22 de agosto de 2019

Cuiabá terá embarque de passageiros em ônibus para o Peru, com parada em Lima e Cusco, a partir de setembro


Da Redação - Isabela Mercuri


Foto: Diário de Navegador


A partir de setembro, cuiabanos poderão embarcar na linha rodoviária ‘mais longa do mundo’, e ir rumo ao Peru. A viagem até Lima dura cerca de 3 dias e meio, e a passagem vai custar em torno de 200 dólares – dependendo da temporada. Na próxima segunda-feira, os representantes da empresa peruana Expresso Internacional Ormeño, que realiza a viagem, estarão na capital para escolher qual agência fará a comercialização das passagens.

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A informação foi confirmada pela presidente do Sindicato Dos Guias De Turismo De Mato Grosso, Susy Miranda. Segundo ela, a empresa já tem o direito sobre o guichê na rodoviária, e falta só escolher a agência que ficará com a representação.

A rota entre São Paulo e Lima já existe há nove anos, e entre Rio de Janeiro e Lima é mais recente. O ônibus chegava a passar por Cuiabá, mas não parava -  o que deve mudar a partir do próximo mês.

De acordo com o blog de viagens ‘Diário de Navegador’, “o trajeto é um pouco complexo devido a curvas fechadas, floresta amazônica e subidas pela Cordilheira dos Andes. O ônibus chega a atingir altitudes de 4.726 metros, em velocidade média de 30 km/h”.

O ônibus passa principalmente pela Rodovia Interoceânica do Sul, que liga o litoral peruano do Oceano Pacífico à costa atlântica brasileira. No Peru, é possível desembarcar em Ica, Nazca, Abancay, Cuzco (na região de Machu Picchu), Puerto Maldonado e Iñapari.

Nesta segunda-feira (26), os representantes da empresa peruana farão uma audiência às 9 horas na Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Mato Grosso (Ager), às 10h30 com o prefeito Emanuel Pinheiro (para discutir intercâmbio cultural e turístico entre Cuiabá e Cusco), e às 14h30 haverá coletiva na Secretaria de Desenvolvimento Econômico e, às 16 horas, reunião com o trade turístico.

Fonte: https://www.olharconceito.com.br/noticias/exibir.asp?id=18080&noticia=cuiaba-tera-embarque-de-passageiros-em-onibus-para-o-peru-com-parada-em-lima-e-cusco-a-partir-de-setembro

O sentido da vocação é um dos sentidos superiores do homem.

VOCAÇÃO

O sentido da vocação é um dos sentidos superiores do homem.

É o sentido que o leva a realizar com desinteresse e de nodo as maiores empresas.

Nos momentos sombrios proporciona-lhe luz, nos transes difíceis incute-lhe novo ânimo.

Vivemos numa sociedade embriagada pelo lucro.

As pessoas são valorizadas pelo que possuem e não pela dignidade do caráter.

O dinheiro e o lucro tornaram-se os vetores das escolhas profissionais.

Nessa perspectiva uma pessoa bem sucedida não é aquela que proporciona um maior bem aos outros, mas aquele que ajunta mais tesouros para si.

A ganância insaciável é plantada na mente das crianças.

Os livros que abrem avenidas para o enriquecimento rápido multiplicam-se nas prateleiras.

No mercado global e consumista o lucro é o oxigênio que rega os pulmões da sociedade.

Mas, o prazer de fazer o que se é chamado para fazer e a alegria de estar trabalhando numa área aonde a contribuição com a sociedade seja mais importante do que a busca da recompensa financeira precisa ser proclamada aos ouvidos da nação.

A riqueza em si não satisfaz, mas o senso do dever cumprido, movido pela alavanca da vocação traz uma alegria indizível.

Hernandes Dias Lopes

A fábula do burro! Um dia, o burro de um camponês caiu num poço.

A fábula do burro

Um dia, o burro de um camponês caiu num poço.

