17 de outubro de 2021

ProEco: consumir de forma sustentável é pensar no futuro.

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Consumir de forma sustentável é pensar no impacto que cada escolha traz ao meio ambiente, sociedade e até às finanças. Pensando nisso, a Unimed Cuiabá, por meio do setor de Sustentabilidade, criou o Programa de Economia e Sustentabilidade (ProEco), no âmbito da Cooperativa que busca a conscientização e adesão a boas práticas de consumo.

No mês de outubro o foco do programa é o consumo sustentável, celebrado ontem dia 15. Entre as ações já realizadas que impactam no consumo estão a sensibilização de clientes, colaboradores e cooperados a preservação do meio ambiente, economia da água, combate à poluição e ao reflorestamento. A Singular Cuiabana realiza ainda coleta seletiva, reaproveitamento de papel, campanha interna para evitar impressões desnecessárias, economia de energia e água.

Aderir ao consumo consciente requer um olhar mais atento à origem dos produtos e serviços que consumimos. “O consumo consciente se trata da soma de pequenas atitudes”, ressalta a diretora administrativo financeiro da Unimed Cuiabá, dra. Suzana Palma.

A médica reforça ainda que a ação sempre parte do objetivo de causar o menor impacto negativo possível no meio ambiente e na qualidade de vida. “Na prática o consumo sustentável engloba o planejamento das compras, seu propósito e motivação e isso se estende a tudo: móveis, roupas, calçados, bolsas. Além da reutilização de embalagens, descarte de materiais eletrônicos evitando que ele seja feito com outros tipos de lixo, economia de energia, ao desligar a luz dos ambientes e evitar banhos demorados”, explica.

Para quem deseja aderir a esse importante conceito de vida, preparamos nove dicas simples para começar hoje mesmo.

Lista de compras: Elas facilitam a ida ao mercado, além de ajudar a organizar melhor o orçamento e a ir diretamente até os produtos que são realmente necessários.

*1. Lista de compras:* Elas facilitam a ida ao mercado, além de ajudar a organizar melhor o orçamento e a ir diretamente até os produtos que são realmente necessários.

*2. Reaproveite e recicle:* Alimentos, potes, caixas de leite e outros itens podem virar porta joias, bolsas e porta objetos. Para isso use a imaginação e até uma ajudinha da internet vale. Pesquise e veja quanta coisa é possível.

*3. Valorize as empresas com responsabilidade social:* Diversas empresas já possuem ações que visam a redução do impacto no meio ambiente. São organizações que trabalham com madeira e fazem o reflorestamento; indústrias de cosméticos que não testam os produtos em animais; fábricas que produzem por meio de técnicas antipoluição e muitas outras. Valorizá-las é também uma maneira de fazer um consumo consciente.

*4. Opte por eletrodomésticos econômicos:* O Programa Nacional de Conservação de Energia é resultado da parceria entre o Inmetro e o Ministério de Minas e Energia. Eles disponibilizam o Selo Procel, que identifica os aparelhos que consomem menos energia. Além de reduzir os impactos causados no meio ambiente, eles também ajudam a economizar na conta de luz. Na hora de comprar procure sempre optar por eletrodomésticos econômicos, que atendam às suas necessidades do dia a dia e que permitam, ao mesmo tempo, uma boa economia de dinheiro.

*5. Utilize a tecnologia a seu favor:* Manter as finanças em dia é possível, sem acúmulo de papel. Para isso utilize eu aplicativo bancário e sempre que possível opte por receber boletos eletrônicos. Evite o uso de papel e o planeta agradece.

*6. Reduza o consumo de água e energia:* Atitudes simples podem trazer redução no consumo que impactam nas contas. Ações como se lembrar de tirar do congelador os alimentos antes de prepará-los e evitar utilizar o microondas é uma das formas de evitar o uso desnecessário do equipamento. Regule o termostato da geladeira em épocas mais frias e ajustar o ar-condicionado com timer programado para que ele desligue sozinho um tempo depois.

*7. Evite excessos:* Sempre que ver uma promoção, analise se o produto realmente terá uma utilidade no seu dia a dia e evite compras desnecessárias.

*8. Faça doações:* Tire um tempo para organizar as suas coisas. Separe roupas, sapatos, utensílios de cozinha e até objetos que você não usa mais e faça doações.

*9. Espalhe a ideia de consumo consciente:* Além de tomar atitudes corretas para ter um consumo consciente, é importante espalhar estas ideias. Converse com seus amigos e familiares sobre as atitudes deles em relação ao próprio consumo cotidiano.

Isso é importante para que cada vez mais pessoas reflitam sobre o assunto e assim tomem atitudes que serão positivas para si mesmas e para os demais. Nunca se esqueça que somente com bons hábitos no dia a dia e uma noção correta da importância do consumo consciente será possível ter sobra de dinheiro no final do mês.

Uma forma de começar a divulgar o consumo consciente é compartilhar esse material nas redes sociais. Faça isso agora mesmo e espalhe essa ideia!

Moro na Cidade quente de Cuiabá, onde se tem grande calor humano, no estado de Mato Grosso, onde as pessoas são gente fina !

Geraldo Donizeti Lucio, natural de Santa Rosa de Viterbo - SP,  recebeu em 2014 o título de Cidadão Matogrossense da Assembleia legislativa de Mato Grosso da então Dep. Est. Tetê Bezerra.

Eu conheci o estado de Mato Grosso no ano de 1978,  através do meu grande amigo e irmão Osmario Forte Daltro, conhecido como Pastor Daltro, eu também sou Pastro (Pastor Geraldo Lucio).

Minha cidade e estado de origem é Santa Rosa de Viterbo - SP, quando vim para Cuiabá - MT eu estava estudando no Colegio Agrícola de Santa Rita do Passa Quatro onde morrei por 06 anos e lá conheci o Daltro nos anos 70 e ali fizemos uma.amizade que dura até hoje, e esta amizade me trouxe para este estado maravilhoso onde o Mato é Grande, mas as pessoas são gente fina.

Cheguei por Cuiabá que é A Capital do estado, por sinal uma cidade hiper quente no quesito temperatura atmosférica, mas que tem pessoas  que transmite um grande calor humano. 

Priviligiado pela minha profissão e órgão públicos à que trabalho, EMPAER e SEDEC/SEADTUR, tive e tenho oportunidade de conhecer todos os municípios de Mato Grosso, e interagir com  as pessoas , com a fauna, flora, com a Natureza como um todo  em  experiências  maravilhosa de Turismo Rural.

 Poderia ficar aqui falando ou escrevendo muito sobre o que é Cuiabá e Mato Grosso para mim, mas hoje acordei pensando e posso resumir dizendo:

Muito obrigado Jesus, por tem me trazido para Cuiabá e Mato Grosso onde pude me realizar como profissional de Agricultura e Turismo, ser um lider religioso (Pastor do Ministério Voz da Verdade CN) e por escolha boas pautadas em saber a SUA  vontade (Deus) hoje poder  ter uma familia abençoada e um grande arco de colegas, amigos, irmãos e ser matogrossense reconhecido pela Assembelia Legislativa de Mato Grosso pelos trabalhos prestados. OBRIGADO JESUS!

