13 de março de 2021

O Turismo Rural na Agricultura Familiar não pode ser identificado como uma atividade econômica isolada

 
FANGO COM QUIABO E POLENTA OU ANGU


O Turismo Rural na Agricultura Familiar tem se apresentado e destacado como opção de ser uma força impulsionadora do desenvolvimento das atividades agrícolas no Estado de Mato Grosso,  gerando renda, emprego, tributos e divisas, haja visto que o Estado é eminentemente agrícola e pecuário com um cenário de áreas naturais preservadas,  somam – se mais de duzentos mil agricultores familiares presentes nos assentamentos de reforma agrária, comunidades tradicionais, quilombolas, ribeirinhos, homem da floresta e pescadores profissionais, fazendo com que o Estado todo seja um grande potencial para o desenvolvimento do Turismo Rural na Agricultura Familiar. 
            
O Turismo Rural na Agricultura Familiar não pode ser identificado como uma atividade econômica isolada, mas, um agregado de atividades produtivas, inseridas em diversos setores da agricultura propriamente dito, indústria e serviços, que produzem múltiplos efeitos produtivos.
            
Como qualquer outra atividade econômica, o Turismo Rural na Agricultura Familiar apresenta o seu desenvolvimento racionalmente pré-determinado para que as necessidades e potencialidades sejam gerenciadas e se transformem em estratégias que conduzam a inserção do patrimônio natural e cultural no circuito econômico, evidentemente, através do uso não predatório dos mesmos.
            
O pressuposto básico é que o Turismo Rural na Agricultura Familiar, pôr suas características e suficientes para a promoção do desenvolvimento auto-sustentável do município e comunidade, quando devidamente planejado conduz a sociedade ao uso pleno de seus recursos Econômicos – Sócios – Culturais.
 
A troca de experiências na área do conhecimento, intercâmbio de experiências, realização de eventos técnicos, capacitação continuada, realização de eventos que propicie a exposições e vendas de Produtos Associados ao Turismo são fatores  importante para a consolidação da interligação das atividades agropecuárias às atividades e ações de Turismo, para a construção de um cenário para o desenvolvimento do Turismo Rural na Agricultura Familiar no Estado de Mato Grosso.


Artigo e foto: 
Geraldo Donizeti Lucio da  EMPAER.
ECONOMISTA
ESPECIALISTA EM TURISMO RURAL.
BLOGUEIRO 

Objetivo do Turismo Rural.

GERALDO DONIZETI LUCIO NO ASSENTAMENTO SÃO FRANCISCO EM JACIARA.

 OBJETIVO

Valorizar as pequenas propriedades e revitalizar o meio rural buscando formas alternativas de reanimação econômica e valorização do modo de vida do Agricultor  Familiar.

Usar como ferramenta estratégica  o Turismo Rural na Agricultura Familiar.

Desenvolver nos municípios e nas  propriedades rurais, (unidade de produção do Agricultor Familiar).

O Turismo Rural em Mato Grosso pode ser Potencializado pela EMPAER - MT


Foto do Assentamento São Francisco (Vale do Chico em Jaciara -MT).
 
 
O Turismo Rural na Agricultura Familiar já  é um fenômeno que vem ocorrendo no Estado de Mato Grosso com várias iniciativas,  principalmente nas regiões da  Baixada Cuiabana, Cáceres, Barra do Garças, São Félix do Araguaia e Rondonópolis  e  tem sido um  produto alternativo   dos  agricultores  familiar.

O Governo do Estado tem dado  apoio do Governo através da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico - SEDEC, na sua  Secretaria Adjunta de Turismo  do Turismo,  – SEADTUR, mas existe a necessidade de que outros órgãos como a Secretaria de Agricultura Familiar - SEAAF e a Empaer esteja mais efetivamente neste processo.