Não chegou a se ferir, mas não podia sair dali por conta própria. Por isso o animal chorou fortemente durante horas, enquanto o camponês pensava no que fazer.
Finalmente, o camponês tomou uma decisão cruel: concluiu que já que o burro estava muito velho e que o poço estava mesmo seco, precisaria ser tapado de alguma forma. Portanto, não valia a pena se esforçar para tirar o burro de dentro do poço. Ao contrário, chamou seus vizinhos para ajudá-lo a enterrar vivo o burro. Cada um deles pegou uma pá e começou a jogar terra dentro do poço.
O burro não tardou a se dar conta do que estavam fazendo com ele e chorou desesperadamente. Porém, para surpresa de todos, o burro aquietou-se depois de umas quantas pás de terra que levou.
O camponês finalmente olhou para o fundo do poço e se surpreendeu com o que viu. A cada pá de terra que caía sobre suas costas o burro a sacudia, dando um passo sobre esta mesma terra que caía ao chão. Assim, em pouco tempo, todos viram como o burro conseguiu chegar até a boca do poço, passar por cima da borda e sair dali trotando.
A vida vai lhe jogar muita terra nas costas. Principalmente se já estiver dentro de um poço. O segredo para sair do poço é sacudir a terra que se leva nas costas e dar um passo sobre ela. Cada um de nossos problemas é um degrau que nos conduz para cima. Podemos sair dos mais profundos buracos se não nos dermos por vencidos. Use a terra que lhe jogam para seguir adiante...!!!
Recorde-se das 5 regras para ser feliz:
1. Liberte o seu coração do ódio.
2. Liberte a sua mente das preocupações.
3. Simplifique a sua vida.
4. Dê mais e espere menos.
5. Ame-se mais e...aceite a terra que lhe jogam. Ela pode ser a solução, não o problema.
Autor desconhecido.

21 de agosto de 2019

O projeto de cooperação técnica entre PNUD e Secretaria Nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SNPIR) BRA 15/010 abriu edital

Prezadas parceiras e prezados parceiros,
 
O projeto de cooperação técnica entre PNUD e Secretaria Nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SNPIR) BRA 15/010 abriu edital

No valor de R$ 900 mil para apoiar iniciativas de Organizações da Sociedade Civil que atuem em estados e municípios integrantes do Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial (Sinapir).
 
Gostaria de solicitar seu apoio para circular a informação com organizações que tenham interesse em submeter propostas.
 
Os recursos são voltados ao apoio de ações nas áreas temáticas de Políticas Afirmativas e Políticas para Povos e Comunidades Tradicionais, conforme detalhado abaixo. Os valores de cada uma delas deve ser de até
R$ 90 mil e não há exigência de contrapartida financeira para as proponentes. O prazo final para o envio é 4 de outubro de 2019.
 
Atentem, por favor, para o fato de que é necessário apresentar a proposta de acordo com o modelo do edital. Veja aqui: https://bit.ly/2ZGfGMm
 
Dúvidas podem ser encaminhadas para o e-mailseppir.sinapir@mdh.gov.br.
 
Os recursos poderão apoiar ações nas áreas temáticas de:
I. Políticas Afirmativas:
- Projetos relativos ao Plano de Enfrentamento ao Racismo Institucional (PCRI);
- Projetos voltados para a aperfeiçoamento profissional e ao empreendedorismo;
- Projetos para a implementação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB);
- Projetos de garantias de direitos e tratamento não discriminatório, valorização da vida, proteção, empoderamento e atendimento social de crianças, adolescentes, jovens negros e mulheres negras em situação de vulnerabilidade social e violência;
- Projetos de economia solidária, empreendedorismo, geração de renda e de emprego formal com foco em jovens e mulheres negras, com prioridade para pessoa negra em situação de rua, aquelas com deficiência e saúde mental e violência;
- Projetos que promovam acesso e permanência no mercado de trabalho e empreendedorismo, que preferencialmente combinem o enfrentamento à violência, ao racismo e à lgbtfobia;
- Projetos que estimulem e fortaleçam as ações afirmativas, em organizações privadas, voltadas para mulheres negras, com ênfase em: geração de renda e emprego formal, violência doméstica e saúde da população negra;
- Projetos de fomento para iniciativas que estimulem a promoção de mídias negras, a partir das expressões culturais formadoras das identidades negras, com a participação e o protagonismo dos atores locais, alcançando mulheres negras, juventude negra e LGBT negro/as;
- Projetos que estimulem a existência e a valorização da pessoa negra, das manifestações de cultura, da memória e das tradições da população negra e o acesso à informação dessa cultura;
- Projetos que visem a garantia de direitos e tratamento não discriminatório de negras e negros presas/os e egressas/os do sistema carcerário.
 
