23 de outubro de 2020

Menos de 2% dos imoveis rurais inscritos no CAR de MT estão regulares

Por Cenário MT

Dos 150 mil imóveis rurais existentes em Mato Grosso, 97 mil estão inscritos no Cadastro Ambiental Rural (CAR), instrumento utilizado para regularização de áreas degradadas. Do total de inscritos, somente 1.783 foram validados. Existem ainda outros 2.072 cadastros pendentes de regularização. Os dados, segundo a promotora de Justiça que atua na defesa do meio ambiente natural em Mato Grosso, Ana Luíza Ávila Peterlini de Souza, são preocupantes, já que o percentual de imóveis regularizados não chega a 2%.

O promotor de Justiça em Mato Grosso do Sul, Luciano Furtado Loubet, lembrou que, de acordo com o Código Florestal, os imóveis que não se regularizarem até 31 de dezembro deste ano vão perder o direito ao Programa de Regularização Ambiental e a todos os seus benefícios. Entre eles, a possibilidade de recomposição da reserva legal em 20 anos e a compensação por outra área extra-propriedade.


-Continua depois da publicidade ©-Os dois promotores de Justiça ministraram palestra nesta quinta-feira (22), no  Webinário de Direito Ambiental, promovido pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso, por meio da Procuradoria de Justiça Especializada em Defesa Ambiental e da Ordem Urbanística e do Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional (Ceaf), em parceria com a Escola Superior do Ministério Público de Mato Grosso do Sul. O evento terá continuidade nesta sexta-feira (23), às 9h, com discussões sobre “Saneamento Básico e o Novo Marco Legal”.

O tema será abordado pelo promotor de Justiça do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, Murilo Bustamante, e pelo promotor Daniel Martini do MP do Rio Grande do Sul.

Mão de obra de reeducandos da Mata Grande pode ser contratada por empresários


Parceria entre Sedec MT e Sesp deve fomentar o interesse dos empreendedores do Estado por meio do Pensando Grande para os Pequenos
Thielli Bairros | Sedec MT

Secretário adjunto Celso Banazeski e equipe conhecendo a estrutura e os trabalhos da penitenciária "Mata Grande" em Rondonópolis - Foto por: Sedec MT
Secretário adjunto Celso Banazeski e equipe conhecendo a estrutura e os trabalhos da penitenciária
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Conhecer as frentes de trabalho dos reeducandos da Penitenciária Regional Major Eldo de Sá Correa, em Rondonópolis (250km de Cuiabá), foi o objetivo de uma visita da equipe técnica da Secretaria Adjunta de Desenvolvimento do Ecossistema Empreendedor, da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec MT) nesta quinta-feira (22.10). Uma parceria com a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), por meio do programa Pensando Grande para os Pequenos, deve ser formatada e fomentar o interesse dos empresários mato-grossenses por esta mão de obra.

“O trabalho que vimos aqui é magnífico e percebemos que os reeducandos sairão melhores e mais preparados para serem reinseridos, pois muitos não tinham qualificação alguma. Vamos incentivar os empresários e levar esta ideia para as rodadas do Circuito Empreendedor no próximo ano”, afirmou Celso Banazeski, secretário adjunto de Desenvolvimento do Ecossistema Empreendedor.

Para o secretário de Desenvolvimento Econômico, César Miranda, a parceria pode ser proveitosa para ambas as partes. “Vamos motivar os empresários, pois isso pode ser um diferencial de competividade com mão de obra mais barata e sem encargos. Inclusive, o governador Mauro Mendes assinou um projeto de lei que prevê o auxílio da empreendedores que contratarem esta mão de obra com o pagamento de metade de um salário mínimo”, explicou.

“Agora que conhecemos o trabalho das unidades prisionais e aceitamos o desafio de ingressar no projeto, precisamos do regramento de como será a parceria. Então, consultaremos todas as áreas técnicas necessárias para dar andamento e partir para a prática”, informou Elisama Fonseca de Carvalho Macedo, superintendente de Política Industrial, Minas e Energia da Secretaria Adjunta de Desenvolvimento do Ecossistema Empreendedor.

A penitenciária conhecida como “Mata Grande” é a segunda maior do Estado e abriga atualmente 1.500 presos, dos quais 330 estão trabalhando extra e intramuros. O diretor Aliton Ferreira disse que é preciso preparar para ressocializar. “Temos que ter a consciência de que todos vão sair. Queremos eles melhores ou piores? Por isso, é preciso descobrir o talento de cada um e incentivar o trabalho”, afirmou.

