10 de julho de 2019

Turismo Comunitário em Bertioga – A experiência da Vila da Mata

NATUREZA CRÍTICA


DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA EM MEIO AMBIENTE


Em junho 2019 tive a oportunidade de conhecer outra iniciativa de Turismo de Base Comunitária no litoral paulista, promovido pela comunidade da Vila da Mata, em Bertioga (SP).

O grupo, formado por amigos e profissionais de diversas áreas, teve o privilégio de ser um dos primeiros convidados a vivenciar a experiência.

Para quem não conhece, a Vila da Mata possui um histórico bastante interessante de formação do seu território e de construção de sua identidade, que está estreitamente relacionada com o desenvolvimento do município.

Roda de conversa com moradores

A partir das informações compartilhadas pelo Sr. Nelson, um dos moradores mais antigos do local e que chegou para viver ali com apenas 10 anos (hoje está com 60 anos, ou seja, chegou por volta de 1969), e com dados disponíveis no documento, construímos uma linha do tempo com os principais momentos históricos da Vila e de Bertioga. Veja a linha do tempo aqui.

Nas conversas com os moradores ficam marcadas principalmente os momentos pré construção dos condomínios de veraneio, onde prevalecia uma economia extrativista, inclusive com indústrias de exploração de madeira e palmito; seguida do período de expansão dos condomínios e chegada de diversas pessoas para trabalhar na construção civil ou nos serviços de apoio aos condomínios; e o terceiro período que se configura como o do Parque Estadual Restinga de Bertioga (também conhecido como PERB), o qual daremos mais destaque nesse texto.

Nosso lugar virou parque!

Esse é o título do reconhecido livro do professor Antonio Carlos Diegues que retrata a situação de conflito entre comunidades do Saco do Mamanguá, Paraty/RJ com a criação da Reserva Ecológica da Juatinga.

Mas também poderia ser a frase dos moradores da Vila da Mata, em Bertioga. Isso porque, desde 2010, com a criação do Parque Estadual Restinga de Bertioga, a comunidade que possui cerca de 129 casas vive dentro de uma unidade de conservação de proteção integral (veja aqui o que isso significa)!

Basicamente: essa categoria de UC não prevê a presença de moradores.


Mas como isso poderia ter acontecido, em pleno século XXI, apesar da existência de tantas tecnologias que permitem identificar ocupações nos territórios?

A comunidade não sabe responder:

Gilson – Presidente da Associação de moradoresSr. Nelson – um dos moradores mais antigos da VilaDona Socorro – batalhadora da comunidade

“Não participamos da criação e nem fomos consultados”, afirmam.


De acordo com o Plano de Manejo da UC, existem outros núcleos de ocupação humana no PERB como o “Morro do Macuco, também em Guaratuba, as margens do Rio Guaratuba próximo à ponte da Rodovia Rio Santos, o Morro do Itaguá em Boracéia, a Rua Carvalho Pinto em Guaratuba, e uma parte da localidade denominada Chácaras do Balneário Mogiano em Boracéia”.

Fica a questão para pesquisadores estudantes e compreender as motivações da inserção dessa comunidade nos limites da área protegida.

Uma outra visão!

A situação das famílias, que passou a ser irregular perante a legislação ambiental, ganhou novas configurações com o início das discussões para elaboração do Plano de Manejo da UC.

Mobilizados e organizados na Associação Vila da Mata, os moradores participaram das oficinas participativas do Plano de manejo, em 2018, e reivindicaram o direito de permanecer em seu território.

É importante destacar que Vila da Mata é um dos diversos casos de comunidades dentro de UCs no Estado de SP, e que essa relação é, em muitos casos conflituosa, e negativa – vide últimos acontecimentos na Estação Ecológica Juréia- Itatins (Veja aqui);


Essa articulação local culminou com uma proposta de desafetação e CONSOLIDAÇÃO DOS LIMITES da UC, publicada pela Fundação Florestal em seu documento oficial, destacando que:

Os núcleos localizados na Vila da Mata em Guaratuba, na Rua Carvalho Pinto entre Guaratuba e Boracéia, no Morro do Itaguá entre Guaratuba e Boracéia e nas Chácaras do Balneário Mogiano são indicados como áreas de exclusão do Parque Estadual Restinga de Bertioga (Anexo 5), mediante a incorporação de área contígua equivalente a no mínimo 2 vezes a área excluída, e com a presença de atributos compatíveis aos objetivos de criação do Parque Estadual Restinga de Bertioga;


A alteração dos limites deverá ser efetivada por meio de instrumento jurídico específico;


A ocupação nos núcleos indicados no item I está condicionada à efetivação da alteração dos limites e à requalificação da área pelo município.