II. Políticas para Povos e Comunidades Tradicionais:
- Projetos para a inclusão produtiva, desenvolvimento local, assistência técnica e comercialização de bens e serviços;
- Projeto de incentivo e o fomento da cultura;
- Projetos que promovam o desenvolvimento local de povos e comunidades tradicionais focando em inclusão produtiva, economia solidária, instrução para acesso a crédito, acesso a mercados e assistência técnica e extensão rural;
- São elegíveis projetos que tenham como foco um ou mais dos seguintes povos e comunidades: Comunidades quilombolas; Povos e comunidades de terreiro/povos e comunidades de matriz africana; Povos ciganos; Pescadores artesanais; Extrativistas; Extrativistas costeiros e marinhos; Caiçaras; Faxinalenses; Benzedeiros; Ilhéus; Raizeiros; Geraizeiros; Caatingueiros; Vazanteiros; Veredeiros; Apanhadores de flores sempre vivas; Pantaneiros; Morroquianos; Povo Pomerano; Catadores de mangaba; Quebradeiras de coco babaçu; Retireiros do Araguaia; Comunidades de fundos e fechos de pasto; Ribeirinhos; Cipozeiros; Andirobeiros; Caboclos; Povos indígenas.
 
Cordialmente,
 
Ismália Afonso
Analista de Programa -  Gênero e Raça
Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento | Brasil
Programme Analyst, Gender and Ethnicity
United Nations Development Programme | Brazil
ismalia.afonso@undp.org
Work +55 61 3038 9021
www.pnud.org.br

19 de agosto de 2019

A Subida no Morro de Santo Antônio deve ter autorização da Seman

Da Redação


 


A Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT) orienta sobre a necessidade de autorização da Coordenadoria de Unidade de Conservação (Cuco) para atividades e visitação no Morro de Santo Antônio (27 Km de Cuiabá), localizado no município de Santo Antônio do Leverger.   

A solicitação para subir o Monumento Natural Morro de Santo Antônio sempre existiu, porém muitos visitantes faziam essa subida sem comunicar o órgão responsável. Sendo assim, a Cuco alerta a todos que desejam realizar a subida, que façam um requerimento por escrito na Sema, através de protocolo.

Essa solicitação serve tanto para pessoas que desejam subir sozinhas, quanto para grupos de excursão, podendo haver autuação, caso a atividade seja feita de forma irregular, já que a Unidade de Conservação exige autorização para entrada no monumento.

A Sema orienta ainda que a subida seja realizada com acompanhamento do Gerente Regional do Morro, com o objetivo de evitar acidentes ou depredação.  

 

Novo mapa das represas na Bacia do Alto Paraguai: um território sob pressão



Acesse dados como a localização, o potencial de geração de cada barragem e valores recebidos por empreendimentos financiados pelo BNDES

Publicado em 9 de outubro de 2018 às 15:16Compartilhar:   


Represas no Pantanal – A borda da Bacia do Alto rio Paraguai (BAP), onde está inserida a maior planície inundável do planeta, o Pantanal, é tida como um dos territórios detentores de potencial hídrico representativo, tornando-se, portanto, um local prioritário para a instalação de represas. Hoje, já existem 52 empreendimentos em operação e a previsão é de que mais 101 outras represas sejam instaladas num curto espaço de tempo.