A Mata Grande tem vocação para o trabalho, na opinão da superintendente de Política Penitenciária da Sesp, Michelli Egues Dias Monteiro. “Convidamos a Sedec para conhecer o trabalho realizado aqui e compreender o potencial da unidade. O trabalho tira da ociosidade, dá retorno para a sociedade e dá dignidade para os presos, além do retorno interessante para o empresário”, diz.

O diretor da penitenciária contou que há uma comissão que faz a seleção dos presos aptos a trabalhar, composta por assistente social, psicóloga, assessora jurídica, entre outros profissionais. “Há um protocolo de inserção dos recuperandos para verificar as habilidades e os perfis para cada trabalho”. Entre os trabalhos desenvolvidos na penitenciária estão panificação, oficina elétrica, alfaiataria, artesanato, marcenaria, entre outros.


Apesar da chuva, Pantanal ainda pede socorro; saiba como ser voluntário em Cuiabá


Você pode ajudar doando, ou sendo voluntário sem nem sair de Cuiabá; saiba como

Arquivo pessoal

Apesar da chuva ter começado a chegar no Pantanal, o fogo ainda consome a maior bacia hidrográfica do planeta. Ao todo, 27% da área do Pantanal já foi consumida pelo fogo.

De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), as queimadas na região do bioma brasileiro aumentaram 210% neste ano, comparadas ao mesmo período do ano anterior (2019). Aproximadamente 2,2 milhões de hectares já foram queimados no pantanal.

Você pode ajudar doando, ou sendo voluntário sem nem sair de Cuiabá; saiba como!


22 de outubro de 2020

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A área do Patrimônio é uma das novidades da Mostra Sesc de Culturas 2020, que acontece de 01 a 08 de novembro, com uma programação 100% digital e 100% made in Ceará. Nesse contexto cultural, a parceria entre Sesc Ceará e a Fundação Casa Grande se destaca trazendo uma programação totalmente voltada para discutir o processo de candidatura da Chapada do Araripe como Patrimônio da Humanidade, com a participação de especialistas no assunto.

 

Dando início aos trabalhos, no dia 02 de novembro, os pesquisadores Conceição Lopes (Coimbra) e Patrício Melo (Urca) abordam a iniciativa de estudos para a candidatura da Chapada do Araripe como Patrimônio da Humanidade, projeto de pesquisa elaborado juntamente com o Governo do Estado do Ceará, através da Funcap, com apoio da Casa Grande, Fecomércio/Sesc, URCA e demais intuições científicas. A discussão, que teve início em agosto de 2019, visa detalhar todo o processo para inscrever a Chapada do Araripe na lista indicativa como Patrimônio da Humanidade junto ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.

 

Em continuidade, a programação destaca também a rota do Turismo Cultural na Chapada do Araripe também é vertente fundamental nas discussões do evento. No dia 03 de novembro, o gestor em Turismo, Júnior dos Santos, fará uma apresentação da rota turística da região, pelo canal do Youtube do Sesc Ceará, apresentando roteiros dos Museus Orgânicos, potencializados pela parceria Casa Grande, Sistema Fecomércio, através do Sesc. Serão pontuados: o turismo comunitário, social, responsável, além de resultados de impactos de geração de renda, sistematizados a partir de visitações a esses espaços, no ano de 2019.

 

Para fechar o cronograma das atividades de Patrimônio, acontecerá a apresentação do pesquisador, criador da Fundação Casa Grande e assessor de relações institucionais do Sesc Ceará, Alemberg Quindins, falando sobre a criação dos Museus Orgânicos na Chapada, no dia 04. Como surgiu o conceito, a ideia de implantação, a qualificação, os principais reconhecimentos e resultados desses equipamentos serão tópicos abordados por Quindins. Recentemente, o projeto dos Museus Orgânicos foi destaque no 11º Prêmio Ibermuseus de Educação, alcançando o segundo lugar entre 20 iniciativas de diversos países.

Mini bio Conceição Lopes

Maria da Conceição Lopes, Professora Auxiliar na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, nasceu a 14 de fevereiro de 1961, no concelho de Arganil, distrito de Coimbra, Portugal Licenciada em História – Variante de Arqueologia pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra no ano de 1984, com a média final de Bom. Doutora pela Universidade de Coimbra, no ano de 2000.