Muito obrigado Jesus por poder morar em Cuiabá cidade quente de pessoas com calor humano e Mato Grosso onde as pessoas são gente fina. .MUITO OBRIGADO JESUS !

Cuiabá cidade calorosa em todos os sentidos, dócil e acolhedora, é calma porque nos seus 301 anos , já viveu de tudo um pouco, viveu o bastante para saber que dias melhores estão por vir e por mais difícil que for o desafio, ela sempre sairá forte calorosa e vencedora.

Mato Grosso, um grande estado no centro-oeste brasileiro, é coberto na maioria pela floresta tropical amazónica, as zonas húmidas e as planícies da savana. 

A capital, Cuiabá, é um centro de viagens que remonta à corrida ao ouro do século XVIII. 

Nas proximidades, o Parque Nacional da Chapada dos Guimarães possui áreas de caminhada com penhascos em arenito, quedas de água e cavernas. 

As extensas zonas húmidas do Pantanal albergam diversas espécies selvagens, incluindo araras, caimões e jaguares. ― Google.

Mato Grosso é um estado da região Centro-Oeste do Brasil. Está localizado em um ponto central da América do Sul. A sua geografia é formada e influenciada pela presença, em seu território, de três grandes biomas: Floresta Amazônica, Cerrado e Pantanal. O estado possui uma população aproximada de 3,5 milhões de habitantes. A cultura local é marcada pela influência indígena e africana, além dos colonizadores europeus.

A história do Mato Grosso está relacionada ao processo de ocupação do interior do território brasileiro e à busca por metais preciosos na região. A descoberta de ouro e diamantes fomentou a ocupação do estado e sua economia. Na atualidade, a base econômica mato-grossense é a agropecuária, setor em que o estado é destaque internacional. Contudo, a produção primária encontra como obstáculo principal a infraestrutura incipiente, que dificulta o escoamento da produção para outras regiões.

ONDE MOREI EM MATO GROSSO POR ORDEM ?

Cuiabá.

Gaúcha do Norte.

Cáceres.

Figueiropolis.

Vila, Horizonte do Oeste.

Rio Branco.

Cuiabá.

Fonte: https://www.google.com/amp/s/mundoeducacao.uol.com.br/amp/geografia/mato-grosso-1.htm

*Bom dia Inteirinho com Jesus Cristo !*Precisamos sermos fortes e corajosos, porque Deus estará com cada um de nós em todos os momentos de nossas vidas

Nada vai te parar, a não ser que você deixe. 

O inimigo vai tentar te parar, vai querer roubar a tua alegria, vai querer contaminar o teu coração, algumas vezes pode até usar pessoas para fazer isso, mas só vamos cair nessa armadilha se nós mesmo deixar!

Todos nós temos um alvo e ele é avançar, viver os propósitos de Deus para as nossas vidas. 

Não se esqueça de jogar o lixo no lixo, aquilo que não nos acrescenta não podemos aceitar.  

Se encha da paz que o Espírito Santo nos traz e solta tudo aquilo que nos faz mal.

 Você não vai parar porque Deus é nas nossas vidas e o maior detalhe é que vamos vencer todos os ataques do inimigo, porque Deus é fiel para cumprir a sua promessa, pois Ele estará conosco por onde nós andarmos, basta somente acreditarmos no seu agir!

*Que tenhamos um domingo alegre,feliz e abençoado  conforme a proteção, a excelência, a vontade e o agir de Deus Altíssimo nas nossas vidas e dos nossos familiares!*

Antropologia Social e a crise de Paradigmas*** Autora: Luciana Magalhães de França

Foto/Créditos: Google

Luciana Simplesmente

O TEMA QUE ME FOI DADO a desenvolver neste Artigo de Pesquisa Empírica e Científica, embora bastante oportuno dada à atualidade dos problemas que gera, devido ao caráter polissêmico do termo crise de Paradigmas. Posteriormente, procurarei distinguir modelo explicativo - que estou entendendo aqui como equivalente a paradigma - de teoria.

* * *

(...) A noção de crise passou a habitar o horizonte das ciências sociais - e não apenas da antropologia - nessas últimas décadas a partir do celebrado livro de Thomas Kuhn, A estrutura das revoluções científicas, cuja primeira edição remonta ao início dos anos 60. Tratava-se então de uma crise de paradigmas, na qual, no modo de ver de Kuhn, a história das ciências paradigmáticas (isto é, das hard sciences) constituía uma sucessão de crises, que somente poderia ser superada pela substituição do paradigma vigente na ciência normal por um novo, resultado de uma espécie de revolução científica. Muito se escreveu em decorrência da posição desse historiador da ciência, originalmente um físico, que a rigor procurava renovar a história da ciência, trazendo ao debate argumentos, inclusive, de forte apelo sociológico - como o do paradigma se assentar em comunidades de profissionais (idéia, aliás, já antecipada por seu compatriota Charles Pierce há pelo menos um século). Não vejo necessidade de evocar aqui todos os elementos que constituem o conceito kuhniano de crise e de paradigma - uma vez que são bastante conhecidos de todos nós -, senão apenas associá-los para qualificar um tipo de crise, que poderíamos chamar de crise epistêmica (...). R. C. Oliveira.

A antropologia, enquanto disciplina autônoma, já com alguma anterioridade preocupava-se com a ideia de uma eventual crise que, segundo alguns membros da comunidade de antropólogos, se avizinhava diante do previsível desaparecimento de seu objeto de estudo. Seria legítima essa preocupação, ou sequer cabia levá-la a sério? Claude Lévi-Strauss soube levá-la a sério, mas para exorcizá-la.

A crise de paradigmas da Antropologia Social pode ser real ou imaginária, mas não resta dúvida de que tem sido proclamada por muitos. Em diversas escolas de pensamento, em diferentes países, uns e outros colocam-se o problema da crise de teorias, modelos ou paradigmas. Desde o término da Segunda Guerra Mundial, e em escala crescente nas décadas posteriores, esse é um problema cada vez mais central nos debates. Além dos êxitos reais ou aparentes, das modas que se sucedem, dos desenvolvimentos efetivos do ensino e pesquisa, da produção de ensaios e monografias, manuais e tratados, subsiste a controvérsia sobre a crise da explicação na Antropologia social.

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FOTO: GOOGLE

Na atualidade fala-se na decomposição dos modelos clássicos e na obsolescência de noções como as de sociedade, comunidade, capitalismo, divisão do trabalho social, consciência coletiva, classe social, consciência de classe, nação, revolução. Critica-se a abordagem histórica, globalizante ou holística, e preconiza-se a sistêmica, estrutural, neofuncionalista, fenomenológica, etnometodológica, hermenêutica, do individualismo metodológico e outras. Considera-se que os conceitos formulados pelos clássicos já não respondem às novas realidades. Agora, o objeto da Antropologia Social deveria ser o indivíduo, ator social, ação social, movimento social, identidade, diferença, quotidiano, escolha racional.