Hoje, estar dentro dos limites (e no futuro no entorno) de uma área protegida é visto com bons olhos pelas lideranças e moradores da comunidade:

“Queremos viver de forma harmônica com o meio ambiente e o PERB. Sentimos muito orgulho de estar inseridos no Parque. Antes ninguém conhecia a Vila da Mata”, afirmam.


Tanto é que uma das estampas das camisetas das protagonistas do TBC na comunidade ressalta a frase da Dona Socorro em uma das reuniões do Plano Diretor do município:

“Já pensou em morar em uma cidade e não pertencer a ela”


Ela diz que que até então seu sentimento era de que a Vila parecia não existir para as autoridades locais.

Além desse sentimento, segundo os moradores, a criação do Parque conteve a invasão no território e deu respaldo para quem respeita a natureza “Quando vemos algo errado, como a construção de uma nova casa sem autorização, acionamos a equipe do Parque que busca resolver o problema”, afirmam.

A sinalização na entrada da Vila mostra que ali é proibido construir.

A proposta de TBC

Caminhada durante visita na Vila

A possibilidade de viver no entorno de uma área protegida é reconhecida como um privilégio pelos moradores: “Queremos dar essa identidade para a nossa comunidade, da Conservação da natureza. Queremos ser guardiões desse espaço”.

Tanto é que já começaram a dar nomes de espécies da Mata Atlântica para as ruas, como a Avenida dos Tucanos.

Em todas as atividades da Vila buscam incluir a temática ambiental. E a programação local é agitada e organizada pelos próprios moradores, como a horta comunitária, uma biblioteca, uma sala de aula para alfabetização de adultos, o cinema do campinho, o boletim de atividades dentre outras.

E foi com o objetivo de mostrar um pouco da sua história, memórias e sonhos que a comunidade está organizando o Turismo de Base Comunitária da Vila da Mata.

Na visita que a comunidade oferece, essas e outras experiências são compartilhadas com o visitante! São tantas informações e conversas que as horas passam “voando”!

Partindo da biblioteca, onde jovens e adultos fazem aulas de alfabetização, conhecemos o campinho, que é palco das partidas de futebol e do cinema com a criançada. Ali também será o local da futura sede da Associação dos Moradores da Vila da Mata.

Seguimos em sentido Serra do Mar, e o trajeto é uma aula sobre o ecossistema da Mata Atlântica, pudemos observar aves, a vegetação, a variação de temperatura e suas casas, percebendo as diferenças conforme avançamos no sentido da floresta.

Diversidade na mesa de café da manhã

No ponto de parada iniciamos uma roda de conversa, onde os aspectos históricos e atuais são partilhados pelos moradores.

No retorno o grupo interage e é recebido em um dos quintais da Vila com uma linda e saborosa mesa. No cardápio a mistura das origens da população ali estabelecida: comida piauiense, caiçara, baiana e etc. uma verdadeira delícia para encher a pança!

Energias recarregadas, hora de botar a mão na terra e colaborar com a horta comunitária que foi criada na entrada da Vila! E entre as plantas da comunidade, celebramos a visita com o plantio de mudas de couve.

Para quem quiser conhecer a Vila, aproveite que dia 20 de julho tem Arraiá Vila Mata, a partir das 18 horas.

E para agendar a visita e conhecer o Turismo de Base Comunitária da Vila da Mata, é só entra em contato com Maura Pereira, no telefone: (13) 99733-1704.

 

Que essa e outras sementes continuem germinando no solo da Vila da Mata!