 

 Mini bio Patrício Melo

Professor Efetivo Associado da URCA.  Mestre e Doutor em Direito. Líder do Grupo de Pesquisas em Direitos Humanos Fundamentais. Pesquisa em temas do Direito Socioambiental, Direito Indígena, Direito das Famílias e Meio Ambiente. Especialista da UNESCO para o Programa de Geoparques Mundiais da UNESCO e Coordenador da Rede de Geoparques da América Latina e Caribe e coordenador do Projeto Dossiê Chapada do Araripe Patrimônio da Humanidade.

 

Mini bio Alemberg Quindins

Pesquisador, músico, empreendedor social, escritor e artista plástico autodidata. Criador da Fundação Casa Grande – Memorial do Homem Kariri em 1992 na cidade de Nova Olinda, Ceará. É professor do Curso de Pós-graduação Latu Sensu em Arqueologia Social Inclusiva pela Universidade Regional do Cariri – URCA e Investigador do Centro de Estudos em Arqueologia, Artes e Ciências do Patrimônio – CEAACP da Universidade de Coimbra – Portugal. Atualmente é assessor de relações institucionais do SESC Ceará.

 

Mini bio Júnior dos Santos

Junior dos Santos é responsável pelos programas de sustentabilidade institucional e geração de renda familiar da Fundação Casa Grande Graduado em Gestão do Turismo pela Estácio de Sá, atualmente Mestrando em Direção e Consultoria Turística na Universidade Iberoamericana e criou em 2012 a Agência Turismo Comunitário que atua com receptivo turístico na Região do Cariri.

SERVIÇO: Mostra Sesc de Culturas 2020 – Patrimônio

Dia 02/11 – 15h – Live Chapada do Araripe, Patrimônio da Humanidade
Facilitadores: Conceição Lopes e Patrício Melo

Dia 3/11 – 15h – Live Turismo Cultural Responsável na Chapada do Araripe
Júnior dos Santos

Dia 4/11 – 15h – Live Museus Orgânicos da Chapada do Araripe. Facilitador: Alemberg Quindins

As apresentações podem ser conferidas ao vivo, no Youtube do Canal do Sesc.

Mato Grosso foi um dos poucos estados brasileiros que conseguiu aumentar sua arrecadação durante os meses mais duros de paralização econômica provocada pela pandemia da covid-19, mostrando resiliência à crise. Sinal de que a economia do estado está indo bem e os negócios não param. O estado teve uma alta de 15,17% na arrecadação, ficando quase três vezes à frente do segundo colocado, Mato Grosso do Sul que aumentou sua arrecadação em 5,56%.

Mato Grosso liderou também a geração de empregos formais (carteira assinada) no país em 2020. De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia, foram criados no estado 12.901 novos postos de trabalho entre os meses de janeiro a agosto, boa parte deles no setor do agronegócio.

Os dados seriam bem melhores e a economia estadual poderia ter dado um grande salto em 2020, se não fosse a pandemia, aponta o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, César Miranda. Nessa entrevista exclusiva ao MT Econômico, Miranda fala sobre as exportações do estado, que tiveram um incremento durante a pandemia, dos investimentos previstos para Mato Grosso, das alterações realizadas nos incentivos fiscais – que ainda provocam divergências – e da grande polêmica do momento, a reclamação dos frigoríficos de que poderá faltar matéria prima nos próximos meses devido a venda do gado vivo de Mato Grosso em outros estados.

A seguir, os principais tópicos da entrevista de César Miranda:

Exportações 

“Não tivemos problemas com as exportações. Ao contrário, houve até um incremento. Tivemos, como todo Brasil e parte do mundo, paralização de alguns setores, como serviços, comércio, turismo. Mas, outros países foram afetados pela pandemia e isso provocou um incremento das exportações, devido a corrida mundial em busca de alimentos. Mato Grosso produz e exporta proteína animal e vegetal. Neste ano, somente até setembro, tivemos um incremento de mais de 1 bilhão de dólares em relação as exportações. Em negócios, em 2019 foram 11,8 bilhões. Já em 2020, até setembro foram 12,8 bilhões. Com o dólar forte e aumento da nossa produtividade, foi possível manter os negócios ligados ao agronegócio em alta. Então para o agronegócio o momento foi bom porque o mundo precisou de alimentos. Bom lembrar que o estado não arrecada ICMS com a exportação, porque a Lei Kandir isenta o produto exportado”.

