10 de setembro de 2020

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Governo do Estado lança edital voltado à criação e consolidação de Ambientes de Empreendedorismo e Inovação

Essas ações visam o combate aos efeitos econômicos da Pandemia

Widson Ovando | Fapemat

- Foto por: Fapemat
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O Governo do Estado de Mato Grosso através da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (Fapemat), em parcerias com a Secretaria de Estado e Ciência, Tecnologia e Inovação (Seciteci) e Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec), considerando a necessidade de adoção de medidas emergenciais para o combate aos efeitos econômicos decorrentes da pandemia do Novo Coronavírus (SARS-CoV-2) em Mato Grosso, torna público o Edital 009/2020 voltado a criação ou consolidação de Ambientes de Empreendedorismo e Inovação público ou privado sem fins lucrativos.

Essa iniciativa visa consolidar ambientes em todo o estado, orientando e acompanhado os participantes  da Rede, desde o  acesso ao crédito, como a  reestruturação de negócios e redes locais,  desenhando novas oportunidades e estimulando assim o surgimento e solidificação de empresas e projetos inovadores. Com fomento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (Fapemat),  essa proposta  deve promover o aumento das atividades de inovação e o desenvolvimento econômico do Estado de Mato Grosso.

 Resultado esperado:

 Espera-se a consolidação de no mínimo 04 (quatro) ambientes de empreendimento e inovação e a criação de 06 (seis) novos ambientes, distribuídos em todo Estado .  

                          

 

 Confira o edital abaixo e vídeo explicativo aqui.


 

 

 


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Cientista prevê catástrofe ambiental e Cuiabá inabitável em 20 anos

Fonte: Midianews
    

A dissertação de mestrado do imunologista e mestre em Ciências da Saúde, Celso Saldanha, traz um alerta para as autoridades e população cuiabana: a vida na capital mato-grossense vai se tornar cada vez mais insuportável, nos próximos 20 ou 30 anos, com o aumento gradativo da temperatura, das queimadas e da poluição aliados às desvantagens geográficas. Tudo isso junto, acaba afetando a saúde das pessoas através de doenças respiratórias, como sinusite, asma e pneumonia.

Primeiro trabalho científico que faz relação da geografia com a saúde, o estudo tem o objetivo de sensibilizar o poder público para que se tomem medidas que revertam o quadro de crescimento desordenado da capital, que vê cada vez mais prédios sendo levantados e carros tomando as vias, sem que se reflita nos impactos disso na qualidade de vida a longo prazo. “Cuiabá não está preparada para o aquecimento global”, enfatiza o médico.

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Celso Saldanha, médico imunologista e alergista que desenvolveu o estudo. 

 Saldanha critica a preocupação meramente financeira de políticos e empresas sobre os projetos que interferem no ambiente. “Tem tanta pesquisa sobre soja e outros insumos vendidos para a China. Por que ninguém faz uma pesquisa pra gente saber qual a melhor árvore pra se plantar no quintal de casa, uma coisa que beneficie a gente daqui?”, questiona.

A pesquisa aponta que Cuiabá, mesmo não tendo um parque industrial, é tão poluída quanto grandes cidades. Um dos motivos seria a fumaça soltada pelos caminhões que passam por aqui diariamente, escoando principalmente a produção do agronegócio, além da quantidade de carros nas ruas e das inúmeras obras, que aumentaram muito nos últimos anos. “Além da insolação terrível que nós temos aqui, agora temos o problema dos poluentes, as grandes construções que estão entrando em nossa cidade, destruindo a vegetação nativa. E Cuiabá, cada vez mais, está se tornando imprópria para nossa habitação”, afirma.

Segundo o imunologista, que atende principalmente o público infantil, 12% das crianças atendidas pelo Pronto Socorro de Cuiabá são asmáticas. No Brasil, a asma é a 3ª doença que mais gera internações, sendo que destes, 0,7% vem a óbito. Mundialmente, a média de asmáticos é de 10% da população, sem contar outras doenças das vias aéreas. As crianças e os idosos são os mais atingidos. No caso das crianças, o sistema imunológico ainda está em formação; já no caso dos idosos, o organismo está deixando de funcionar de forma plena, o que os torna vulneráveis.