Um plano nacional – A construção de barragens há muito faz parte da estratégia de expansão da matriz energética brasileira, sua expectativa de crescimento está claramente evidenciada no Plano Nacional de Energia. Tal fato, em partes, se deve à ideia controversa de que estes empreendimentos são fontes limpas de geração de energia, causando impactos insignificantes.

Consequências – Apesar da imagem limpa, estes projetos de “desenvolvimento” causam impactos irreversíveis sobre o espaço biofísico e alteram assombrosamente o ambiente onde são inseridos, gerando perdas expressivas às comunidades tradicionais que vivem no entorno dos empreendimentos. Os conflitos oriundos deste processo aumentam a cada ano, gerando tensão e insegurança aos originários detentores do território.

O que fizemos? – A Ecoa desenvolveu o mapa na intenção de continuar com o avanço nas pesquisas sobre os efeitos ambientais, econômicos e sociais do setor hidroenergético na BAP. Em 2016, a organização já havia lançado um mapa com dados sobre as represas e, agora, além de atualizá-los, dispõe de mais informações e em uma plataforma mais dinâmica e interativa.


Os dados – O mapa das Represas na Bacia do Alto Paraguai (BAP) foi elaborado a partir de dados oficiais da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), do Sistema de Informação Georreferenciada do Setor Elétrico (Sigel) e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Pesquisa – Silvia Santana

Desenvolvimento do mapa – André RestelIasmim AmidenRafael Chiaravalloti e Silvia Santana

AGRICULTURA E RIOS REPRESADOS AFETAM A OFERTA E A QUALIDADE DA ÁGUA EM TODO O PAÍS





Insumo vital, direito humano e elemento crucial para todos os setores estratégicos do país – do agronegócio à indústria, passando por transporte, energia e saúde – a água é o tema central do documento que a Plataforma Brasileira de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (BPBES) lança ontem durante o 15º Congresso Brasileiro de Limnologia, em Florianópolis (SC). De autoria de 17 pesquisadores, o sumário para tomadores de decisão do relatório temático “Água: biodiversidade, serviços ecossistêmicos e bem-estar humano no Brasil” é dirigido a gestores e lideranças nas esferas pública e privada, buscando sensibilizá-los para a complexidade, a importância e a urgência de uma gestão eficaz da água no país.

“Água é um serviço ecossistêmico, ou seja, um benefício da natureza, essencial para a qualidade de vida das pessoas. O documento traz uma abordagem integrada de recursos hídricos e biodiversidade”, explica Carlos Joly, professor do Instituto de Biologia (IB) da Unicamp e coordenador da Plataforma Brasileira de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos. A água doce no país tem sua distribuição desigual. No Estado de São Paulo, por exemplo, as crises hídricas recentes, que foram fortemente agravadas pela remoção da cobertura vegetal nativa do Estado, mostram que a água passa a ser um fator limitante, explica o coordenador.

O documento contextualiza as ameaças aos recursos hídricos e aos ambientes aquáticos, as oportunidades e o diferencial competitivo que o seu uso eficiente possibilitam ao desenvolvimento e à economia do país e propõe práticas e instrumentos para um melhor uso e manejo das águas brasileiras. O país possui a maior reserva mundial de água – concentrando 12% da disponibilidade hídrica superficial do planeta –, vastos reservatórios de água subterrânea e uma circulação atmosférica que distribui umidade entre diversas regiões, sendo capaz de regular o clima de todo o continente sul-americano. Abriga, ainda, algumas das mais importantes áreas úmidas terrestres, o maior arquipélago fluvial (Mariuá, no Parque Nacional de Anavilhanas, Rio Negro), a maior ilha genuinamente fluvial (Ilha do Bananal, no rio Araguaia) e a maior ilha fluviomarítima do mundo (Ilha do Marajó, na foz do rio Amazonas). “Apesar da abundância, o Brasil trata mal o recurso, e algumas regiões já apresentam problemas relacionados à segurança hídrica. No relatório, mostramos as principais ameaças e apontamos direções para um melhor manejo e conservação dos recursos hídricos por meio de mudanças na gestão, integração entre agências e setores envolvidos e desenvolvimento de estratégias de conservação focadas nos múltiplos usos da água”, explica Vinícius Farjalla, professor associado da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e coordenador do estudo.