Felipe Zanusso fez biologia durante a graduação, quando passou a se interessar pelos temas interdisciplinares associados na gestão de áreas protegidas. Fez mestrado em Ciência Ambiental na USP sobre participação social e conservação da natureza. Foi analista de recursos ambientais da Fundação Florestal. Atualmente é doutorando do Programa em Ambiente e Sociedade da UNICAMP/SP, desenvolvendo o projeto sobre arranjos institucionais da política pública de gestão de áreas protegidas paulistas.

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Comissão do Senado aprova Projeto de Lei da Política Nacional da Economia Solidária



UNICOPAS

 Cooperativismo e Economia SolidáriaUnicopas, por Thays Puzzi Assessoria Imprensa da Unicopas

Foto: Marcos Oliveira / Agência-Senado

Unicopas acompanhou a votação; PL 137/2017 foi aprovado por unanimidade pela Comissão de Desenvolvimento Regional e segue para a Comissão de Assuntos Econômicos

Foi aprovada na manhã desta quarta-feira, 10 de julho, pela Comissão de Desenvolvimento Regional do Senado o Projeto de Lei 137/2017, que dispõe sobre a Política Nacional da Economia Solidária e os empreendimentos econômicos solidários. Além disso, a projeto prevê a criação do Sistema Nacional de Economia Solidária. Agora, o PL segue para a Comissão de Assuntos Econômicos, também no Senado, que, se aprovado, seguirá para o Plenário da Câmara dos Deputados.

O relator do projeto, o senador Jaques Wagner, lembrou durante a audiência que “nem sempre a inclusão produtiva se dá por meio do trabalho formal. O cooperativismo, a economia solidária e o empreendedorismo também são formas de inclusão”.

Já a senadora Zenaide Maia, primeira vice-presidente da Comissão, destacou a importância da aprovação deste projeto. “Com ele vamos conseguir tirar a burocracia que existe hoje para o cooperativismo no Brasil e isso fomentará a criação de novas cooperativas e empreendimentos econômicos solidários”.   

Para saber mais sobre o PL 137/2017, clique aqui

Potencial do cooperativismo e da economia solidária no Brasil e no mundo

No mundo, três milhões de cooperativas contribuem significamente com o crescimento econômico, com geração de empregos estáveis e de qualidade, de acordo com a ACI. São mais de 280 milhões de pessoas em todo o mundo trabalhando em cooperativas, o que representa 10% da população empregada. Além disso, as 300 maiores cooperativas do mundo geram US$ 2,1 bilhões de dólares ao mesmo tempo em que proporcionam os serviços e a infraestrutura que a sociedade necessita para prosperar. No Brasil, há mais de 6,8 mil cooperativas distribuídas em 13 ramos de atividades, ultrapassando 14,2 milhões de associados e gerando 398 mil empregos formais, segundo dados da Agenda Institucional do Cooperativismo 2019.

De acordo com o presidente da Unicopas, Arildo Mota Lopes, esses números podem ser ainda maiores. “Isso porque o cooperativismo é uma das formas associativas de organização do trabalho, que também podem ser encontradas em associações produtivas e empresas de autogestão”.

Já no campo da economia solidária, conforme dados mais recentes do Sistema de Informação da Economia Solidária (Sies), da extinta Secretaria Nacional de Economia Solidária (Senaes) atualmente, no Brasil, existem 19.708 empreendimentos que reúnem 1 milhão 423 mil e 631 associados, em 2.804 municípios. Estima-se que a economia solidária movimente, por ano, R$ 12 bilhões. A Senaes era vinculada ao Ministério do Trabalho, mas, com a reestruturação do novo Governo Federal, as políticas relacionadas à economia solidária foram diluídas na Secretaria Nacional de Inclusão Social – subdividas em Rural e Urbana – que estão, atualmente, sob responsabilidade do Ministério da Cidadania.

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9 de julho de 2019

Sinterp/Empaer pedem apoio do TJ para firmar parceria em prol dos reeducandos




Em reunião hoje(8) o Sinterp-MT/Empaer  dialogaram com o desembargador Orlando Perri, supervisor do grupo de monitoramento do sistema carcerário sobre a possibilidade de parceria Tribunal de Justiça  com a Empaer para contribuir com a mão de obra dos reeducandos.