A médica e doutoranda em Pneumologia pela Universidade de São Paulo (USP), Keyla Medeiros, que atende o público idoso, afirma que a situação climática em Cuiabá realmente deixa os médicos amedrontados. Só em agosto deste ano, ela perdeu cinco pacientes idosos vítimas de doenças respiratórias. Ela diz que abaixo dos 55% de umidade do ar, o número de casos de doentes aumenta consideravelmente. “Muito frequentemente, há casos de mortes por doenças respiratórias, especialmente em idosos. Nós da pneumologia temos muito medo no mês de agosto, setembro. A quantidade de pessoas que são acometidas por pneumonia aumenta bastante. É bem diferente quando chega a época da poluição, na prática a gente vê isso nitidamente”, relata.

Medeiros alerta também sobre o tabagismo e as implicações para quem é fumante ativo e passivo. A médica conta que há casos de crianças que morrem de mau súbito devido ao contato com fumaça de cigarro. Ela explica que a doença respiratória mais comum é a rinosinusite, que começa no nariz. Caso a pessoa não procure tratamento, as narinas são afetadas e a respiração passa a ser feita pela boca, o que leva às doenças da garganta, com sintomas como infecção e rouquidão. Progressivamente, a enfermidade pode atacar os brônquios, causando doenças como bronquite, asma, enfisema pulmonar, bronquiolite, pneumonia, entre outros. Todas ligadas ao meio ambiente, ao ar que se respira.

Condições climáticas desfavoráveis

O estudo do médico Celso Saldanha, aponta que Cuiabá é a cidade em maior desvantagem geográfica do país, devido ao clima seco e baixa umidade relativa do ar concentrados numa grande depressão, onde há pouca circulação de vento. Os poucos que chegam são de baixa velocidade e insuficientes para renovar o ar que respiramos. Com isso, ocorre o aprisionamento da biomassa de gases poluentes liberados principalmente pelas queimadas e pelos carros e caminhões que por aqui passam.

No período de seca, que vai de maio a setembro, a situação se agrava, com a formação das chamadas “ilhas secas” de calor. O médico explica que o ar precisa chegar aos pulmões com 75% a 85% de umidade. Mas,com umidades que caem até a 10%, as narinas trabalham mais, jogando ar bruto nos pulmões, que são mais facilmente atingidos por vírus e bactérias.

Como se prevenir de doenças respiratórias

Os médicos apontam alguns cuidados necessários para se prevenir de doenças respiratórias, tais como beber muita água e aumentar em 3 litros a quantidade ingerida no período de seca; umidificar o ambiente com umidificadores elétricos, bacias com água ou toalhas molhadas; fazer exercícios físicos em locais e horários adequados; usar roupas leves; organizar a casa de modo a favorecer a ventilação.

Com relação à prevenção por parte do poder público, os médicos apontam que é necessário fortalecer a fiscalização sobre as queimadas e evitar a superlotação de crianças nas creches e escolas, pois geralmente é onde as doenças respiratórias se propagam. Uma vez acometido pela asma, bronquite ou outras doenças respiratórias crônicas, o paciente terá que se tratar durante a vida inteira.

Questão de planejamento

Para o arquiteto e urbanista e mestre em Geografia, Guilherme Almeida, o maior problema de Cuiabá é que não existe um projeto de urbanização que reflita sobre o clima da região, há muitas cópias de modelos de cidades maiores, que nem sempre se adequam à realidade geográfica local.

Segundo ele, “a solução existe há milhares de anos”, citando que desde os egípcios, na Antiguidade, já utilizavam a arquitetura para melhorar a qualidade de vida dentro dos palácios, com imensos jardins internos. Nos tempos atuais, há exemplos aqui mesmo no Brasil. Em cidades como João Pessoa, ainda se utiliza pavimentação de paralelepípedo em muitas avenidas, o que favorece a permeabilidade do solo.

O arquiteto critica a forma desorganizada como Cuiabá se urbanizou, canalizando os córregos da cidade e erradicando suas matas ciliares, além de outras áreas verdes. Segundo Almeida, se Cuiabá tivesse mais árvores, o clima seria diferente. “Mas como vamos plantar mais árvores se nem calçadas decentes existem em Cuiabá?”, questiona.

