3 de fevereiro de 2020

Produtor diversifica alimentação de bovinos e aumenta eficiência na produção de leite


A implantação de uma Unidade de Referência Tecnológica (URT) e a adoção de tecnologia são os principais diferenciais da propriedade ruralRosana Persona | Empaer-MT

Cada vaca produz em média 16 litros de leite por dia - Foto por: Arquivo pessoal


No Sítio Santo Antônio, localizado na Comunidade Agrovila Ponce de Arruda, no município de Campo Verde (131 km ao Sul de Cuiabá), a produção diária de leite chega a 304 litros por dia. Com um plantel de 19 vacas da raça Jersey, a média é de 16 litros de leite por animal, superando a média de Mato Grosso que é de 5,92 litros de leite/dia/animal.

O engenheiro agrônomo da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), Kenio Batista Nogueira, fala que foram apresentadas opções de alimentação para o gado com a produção de silagens com capim e grãos.

A adoção de tecnologias é o diferencial da área dos produtores rurais Roberto Roseghini e Cleonice Roseghini. A propriedade abriu as portas para os técnicos da Empaer, da Secretaria Estadual de Agricultura Familiar (Seaf), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e da Prefeitura Municipal para a implantação da Unidade de Referência Tecnológica (URT) do Leite.

A Unidade faz parte do Programa Pró-Leite, que busca a eficiência da atividade através de ações para melhorar a alimentação do gado e índices zootécnicos, minimizando os custos de produção para aumentar a renda da unidade familiar, dentre outros.

De acordo com Kenio, para o manejo dos animais foram destinados 2,5 hectares de capim Mombaça, divididos em 28 piquetes (pastejo), além de um hectare de capim Capiaçu e quatro hectares de milho, ambos para produção de silagem. Ele relata que o Capiaçu produz 200 toneladas por hectare ao ano.

Antes da implantação da URT, o produtor produzia seis mil quilos de matéria verde de milho e o custo de produção era em torno de R$ 120, a tonelada. Para complementar, comprava em média 10 toneladas de silagem de milho a um custo de R$ 180, a tonelada e não produzia silagem de Capiaçu.

arquivo

Com a implantação da URT, o produtor passou a produzir na área 50 toneladas de matéria verde de milho com um custo de produção de R$ 52,44/tonelada. Também está produzindo 85 toneladas de matéria verde com o capim Capiaçu. Em 2018, os produtores venderam o excedente, em torno de 60 toneladas de silagem de milho no valor de R$ 180, a tonelada, tendo um lucro extra de R$ 10,8 mil.

Durante o período seco do ano, as pastagens tornam-se deficientes, sendo necessário o uso de uma fonte adicional de volumoso. Nogueira explica que neste período, as pastagens perdem seu valor nutritivo, reduzem sua produção de massa verde e aumentam seus valores de fibra detergente neutra (FDN), o que reduz o seu consumo em porcentagem de peso vivo pelos animais.

Os produtores tem intensificado o corte do capim com o objetivo de estocar alimento para o período de inverno e durante as mudanças das estações quando a oferta de pastagens está reduzida.

Intermat reforma estrutura física em parceria com o Programa Terra a Limpo


Será investido o total de R$ 1,9 milhão na reestruturação da autarquiaLorena Bruschi | Secom-MT


Projeto de reforma da recepção do Intermat - Foto por: Divulgação



O Instituto de Terras de Mato Grosso (Intermat) está reformando a sua estrutura física para melhorar as condições de trabalho, e a prestação de serviços. O investimento previsto é de cerca de R$1,9 milhão, sendo R$ 900 mil, com recursos do Programa Terra a Limpo, por meio de contrato firmado junto ao Fundo Amazônia do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e o restante, financiado pelo Executivo estadual.

A reforma prioriza a área comum de atendimento, e o conforto do cidadão. A obra prevê a instalação de um elevador no prédio, com o objetivo de atender às normas de acessibilidade, será renovda a parte lógica de Tecnologia da Informação e elétrica, uma nova pintura, e mobiliário para a criação de um ambiente corporativo institucional.