A antropologia, enquanto disciplina autônoma, já com alguma anterioridade preocupava-se com a ideia de uma eventual crise que, segundo alguns membros da comunidade de antropólogos, se avizinhava diante do previsível desaparecimento de seu objeto de estudo. Ou, como diria um filósofo como Merleau-Ponty (1960:150), como fazendo eco ao pensamento de Lévi-Strauss: "A etnologia não é uma especialidade definida por um objeto particular, as sociedades 'primitivas'; é uma maneira de pensar, aquela que se impõe quando o objeto é [o] 'outro', e exige que nós nos transformemos" . A crise que, eventualmente, em algum momento, essas teorias poderiam ter sofrido foi rapidamente sanada pela descoberta óbvia de que nenhuma delas daria conta sozinha da realidade do parentesco e somente com a articulação complementar de ambas a disciplina poderia finalmente deslindar a complexidade do fenômeno.

Seja em termos de “pontos de apoio intermediário” conforme Marshall, de “principia media”, segundo Mannheim (1949), ou “teorias.de alcance médio”, na versão de Merton (1951, 1967), o que está em curso é o debate sobre a insuficiência ou obsolescência das teorias clássicas. Debate no qual, aos poucos, se propõem outros temas e metodologias. A problemática sociológica é posta em causa por representantes de diferentes escolas de pensamento, em diversos países. . Essa controvérsia prossegue e generalizase. Torna-se uma onda. Bourricaud (1975, p. 584) critica o. “sociologismo”, o “hiperfuncionalismo” e o “realismo totalitário”. Afirma, entre outras observações semelhantes, que “o realismo totalitário continua a constituir o modo de interpretação ao qual, espontânea e implicitamente, recorre a maioria dos sociólogos radicais”. Para superar essas limitações, preconiza a recriação do “individualismo atomístico” herdado do liberalismo e do marginalismo, conforme as contribuições de Mancur Olson, Albert Hirschman e outros. Propõe o conceito de “neo-individualismo”, no qual se admite a existência de “grupos”, “classes” e “sociedades”, entre aspas. Está a caminho das teorias do “individualismo metodológico” e “escolha racional”, vistas como aspectos básicos de um novo paradigma sociológico posto sobre os escombros dos clássicos.

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FOTO: GOOGLE

Isso nos ensina que as crises em nível de teorias são sanáveis: ou pela eliminação de uma por outra; ou pela articulação das mesmas; ou, ainda, pela convivência pacífica de teorias contrárias, porém não-contraditórias, das quais, aliás, a antropologia está plena. Essas teorias - diferença dos paradigmas, que mais seriam metateorias - constituem interpretações de realidades concretas: seja focalizando sistemas sócio-culturais globais, como as monografias clássicas concernentes a tal ou qual povo; seja procurando descrever e analisar sistemas parciais, como o parentesco, a mitologia, a religião etc., seja, ainda, através da investigação intensiva de um determinado tema ou problema, buscando dar conta, holisticamente, de um povo ou grupo social específico - como nas modernas monografias etnológica.

Entretanto, a multiplicidade das teorias não implica, necessariamente, a multiplicidade de epistemologias. É possível supor que dada epistemologia pode fundamentar diferentes propostas teóricas. Aliás, quando buscamos os princípios epistemológicos em que se fundam as teorias, verificamos que dada epistemologia parece fundamentar diversas teorias.

Notas

1     Louis Dumont, especialmente em seu livro Introduction à deux théories d'anthropologie sociale, de 1971); Ira R. Buchler & Henry A. Selby, em Kinship and social organization: an introduction to theory and method, publicado em 1968.

2     - Note-se que algumas reflexões de Merton sobre paradigmas na sociologia estão inspiradas em Kuhn.

3 - Consultar também, a esse respeito, Mills (1975).

4 - Ver, também, a respeito, Mannheim (1953) e Blumer (1956).

5 – O mesmo problema é examinado por Elster (1979).



 Referências bibliográficas

LÉVI-STRAUSS, Claude. A crise moderna da antropologia. Currier de l'Unesco, nov. 1961. Traduzido e republicado em Revista de Antropologia, v. 10, n. 1/2, 1962.

KROTZ, Esteban Krotz (org.). El concepto "crisis" en la historiografia de las ciencias antropológicas. Editorial Universidad de Guadalajara, 1982.

Roberto Cardoso de Oliveira, antropólogo, é membro do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) e do Centro de Lógica, Epistemologia e História da Ciência (CLE), ambos da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)

BARNES, B. (1986), T. S. Kuhn y las Ciencias Sociales. Tradução de Roberto Helier, México, Fondo de Cultura Economica.

BLUMER, H. (1956), “Sociological Analysis and the Variable”. American Sociological Review, 21(6), Los Angeles, dezembro

________. (1989), “Marxismo, Funcionalismo e Teoria dos Jogos”. Tradução de R,égis de Castro Andrade, Lua Nova, n ° 17, São Paulo, pp. 163-204.

 Octavio Ianni A CRISE DOS PARADIGMAS NA SOCIOLOGIA .Problemas de explicação


O CAMPO E A CIDADE= Autora: Luciana Magalhães de França.

Fotos: Créditos - google

Luciana Simplesmente

Resumo

Levando em conta os diagnósticos do movimento pós-moderno na antropologia, este artigo se dedica a pensar estratégias para a realização de trabalho de campo e a subsequente redação de temas relacionadas “Quando o Campo é a Cidade” fazendo Antropologia na Metrópole. O presente artigo explora o movimento de construção de "A cidade surge como um local de pesquisa dotado de variadas manifestações culturais tão interessantes quanto às das sociedades simples, e que é papel dos cientistas sociais compreender esta realidade, visto que ela passa cada vez mais a ser o cenário fundamental dos indivíduos na modernidade".

Este artigo aborda questões relacionando a Antropologia urbana. O TEMA QUE ME FOI DADO a desenvolver neste Artigo de Pesquisa Empírica e Científica, embora bastante oportuno dada à atualidade dos problemas que gera, devido ao caráter polissêmico do termo Antropologia Urbana. Posteriormente, a priori procurarei distinguir modelo explicativo - que estou entendendo aqui como equivalente a paradigma - de teoria e pesquisa de campo.

* * *

Palavras-chave: Sociologia urbana;Antropologia urbana;Vida urbana – Campo – Cidade – Sociedade primitiva – Mitologia – Rituais –Etnografia – Aldeia – Comunidade – História – Cultura - Humanidade.