Agroindústria

“Não temos arrecadação com a exportação de commodities, mas estamos ganhando com a agregação de valores, a verticalização da produção e o crescimento da agroindústria. Um exemplo é o setor de biocombustível, com o etanol de milho. Muito do nosso milho, que era quase 100% exportado in natura, hoje está sendo industrializado e transformado dentro do próprio estado, se transformando em etanol e DDG (ração animal). Essa agregação de valor provoca um incremento na arrecadação de ICMS dentro do estado”.

Incentivos

“O ambiente de negócios em Mato Grosso melhorou muito. Com a Lei 631/2019, foi feita uma reformulação total nos incentivos fiscais de Mato Grosso. Isto deu segurança jurídica para o investidor, deu isonomia aos segmentos econômicos, trouxe transparência ao processo. Antigamente, o incentivo fiscal era dado por empresa. Agora não, agora é dado por segmento, então acabou com a competitividade predatória dentro do estado e deu condições para cada segmento se organizar e competir com os concorrentes que estão fora de Mato Grosso. Hoje o incentivo é por adesão, acabou a burocracia da empresa ter que vir até o governo, apresentar projetos. Isso tudo colabora com um bom ambiente de negócios dentro do estado. Obviamente os investimentos começam a acontecer, a exemplo dos grandes investimentos que estão sendo feitos no setor de etanol de milho”.

“Os incentivos que são dados em Mato Grosso são bastante atrativos, porque permitem que as empresas mato-grossenses, além de terem uma melhor competitividade para quem vem vender em Mato Grosso, também possibilita uma competitividade maior para aquelas empresas mato-grossense que vão disputar mercados fora do estado, seja nacional ou internacional. Os percentuais concedidos foram amplamente discutidos com os setores. O governo debateu, democraticamente com os setores, para que fossem incentivos suportados pelo estado, atendessem a legislação e fossem atrativos para quem deseja investir em Mato Grosso ou ampliar os investimentos no estado”.

Frigoríficos

“Os incentivos concedidos aos frigoríficos foram bem debatidos com o setor e ficaram bastante atrativos. O que acontece é que existem alguns produtores que utilizam brechas da lei e decisões judiciais para transferir o gado vivo de uma propriedade dentro do estado para uma propriedade fora do estado. Alegam que o gado vai para determinada propriedade no estado de São Paulo, por exemplo, mas esse gado nem chega na propriedade, vai direto para o frigorífico. A Secretaria de Estado de Fazenda está fazendo um trabalho de investigação fiscal. Temos procedimentos abertos para que, em confirmando essa sonegação, esse contribuinte seja multado e sofra as demais penalidades da lei”.

“A Procuradoria Geral do Estado (PGE) também está na Justiça debatendo essas decisões judiciais, que são brechas na lei. As leis são feitas para beneficiar o bom, mas daí vem os maus e se aproveitam dessas brechas. O que está acontecendo em Mato Grosso é extremamente preocupante. O Sindifrigo (Sindicato das Indústrias de Frigoríficos do Estado de Mato Grosso) tem toda razão nas reclamações. Estamos fazendo um trabalho em conjunto com eles [Sindifrigo] e temos que combater isso mesmo, porque senão, daqui a pouco os nossos frigoríficos – que tem grandes contratos de exportação e de fornecimento também para o mercado interno – vão começar a ter dificuldades em ter o gado para o abate. E o estado de Mato Grosso perde porque esse gado sai daqui sem pagar nada”.

Novos negócios

“Foi feita uma reestruturação na Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, com foco na busca de investimentos fora do estado, e também para que estes investidores tenham suporte quando chegarem ao estado. Tivemos a paralização econômica este ano em função da pandemia, mas os investidores já estão voltando a mostrar interesse em Mato Grosso. Retomamos uma série de conversações e negociações com grupos empresariais que também tem interesse em investir aqui. Na última semana, por exemplo, eu atendi um grupo que tem interesse em instalar uma fábrica de lâmpadas de LED aqui, isso pode estimular não só o segmento de lâmpadas, mas toda cadeia que envolve o setor. Tínhamos certeza de que 2020 seria um ano de muitos bons frutos, agora temos certeza de que 2021 será um ano mais promissor ainda”.

“Mato Grosso é um estado estratégico porque tem a matéria prima. Hoje existe por parte do investidor o conceito de que Mato Grosso não está longe, Mato Grosso está próximo, porque nosso estado tem uma posição geográfica fantástica e estratégica para os investimentos, que agora voltam seus olhos para América do Sul com seus 60 milhões de consumidores. Para o mercado sul-americano, nós temos a Zona de Processamento de Exportação (ZPE) em Cáceres, cujas as obras estão em andamento. Estivemos recentemente, junto com o governador Mauro Mendes, visitando a obra. O prazo para finalização das obras da parte administrativa é julho de 2021. Nesta visita, o governador já determinou que a primeira área para a instalação das empresas seja também concluída, para que elas já possam se instalar. O porto de Cáceres também já está pronto, todo reformado e reestruturado, para entrar em operação”.