A melhoria da estrutura física faz parte de plano de trabalho do Terra a Limpo, que prevê, além de outras ações, a renovação da infraestrutura física, tecnologia da informação (TI), equipamentos e mobiliários do Instituto.

A intenção é que a modernização da autarquia promova melhorias na gestão, e nos resultados da regularização fundiária em Glebas e Assentamentos localizados em Mato Grosso. O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) é um dos órgão parceiros na execução das atividades.

“Um ambiente funcional é importantíssimo para melhorar nossas rotinas de trabalho e o atendimento ao cidadão, que necessita dos serviços de regularização fundiária em nosso Estado. Uma estrutura mais moderna será um legado para esta instituição que funciona há mais de 30 anos neste local, e que necessitava de adequações às novas demandas de modernização”, afirma o presidente da autarquia, Francisco Serafim. 

Terra a Limpo

O programa prevê um investimento de R$72,9 milhões em Mato Grosso, com o objetivo central de promover a resolução de conflitos e a segurança jurídica pela posse da terra, beneficiando famílias de agricultores de 87 municípios.

O programa foi instituído pelo Decreto nº 1.560, de 29 de junho de 2018, sob a coordenação central da Casa Civil, com a implementação da política fundiária no estado realizada pelo Intermat, e parceria de diversos órgãos estaduais.

Inseticida natural para combater lagartas em alface e repolho

Sabe aquelas lagartinhas que se alimentam de toda a sua alface e não deixam nada para você? Saiba como pode ser feito o controle orgânico da praga através de caldas inseticidas naturais. Leia este artigo especial no site ManejeBem e saiba como manejar o problema em plantas folhosas. Acesse o artigo e conecte-se à Agricultura Sustentável!


As hortaliças folhosas são muito cultivadas por agricultores localizados em torno dos grandes centros consumidores, mas também tem seu espaço garantido em hortas caseiras. Plantas como agrião, acelga, alface, almeirão, couve, espinafre, repolho e rúcula são as folhosas mais consumidas. Este grupo de hortaliças é composto por plantas de ciclo curto e se destaca pois o ‘produto’ principal são as folhas. Sendo assim, àquelas pequenas lagartinhas que se alimentam das folhas causam um prejuízo enorme para os produtores de folhosas.

Essas plantas, assim como as demais, não estão livres das pragas. Algumas das principais pragas das hortaliças folhosas são o pulgão (Dactynotus sonchi), mosca branca (Bemisia tabaci), tripes (Thrips sp. e Frankliniella sp.), ácaro rajado (Tetranychus urticae), lagartas (Ascia monuste orseisHelicoverpa armigeraPseudoplusia includens), traça-das-crucíferas (Plutella xylostella) e as cochonilhas.

Para evitar o aparecimento dessas pragas, primeiramente deve se atentar para o manejo preventivo, como  a rotação de culturas; cultivo em consorciado (cultivo de espécies diferentes no mesmo lugar); a destruição de resíduos vegetais no final da colheita; o aumento do espaçamento entre plantas (alta densidade gera locais mais úmidos e escuros que servem de abrigo para as pragas); a escolha da variedade de planta a ser cultivada (certas variedades de plantas são mais resistentes e tolerantes à praga); e manter equilíbrio correto de nutrientes, assim a planta suporta melhor o ataque de pragas. A utilização de caldas ou inseticidas naturais também podem ajudar no combate e prevenção de muitas pragas, sobretudo na Agricultura Orgânica. Veja algumas caldas que separamos para vocês:




 Foto: Pixabay.com

1) Calda Sulfocálcica

É o resultado de uma reação corretamente balanceada entre o cálcio e o enxofre dissolvidos em água e submetidos à fervura, constituindo uma mistura de polissulfetos de cálcio. Além do seu efeito fungicida, exerce ação sobre ácaros, lagartas, cochonilhas e outros insetos sugadores. Possui também ação repelente sobre “brocas” que atacam tecidos lenhosos.

Recomendações de uso:

Hortaliças – pulverizações foliares quinzenais a 0,8% (8 ml /litro)




2) Extrato de Alho (Allium sativum L.)