A Empresa de  Pesquisa  Assistência Técnica e Extensão Rural – EMPAER pode e devec ser a protagonista deste de um grande projeto para desenvolver este segmento no Estado, pois  tem uma grande estrutura com seus  09 (nove) escritórios regionais e mais de 100 escritórios locais, para atuar na ponta junto os agricultores neste segmento

As entidades da sociedade civil, em organizações comunitárias, formais e informais, poderão ser atores de projetos uso e ocupação coletivas, como por exemplo: Assentamentos, Comunidades, Reservas Legais Comuns, etc

Os muitos Agricultores Familiar no Estado de Mato Grosso estão necessitando de auferir rendas novas em suas propriedades e o Turismo Rural está no âmbito da alternativa de emprego e renda para este público, lembrando que são clientes atendidos pela EMPAER na ponta. 

O Turismo Rural que era um nicho de mercado passa a  ter um status de segmento turístico reconhecido pelo Ministério do Turismo e Ministério da Agricultura e Pecuária, com uma Dirertriz para o seu desenvolvimento.

Este segmento já tem  gerando em Mato Grosso,  em várias iniciativas,  novas formas de trabalhos e negócios, com a  diversificação das atividades nas unidades produtivas dos Agricultores Familiar.

Essas iniciativas de produtos, se apresentam com seus  cenários naturais, tendo como conjunto de atividades desenvolvidas, proporciondo aos turistas a interação com o meio rural, com  destaque para  oferta de diversas atividades, como a produção associada ao turismo.

Produção Associada ao Turismo. são os produtos da agro-indústria, artesanato e manifestações culturais

 As caminhadas na natureza,  quando realizadas em propriedades rurais, são apresentadas de   variadas formas de lazer, as demonstrações tecnológicas, comercialização grupal.

Os serviços turísticos  de hospedagem e alimentação, diferenciados, disponíveis isoladamente ou em conjunto, quando acontecem no Espaço Rural e Natural são considerado produtos do Turismo Rural.

O Turismo Rural é a interligação das atividades rurais desenvolvidas  pelos agricultores aliado ao serviços e equipamentos  turísticos.

A  Empresa de  Pesquisa  Assistência Técnica e Extensão Rural – EMPAER a partir do ano de 2014 passou a ter em seu quadro servidores a figura do  Turismologo que é um profissional de Turismo.

Tendo em vista esta realidade e a  necessidade de se trabalhar este segmento os técnicos  profissionais da área do turismo, denominados Turismólogo,  irão  trabalhar junto aos demais profissionais da area tecnica finalistica podendo  desenvolver  na propriedade rural a  inteface do Turismo Rural na Agricultura Familiar.

Portanto é importante  se contemplar com o Turismo Rural  os Agricultores Familiar de acordo com o interesse de cada um,  que estão nos municípios das regiões: da  Baixada Cuiabana, Cáceres, Barra do Garças, São Félix do Araguaia e Rondonópolis, Tangara da Serra,  Barra do Bugres, Alta Floresta,  dentre outras regiões estas  onde se visualiza a princípio uma maior potencialidade para o Desenvolvimento do Turismo Rural na Agricultura Familiar.  

Artigo e fotos: Geraldo Donizeti Lucio, Técnico da EMPAER, 

Economista, especialista em Turismo Rural.

GERALDO DONIZETI LUCIO.


COMPETÊNCIAS E ATRIBUIÇÕES DOS TURISMÓLOGOS

 

Geraldo Donizeti Lucio - Servidor da EMPAER - MT


TURISMÓLOGO
Você trabalha com turismo ou estuda turismo, então você é turista!  Todavia, é importante diferenciarmos bem os termos turista e Turismólogo.

 
Turista, segundo a Embratur (1992), é “aquele que se desloca para fora de seu local de residência permanente, por mais de 24 horas, realizando pernoite, por motivo outro que não o de fixar residência ou exercer atividade remunerada, realizando gastos de qualquer espécie com renda auferida fora do local visitado.”   