“Para 2021, já está previsto que o Governo do Estado terá mais dinheiro para investir do que recursos do próprio Fethab (Fundo Estadual de Transporte e Habitação), com grandes projetos de investimento, melhorando cada vez mais o ambiente de negócios dentro do estado, colando no radar do empresariado nacional e internacional a pujança de Mato Grosso” finaliza a entrevista ao MT Econômico, o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, César Miranda.

A pele de tilápia está ajudando muitos médicos e veterinários no tratamento de queimaduras de pele. Chega ao Pantanal.

A pele de tilápia está ajudando muitos médicos e veterinários no tratamento de queimaduras de pele. 

O método tradicional costuma ser muito doloroso para o paciente, sendo necessário fazer sucessivas trocas de curativos e até mesmo o uso de anestésicos. Além disso, geralmente a pele da tilápia é descartada pela indústria. 

A pele de tilápia apresenta uma camada rica em colágeno e que ao interagir com pele de queimaduras de 2º e 3º grau facilita a cicatrização da ferida. Essa prática evita muitas trocas de curativos, tornando-se um método menos doloroso ao paciente. Para fazer esse tratamento é necessário remover, desidratar e esterilizar essa pele.

Nos últimos meses, o Pantanal foi tomado em chamas e muitos animais morreram, porém diversos animais que sobreviveram como antas, veados, tamanduás, cobras e aves sofreram queimaduras sérias e por isso estão passando pelo procedimento com pele de tilápia.

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21 de outubro de 2020

Empresa de turismo promove passeio de aventura de caiaque pelo Rio Cuiabá


Empresa de turismo promove passeio de aventura de caiaque pelo Rio Cuiabá

Foto: Reprodução

Uma cidade grande, quente e agitada. Cuiabá, capital de Mato Grosso, e as cidades próximas tem várias opções de rios para as pessoas se refrescarem no final de semana. Porém, para os passeios de aventura os cuiabanos tinham que se deslocar para outros municípios. Agora não mais: a Caiaque Cuiabá disponibiliza um passeio de caiaque pelo Rio Cuiabá, bem dentro da nossa capital. 

São trajetos de 11km e 17km, que podem durar até 5 horas, saindo do barranco de pesca da Passagem da Conceição (do lado cuiabano) e chegando até a região do São Gonçalo-Beira Rio. 

A ideia surgiu com o período da pandemia do Covid-19, que fez com que todas as pessoas revissem prioridades e valorizassem que há por perto no dia a dia. De acordo com o jovem empresário Bráulio Schiffino Carlos III, a leitura do livro Relatos Monçoneiros, de Afonso de Taunay, deu o estalo para o projeto. 

“São narrativas das expedições paulistas que por aqui vieram no século XVIII remando! Os rios eram os caminhos que com o advento das rodovias perderam importância. O nosso rio Cuiabá, que emprestou o nome à cidade e até hoje a mantém, seja no fornecimento de água ou na oferta de alimentos, foi relegado, a cidade deu-lhe as costas, negou-lhe a paternidade. Mais de 300 anos se passaram e a população tem na Orla do Porto e nas pontes, os únicos meios de contemplação”, conta. 

A família de Bráulio atua há 30 anos no turismo em Mato Grosso, especialmente na região do Pantanal. E nas andanças pela América do Sul, percebeu a necessidade de um produto turístico que pudesse mostrar a história de Cuiabá aos visitantes (e aos próprios moradores). 

“Temos como objetivo fazer que o rio Cuiabá seja valorizado de uma maneira inédita para poder ser preservado. Acreditamos que navegando pelas suas águas, podemos ocupar o mesmo espaço geográfico, conviver harmoniosamente e resgatar seu magnífico passado”, pontua. 

SERVIÇO:
-> O quê: Caiaque Cuiabá – passeios de caiaque pelo Rio Cuiabá
-> Quem pode fazer? qualquer pessoa pode remar nos caiaques infláveis, mesmo sem experiência
-> O que está incluso? todo o material de segurança (coletes, capacetes) e lanche
-> Investimento: R$ 120 (grupos com mais de 4 pessoas têm valores diferenciados),
-> Contato: (65) 98407-8661 / Instagram: @caiaquecuiaba / E-mail: info@caiaquecuiabá.com

18 praias brasileiras recebem selo ecológico Bandeira Azul


    No total, temporada de verão contará com 24 atrativos naturais certificados internacionalmente.