Com a integração Empaer e outras instituições podem ser resolvidos vários problemas, tais como aproveitamento dos reeducandos, devolvendo a eles a dignidade, bem como contribuir com o meio ambiente, entre outras 

Empaer e Indea orientam produtores sobre descarte de embalagens vazias de agrotóxico


Decreto define que a destinação das embalagens de defensivos agrícolas passa a ser responsabilidade dos fabricantes, agricultores, canais de distribuição e poder público

Rosana Persona | Empaer-MT 

Palestra técnica contou com a participação de 180 produtores rurais - Foto por: Extensionista | Empaer

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Com o objetivo de orientar sobre a destinação de embalagens vazias de agrotóxico, a Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), em parceria com o Instituto de Defesa Agropecuária (Indea), realizou palestras no município de Colíder (650 km ao Norte de Cuiabá). Os produtores rurais receberam informações desde a compra do produto até o descarte das embalagens, respeitando a legislação. O evento contou com a participação de mais de 180 produtores.

O engenheiro agrônomo do Indea, Haroldo da Cruz Pereira, proferiu palestra e destacou o decreto 4.074/2002, que define que a destinação das embalagens de defensivos agrícolas passa a ser responsabilidade de todos os agentes envolvidos: fabricantes, agricultores, canais de distribuição e poder público. Conforme decreto, é obrigatório o recolhimento das embalagens vazias a uma unidade de recebimento autorizada pelos órgãos ambientais. Antes do recolhimento, o agricultor deverá efetuar a tríplice lavagem e no prazo de até um ano, essas embalagens deverão ser entregues em um posto de recebimento cadastrado.

O técnico agropecuário da Empaer, Cleverson Sergio Braz Mateus, esclarece que a palestra técnica foi a forma encontrada para conscientizar os agricultores a não estocar as embalagens vazias de agrotóxico. Foram repassadas informações desde a compra do produto com nota fiscal, o receituário agronômico que deve ser preenchido corretamente com dados do produtor, importância da tríplice lavagem, armazenamento de agrotóxicos, transporte, cuidados com a carência do produto utilizado, rastreabilidade que informa a compra feita pelo produtor até a devolução da embalagem vazia.

O produtor rural Nilson Cavalcanti Silva, participou da palestra e comentou que tem embalagem vazia de agrotóxico em sua propriedade há mais de cinco anos. No Sítio Nossa Senhora Aparecida que possui uma área de 31 hectares e no Sítio Santa Terezinha com 2,5 hectares, onde são cultivadas hortaliças (tomate, pimentão e outros), plantio de abacaxi, melancia e poncã.  O agricultor vende os produtos no comércio da cidade e participa das chamadas públicas do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e fornece hortaliças e frutas para a merenda escolar.

De acordo com Nilson, a palestra foi informativa e as orientações sobre a coleta de embalagens que será realizada no município, nos dias 7 e 8 de agosto, facilitará para os produtores. Ele conta que para entregar as embalagens vazias era necessário percorrer uma distancia de mais de 180 quilômetros, ou seja, o posto de coleta mais próximo fica nos municípios de Sinop, Matupá e Alta Floresta. “Se a coleta no município acontecer com frequência será bom pra todos”, ressalta.

As palestras foram realizadas nas comunidades rurais, Cristo Rei, Branca de Neve, São Jorge, Nova Galiléia, Marco de Cimento e na cidade de Colíder. O técnico Cleverson destaca que o principal motivo para a destinação correta das embalagens vazias de agrotóxicos é diminuir o risco para a saúde das pessoas, animais e contaminação do meio ambiente. “Foram apresentadas medidas corretas de manuseio e descarte. O produtor tem que estar atento a legislação após 12 meses de aquisição de agrotóxicos”, esclareceu.

Ministério do Meio Ambiente reúne legislação ambiental em um único painel

Salada Verde
Sua porção fresquinha de informações sobre o meio ambiente


Por Daniele Bragança  segunda-feira, 08 julho 2019 19:32Comente

Painel sobre Legislação Ambiental é lançado pelo MMA. Foto: Pixabay.