O diferencial desse trabalho está na abordagem da questão da água não apenas sob a dimensão de sua importância como recurso hídrico. “A água é muito mais do que isso, é um componente-chave da biodiversidade, é patrimônio cultural e está atrelada ao bem-estar da população brasileira de inúmeras maneiras”, aponta Aliny Pires, professora adjunta da Universidade do Estado do Rio de Janeiro e coordenadora do documento. Os autores coincidem na avaliação de que a água é um ativo nacional que, se usado com sabedoria e eficiência, enseja uma grande oportunidade para garantir ao país um desenvolvimento econômico e social bastante competitivo.

Vale lembrar, no entanto, que, em que pese a riqueza do Brasil no que se refere à agua doce, ela está naturalmente distribuída de forma muito desigual pelo país, onde também se observa grandes contrastes na relação demanda-oferta, na aplicação dos instrumentos legais e nos usos dos ambientes aquáticos. Ou seja, os desafios de gestão não são uniformes por todo o território nacional. O texto salienta que os instrumentos de gestão vigentes não contemplam os vários aspectos relacionados a esses múltiplos usos. Consequentemente, a abundância da água não assegura a segurança hídrica do país, comprometendo a biodiversidade aquática, diversas atividades econômicas e o bem-estar da população.

“É premente a necessidade de se entender o caráter multissetorial da governança da água, os vários agentes interessados e as diferentes realidades regionais. Só assim poderemos aplicar as ferramentas apropriadas e implementar uma gestão de longo prazo efetiva para garantir a segurança hídrica desta e das futuras gerações”, afirma Pires. Assim como convergem na visão sobre a oportunidade suscitada pelo potencial hídrico do Brasil, os coordenadores sinalizam que o principal alerta do estudo é o de que o aproveitamento do diferencial competitivo nacional só se dará se o país souber assimilar e integrar a sua heterogeneidade em relação à quantidade, à qualidade, aos diferentes usos e à legislação dos recursos hídricos.

Dependência das águas

Praticamente todas as atividades econômicas no Brasil dependem de suas águas, sendo que a agricultura irrigada e a pecuária são os principais usuários consumindo, respectivamente, 750 mil e 125 mil litros de água por segundo. A matriz energética elétrica brasileira depende de cerca de 65% da produção hidrelétrica e a indústria utiliza mais de 180 mil litros de água por segundo. Em diversas regiões do país, o transporte de carga e de pessoas também precisa da manutenção da vazão presente nos ambientes aquáticos. O Relatório lista diversos outros exemplos de serviços e atividades demandantes de grandes quantidades de água, o que demonstra a sua centralidade na economia e nos modos de vida da população.

A gestão territorial da água envolve, ainda, aspectos transfronteiriços, uma vez que as reservas nacionais possuem dependência intrínseca de nações vizinhas. Segundo o documento, “o Brasil recebe cerca de 2,6 trilhões de m3 de água por ano de outros países e escoa aproximadamente 800 bilhões de m3 de água por ano”. A construção de barragens no sopé dos Andes peruanos, por exemplo, poderá comprometer as condições ambientais da várzea no rio Amazonas em território brasileiro, devido à retenção parcial de sedimentos nas represas, bem como aos seus efeitos sobre o regime hidrológico.  