     Por Vanessa Castro

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    A praia de Piçarras (SC) teve a certificação renovada para 2020/2021. Crédito: Renato Soares/MTur

    O Brasil contará com 24 atrativos naturais certificados com o selo ecológico do Programa Bandeira Azul na próxima temporada de verão. Após deliberação do júri do programa, do qual o Ministério do Turismo faz parte, 13 praias e seis marinas brasileiras tiveram a certificação renovada e outras cinco praias receberam a chancela pela primeira vez. A análise leva em consideração mais de 30 requisitos que devem ser atendidos pelos candidatos.

    Entraram para a lista da temporada de 2020/2021 as praias da Reserva, no Rio de Janeiro (RJ); de Itacimirim, em Camaçari (BA); do Forte, em São Francisco do Sul (SC); da Conceição, em Bombinhas (SC); e a praia Grande, na cidade de Penha (SC). (Confira a lista completa no fim da página)

    Este ano, os destinos brasileiros contemplados com a certificação poderão hastear a Bandeira Azul a partir de 16 de novembro e deverão seguir os decretos estaduais e municipais que incidem sobre a área da praia ou marina, em razão da pandemia de Covid-19.

    Para obter a certificação, desenvolvida pela organização internacional não-governamental e sem fins lucrativos FEE (Foundation for Environmental Education), o programa analisa a qualidade da água com exames periódicos de balneabilidade, além de infraestrutura, segurança, acessibilidade e o compromisso das comunidades com o meio ambiente e a sustentabilidade dos destinos turísticos.

    Além do MTur, também fazem parte do júri do Programa no Brasil os ministérios da Educação e do Meio Ambiente, a Secretaria do Patrimônio da União, a Associação Náutica Brasileira, a Agência Brasileira de Gerenciamento Costeiro, a Fundação SOS Mata Atlântica e a Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático. Anualmente, as entidades se reúnem para aferição do cumprimento dos critérios e deliberação sobre quais praias, marinas e embarcações serão submetidas ao júri internacional.

    SOBRE O BANDEIRA AZUL - O Programa Bandeira Azul promove o desenvolvimento sustentável em áreas de água doce e marinhas e desafia as autoridades locais e os gestores de praia a alcançarem altos padrões de qualidade em quatro temas: qualidade da água, gestão ambiental, educação ambiental e segurança. Ao longo dos anos, a Bandeira Azul tornou-se um rótulo ecológico altamente respeitado e reconhecido trabalhando para reunir os setores de turismo e meio ambiente de maneira local, regional e internacional.

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    A Bandeira Azul é um símbolo de sustentabilidade e qualidade ecológica de praias e marinas. Crédito: Bandeira Azul

     

    Conheça os locais do Brasil aprovados para a temporada 2020/2021:

    Praias:

    Renovação:

    • Praia do Tombo – Guarujá, SP
    • Prainha, Rio de Janeiro – RJ
    • Lagoa do Peri, Florianópolis – SC
    • Ponta de Nossa Senhora do Guadalupe, Salvador – BA
    • Praia Grande, Governador Celso Ramos – SC
    • Praia do Peró, Cabo Frio – RJ
    • Praia do Estaleiro, Balneário Camboriú – SC
    • Praia do Estaleirinho, Balneário Camboriú – SC
    • Praia de Piçarras – Balneário Piçarras – SC
    • Praia de Guarajuba, Camaçari – BA
    • Praia de Quatro Ilhas, Bombinhas – SC
    • Praia de Mariscal, Bombinhas – SC
    • Praia da Saudade – Prainha, São Francisco do Sul – SC

    Primeira temporada:

    • Praia da Reserva, Rio de Janeiro – RJ
    • Praia de Itacimirim, Camaçari – BA
    • Praia do Forte, São Francisco do Sul – SC
    • Praia da Conceição, Bombinhas – SC
    • Praia Grande, Penha – SC

    Marinas

    Renovação:

    • Marina Costabella – Angra dos Reis, RJ
    • Marinas Nacionais, Guarujá – SP
    • ICSC, Florianópolis – SC
    • Marina Kauai, Ubatuba – SP
    • Tedesco Marina – B. Camboriú – SC
    • Voga Marine, Ubatuba – SP

    Edição: Rafael Brais