Outra solução trazida pela Arquitetura é a edificação de imóveis que contemplem a interação da obra com o meio ambiente. A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) fornece modelos diferentes de construções para cada região climática do país. Em Cuiabá, o ideal seria que as casas tivessem paredes mais altas para facilitar a circulação do ar e que houvesse jardins internos ou externos, por exemplo.

Mas tudo passa por uma questão cultural, o que é consenso entre todos os entrevistados. Desde o modo de vida das pessoas que não se preocupam em construir uma casa adequada ao clima quente, ou que colocam fogo em terrenos, até as autoridades públicas que não se atentam aos perigos que a falta de planejamento da cidade pode causar sobre a qualidade de vida da população.

Fonte: Midianews

O *grupo de hortas do Rio Vermelho Solidário* pretende fazer constantemente bate-papos com algumas pessoas para trocarmos experiências e conhecimento sobre questões que envolvem hortas. 🥕🍅🥬🧅


O *grupo de hortas do Rio Vermelho Solidário* pretende fazer constantemente bate-papos com algumas pessoas para trocarmos experiências e conhecimento sobre questões que envolvem hortas. 🥕🍅🥬🧅

Neste bate-papo iremos conversar com FRAN  PAULA e ANDRÉ JANTARA sobre: *SEMENTES CRIOULAS: semeando vida, resistência e soberania.* 

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Será no dia 15.09
Terça-feira
17h

Pelo link:
meet.jit.si/batepapohortas

Redes sociotécnicas na construção da economia solidária

Em novo artigo, Newton Rodrigues menciona o caso dos agricultores familiares de Itanhaém para mostrar a importância das redes sociotécnicas

Foto: Divulgação

A palavra rede é utilizada amplamente sem que seja devidamente conceituada. É comum ouvirmos frases como “temos que trabalhar em rede”, “eu integro uma rede”. As pessoas podem estar se referindo a termos com o mesmo sentido ou não.

Rede, de forma geral, passou a ser sinônimo de pessoas em relação, o que não explica adequadamente como agem e por que estão em relação. Esse termo, rede, é utilizado para se referir a diferentes situações: rede elétrica, rede web – internet, rede social, rede de transporte coletivo, rede solidária e até rede como nome de partido político.

O presente texto apresenta um tipo de rede que nos possibilita viabilizar projetos ou analisar casos de sucesso ou insucesso.

Rede sociotécnica é um conceito da sociologia da inovação elaborada na década de 80 por Michel Callon e Bruno Latour, autores franceses.

Representa um conjunto heterogêneo de atores sociais e elementos não humanos em relação, alinhados em torno de um quadro de interesse comum. Atuar de forma alinhada representa cada integrante exercendo um papel definido e em colaboração.

Atentem para o fato de que nenhum projeto se viabiliza somente por seu autor considerá-lo bom. É a rede sociotécnica que vai viabilizá-lo. O fator determinante para a construção da rede é a capacidade de o projeto estabelecer alianças entre diferentes atores sociais para a sua viabilização.

Esse movimento não significa jamais convencer pessoas, mas mostrá-las que ao se aliarem, estando em colaboração com outros atores, os seus objetivos serão alcançados e permitirão que os outros atores alcancem também seus objetivos.

É de fundamental importância o papel dos atores que animarão o processo e esclarecerão a sua importância para que outros se aliem e colaborem com a sua execução. Como já afirmado, não se trata de convencimento. A adesão é feita pelo fato de as relações e benefícios decorrentes serem também do interesse daquele que adere.

Este papel, o de construtor das alianças, tem que ser exercido por alguém que tenha credibilidade técnica e pessoal. Sugiro aos leitores que escolham um projeto qualquer de geração de trabalho e renda que tenha alcançado sucesso. Façam uma busca e encontrarão no processo de estabelecimento de alianças aquele que as promoveu. Pode ser um ator ou mais em determinada etapa do projeto e, em outra, podem ser outros atores, dependendo das necessidades que emergem.

Há projetos que partem dos governos ou ONGs, que objetivam a geração de trabalho e renda para grupos comunitários e não apresentam bons resultados. Comumente não são pertinentes por não estarem fundamentados em estudos socioeconômicos bem realizados e porque não construíram as alianças necessárias para a sua viabilização, ou seja, a rede sociotécnica não se forma.