Para controle de pulgões e lagartas

Ingredientes:

• 100 g de dentes de alho picado

• 250 ml de álcool




3) Fumo de rolo (Nicotiana tabacum)

Para controle de lagarta e pulgões

Ingredientes:

• 50 g de fumo de rolo picado

• 250 ml de álcool.

Veja receitas com fumo em:





4) Nim ou Neem (Azadirachta indica)

É uma planta do gênero das Meliaceae, cuja origem provável é a Índia e o sul da Ásia, onde é muito utilizada para diversos fins, dentre eles: medicinal, higiene e controle de pragas. No Brasil, encontram-se principalmente formulações comerciais à base de óleo de sementes de Nim para uso em pulverizações foliares. É recomendado no controle de pragas em geral em diluições de 0,8% a 2%.

Veja algumas receitas com Neem em:






5) Óleo mineral e detergente neutro

Para controle de cochonilhas e pulgões

Ingredientes:

•1 litro de água acrescentar

•1% de óleo mineral (10 mililitros de óleo) 

•1% de detergente neutro (10 mililitros de detergente)

Veja o preparo da calda com Óleo mineral e detergente neutro em:


Referências: 

http://organicaconsultoria.com.br/arquivos_download/cartilha_folhosa.pdf

http://www.lerf.eco.br/img/publicacoes/2013_12%20Defensivos%20Alternativos.pdf



Ainda tem dúvidas sobre esse ou outro assunto? Entre no fórum da nossa Comunidade ManejeBem  e pergunte! Somos uma comunidade de agricultores e técnicos engajados para o crescimento do cultivo sustentável. Cadastre-se e conecte-se à Agricultura Sustentável!




Quem somos? 

A Manejebem é uma empresa de base tecnológica que gera inteligência para o desenvolvimento de comunidades rurais familiares. As nossas soluções ajudam a estruturar a cadeia produtiva agrícola, através da promoção da  inteligência para a tomada de decisão no campo e da geração de produtos rentáveis com responsabilidade social, sendo o único que coleta dados sócio-agroambientais de forma confiável, segura e atualizada da agricultura familiar.  

Atualmente a ManejeBem possui 2 grandes projetos: 

Comunidade ManejeBem: A rede social GRATUITA, com plantão agronômico GRATUITO e desenvolvida exclusivamente para agricultores e técnicos. CLIQUE AQUI e cadastre-se.

ManejeApp: Aplicativo que gera inteligência para a melhoria da produção agrícola. CLIQUE AQUI e conheça um pouco mais sobre esta tecnologia. 

Palavras-chave: Agricultura familiar; tecnologia para agricultura familiar; desenvolvimento sustentável da agricultura familiar; agricultura familiar no Brasil; tecnologia na agricultura; tecnologia agrícola; agricultura familiar e orgânica; agricultura orgânica no Brasil; produção orgânica; produção orgânica no Brasil; produção sustentável e orgânica; tecnologia para agricultura orgânica; produção familiar; agricultura familiar no mundo.
    * Clique na foto para ver a imagem ampliada
    Inseticida natural para combater lagartas em alface e repolho

    FAÇA A DIFERENÇA , AS 15 ATITUDES PARA SER UM PROFISSIONAL MAIS PREPARADO PARA O FUTURO


    31 de janeiro de 2020


    CONCEITO DE TURISMO RURAL


    Um conjunto de atividades turísticas desenvolvidas no meio rural, comprometido com a produção agropecuaária, agregando valor a produtos e serviços, resgatando e promovendo o patrimônio cultural e natural da comunidade, atendendo também pelo chamado Agroturismo.

    Algumas Atividades turísticas no meio rural



    As atividades turísticas no meio rural constituem-se da oferta de serviços, equipamentos e produtos de Turismo Rural : 

    • hospedagem 

    • alimentação 

    • recepção à visitação em propriedades rurais 

    • recreação, entretenimento e atividades pedagógicas vinculadas ao contexto rural 

    • outras atividades complementares às acima listadas, desde que praticadas no meio rural, que existam em função do turismo ou que se constituam no motivo da visitação. 