O Ministério do Meio Ambiente acaba de lançar um site exclusivo de consultas sobre a legislação ambiental federal. Reunidos em um só lugar, mais de 1.750 normas estão disponíveis para o usuário. Uma iniciativa que facilita a vida de gestores públicos, analistas ambientais, jornalistas, advogados e todos os interessados em legislação ambiental brasileira.

O painel pode ser consultado de três maneiras. Uma por assunto (biodiversidade, fauna, educação ambiental), outra por tipo de norma (lei, decreto, portaria, resolução...) ou por data. O portal compila legislação atualmente 1751 atos normativos publicados entre 1964 e 2019.

O painel pode ser acessado neste link: clique aqui.

 

Usina de Itaicy entra na rota turística

 

O secretário estadual de Cultura, Esporte e Turismo, Allan Kardec, conduziu nesta segunda uma visita técnica com sua equipe à histórica Usina de Itaicy, em Santo Antonio de Leverger, considerada o maior patrimônio de arqueologia industrial do Brasil.

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Empolgado, disse que a Secretaria fará levantamento das necessidades para restaurar e requalificar a Itaicy para turismo. De fato, passou da hora desse velho empeendimento entrar na rota turística, com tantas históricas para se resgatar.

Trata-se de um dos maiores patrimônios históricos de Mato Grosso, tombado em 1984, e hoje em ruínas. Considerada na época a quarta maior do país, a usina movimentou a economia do Estado do final do século XIX até meados da década de 1940, quando desativou suas moendas.

Em pleno Pantanal, o empreendimento chegou a ter moeda própria, aceita como padrão monetário na área de influência do rio Cuiabá. E foi o primeiro lugar de Mato Grosso e ater energia elétrica.

Fonte: https://www.rdnews.com.br/blog-do-romilson/conteudo/conteudos/115065

SEMINÁRIO INVESTE TURISMO - MT

Auditório Cloves Vettorato - Palácio do Governo - Cuiabá, MT

 15 de julho de 2019, 09h-17h

Inscrição

 R$ 0,00

SEMINÁRIO INVESTE TURISMO - MT 
Grátis 


Inscrições até 15/07/2019 

Descrição do evento

PROGRAMAÇÃO

09H ÀS 09H30 


CREDENCIAMENTO 

09H30 às 10h


Cerimônia de abertura

Apresentação do video sobre o programa investe turismo 

10H às 11H


Apresentação do programa investe turismo – situação das ações sob responsabilidade do comitê gestor nacional do investe turismo representante do mtur e/ou sebrae nacional

Apresentação do Programa Investe Turismo – situação das ações sob responsabilidade do Comitê Gestor Estadual do Investe Turismo Representante do Órgão Estadual de Turismo e/ou Sebrae da UF

11H às 12H


Considerações finais

Ministro de Estado do Turismo

Governador do Estado de Mato Grosso

Demais autoridades

12H às 14H

INTERVALO DE ALMOÇO

14H às 16H

Painel: Oportunidades de crédito e Financiamento  para o turismo

Apresentação 1: Programas Fugetur + Prodetur - Ministério do Turismo

Apresentação 2: Linhas de Financiamento do BNDES para o Setor Turismo

Apresentação 3: Linhas de Financiamento de Bancos de Desenvolvimentos

Debate e esclarecimento de dúvidas sobre o painel e o programa investe turismo. (perguntas por escrito)

Mediação por representante do Comitê Gestor Estadual

Atendimentos individualizados (pré-agendados)*

15 às 17h

MESA 1- Fungetur, Prodetur+Turismo

Ministério do Turismo

MESA 2 - Linhas de financiamento para turismo do BNDES e Banco Estadual

BNDES e DESENVOLVE-MT

MESA 3 - Apresentação de cartas-consulta aos bancos financiadores

Ministério do Turismo

MESA 4 - Formalização de prestadores de serviços turísticos no Cadastur

Órgão Estadual de Turismo

MESA 5 - Serviços disponíveis do Sebrae que atendem ao setor turístico

Sebrae/MT

*Os atendimentos destinados aos gestores públicos e empresários terão duração máxima de 30 minutos e deverão ser previamente agendados  durante o credenciamento no evento.