         
Turismólogo é o profissional de nível superior que conhece, analisa e estuda o turismo em sua totalidade. 

O termo Turismólogo surgiu nos anos de 1970 com o objetivo de normatizar e identificar uma categoria de profissionais da área de turismo. 

Foi nesse momento, que o turismo nasce como uma nova área do conhecimento científico, valorizando o pensar turístico e suas possibilidades. 
 
COMPETENCIA E ATRIBUIÇÕES DOS TURISMÓLOGOS  
 
• Elaborar políticas de Turismo municipais, estaduais, nacionais, internacionais, transregionais e transacionais.  


• Elaborar o planejamento do espaço turístico;


• Analisar e elaborar planos para o desenvolvimento do turismo de uma forma consciente; baseando-se em fatores sociais, culturais e econômicos presentes em cada região;


• Elaborar e coordenar trabalhos técnicos, estudos, pesquisas e projetos em diferentes áreas do turismo (sobretudo academicamente);


• Coordenar e orientar trabalhos de seleção e classificação de locais e áreas vocacionadas para o turismo; 


• Coordenar áreas e atividades de lazer para o público em geral; 


• Coordenar e orientar projetos de treinamento e/ou aperfeiçoamento de pessoal, em nível técnico ou de prestação de serviços, além de planejar e organizar eventos e viagens.


De forma geral, o Turismólogo atua nas seguintes funções:
 
• Lecionar nas inúmeras instituições (sobretudo as privadas) de ensino superior que oferecem o curso de turismo, notadamente no Brasil;


• Atender a turistas, fornecedores e consumidores em geral em hotéis, estabelecimentos de A&B e entretenimento, agências e operadoras, aeroportos, bureaux e centro de convenções e eventos diversos;


• Vender produtos e serviços turísticos os mais diversos seja autonomamente ou como encarregado no setor comercial em que esteja empregado;


• Realizar as mais diversas tarefas em qualquer atividade que tenha algum envolvimento com o fluxo de veranistas e a dinâmica multidisciplinar e multidimensional do fenômeno turístico.
 
 Por fim, o Turismólogo deve ser um profissional versátil, com uma visão sistêmica e multidisciplinar da atividade turística e preparado para trabalhar com questões que envolvem relações econômicas, ambientais e sociais.        

Geraldo Donizeti Lucio

BLOGIEIRO

Economista

Especialista em Turismo Rural                  

12 de março de 2021

Conheça o sistema que planta o milho antes de colher a soja

Por - 


A janela da safrinha por vezes fica apertada quando alguns fatores não colaboram. É o caso da safra 2020/21 onde o clima atrasou a implantação da soja e atrapalha a conclusão da colheita. Com isso o milho que já deveria estar na lavoura ainda não foi semeado. O plantio fora do zoneamento climático ideal aumenta os riscos de perdas de produtividade.

E se você pudesse plantar o milho ainda quando há soja na área? Isso já é possível. Os testes do chamado Sistema Antecipe, idealizado pela Embrapa Milho e Sorgo (MG), são promissores e o sistema deve estar comercial já na próxima safra.

Elaboramos um vídeo, com o pesquisador Décio Karam, mostrando como funciona e o que o produtor precisa saber sobre. É preciso levar em conta que:

– O sistema deve ser planejado como um todo, desde o plantio da soja, com escolha de cultivares, até a chegada do milho na área.
– Não substitui a safrinha sendo recomendado apenas para as áreas que ficam fora da janela ideal de plantio.
– Precisa de uma semeadora especial.
– Os manejos de pragas, doenças e adubação são os mesmos que o produtor já faz.

Agrolink

Mendes anuncia R$ 55 mi para pequenas empresas afetadas por pandemia



Empresários de bares, restaurantes, eventos e microempreendedores poderão tomar empréstimos em MT

Mayke Toscano/Secom-MT

O governador Mauro Mendes, que anunciou aporte pelo Desenvolve MT

CÍNTIA BORGES

DA REDAÇÃO

O governador Mauro Mendes (DEM) anunciou que a Agência de Fomento do Estado de Mato Grosso, o Desenvolve MT, dará uma linha de crédito de R$ 55 milhões aos setores de bares, restaurantes e empresas de pequeno porte no período da crise econômica provocada pelo coronavírus.