ABSTRACT

Taking into account the diagnoses of the postmodern movement in anthropology, this article is dedicated to thinking about strategies for carrying out fieldwork and the subsequent writing of themes related to “When the Countryside is the City” doing Anthropology in the Metropolis. This article explores the construction movement of "The city emerges as a research site endowed with varied cultural manifestations as interesting as those of simple societies, and that it is the role of social scientists to understand this reality, as it is increasingly becoming to be the fundamental scenario of individuals in modernity".

This article addresses issues relating to urban anthropology. THE TOPIC I WAS GIVEN TO DEVELOP IN THIS ARTICLE OF Empirical and Scientific Research, although quite opportune given the current problems it generates, due to the polysemic nature of the term Urban Anthropology. Later, I will try to distinguish an explanatory model - which I understand here as equivalent to a paradigm - from theory and field research.

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Keywords: Urban Sociology;  Urban Anthropology; Urban Life – Countryside – City – Primitive Society Society – Mythology – Rituals –Ethnography  – Village  – Community – History  – Culture  – Humanity.

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Fotos: Creditos – google – Estudo Kids - Metrópole

 Olhar a cidade: etnografia e contexto

A cidade como contexto

(...) “Nada mais apropriado do que começar discutindo algumas ideias bastante arraigadas, tanto no senso comum como no meio acadêmico, a respeito da Antropologia. Assim, há quem pense que a antropologia recorta sempre, como tema de estudo, um objeto exótico, distante ou singularizado; já em termos de posição epistemológica, ela se caracterizaria pelo relativismo, com as consequências de uma supervalorização do discurso do nativo e ausência de quadros de interpretação e análise mais gerais e universalizantes. E quando se considera mais especialmente o trabalho do antropólogo às voltas com questões urbanas, pesa sobre ele um preconceito adicional, dessa feita partindo do interior da própria antropologia, ou seja, há uma espécie de discriminação doméstica. E o ponto de partida dessa visão é que a antropologia, em sua forma clássica, praticada no contexto das sociedades não ocidentais, desenvolveu uma reflexão própria a respeito de temas específicos como parentesco, mitologia, xamanismo, rituais que - esses sim - conformam um campo de reflexão reconhecido e legítimo no interior das ciências sociais, O texto analisa a situação da disciplina antropologia urbana no campo das ciências sociais e sua contribuição para o estudo e a compreensão do fenômeno urbano, principalmente no caso das grandes metrópoles contemporâneas. O eixo da argumentação é o de que, para realizar essa tarefa, a antropologia urbana tem à sua disposição o método etnográfico, porém o desafio é aplicar essa abordagem sem cair na "tentação da aldeia", isto é, a de buscar na heterogênea realidade das grandes cidades as condições da aldeia - pequenos grupos, contextos limitados - supostamente identificadas com o enfoque etnográfico. Vários exemplos de pesquisas recentes sobre a cidade de São Paulo, realizados no Núcleo de Antropologia Urbana (NAU) e no Departamento de Antropologia da USP são apresentados para mostrar as potencialidades da aplicação de conceitos, técnicas e métodos desenvolvidos na antropologia e, em particular, na antropologia urbana, para o estudo de formas de sociabilidade e práticas culturais na escala da metrópole.” (...)  José Guilherme Cantor Magnani

As cidades têm um registo, uma atmosfera e um espírito que lhes dá a singularidade (…) A biografia é dada pela espessura em que se foi construindo uma história e um discurso, ele próprio já inscrito na cidade, projectando imagens de si própria e sobre si própria, que se vão acumulando, que vão fazendo a sua plástica e a sua respiração. (Joaquim Pais de Brito) 1

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Fotos: Creditos – google – ilustração  – São Paulo

Até 1950 sobressaem duas tradições fortes no modo como os antropólogos olham a cidade (Peattie e Robbins, 1984). Uma, inserida na história cultural da humanidade, que enfatiza o papel histórico da cidade na transformação cultural das sociedades humanas como um centro de especialização e de mudança (recorrendo às contribuições da arqueologia, da pré-história, da história das cidades tradicional e pré-industrial); outra, em continuidade com o estudo das sociedades “primitivas”, que olha a cidade como uma “comunidade”, cidade-tribo e/ou pequena cidade típica, ou, alternativamente, como lugar de imigração, pobreza e marginalização, insistindo em descrições naturalísticas de pequenos grupos e ambientes microscópicos (ob. cit.: 87). Neste último caso, o fechamento e aparente autonomia são enfatizados e a exotização do próximo uma das estratégias descritivas mais comuns (podendo-se exemplificar com os chamados estudos de comunidade).

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Fotos: Creditos – google- Arq.Futuro- “A Métropole de São Paulo no Sec. XXI”

Encontramo-nos perante a cidade não propriamente como um objecto de estudo, mas um contexto de estudo. Só que, levando isto com algum cuidado, a cidade como objecto de estudo reemerge, porque os próprios protagonistas sociais e os próprios processos sociais produzem cidade e produzem imagens da cidade e por essa via, que não é uma via de delimitação apriorística do objecto, mas uma consequência da análise do próprio processo social, reencontramo-la enquanto tal. (António Firmino da Costa)2

A valorização excessiva da autonomia e fechamento das unidades de estudo no interior das cidades (em torno do parentesco, da vizinhança, do trabalho ou das sociabilidades lúdicas) dificultava, pois, nesta primeira antropologia urbana, a percepção das ligações complexas e múltiplas entre a unidade de estudo (muitas vezes arbitrariamente definida) e a sociedade mais vasta. Contudo, tal perspectiva tão aprofundada quanto desequilibrada acerca das “partes de cidade” tem sido um dos contributos distintivos da antropologia relativamente aos estudos urbanos (Rodwin e Hollister, 1984: 10). A difícil relação (integração) entre o pormenor etnográfico perceptível na microescala do contato pessoal (base da observação participante) e o contexto relevante para a unidade observada, continua a ser, ainda hoje, uma das fontes de reflexão no âmbito da antropologia, ciência que se desenvolveu com o pressuposto que se atingia o conhecimento totalizador das sociedades pela recomposição de um conjunto sistemático de observações minuciosas. 

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Fotos: Creditos – google- Exposição” A Vida no Campo”, de Eliete Tordin 

A pergunta que se coloca diante disso é: onde entra a antropologia urbana nesse cenário? Será que o estudo das sociedades e da cultura ocidental não caberia a outros ramos das ciências sociais? Qual a especificidade da chamada antropologia urbana? Antes de entrar nessa discussão, cabe um lembrete de ordem histórica: a antropologia urbana, apesar de muitas vezes ser pensada como um desenvolvimento tardio da própria antropologia, apresenta alguns antecedentes que foram até contemporâneos àqueles da antropologia clássica voltada para os chamados povos primitivos. O sociólogo Robert Ezra Park, da Escola de Chicago, refere-se a essa situação nos seguintes termos:

(...) Até o presente, a antropologia, a ciência do homem, tem-se preocupado principalmente com o estudo dos povos primitivos. Mas o homem civilizado é um objeto de investigação igualmente interessante, e ao mesmo tempo sua vida é mais aberta à observação e ao estudo. A vida e a cultura urbanas são mais variadas, sutis e complicadas, mas os motivos fundamentais são os mesmos nos dois casos.