Enfim, nenhum projeto se impõe pelas suas características próprias, suas virtudes. É a rede que o viabiliza. Há pessoas que acreditam que para haver autogestão de empreendimentos econômicos solidários é dispensável que haja diversos atores no apoio ao projeto, seja do poder público, voluntariado, clientes de serviços e produtos; o que se trata de um equívoco, obviamente.

Afinal, a autogestão está relacionada com as decisões dos integrantes do empreendimento de como administrá-lo e não se tem ou não aliados que o apoiam. O empreendimento será tão forte quanto o elo mais fraco da rede sociotécnica que o porta, que lhe dá vida. Portanto, deve-se ter uma vigilância contínua para avaliação e correção de rumos.

A sociologia da inovação, que nos traz o conceito de rede sociotécnica, pode ser aplicada a qualquer projeto, mas aqui tratarei de um exemplo simples em economia solidária para melhor entendimento.

Drive Thru dos agricultores familiares de Itanhaém

Durante o afastamento social houve queda na comercialização dos produtos da agricultura familiar de Itanhaém. A engenheira agrônoma, que atua como gestora de economia solidária da prefeitura, propôs criar uma barraca coletiva onde os agricultores familiares pudessem comercializar seus produtos e os consumidores adquirir orgânicos com a maior segurança possível.

Esta ideia aparentemente era boa, mas para os sociólogos da inovação nenhuma ideia nasce boa, é a rede que a torna boa. Assim, iniciou-se a formação da rede sociotécnica para viabilizar a ideia com a adesão de oito agricultores.

Reuniram-se e estabeleceram um acordo: eles escolheriam onde montar a barraca de comercialização, se revezariam no dia das vendas, que seria uma vez por semana, às quartas-feiras, cada um levaria os seus produtos e disponibilizaria a sua barraca em rodízio que serviria a todos.

O dinheiro arrecadado seria rateado de acordo com a comercialização de cada um. A prefeitura faria a sinalização da rua, marcaria os locais onde os veículos dos consumidores parariam e a guarda municipal presente daria maior segurança.

Além disso, todos estariam comprometidos com o protocolo de saúde em relação à Covid-19 e a fazerem divulgação nas redes sociais e diretamente aos consumidores, que continuavam a frequentar a feira do produtor que é organizada aos sábados.

Este exemplo mostra que o projeto somente se viabilizaria se fosse criado um quadro de interesse comum para prefeitura, agricultores e consumidores.

A rede sociotécnica existe pelo fato de o projeto existir e o projeto somente existe porque há a rede que o porta. A gestora de economia solidária da prefeitura não teve somente a ideia, mas também iniciou os contatos com os integrantes de outros setores da prefeitura mencionados, como guarda municipal e comunicação, com os agricultores familiares mostrando a possibilidade de organização para uma outra forma de comercialização, mas sem postura de convencimento.

Outros agricultores fizeram o mesmo com seus colegas. Assim, emergiu uma inovação organizacional vinculada à comercialização que serviu de referência para outros locais. Os agricultores alcançaram o seu objetivo que era comercializar os seus produtos, os consumidores puderam comprar orgânicos em segurança tendo um dia a mais em relação aos sábados, quando se realiza a feira do produtor, e a prefeitura dinamizou a economia de um segmento.

As redes sociotécnicas não são todas iguais, há diferenciação por tipos. Há aquelas que se caracterizam somente pelo aspecto mercantil, ou seja, não há cooperação entre os atores envolvidos e prevalece o toma lá dá cá, dinheiro por produtos ou serviços.

No entanto, esta rede sociotécnica que se formou com a barraca coletiva de comercialização em Itanhaém tem o aspecto mercantil nas relações, obviamente, mas há também solidariedade em forma de reciprocidade entre os atores, o que a caracteriza como uma iniciativa econômica solidária. A confiança e o engajamento de cada um, em uma rede sociotécnica integrada também pela prefeitura, expõem a existência de capital social.

Outro fator determinante para a construção da rede é a ativação das proximidades geográfica e organizacional entre os seus integrantes.

