Limonanda de coco
Av. São Sebastião, 2324 - Goiabeiras, Cuiabá - MT, 78045-400
6 de outubro de 2023
Curso de capacitação em turismo rural qualifica técnicos e fomenta cadeia produtiva em MT
06 de Outubro de 2023 às 16:12
Mais duas oficinas serão realizadas ainda este ano e irá contemplar as regionais de Barra do Garças, São Félix do Araguaia e Rondonópolis e no mês de novembro será com os técnicos das regionais de Alta Floresta, Juína e Sinop

Com a participação de 25 técnicos dos escritórios regionais de Cáceres, Cuiabá e Barra do Bugres - que aprenderam sobre a importância de como identificar os tipos de atrativos rurais, a importância dos meios de hospedagens e alimentação, a sinalização turística, administração dos empreendimentos, entre outros.
A primeira edição do curso aconteceu no distrito da Roda D´Água, na Estância da Mata de propriedade do empreendedor Ademar Rodrigues dos Santos. Foi ministrada pelo técnico da Empaer e especialista em turismo rural, Geraldo Donizete Lúcio que destacou ainda os aspectos legais ambientais, sanitários e de segurança. As linhas de crédito, noções gerais da implantação de roteiros turísticos integrados, com produção associada, exemplo a caminhadas na natureza, o planejamento e elaboração de projetos e a visita técnica orientada.
Segundo Geraldo, a capacitação continuada irá contemplar as nove regionais do estado, com a participação de 10 técnicos por região. “A ideia é que cada técnico será multiplicador e saiba atender as demandas de projetos de fomento da cadeia produtiva do turismo rural no seu município ou região”.
O técnico reforça que o turista que opta por descansar em um ambiente rural, busca tranquilidade, paz e contato com a natureza. Nesse espaço, ele tem a oportunidade de entrar em contato com a vida do homem do campo, sua cultura, comidas típicas e costumes.
“O dono da propriedade pretende, ao oferecer esse serviço, diversificar as atividades, agregando valor aos seus negócios e, consequentemente, aumentando a renda. Para isso, precisa oferecer um serviço de hospedagem de boa qualidade, com mão-de-obra capacitada”.
Geraldo reforça que as pequenas empresas turísticas desse meio, operam com uma estrutura reduzida de pessoal, dando preferência para utilização de mão de obra familiar ou da comunidade. “É assim que a atividade apresenta suas peculiaridades”.

O curso
Na quinta-feira (05), o curso contou com a presença da diretora de Ater, Denise Ávila Guterrez e do coordenador regional de Cuiabá, Isaias Ribeiro de Oliveira que participaram da visita técnica.
No enceramento, foi lançado um desafio junto aos técnicos para elaborarem um projeto para início de execução em três meses. No período de um ano, apresentar o resultado parcial ou final da iniciativa. Em continuidade, o curso irá oportunizar uma ação continuada com outros módulos, intercâmbio e missões técnicas estaduais e interestaduais.
Na programação, mais duas oficinas serão realizadas nos meses de outubro e novembro. As próximas acontecem nas regionais de Barra do Garças, São Félix do Araguaia e Rondonópolis na segunda quinzena de outubro e, no mês de novembro, nas regionais de Alta Floresta, Juína e Sinop. Também auxiliaram na logística do curso, as técnicas da Empaer: Ellen Costa e Renilce Cristina

Pequenos empreendedores do Centro-Oeste terão acesso a microcrédito para financiar produção

Sudeco aprovou proposta do MIDR que autoriza a criação de uma linha de microcrédito, com recursos do FCO. O foco são empreendedores urbanos e rurais com renda bruta anual de até R$ 360 mil (Foto: Dênio Simões/MIDR)
Medida proposta pelo MIDR foi aprovada nesta quinta-feira pela Sudeco. Foco são empreendedores urbanos e rurais com renda bruta anual de até R$ 360 mil
Brasília (DF) – Pequenos empreendedores e agricultores familiares da Região Centro-Oeste irão contar, em breve, com mais facilidades para produzir e gerar emprego e renda. Nesta quinta-feira (6), o Conselho Deliberativo da Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco) aprovou proposta do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) que autoriza a criação de uma linha de microcrédito, com recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO). O foco são empreendedores urbanos e rurais com renda bruta anual de até R$ 360 mil.
“O microcrédito tem sido uma prioridade do Governo Federal. O próprio presidente Lula tem chamado os bancos públicos, as agências de desenvolvimento regional, as superintendências e os Ministérios, em sua transversalidade, para assumir essa responsabilidade”, apontou o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes. “Esta é uma proposta feita por nós, do MIDR, que vai trazer benefícios diretos para a região, tanto na geração de renda quanto de postos de trabalho”, completou.
Outra proposta apresentada pelo MIDR e aprovada nesta quinta-feira é a criação de uma linha de crédito, também com recursos do FCO, voltada à irrigação e drenagem. “O Brasil tem um potencial de 55 milhões de hectares para irrigar, dos quais apenas 8,5 milhões são irrigados. Isso significa que temos muito a crescer, tanto na geração de emprego quanto na produção de alimentos, para ajudar fortemente no crescimento do Brasil”, apontou Góes. “E essa linha de financiamento será essencial nesse processo”, observou.
Plano de desenvolvimento
O Conselho da Sudeco aprovou, também, o Plano Regional de Desenvolvimento do Centro-Oeste (PRDCO) para o exercício de 2024 a 2027. Agora, a Sudeco irá transformar o plano em uma minuta de lei, que deve ser apreciada pelo Congresso Nacional até o fim de agosto deste ano.
“Essa foi uma grande conquista. Hoje, os conceitos são diferentes do que eram há 20 anos. Estamos comprometidos com a agenda ambiental, das mudanças climáticas, de produção de baixas emissões, da bioeconomia. É importante enxergar isso ao pensar e elaborar as políticas públicas que temos a responsabilidade de fazer”, finalizou o ministro.
Além das propostas apresentadas pelo MIDR e do PRDCO, outras iniciativas também foram aprovadas na reunião do Conselho da Sudeco. Uma delas cria condições favoráveis de carência, prazo e limite para financiamentos concedidos a empreendimentos controlados e dirigidos por mulheres. A medida é válida para todas as linhas de financiamento com recursos do FCO.
“É muito importante frisar que as proposições aprovadas vão impactar positivamente a vida de muita gente. Esse crédito para mulheres empreendedoras, por exemplo, era um pedido antigo das empreendedoras do Centro-Oeste”, afirmou a superintendente da Sudeco, Rose Modesto. “São pautas importantes que vão fazer com que sejamos uma região de mais oportunidades de emprego e renda para combater as desigualdades”, completou.
Também foram aprovados nesta quinta-feira a alteração do prazo para início dos desembolsos financeiros por parte das empresas financiadas pelo FCO; o financiamento de animais de serviços, exceto equinos, para a atividade de pecuária de corte e leite; e a alteração dos prazos de pagamento para capital de giro dissociado por Microempreendedor Individual (MEI), entre outros.





























