Ameaças

De acordo com o Relatório, as principais ameaças às águas brasileiras são as mudanças climáticas, as mudanças no uso do solo, a fragmentação de ecossistemas e a poluição. Já são notáveis os efeitos de eventos extremos de precipitação e seca, que vão aumentar ao longo do século, alterando a dinâmica e a configuração dos habitat aquáticos. Anos de seca prolongada nas regiões Sudeste e Centro-Oeste do Brasil resultaram em uma perda estimada de R$ 20 bilhões na receita agrícola em 2015, um recuo de quase 7% em relação ao ano anterior. “Mudanças no uso do solo em função da expansão agrícola e do represamento de rios podem comprometer a disponibilidade e a qualidade da água em todo o país, afetando os usos pela biodiversidade aquática e pela população humana. Tais mudanças, bem como a transposição de rios, promovem modificações na dinâmica e na estrutura dos ambientes aquáticos causando perda na conectividade e alteração no regime hidrológico, o que favorece o estabelecimento de espécies exóticas”, diz o texto.

Os autores mencionam o aumento no aporte de poluentes aos rios, que acarreta prejuízos à biodiversidade e aos serviços providos por ecossistemas aquáticos, e destacam que cerca de 40% do território nacional apresenta níveis de ameaça aos corpos hídricos de moderado a elevado. Ressaltam, ainda, o papel dos poluentes emergentes, tais como hormônios e antibióticos, que não são removidos pelas vias de tratamento convencionais e cujos efeitos para a biota aquática e a saúde humana não foram plenamente explorados. No estado do Rio de Janeiro, por exemplo, 48% dos rios monitorados são impróprios para tratamentos convencionais e 50% da água captada e distribuída no sistema de abastecimento do Guandu é utilizada para tratar esgotos.

Avanços e receio

Um dos avanços mais recentes da agenda da água no Brasil foi o Plano Nacional de Segurança Hídrica (PNSH), mecanismo criado pelo Ministério do Desenvolvimento Regional e pela Agência Nacional de Águas que propõe a implementação de projetos de infraestrutura para assegurar água aos brasileiros até 2035.Segundo o estudo, a cada R$ 1 investido em infraestrutura hídrica, mais de R$ 15 são obtidos em benefícios associados à manutenção de distintas atividades produtivas no país. Entre 2004 e 2016, estima-se que o Brasil ganhou mais de R$ 15 bilhões por ano com investimentos realizados em saneamento, incluindo a promoção do turismo e a redução com gastos em saúde.

O foco do PNSH é a redução dos elevados valores de insegurança hídrica previstos para 2035 caso nenhuma ação seja realizada no país e ele se soma a outros instrumentos da Política Nacional dos Recursos Hídricos, formando a atual base legal para a gestão dos recursos hídricos nacionais. No texto, os autores chamam a atenção para a relevância do fortalecimento desse Plano de forma a assegurar a disponibilidade hídrica no Brasil. “Vejo com certo receio como a pauta ambiental vem sendo tratada pelo atual governo, declarações do presidente Bolsonaro e de outros gestores do governo federal, como o próprio Ministro do Meio Ambiente, indicam, no melhor cenário, pouca atenção às questões ambientais, como a conservação de áreas naturais, que são importantes recargas de água tanto para o abastecimento urbano, como para diversas atividades produtivas, e o combate às mudança climáticas, que terão grande impacto na oferta e na qualidade dos recursos hídricos brasileiros”, conta Farjalla.