Os mesmos pacientes métodos de observação despendidos por antropólogos tais como Boas e Lowie no estudo da vida e maneiras do índio norte-americano deveriam ser empregados ainda com maior sucesso na investigação dos costumes, crenças, práticas sociais e concepções gerais de vida que prevalecem em Little Italy, ou no baixo North Side de Chicago, ou no registro dos folkways mais sofisticados dos habitantes de Greenwich Village e da vizinhança de Washington Square em Nova York (Velho, 1987, p. 28).

Essa citação é de 1915 e, só para estabelecer um ponto de comparação, cabe lembrar que Os argonautas do Pacífico ocidental, de Malinowski, foi publicado em 1922. No entanto, em todo estereótipo há sempre uma pista a seguir, assim como o senso comum, se elude algo, também alude a alguma coisa. Há, certamente, um perigo a identificar. Ao tomar como objeto do seu estudo as sociedades chamadas complexas, a antropologia urbana não deixa de ser antropologia, de forma que deve encarar um desafio: manter-se fiel ao patrimônio teórico e metodológico da disciplina, ao mesmo tempo em que é obrigada a trabalhar com outro tipo de recorte. E aqui está o problema, que é o de tentar reproduzir, principalmente no cenário das grandes metrópoles, aquelas condições tidas como clássicas na pesquisa antropológica: a dimensão da aldeia, da comunidade, do pequeno grupo. Cabe notar que, se tais condições já não se aplicam nem mesmo nas próprias pesquisas da etnologia indígena, continuam presentes, no imaginário, como as características ideais da abordagem etnográfica. No livro Na metrópole: textos de antropologia urbana (Magnani e Torres, 2000), denominei essa transposição de “a tentação da aldeia”, ou seja, a tentativa de reproduzir, no contexto bastante diversificado e heterogêneo das metrópoles, aquele lugar ideal onde supostamente se poderia aplicar, com mais acerto, o método etnográfico(...) José Guilherme Cantor Magnani

CONCLUSÃO 

No artigo “O conceito de cultura e o estudo das sociedades complexas: uma

perspectiva antropológica”, Eduardo Viveiros e Gilberto Velho descrevem o processo pelo qual a Antropologia, em seus começos - diante da expressão "cultura ou civilização" que encabeça a famosa definição de Tylor (1871) 3 - terminou optando por cultura e erigindo-a como seu conceito totêmico, seu símbolo distintivo. De acordo com os autores, “se o conceito de cultura veio a predominar sobre ‘civilização’ é porque originalmente ele se adequava melhor à proposta da Antropologia”.4

Em outro contexto, o das primeiras pesquisas de campo, e frente a outro binômio, -“comunidade versus sociedade" - mais identificado com a tradição sociológica, como foi visto, a Antropologia fez nova escolha: ficou com “comunidade”. Como na situação anterior, também terminou optando pelo termo que melhor se adequava ao passo seguinte de sua trajetória. Parece que era aí, na “comunidade”, onde os antropólogos se sentiam mais à vontade:

“(...) defendo que os conhecimentos dos antropólogos sociais tem uma qualidade especial, devido à área onde exercitam sua imaginação artística. Essa área é o espaço vivo de alguma pequena comunidade de pessoas que vivem juntas em circunstâncias em que a maior parte de suas comunicações diárias depende diretamente da interação. Isto não abrange toda a vida social humana, muito menos abrange toda a história humana. Mas todos os seres humanos gastam grande parte das suas vidas em contextos desta espécie" (LEACH, E. 1989: 50/51).

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Fotos: Creditos – google- “Instituto Internacional de Arte IIAN” - Eliete Tordin 

No caso da pesquisa antropológica em contexto urbano, está sempre presente, contudo, a "tentação da aldeia", que é a de encarar o objeto de estudo - uma festa, um ritual, um bairro, uma religião - como uma unidade fechada e auto-centrada. No entanto, o significado e alcance do candomblé, por exemplo, não se circunscrevem ao terreiro: seus rituais transbordam para a cidade, dialogam com outras instituições, o mesmo ocorrendo com outras práticas culturais nos grandes centros. Recortar um objeto ou tema de pesquisa na cidade não implica cortar os vínculos que mantém com as demais dimensões da dinâmica urbana em especial e da modernidade, em geral. “Aldeia” e “cidade”, aqui, estão tomadas no mesmo sentido e guardam entre si a mesma relação que “comunidade / sociedade”; trata-se de formas-padrão que podem ser consideradas como a contrapartida deste binômio, quando traduzido em termos de implantação e agenciamento espacial. Assim, para além da multiplicidade das formas concretas e históricas que assumiram, podem ser consideradas como termos que tiram seu sentido não de características imanentes, mas do jogo de contrastes que estabelecem.

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Fotos: Creditos – google-  “Aldeia Africana ( Sudão) “- mozaWEB

O “padrão-aldeia”, por exemplo, estabelece distinção clara entre “os de dentro” (reconhecidos por pertencerem a uma cadeia de obrigações recíprocas) e “os de fora” – que devem ser evitados, ou encarados com cautela, desconfiança.5

A cidade, ao contrário, não só admite e abriga grupos heterogêneos (seja do ponto de vista de origem étnica, procedência, linhagens, crenças, ofícios, etc.), como está fundada nessa heterogeneidade, pressupõe sua presença: "Seja do tipo que for, a diversidade produzida pelas cidades reside no fato de conter tantas pessoas, tão perto umas das outras e ostentando tão diferentes gostos, habilidades, necessidades, suprimentos e excentricidades” (JACOBS, 1992: 147).

Desta forma, ao possibilitar um sistema mais amplo de trocas e contatos entre estranhos, amplia os horizonte dos grupos familiares, domésticos, de vizinhança ou quaisquer outros fundados em laços de confiança pessoal e conhecimento direto.

Portanto, quando se diz que a Antropologia “optou” pela comunidade, isto não significa que escolheu uma forma concreta de organização social ou que deva deixar de lado as relações “societárias”, desconsiderando as trocas e contatos em outro nível, mais amplo. O que caracteriza o fazer etnográfico no contexto da cidade é o duplo movimento de mergulhar no particular para depois emergir e estabelecer comparações com outras experiências e estilos de vida - semelhantes, diferentes, complementares, conflitantes – no âmbito das instituições urbanas, marcadas por processos que transcendem os níveis local e nacional.6

E se é ainda é possível discutir e até tomar partido frente à conhecida dicotomia -antropologia na cidade ou da cidade, não se pode ignorar, entretanto, que ao menos nos grandes centros a dinâmica das práticas culturais não fica imune diante da escala da metrópole. Descobrir e avaliar o grau de interferência que essa variável impõe àquelas práticas, eis um desafio para a antropologia contemporânea e seu enfoque "microscópico". (GEERTZ :1978).