Pode-se tirar deste caso o ensinamento de que a economia solidária não se organiza somente por meio de empreendimentos em que os meios de produção são coletivos, como uma fábrica recuperada, ou por meio de uma cooperativa de comercialização, por exemplo. A sua organização também se dá por meio de iniciativas informais regidas por um regimento definido coletivamente, que são viabilizadas por pequenas redes sociotécnicas, que exigem coordenação e alinhamento entre os seus integrantes.

Este mesmo referencial teórico, conhecido como sociologia da inovação ou sociologia das redes sociotécnicas, pode ser usado também para analisar os projetos que fracassaram. Muitas vezes, nesses casos, as ideias partem prontas de um expert, como um pacote tecnológico ou organizacional, e não têm capacidade de provocar interesse nos atores sociais que o viabilizariam por meio de uma rede sociotécnica. Dessa forma, recomendo que os projetos sejam participativos desde a sua gênese.

Para aqueles que quiserem conhecer melhor o tema e viabilizar os projetos que participam ou pretendem participar, assim como entender por que um projeto teve sucesso ou fracasso, sugiro os livros “Ciência em Ação” e “Reagregando o Social: uma introdução à teoria do ator-rede”, ambos do antropólogo e sociólogo Bruno Latour.


Com Pantanal em chamas, Cuiabá volta a bater o recorde de dia mais quente do ano



Da Redação - Wesley Santiago

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Foto: Rogério Florentino/Olhar Direto

Com Pantanal em chamas, Cuiabá volta a bater o recorde de dia mais quente do ano
Os termômetros mais uma vez chegaram aos 41,8ºC em Cuiabá, na última quarta-feira (09), igualando o recorde de dia mais quente do ano, registrado no dia 31 de agosto. Vale lembrar que esta medição é feita na sombra. Além disto, a umidade relativa do ar mais uma vez ficou na casa dos 10%, se igualando a do deserto do Saara. Enquanto isto, as queimadas desenfreadas na região do Pantanal e também de outros biomas que existem no Estado continuam a prejudicar o clima.

Leia mais:
Cuiabá volta a bater recorde de dia mais quente do ano com 41,8ºC na sombra

Conforme medição da estação convencional do Instituto Nacional de Meteorologia, Cuiabá chegou novamente aos 41,8ºC na última quarta-feira. Neste mesmo dia, a menor temperatura registrada foi de 22,2ºC. 

O Aeroporto Internacional Marechal Rondon, localizado em Várzea Grande (região metropolitana de Cuiabá), registrava às 15 horas (de Mato Grosso) apenas 10% de umidade do ar, colocando o município no mesmo patamar que o deserto do Saara. 

Pela medição do Inmet, a umidade relativa do ar atingiu marcas de 11% e 12% nesta quarta-feira também em  Primavera do Leste e Rondonópolis. Nesta última, os termômetros chegaram aos 40ºC.

A população de todo o Centro-Oeste vai sofrer um pouco mais com o calor extremo nos próximos dias. Os ventos quentes, vindos dos trópicos, vão continuar soprando sobre a Região ajudando a manter o ar aquecido. 

Temperaturas de 40°C ou mais certamente serão registradas em várias áreas de Mato Grosso, de Mato Grosso do Sul e também de Goiás. 

Novos recordes de calor nas capitais poderão ser registrados nos próximos dias.

O governador Mauro Mendes (DEM) comentou o período de queimadas que assola Mato Grosso nos mais de 50 dias de tempo seco, baixa umidade do ar e estiagem. Além da degradação ambiental, o fogo na vegetação provoca fumaças que agravam problemas respiratórios e provocam acidentes nas rodovias. De acordo com o governador, o problema da seca assola outros países, mas o Brasil acaba sendo alvo de propaganda negativa internacional por conta da disputa comercial. 

As queimadas que atingem o Pantanal Mato-grossense não param de avançar. Neste feriado da Independência do Brasil, as chamas atingiram o Parque Estadual Encontro das Águas, região de Porto Jofre, local habitado pela maior quantidade de onças pintadas do mundo.

As perícias realizadas pelo Centro Integrado Multiagências de Coordenação Operacional (Ciman-MT) emitiram um laudo apontando que os incêndios registrados na região do Pantanal foram provocados por ação humana. Os laudos foram encaminhados para a Delegacia de Meio Ambiente (Dema) para que seja aberto inquérito e responsabilização dos infratores.