Saneamento e infraestrutura

O Brasil dispõe de base legal para o enfrentamento dos problemas relacionados aos recursos hídricos e ao saneamento básico. Os benefícios dos investimentos em infraestrutura (previstos no PNSH) e da universalização do saneamento (inclusa no Plano Nacional do Saneamento Básico) são também amplamente conhecidos, sobretudo quanto à saúde das pessoas e à conservação dos ambientes aquáticos. Os autores do estudo alertam, no entanto, que os mecanismos necessários para sua implementação efetiva não são plenamente viabilizados para uma aplicação em escala e sinalizam que, apesar de alguns incentivos, o país ainda precisa percorrer um longo caminho nessa área.  O relatório aponta que a universalização do saneamento básico trará ao país ganhos de R$ 1,5 trilhão – valor quatro vezes maior que o gasto estimado para sua implementação – e diminuirá de forma expressiva despesas com saúde humana, com destaque para as regiões urbanas que abrigam 75% da população brasileira. A integração entre iniciativas que visem o estabelecimento de redes de saneamento e esgoto e esforços de recomposição da vegetação nativa e de adoção de diferentes tecnologias será capaz de recompor serviços ecossistêmicos perdidos. “O uso integrado de soluções baseadas na natureza, como a restauração florestal e a conservação de áreas úmidas – com infraestrutura convencional – é o caminho mais seguro, menos custoso e com maior benefício para assegurar a utilização dos recursos hídricos e a conservação da biodiversidade aquática”, diz o texto.

TEXTO: ISABELA DE LIMA SANTOS (BPBES) | ESPECIAL PARA O JU

FOTOS: ANTONINHO PERRI | JOSÉ SABINO

EDIÇÃO DE IMAGEM: LUIS PAULO SILVA

Paula Drummond de Castro (BPBES) colaborou

16 de agosto de 2019

Espírito Santo (ES) é sede da maior feira de Agroturismo do Brasil em novembro


Governador Renato Casagrande, empresários e outras autoridades - Foto: Divulgação


O município de Venda Nova do Imigrante sediará a 15ª edição da Feira Nacional do Agroturismo Rural (RuralTur), maior evento de agroturismo do Brasil. O lançamento oficial do evento aconteceu na tarde desta quinta-feira (15) no Palácio Anchieta, em Vitória (ES), com a presença do governador Renato Casagrande, empresários e outras autoridades. O grande objetivo do Governo é promover o Espírito Santo como destino nacional do agroturismo.

A 15º RuralTur acontecerá de (20) a (24) de novembro no Centro de Eventos Padre Cleto Caliman, o Polentão, em Venda Nova do Imigrante – na região sudoeste serrana do Estado. A programação da feira inclui palestras, talk show, roteiros de experiência na Região Turística Montanhas Capixabas, além da comercialização de produtos, vivências culturais e gastronômicas.

Para o governador, o evento é uma oportunidade de se promover o turismo no Espírito Santo. Casagrande lembrou que, além da região de montanhas, as demais regiões do Estado também estão se organizando para receber os turistas.

“As pessoas olham para o Brasil e não têm a mesma segurança que têm quando olham o Estado do Espírito Santo. O apoio a eventos como esse aqui é sim um instrumento de política pública. O Estado com o nível de organização que temos hoje, nos dá capacidade de fazer esses próximos quatro anos de muitas realizações. Estamos trabalhando muito e o turismo rural vai ser uma oportunidade de divulgarmos o nosso Estado para o Brasil e para todo o mundo”, afirmou.

O município de Venda Nova do Imigrante é referência em todo o País como o berço do Agroturismo, modalidade de turismo rural que associa a vivência do cotidiano agrícola ao lazer, à visitação e a valorização do meio ambiente.

Reconhecido como a Capital Nacional do setor pela Associação Brasileira de Turismo Rural (Abratur), o município capixaba começou a desenvolver o Agroturismo em 1987, quando a atividade nem tinha nome no Brasil. A denominação usada vem do italiano “agroiturismo” e foi na Itália que os primeiros empreendedores buscaram informações para a prática.

“Este é um momento importante para o Espírito Santo, quando todo o setor ligado ao agroturismo do País estará com os olhos voltados para esta exitosa história de transformação do modelo de produção agrícola familiar”, comentou o secretário de Estado de Turismo, Dorval Uliana, que destaca ainda o potencial turístico do Estado para os roteiros denominados turismo de experiência.

Entre os objetivos da feira, estão: geração de negócios, estímulo ao empreendedorismo, debate sobre a geração de políticas públicas e de conhecimento técnico, tendências e inovação e o fomento ao turismo de experiência nas propriedades rurais.