Notas

·        1 Comunicação oral na mesa redonda do workshop de 11/09/2001 (ver apresentação).

·        2 Comunicação oral na mesa redonda do workshop de11/09/2001 (ver apresentação).

·        3 “Cultura ou civilização, em sentido etnográfico amplo, é aquele todo complexo que inclui o conhecimento, as crenças, a arte, a moral, o direito, os costumes e quaisquer outros hábitos e capacidadades adquiridos pelo homem enquanto membro da sociedade” in KAHN, 1975.

·        4 “A idéia de ‘civilização’, dominante na França e Inglaterra,compreendia desde os modos das classes superiores até as conquistas tecnólogicas do Ocidente. Na Alemanha, ‘civilização’ veio indicar as realizações materiais de um povo; ‘cultura’, por outro lado, referia-se aos aspectos espirirtuais de uma comunidade. Enquanto a primeira traz em si - em seu uso francês - a idéia de progresso, a outra voltava-se para a tradição; aquela inseria-se no expansionismo colonial (a missão civilizatória do homem branco), esta marcava a singularidade de cada povo. E com efeito, a noção de Civilização permanece tingida pelo sentimento de uma especificidade do Ocidente como um todo, de uma auto-consciência satisfeita; a ‘cultura’, por sua vez , foi assumida pela Antropologia, discurso ocidental sobre a alteridade”. (VIVEIROS DE CASTO, E. e VELHO, G. - 1978: 01-02)

·        5 “Um grande número de tribos primitivas chamam-se a si mesmas com um nome que significa somente, em sua língua, ‘os homens’, mostrando com isso que a seus olhos um atributo essencial da humanidade desaparece quando se sai dos limites do grupo. É o que acontece com os Esquimó de Norton Sound, que se definem a si mesmos - mas exclusivamente - como ‘o povo excelente’, ou mais exatamente, ‘completo’ e reservam o epíteto de ‘ovo de piolho’ para qualificar as tribos vizinhas. (...) Em todos esses casos trata-se somente de saber até onde se estende a conotação

·        6 Veja-se, a propósito, a discussão de George Marcus sobre a questão da ruptura com o conceito de comunidade, na etnografia por ele denominada de “modernista”. (MARCUS, 1991)

Referências Bibliográficas  

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ANTROPOLOGIA

1988 Teses de Antropologia defendidas no Brasil, 1945 - 1987. São Paulo, Departamento de Antropologia, FFLCH/USP.MAGNANI, José Guilherme C.

1984 Festa no Pedaço: Cultura Popular e Lazer na Cidade. São Paulo, Brasiliense.

1991 Os Pedaços da Cidade. Relatório final de pesquisa, mimeo USP/CNPq.

1992 O Campo da Antropologia, in Os campos do conhecimento e e o conhecimento da cidade, Cadernos de História de São Paulo, 1, Museu Paulista, USP. 

VELHO, Gilberto 1981 Individualismo e Cultura: Notas para uma Antropologia da Sociedade Contemporânea. Rio, Zahar. 

VELHO, Gilberto e VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo 1978 O conceito de cultura nas sociedades complexas: uma perspectiva antropológica, in Artefato, Conselho Estadual de Cultura, Ano I, n.1, Rio de Janeiro. 

LEACH, Edmund 1989 A Diversidade da Antropologia. Lisboa, Edições 70. 

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1983 Local Knowledge. New York, Basic Books.  

KAHN, J.S. 1975 El concepto de cultura: textos fundamentales. Barcelona, Anagrama. 

MARCUS, George E. and FISCHER, Michael M. J.

1986 Anthropology as Cultural Critique. Chicago, The University of Chicago Press. 

Graça Índias Cordeiro Antropóloga; Departamento de Antropologia do ISCTE; Centro de Estudos de Antropologia Social (CEAS/ISCTE).

Du même auteur

·        Um lugar na cidade, Etnográfica Press, 1997

·        A Rua, Etnográfica Press, 2008

·        Etnografias Urbanas, Etnográfica Press, 2003 

LEACH, Edmund 1989 A Diversidade da Antropologia. Lisboa, Edições 70. 

Sistema de Informação Científica

Rede de Revistas Científicas da América Latina, Caribe , Espanha e Portugal

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MAGNANI, J. Guilherme & TORRES, Lilian. (2000), Na metrópole: textos de antropologia urbana. São Paulo, Edusp/Fapesp.  

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VELHO, Otávio (org.). (1987), O fenômeno urbano. Rio de Janeiro, Guanabara.

Sincretismo nos Estudos Afro-Brasileiros e nas Religiões de Matriz Africana

Fotos/Créditos: GOOGLE-imagens: Luciana Simplesmente

Autor: Luciana Magalhães de França

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 Resumo

  Levando em conta os diagnósticos do movimento pós-moderno na antropologia, este artigo se dedica a pensar estratégias para a realização de trabalho de campo e a subsequente redação de etnografias na contemporaneidade. Este Artigo, aborda questões relacionando a Antropologia, de algum determinado grupo social, deste modo, a etnografia atua enfatizando este tema abordado. Sobre a Cultura Africana, Sobre as Religiões de Matriz Africana e sofreram impactos ao longo dos tempos.

O TEMA QUE ME FOI DADO a desenvolver neste Artigo de Pesquisa Etnográfica, embora bastante oportuno dada à atualidade dos problemas que gera, devido ao caráter polissêmico do termo Etnografia em Religiões de Matriz Africana. Posteriormente, procurarei distinguir modelo explicativo - que estou entendendo aqui como equivalente a paradigma - de teoria. Tomando como referência o artigo de Goldman (2015), abordar-se-á o tema sobre os principais problemas implicados no termo “sincretismo” presente nos estudos afro-brasileiros e nas religiões de matriz africana. 

* * *

Para tanto, procura enfrentar as críticas a respeito da autoria e da autoridade etnográficas ao mesmo tempo de modo a encará-las em sua justeza e a não ser paralisado por elas criando uma conexão entre estas áreas por meio da temática religiosa. Busca-se assim reconceber o que se imaginariam ser os contornos de uma hierarquização de outro modo incontornável, por meio da consideração de um tipo de todo que não unifica as partes em questão, a saber, as partes envolvidas numa pesquisa antropológica, em geral pessoas.

Palavras-chave

Trabalho de Pesquisa Etnográfica. Religiões de Matriz Africana. Intolerância Religiosa. Sincretismo. Religiões Afro-Brasileiras. Etnografia. Espaço Público. Cultura Africana.


Abstract:

Summary

 

              Taking into account the diagnoses of the postmodern movement in anthropology, this article is dedicated to thinking about strategies for carrying out fieldwork and the subsequent writing of contemporary ethnographies. This article addresses issues relating to Anthropology, of a certain social group, in this way, ethnography acts emphasizing this approached theme. On African Culture, On African Matrix Religions and suffered impacts over time.