    O  agenciamento e o transporte turístico emissivo e a operação, que de modo geral ocorrem em ambientes urbanos, são considerados operadores de mercado que viabilizam a prática do Turismo Rural.

    Por Geraldo Donizeti Lúcio

    Especialista em Turismo Rural


    INSTITUCIONALIZAÇÃO DO TURISMO RURAL NO BRASIL




    Embora a visitação a propriedades rurais seja uma prática antiga e comum no Brasil, apenas há pouco mais de vinte anos passou a ser considerada uma atividade econômica e caracterizada como Turismo Rural. 


    Esse deslocamento para áreas rurais começou a ser encarado com profissionalismo na década de 80, quando algumas propriedades em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, devido às dificuldades econômicas do setor agropecuário, resolveram diversificar suas atividades e passaram a receber turistas.

    Este fenômeno se estendeu por todo o Brasil, chegando ao Pantanal de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

    Por Geraldo Donizeti Lúcio
    Especialista em Turismo Rural

    O Turismo Rural pode ser explicado, principalmente, por duas razões:





    A necessidade que o produtor rural tem de aumentar sua fonte de renda e de agregar valor aos seus produtos; 


    E a vontade dos moradores urbanos de encontrar e reencontrar raízes, de conviver com a natureza, com os modos de vida, tradições, costumes e com as formas de produção das populações do interior.


    Por Geraldo Donizeti Lúcio
    Especialista em Turismo Rural

    Entendendo o Turismo Rural , suas vertentes.


    Comprometimento com a produção agropecuária 

    É a existência da ruralidade, de um vínculo com as coisas da terra, terra x presença do homem rural. 

    Mesmo que as práticas eminentemente agrícolas não estejam presentes em escala comercial, o comprometimento com a produção agropecuária pode ser representado pelas práticas sociais e de trabalho, pelo ambiente, pelos costumes e tradições, pelos aspectos arquitetônicos, pelo artesanato, pelo modo de vida considerados típicos de cada região observando a cultura da população rural local. 

    Agregação de valor a produtos e serviços 

    Quanto a prestação de serviços, os aspectos relacionados à hospitalidade em ambiente rural faz com que as características rurais passem a ser entendidas de outra forma que não apenas focadas na produção primária de alimentos mas na agregação de valores, na agroindústria, no artesanato típico, na gastronomia típica. 

    Assim, como também nas práticas comuns à vida do campo, como manejo de criações, manifestações culturais e a própria paisagem passam a ser consideradas importantes componentes do produto turístico rural e, consequentemente, valorizadas e valoradas por isso. 

    A agregação de valor como já citada acima também passa pelo processo e da possibilidade de verticalização da produção em pequena escala, ou seja, beneficiamento de produtos in natura, transformando-os para que possam ser oferecidos ao turista, sob a forma de conservas, produtos lácteos, refeições, dentre outros. 


    Resgate e promoção do patrimônio cultural e natural 

    O Turismo Rural, além de estar comprometido com as atividades agropecuárias, deve caracterizar-se pela valorização do patrimônio cultural e natural bem como pelos elementos da oferta turística no meio rural. 

    Os empreendedores, de uma maneira geral irão definir os seus produtos de Turismo Rural, com a maior autenticidade possível. 

    Os fatores culturais, por meio do resgate das manifestações e práticas regionais (como o folclore, os trabalhos manuais, os “causos”, a gastronomia), e não perder a responsabilidade e sensibilidade no quesito “conservação do ambiente natural”. 


    Agroturismo

    O termo Agroturismo é adotado em alguns locais como o Estado do Espírito Santo, sendo respeitado os dois termos – Turismo Rural e Agroturismo, e é considerado uma derivação do Turismo Rural. 

    Este conceito (Agroturismo ) também é muito usado na Itália, na Franca e em Portugal, portanto o que se denomina Agroturismo compreende as atividades turísticas internas à propriedade, que geram ocupações complementares às atividades agrícolas, as quais continuam a fazer parte do cotidiano da propriedade, em menor ou maior intensidade.


    Por Geraldo Donizeti Lúcio
    Especialista em Turismo Rural