Sobre o produtor


SEBRAE/MT

 FALE COM O PRODUTOR

8 de julho de 2019

Projetos de TBC em UCs apresentam resultados



Iniciativas apoiadas pelo ICMBio foram avaliadas em oficina realizada entre os dias 25 e 29 de junho em Tamandaré/PE.


Palestras, trabalhos em grupo, apresentações e outras dinâmicas fizeram parte da programação. (Foto: Ricardo Peng)

Os avanços e aprendizados das ações apoiadas pelo ICMBio, por meio da Chamada de Propostas para Fortalecimento de Iniciativas de Turismo de Base Comunitária, realizada em 2017, foram o tema da oficina que reuniu cerca de 60 participantes em Tamandaré/PE. Servidores, representantes de comunidades e parceiros compartilharam experiências durante os quatro dias de evento, que aconteceu na base do Cepene, em Tamandaré/PE.

A chamada pública de 2017, coordenada pela Coordenação Geral de Populações Tradicionais do ICMBio, com recursos provenientes do Projeto Pnud BRA 08/023, selecionou nove projetos de Unidades de Conservação federais para fomento ao turismo de base comunitária. As propostas envolveram capacitações, intercâmbios, visitas técnicas, oficinas, encontros, reuniões e mutirões comunitários, bem como o desenvolvimento de materiais didáticos, gráficos e audiovisuais destinados ao apoio ou disseminação das ações vinculadas a projetos apresentados pelas unidades de conservação. Cada projeto recebeu em média apoio de R$ 40 mil.

Palestras, trabalhos em grupo, apresentações e outras dinâmicas fizeram parte da programação que tratou dos conceitos de Turismo de Base Comunitária (TBC), protagonismo e organização comunitária, gestão de unidades de conservação, qualificação da experiência e comercialização. O panorama geral do TBC no Brasil, América Latina e no mundo, assim como o histórico do desenvolvimento desse tipo de atividade foram apresentados pelas professoras Edilaine Moraes e Marta Irving, que pesquisam o assunto na Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Dinâmicas fizeram parte da programação, tratando os conceitos do TBC. (Foto: Ricardo Peng)

Embora o foco do evento fosse o fechamento dos projetos aprovados no âmbito da Chamada de Propostas para Fortalecimento de Iniciativas de TBC, outras oito iniciativas de TBC em Unidades de Conservação consideradas avançadas e consolidadas também participaram do evento. Para a Coordenação Geral de Populações Tradicionais (CGPT) e para o Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Sociobiodiversidade Associada a Povos e Comunidades Tradicionais (CNPT), responsáveis pela organização do evento, a realização da oficina foi um marco para a agenda do TBC no ICMBio.

Nos próximos meses será lançado o material Turismo de Base Comunitária em Unidades de Conservação Federais: caderno de experiências, que trará a experiência de 13 Unidades de Conservação consideradas fontes significativas de aprendizado e com possibilidades de serem replicadas em outros cenários.

No ICMBio, as ações de TBC devem seguir os princípios e diretrizes estabelecidos conforme a publicação “Turismo de Base Comunitária em UCs federais: princípios e diretrizes”. Lançado em 2018, o manual direcionado principalmente para gestores de unidades estabeleceu um marco referencial para o TBC nas Unidades de Conservação (UC) federais.

Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) relacionados:

Comunicação ICMBio
(61) 2028 9280

Governo faz parceria com influenciadoras digitais para divulgar atrativos

turísticos de MT


Governo do estado, o Ministério do Turismo e o Sebrae fizeram uma parceria com sete influenciadoras digitais.

Por G1 MT

Influenciadoras digitais fizeram vários passeios — Foto: Instagram/ Reprodução

A fim de divulgar os atrativos de Mato Grosso, o governo do estado, o Ministério do Turismo e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) fizeram uma parceria com sete influenciadoras digitais. Neste fim de semana, elas visitaram vários pontos turísticos de Nobres, a 151 km de Cuiabá, e Rosário Oeste, a 133 km da capital.