              THE TOPIC I WAS GIVEN TO develop in this Ethnographic Research Article, although quite opportune given the current problems it generates, due to the polysemic nature of the term Ethnography in African-Main Religions. Later, I will try to distinguish an explanatory model - which I understand here as equivalent to a paradigm - from theory. Taking the article by Goldman (2015) as a reference, the theme will be addressed about the main problems involved in the term “syncretism” present in Afro-Brazilian studies and in African-based religions.

 

* * *

              Therefore, it seeks to face the criticisms regarding ethnographic authorship and authority at the same time in order to face them in their correctness and not to be paralyzed by them, creating a connection between these areas through the religious theme. The aim is thus to reconceive what one would imagine to be the contours of an otherwise unavoidable hierarchy, through the consideration of a type of whole that does not unify the parts in question, namely, the parts involved in an anthropological research, in general people .

 

Key words

 Ethnographic Research Work. Ethnography. African Matrix Religions. Religious intolerance. Syncretism. Afro-Brazilian Religions. Public place. African Culture.

  Introdução

  Este Artigo, aborda questões relacionando a Antropologia, de algum determinado grupo social, deste modo, a etnografia atua enfatizando este tema abordado. Sobre a Cultura Africana, Sobre as Religiões de Matriz Africana e sofreram impactos ao longo dos tempos.

           Esta pesquisa de observação etnográfica tem como um dos objetivos o propósito de traçar um quadro geral das religiões afro brasileiras. Neste trabalho, estarei realizando um pequeno texto dentro de meu conhecimento empírico, tomando como referência os artigos de Marcio Goldman (2005) e, será descrito/narrado o que o autor propõe conceitualmente para compreender um pressuposto sobre:

  • Os principais problemas implicados no termo “sincretismo” presente nos estudos afro-brasileiros e nas religiões de matriz africana;
  •  Quais as contribuições do estudo de José Carlos Gomes dos Anjos para o estudo das cosmologias de matriz africana?

Observação

                       O início do texto faz uma breve narrativa de como o autor começou a sua trajetória e início de carreira e citou uma Conferência na qual Participou e Proferiu durante um Evento do Deptº de Antropologia do Museu Nacional do Rio de Janeiro- RJ. O autor inicia com o Tema: “Quinhentos Anos de Contato”: Por uma Teoria Etnográfica da (Contra) Mestiçagem.  

                       Na Conferência, o autor se refere à temática utilizando o termo “AFROINDÍGENA” em opção por explorar o termo provisório de “Relação AFROINDÍGENA”. GOLDMAN faz uso desse termo para designar os agenciamentos entre afrodescendentes e indígenas no Continente Americano. A conferência abordou um dos temas citado por Goldman, apresentando o que o autor chama de “um caráter incerto e aberto”, onde oferece aos participantes a possibilidade de acompanhar o momento de amadurecimento dessa reflexão. Em um determinado trecho do texto o autor cita como densidade etnográfica e teórica combinam –se. Pode –se dizer que este trabalho/artigo foi publicado na Seção Documenta de Mana na Conferência citada.

 "Tratou-se, assim, de uma recomposição, em novas bases, de territórios existenciais aparentemente perdidos, do desenvolvimento de subjetividades ligadas a uma resistência às forças dominantes que nunca deixaram de tentar sua eliminação e/ou captura. Pedindo perdão pela obviedade, a expressão “religiões de matriz africana” designa, pois, de forma algo grosseira, um conjunto heteróclito, mas articulado, de práticas e concepções religiosas cujas linhas de força principais foram trazidas pelos escravos africanos para as Américas. Provavelmente formadas ao longo do século XIX, essas religiões, como as conhecemos hoje, incorporaram, assim, ao longo de sua história, em maior ou menor grau, elementos das cosmologias e das práticas indígenas, do catolicismo popular e do espiritismo de origem europeia".

GOLDMAN (2015)                                                               (Grifo nosso)

                       Outro aspecto a ser considerado é que em Antropologia, ainda segundo o texto de GOLDMAN, no artigo, cita –se, Os Tambores dos Mortos e os Tambores dos Vivos, “é refletir sobre a possibilidade de manter o ponto de vista antropológico tradicional, quando o objeto observado faz parte do coração da sociedade do observador. Essa reflexão é efetuada por meio de um confronto entre algumas discussões mais ou menos clássicas sobre a observação antropológica e minha experiência de campo”, podemos estabelecer um paralelo onde a observação participante, abordou temas como a entrevista aberta, o contato direto, pessoal, com o universo investigado constituem a sua marca registrada no termo “sincretismo” presente nos estudos afro-brasileiros e nas religiões de matriz africana.  

Análise

                       Dando prosseguimento ao trabalho, aborda –se um dos temas citado por GOLDMAN (Revista da USP 2003, p.446), apresentando o que pode se chamar popularmente de “observação e empatia” e se chamar de “democracia representativa” onde oferece aos participantes a possibilidade de acompanhar o momento de amadurecimento dessa reflexão.

                       Deixando de lado qualquer preocupação normativa, trata-se, através desse confronto, de tentar equacionar uma série de questões cruciais para a antropologia contemporânea: será efetivamente possível assumir um olhar distanciado em relação a algo tão central para o observador quanto a democracia representativa? De que forma e seguindo que procedimentos? Existe alguma diferença entre estudar um grupo de “crentes” (no candomblé, por exemplo) sendo “cético” e um grupo de “céticos” (na política, por exemplo) sendo “crente”? As supostas diferenças de escala entre objetos, grupos ou sociedades devem inevitavelmente afetar os procedimentos de pesquisa?

  •  Quais as contribuições do estudo de José Carlos Gomes dos Anjos para o estudo das cosmologias de matriz africana?

                       O enfoque deste trabalho privilegia dois ângulos de análise: em primeiro lugar, a narração de situações concretas de disputa, visando as disposições subjacentes às atitudes dos atores em confrontos, (J. C. G.ANJOS, p. 14,15).

                       Em segundo lugar, grande parte da etnografia busca os aspectos cerimoniosos até ritualísticos, tanto de situações que poderiam ser tomadas como especificamente políticas quanto daquelas exclusivamente religiosas ou diluídas na cotidianidade, (J. C. G.ANJOS, p. 14,15).

                       Existe uma relação, segundo o autor (ANJOS. p, 15) entre a pressuposição de uma “especificidade irredutível do econômico e do político”, ou do cerimonioso e do cotidiano, e o rigor formalista na definição “da especificidade do ritual”.