O evento está sendo organizado pela Secretaria de Estado de Turismo (Setur), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Convention Montanhas Capixabas, Agrotur, Prefeitura de Venda Nova do Imigrante, Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) e Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes).

Ascom Setur ES

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14 de agosto de 2019

Governo de MT quer estreitar parceria com o Chile para turismo



O Brasil foi o principal parceiro comercial do Chile na América Latina em 2018. O intercâmbio comercial bilateral foi de cerca de US$ 9,77 bilhões



Assessoria



Assessoria

A divulgação das belezas naturais e dos serviços de turismo de Mato Grosso deve ser ampliada para o Chile. Em visita oficial ao Estado nesta quinta-feira (08.08), o embaixador do Chile no Brasil, Fernando Schimidt, disse que gostaria de ver mais chilenos visitando a região.


 

“Poucos chilenos conhecem as potencialidades do Pantanal, por exemplo. Nós recebemos quase 600 mil turistas brasileiros por ano e acredito que muito pode ser feito para atrair os chilenos para cá também”, afirmou.

 

O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes, ressaltaou que o Estado está alinhado com a visão global de sustentabilidade.

 

“Não apenas a sustentabilidade dos ecossistemas, mas de sustentabilidade econômica respeitando as legislações ambientais”, disse.

 

O secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, César Miranda, informou que há a expectativa de que o processo de internacionalização do Aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande, seja resolvido até o final deste ano.

 

“Desta forma, conseguiremos maior integração com os países da América Latina e poderemos fomentar ainda mais o turismo em Mato Grosso”, ressaltou.

 

A Embaixada Chilena no Brasil está realizando visitas oficiais em todos os Estados brasileiros.

 

"Sempre temos muito a conversar com o Governo de Mato Grosso, pois também somos um país produtor de matérias agrícolas e exportador do agronegócio para todo o mundo. Produzimos, também, muita energia alternativa, o que nos faz sede da COP 25, o maior evento ambiental do mundo”, explicou o embaixador Schimidt.

 

O Brasil foi o principal parceiro comercial do Chile na América Latina em 2018. O intercâmbio comercial bilateral foi de cerca de US$ 9,77 bilhões – crescimento de 15% em relação ao ano anterior, de acordo com dados do Ministério da Economia. Entre os principais produtos exportados para o Chile estão óleos brutos de petróleo, carne, automóveis e tratores. Já o Brasil importa principalmente derivados de cobre, salmão e vinhos.

 

“Já está tudo montado para que os próprios empresários possam aproveitar as oportunidades que o Brasil e Mato Grosso oferecem, pois temos um acordo de livre comércio que faz sermos grandes parceiros. O Chile investiu no Brasil algo em torno de US$ 35 bilhões no último ano”, finalizou Fernando Schmidt.

Festival gastronômico reúne pratos típicos de 12 países em Cuiabá


Entrada para o festival é gratuita e os pratos podem ser apreciados com valores entre R$ 8 e R$ 30.

Por G1 MT

Programação acontece no Sesc Arsenal, em Cuiabá — Foto: Divulgação

O primeiro festival gastronômico internacional, em Cuiabá, acontecerá na sexta-feira (16) e no sábado (17), no Sesc Arsenal, em Cuiabá. A 'Festa das Nações' deve reunir pratos típicos do Peru, Argentina, México, Brasil, Espanha, França, Alemanha, Itália, Portugal, Japão, Líbano e Tailândia.

Segundo a organização, a entrada para o festival é gratuita e os pratos podem ser apreciados com valores entre R$ 8 e R$ 30.

Além das comidas típicas, o evento também terá apresentações musicais. A expectativa é de que 4 mil pessoas participem do festival.

A cantora Carol Brandalise se apresentará na sexta-feira (16), a partir das 18h. Em seguida, serão apresentadas danças de nove países.

Já no sábado (17), o show será realizado pela cantora Karola Nunes. O público também poderá assistir apresentações de danças típicas da Índia, Argentina e Espanha.