O anúncio foi por meio de live nas redes sociais do Governo de Mato Grosso, na tarde desta quinta-feira (11).

 

De acordo com Mendes, os recursos serão empreendidos por meio de três segmentos.

 

Para os microempreendedor Individuais (MEIs), o Desenvolve MT terá um aporte de R$ 15 milhões. O empréstimo poderá ser de até R$ 10 mil a juro zero para pagamento em dia. O prazo para pagamento é de até 24 meses, tendo seis meses de carência.

O segundo segmento é para empresários de bares, restaurantes e eventos. Esse setor terá um aporte de R$ 15 milhões. O empréstimo poderá ser de até R$ 50 mil, com a taxa de juros 6% ao ano. Caso o empresário pague em dia, terá um desconto de 20% na taxa de juros. O prazo de pagamento 36 meses, mais seis meses de carência.

 O setor com maior aporte será para micro e pequenas empresas. O Desenvolve MT aportará R$ 25 milhões. O recurso poderá ser feito para investimento e/ou capital de giro em até R$ 700 mil. Caso esse valor for apenas para capital de giro, o empréstimo pode ser feito até R$ 50 mil. 

 A taxa de juros será de acordo com mercado, mas terão 25% de desconto nos juros caso os pagamentos sejam realizados em dia.

 

Poderemos abrir as linhas de empréstimo e poderemos ajudar os empresários ou até mesmo para fomentar projetos em todo Mato Grosso

Conforme o governador Mauro Mendes, do total que será investido no Desenvolve MT, R$ 45 milhões serão dados pelo Governo do Estado e R$ 10 milhões pela Assembleia Legislativa. 

 “Com isso poderemos abrir as linhas de empréstimo e poderemos ajudar os empresários ou até mesmo para fomentar projetos em todo Mato Grosso”, disse Mendes.

 Medidas tributárias

 O governador ainda anunciou que os empresários do setor de bares, restaurantes e eventos que tenham dívidas relativas ao ICMS, poderão parcelá-las em até 60 meses.

 Eles ainda terão a postergação do pagamento do IPVA e licenciamento dos seus veículos, que vença no primeiro semestre, para o segundo semestre.

 Mendes ainda suspendeu o pagamento do Imposto Sobre a Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS). O imposto referente a março, abril e maio, deverão ser pagos em junho em seis parcelas. 

 “Com todo ICMS que eles teriam que recolher nesses seis meses, sem juros, correção e nada, divididos em seis parcelas”, resumiu.

 Veja como será a ajuda:

 

 

 

 

 

00:05/00:59

10 de março de 2021

Um dos Instagram do Geraldo Lucio . Visite também neste endereço.

Um dos Instagram do Geraldo Lucio . Visite neste endereço.

RIO SACRE CAMPO NOVO DOS PARECIS MATO GROSSO BRASIL .

QUEM FOI MARECHAL RONDON ?


Primeiros anos

Cândido Mariano da Silva Rondon nasceu em Mimoso Distrito de Santo Antônio de Leverger, no estado do Mato Grosso, em 5 de maio de 1865. Descendentes de três povos indígenas (bororo, terena e guaná), Rondon era órfão. Seu pai, Cândido Mariano da Silva, morreu antes do nascimento do filho, e a mãe, chamada Claudina Lucas Evangelista, faleceu em 1867.

Rondon foi criado pelo seu tio, Manoel Rodrigues da Silva Rondon. O sobrenome “Rondon”, inclusive, foi uma homenagem feita pelo futuro marechal ao tio, que faleceu em 1890.