                       Em lugar de uma análise muito formalizadas dos rituais, privilegio, nas situações cerimoniosas, os acontecimentos insólitos que abrem “em torno de um momento singular, litúrgico, a incerteza da história e não a persistência de um texto”. Em lugar da reiteração reificante das fórmulas repetitivas dos rituais, privilegiarei o acontecimento em sua potencialidade de fazer intervir o novo no jogo de forças que carrega a situação cerimoniosa. Atores sociais em interação concreta e situações cerimoniosas em sua abertura para o acontecimento serão os ângulos a partir dos quais analisarei o cruzamento de representações políticas e representações religiosas, (J. C. G.ANJOS, p. 15, 16).

                       Este Artigo, aborda questões relacionando a Antropologia, de algum determinado grupo social, deste modo, a etnografia atua enfatizando este tema abordado. Sobre a Cultura Africana, Sobre as Religiões de Matriz Africana e sofreram impactos ao longo dos tempos. Em vez de apostar em processos sintéticos de totalização, trata-se aqui de levar em consideração certos todos singulares que podem ser dispostos também como partes interessadas do processo de pesquisa, dispondo-se ao lado e não acima das demais. Assim, adota-se como objeto de estudo as diversas manifestações de intolerância em relação às religiões afro-brasileiras dentro do campo religioso como em relação ao espaço público e os aspectos cerimoniosos até ritualísticos. O trabalho etnográfico surge assim não como algo eminentemente unilateral, mas como envolvendo uma série de prestações específicas. Os dados da pesquisa figuram justamente algo que é dado a alguém, por alguém: pragmaticamente, em circunstâncias que não se pode abstrair a priori. O motivo de o meu estudo ter como foco a intolerância religiosa foi trazer para a pesquisa acadêmica a importância da interface entre o estudo antropológico e o campo etnográfico, o estudo das cosmologias de matriz africana, a partir da elucidação dos conflitos do campo afro-religioso entre a pressuposição de uma “especificidade irredutível do econômico e do político”, ou do cerimonioso e do cotidiano, e o rigor formalista na definição “da especificidade do ritual.

 

Bibliografia

 GOLDMAN, Marcio. “Quinhentos anos de contato: por uma teoria etnográfica da (contra)mestiçagem. Mana [online] 21(3): 641-659, 2015.  

ANJOS, José Carlos Gomes dos. No Território da linha cruzada: a cosmopolítica afro-brasileira. Porto Alegre: Editora da UFRGS/ Fundação Cultural Palmares, 2006.

GOLDMAN, M. Os tambores dos mortos e os tambores dos vivos. Etnografia, antropologia e política em Ilhéus, Bahia. Revista de Antropologia[S. l.], v. 46, n. 2, p. 423-444, 2003. DOI: 10.1590/S0034-77012003000200012. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/ra/article/view/27171 . Acesso em: 21 jun. 2021.

GOLDMAN, M. Os Tambores do Antropólogo: Antropologia Pós-Social e Etnografia. Ponto Urbe – Revista do Núcleo de Antropologia Urbana da USP, Ano 2, v. 3.0, julho de 2008. Disponível em: https://www.n-a-u.org/pontourbe03/Goldman.html#1  

OPIPARI, Carmen.“I. Campo e terreno de pesquisa”; “II. Percursos e contornos do Candomblé” in: Opipari, Carmen. O Candomblé. Imagens em movimento. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2009. p. 272. 

Super interessante! A população atual da Terra gira em torno de 7,8 bilhões de habitantes (dezembro / 2020).

*População da Terra*

Para a maioria das pessoas, é um número grande. Isso é tudo. 

No entanto, em termos percentuais, podemos apreciá-lo em uma dimensão mais humanamente gerenciável. 

A análise resultante é relativamente mais fácil de entender.
   
*Desse total de 100%:*
   
- 11% estão na Europa
- 5% estão na América do Norte
- 9% estão na América do Sul
- 15% estão na África
- 60% vivem na Ásia
   
- 49% vivem no campo
- 51% vivem em cidades
   
- 12% falam chinês
- 5% falam espanhol
- 5% falam inglês
- 3% falam árabe
- 3% falam hindi
- 3% falam bengali
- 3% falam portugues
- 2% falam russo
- 2% falam japonês
- 62% falam sua própria língua nativa.
   
- 77% possuem casa própria ou locada.
- 23% não têm onde morar.
   
- 21% consomem mais calorias que o necessário
- 63% podem comer três refeições completas.
- 15% estão desnutridos, comeram a última refeição, mas não passaram para a próxima.
   
- O custo de vida diário de 48% é inferior a US$ 2,00
   
- 87% têm água potável limpa.
- 13% carecem de água potável e ou têm acesso apenas a uma fonte de água contaminada.
   
- 75% têm telefones celulares
- 25% não tem
   
- 30% têm acesso à internet.
- 70% não têm condições de se conectar.
   
- 7% receberam educação universitária.
- 93% não cursaram faculdade.
   
- 83% sabem ler.
- 17% são analfabetos.
   
- 33% são cristãos
- 22% são muçulmanos
- 14% são hindus
- 7% são budistas
- 12% são de outras religiões
- 12% são ateus, sem crenças religiosas
   
- 26% vivem menos de 14 anos
- 66% morreram entre as idades de 15 e 64
- 8% têm mais de 65 anos.
   
Se você tem sua própria casa (ou locada), faz de 3 a 6 refeições completas diárias e bebe água limpa, tem um telefone celular, pode navegar na Internet e fez faculdade, você está no pequeno *Grupo dos Privilegiados* (vc é da categoria *Elite Global* de menos de 7% da população mundial).
   
Nas condições atuais, de cada 100 pessoas no planeta, apenas 8 podem viver ou ultrapassar os 65 anos.
   
Se você tem mais de 65 anos, seja feliz e grato. Aprecie a vida, aproveite o momento.

Se você não deixou este mundo antes dos 64 anos, como as 92 pessoas que partiram antes de você, você já é abençoado entre a humanidade.
   
Cuide bem da sua saúde porque ninguém se importa mais do que você!
   
Aprecie cada momento restante e não reclame, viva e ajude seu próximo

16 de outubro de 2021

*Bom dia Inteirinho com Jesus Cristo *Os humildes de coração receberão a terra como herança do nosso Deus!

A humildade é uma qualidade muito importante. 

Quem é humilde reconhece que sua vida depende de Deus. 

Tudo que você faz, todos os seus talentos, todos os seus sucessos vêm de Deus. 

O humilde reconhece que sem Deus não é nada. 

O orgulho afasta de Deus mas a humildade aproxima. 

A humildade leva a reconhecer o pecado e a pedir perdão. 

A humildade também ajuda nos relacionamentos com outras pessoas. O humilde reconhece que não é melhor que ninguém e todos merecem amor e atenção. 

Deus abençoa o humilde. 

A humildade é uma qualidade muito importante. 

Quem é humilde reconhece que sua vida depende de Deus. 

*Que  tenhamos  um  sábado alegre ,feliz e abençoado confore a proteção,a excelência,a vontade  e o agir de Papai do Céu nas nossas vidas e dos nossos familiares!*

Parabéns a quem Produz no dia Mundial dos Alimentos