Realizou sua educação básica na cidade de Cuiabá, finalizando seus estudos com 16 anos e iniciando carreira como professor. Logo depois ingressou no Exército e mudou-se para o Rio de Janeiro, com o objetivo de estudar na Escola Militar do Rio de Janeiro. Lá obteve bacharelado em Ciências Físicas e Naturais e conseguiu prosperar na hierarquia militar.

Com 23 anos de idade, Rondon ocupava o posto de alferes-aluno no Exército. Nesse período, o Brasil passava por grande agitação social e política, em razão da questão da abolição do trabalho escravo e da proclamação da república. Rondon apoiou tanto a abolição como a derrubada da monarquia no país.

Exploração do interior do Brasil
Depois de se formar, Rondon tornou-se professor substituto da Escola Militar, mas optou por trocar de função para trabalhar como assistente do major Antônio Carneiro no trabalho de construir uma linha telegráfica que ligaria Mato Grosso e Goiás. Isso permitiria que a capital pudesse manter contato com o Mato Grosso, um dos estados mais isolados do Brasil na época.

A partir de 1892, Rondon tornou-se capitão no Exército e assumiu a chefia da comissão responsável pela construção das linhas telegráficas, a Comissão Construtora de Linhas Telegráficas. O jornalista Larry Rohter fala que foi o contato de Rondon com o major Carneiro que lhe deu conhecimento para instalação de linhas telegráficas, sobreviver no sertão e manter contato pacífico com os indígenas.

A partir desse período, Rondon também se envolveu na construção de uma estrada que ligava Cuiabá ao Rio de Janeiro. Até o começo do século XX, o deslocamento até Cuiabá ocorria pela navegação fluvial, mas como as relações diplomáticas entre Brasil e Argentina não estavam boas, foi necessário construir uma estrada. Entretanto, essa obra não chegou a ser concluída. Rondon também participou da construção de linhas telegráficas que ligavam o Brasil a duas nações vizinhas: Bolívia e Peru.

As obras realizadas para conectar o Mato Grosso à capital do Brasil estenderam-se de 1891 a 1906. Depois disso, Rondon seguiu sua carreira como sertanista e foi convidado pelo governo para construir linhas telegráficas até o vale amazônico.

Para isso, ele formou, em 1907, a expedição Comissão Rondon, na qual esteve à frente de uma equipe que promoveu uma série de estudos no território amazônico. Essa expedição de reconhecimento da floresta amazônica existiu até 1910. Na capital, acreditava-se que ele teria morrido em virtude do longo tempo que ficou embrenhado na floresta. A construção da linha telegráfica aconteceu até 1915.

Outra ação realizada por Rondon foi a conhecida Expedição Rondon-Roosevelt, entre 1913 e 1914. A empreitada ocorreu com o ex-presidente norte-americano Theodore Roosevelt e contou com a presença de cientistas brasileiros e norte-americanos, que exploraram e estudaram regiões do vale dos rios Paraguai e Amazonas.

No final da década de 1910, ele voltou a trabalhar na exploração do interior do estado do Mato Grosso, enquanto ainda estava envolvido na comissão responsável pelos telégrafos. Durante todo esse período, Rondon manteve contatos pacíficos com inúmeras aldeias indígenas. O trabalho de Rondon consistia na identificação delas para realizar uma integração.

Na década de 1920, Rondon engrossou as fileiras dos tenentistas e participou da Revolução Paulista de 1924, tornando-se general. No governo de Washington Luís, foi nomeado para supervisionar as fronteiras do Brasil de norte a sul. Negou-se a apoiar a Revolução de 1930 e foi brevemente preso por isso, sendo depois libertado e nomeado para continuar na vistoria das fronteiras do país.

Entre 1934 e 1938, atuou em uma missão diplomática que mediou a solução de um desentendimento entre Peru e Colômbia, em razão da ocupação ilegal, por cidadãos peruanos, de uma cidade colombiana fronteiriça. A mediação de Rondon teve sucesso, e o conflito acabou. O sertanista foi homenageado no governo por sua atuação.

Em 1939, assumiu o Conselho Nacional de Proteção ao Índio, instituição que surgiu para substituir o antigo Serviço de Proteção ao Índio. Na década de 1940, Rondon manifestava-se publicamente contra o fascismo e atuou para que o governo brasileiro se juntasse aos Aliados durante a Segunda Guerra Mundial. No final de sua vida, ele ainda lutou pela criação do Parque Nacional do Xingu.

Atuação com os índios

Enquanto sertanista, Rondon passou sua vida explorando as regiões mais remotas do Brasil. Em todas as expedições que realizou, ficou conhecido pelo respeito aos indígenas e pela luta para que os direitos deles fossem garantidos. Larry Rohter entendeu que a relação de Rondon com os indígenas mudou ao longo do tempo.

A primeira postura de Rondon a respeito dos indígenas foi a de defender a integração desses povos com a sociedade brasileira, mas apenas se fosse realizada pacífica e voluntariamente. Essa posição foi sendo abandonada nos últimos anos da vida de Rondon porque ele passou a questionar a forma como as autoridades tratavam os índios e também a acreditar no direito deles de permanecerem isolados.

Como mencionado, Rondon sempre manteve contato pacífico com diferentes povos indígenas. Essa posição rendeu-lhe sucesso em suas relações. Alguns povos indígenas, como os bororos, chegaram até a auxiliar Rondon durante uma de suas expedições.

Ele também se relacionou com outros povos, como os terenas e quiniquenaus, e conseguiu aproximar-se até mesmo de povos hostis, como os nhambiquaras. Lutou junto aos governos para que fossem demarcadas zonas de proteção com vistas a garantir a sobrevivência e o modo de vida dos indígenas, uma vez que percebia que fazendeiros agiam com grande violência contra esses povos.

Ele também assumiu instituições de proteção aos índios que foram importantes na história do Brasil. Essas instituições foram os mencionados Serviço de Proteção ao Índio e o Conselho Nacional de Proteção ao Índio. A frente do SPI, ele sustentava o seguinte lema: “Morrer se preciso for, matar nunca”. Esse lema demonstrava a disposição de Rondon a nunca agir com violência contra os indígenas, mesmo se ele fosse tratado violentamente.

Durante o segundo governo de Vargas, na década de 1950, foi um dos defensores da criação do Parque Nacional do Xingu. A demarcação de terras indígenas, conforme ele acreditava, era uma forma de proteger os índios da cobiça daqueles que invadiam suas terras, cometendo todo tipo de violência.

Morte

Nos últimos anos de sua vida, Rondon ainda trabalhava na defesa dos indígenas. Sinal disso é sua atuação para que os presidentes Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek tomassem medidas que garantissem os direitos dos índios. Ele faleceu no dia 19 de janeiro de1958, em sua residência no Rio de Janeiro.

Homenagens

Toda a atuação de Rondon como sertanista e defensor dos direitos dos índios fez com que ele recebesse inúmeras homenagens. Vários eventos científicos em todo o planeta homenagearam-no pelos trabalhos realizados por ele. Aqui no Brasil existem cidades e até um estado que levam em seus nomes uma homenagem a Rondon.

No Mato Grosso, a cidade de Rondonópolis e, no Paraná, a cidade de Marechal Cândido Rondon levam esses nomes como forma de homenagem ao sertanista. Em 1956, o território de Guaporé, na Região Norte, teve seu nome alterado para Rondônia. Ele também foi promovido a marechal pelo Exército quando possuía 90 anos.

Rondon ainda foi considerado por muitas personalidades como merecedor do Nobel da Paz pelo seu trabalho na defesa dos índios. Até mesmo Albert Einstein, um grande nome da Física, sugeriu que ele fosse indicado para receber o prêmio. Infelizmente, o sertanista nunca recebeu o Nobel.