Lucybelle Assunção, Mariana Almeida, Michelle Dreher, Lidia Paiva, Nathalia Goulart, Carolina Possamai e Thályta Almeida foram na Cachoeira Serra Azul, no Aquário Encantado, Duto do Quebó, entre outros pontos.

Aquário Encantado foi um dos pontos de parada — Foto: Instagram/ Reprodução

Foram dois dias de passeio. Na sexta-feira (5), visitaram a Cachoeira Serra Azul, localizada em Rosário Oeste, dentro da área do Sesc Pantanal. No ano passado, 17.559 pessoas visitaram o atrativo, das quais 60% são de Mato Grosso.

Para chegar até a cachoeira, os visitantes precisam subir toda a serra, que somam 470 degraus. O guia faz paradas no meio do trajeto para que os turistas recuperem o fôlego e este momento é uma ótima oportunidade de se apreciar a vista.

Para chegar até a Cachoeira da Serra Azul, visitantes precisam subir mais de 400 degraus — Foto: Instagram/ Reprodução

Além da cachoeira, os visitantes podem fazer trilhas a pé ou de bike, bem como se deliciar com um almoço com ingredientes regionais no restaurante da unidade.

A visita ao Rio Triste foi no período da tarde. O local oferece flutuação e boia cross por mais de 1 km. As atividades são favorecidas pelas águas cristalinas, onde os peixes são visíveis a olho nu.

O passeio demora cerca de 1 hora e chama atenção pelos animais que estão dentro do rio e também os macacos e pássaros que circulam do lado de fora. O entardecer do dia foi visto na Lagoa das Araras, já em Nobres.

Duto do Quebó oferece passeio de boia cross — Foto: Instagram/ Reprodução

No sábado (2), o dia começou com aventura no Duto do Quebó, um passeio que chama a atenção pelo ineditismo. As influenciadoras desceram o rio de boia e no meio do percurso, passaram pelo interior de uma caverna.

Água é cristalina no Aquário Encantado — Foto: Instagram/ Reprodução

Em seguida, foi a vez do Reino Encantado, que chama a atenção pela profissionalização dos serviços oferecidos. A área é um complexo que conta com pousada, restaurante e uma área de descanso com redes e bancos para quem decide almoçar ou acaba de chegar do passeio, uma flutuação que passa por nascentes no Rio Salobra. No mesmo dia, houve ainda a visita ao Aquário Encantado e Mirante do Cerrado.

A expedição terminou na Lagoa do Salobão, que tem opções de flutuação, mergulho e stand up pedal.

Natureza encanta os turistas na região de Nobres — Foto: Instagram/ Reprodução

7 de julho de 2019

Justiça reconhece direito de indígenas a área em MT; 400 famílias serão desalojadas

Terra em disputa tem 4.706 hectares; desobstrução será feita em 2 fases

RODIVALDO RIBEIRO

Da Redação

O juiz Victor de Carvalho Saboya Albuquerque, do Tribunal Regional Federal da Primeira Região (TRF-1) - Subseção Judiciária de Rondonópolis, reconheceu o direito dos índios Bororos à posse e usufruto exclusivos sobre a Terra Indígena de Jarudore, localizada no distrito de mesmo nome, no município de Poxoréu (distante 264 quilômetros de Cuiabá). A decisão afetará 100 mil pessoas que hoje vivem dentro ou nas proximidades da área de 4.706 hectares (ha).

Para evitar que o cumprimento da ordem judicial gere algo semelhante ao trauma de Suiá-Missu em 2012, quando policiais militares acabaram arrancando cerca de 400 famílias ocupantes do lugar havia décadas na base da truculência, a desocupação será feita em duas etapas. A área total objeto deste litígio, no qual figuram cerca de 400 nomes como réus, é de 3.660 ha. A decisão é do dia 28 de junho e o prazo para início da desocupação era de cinco dias após a publicação, sob pena de multa diária de R$ 1 mil; de 45 para seu término na primeira etapa e 90 dias para a segunda.

Na decisão, Saboya Albuquerque acolhe o pedido inicial para reservar, conforme o Decreto estadual número 684, de 1945, demarcada por procedimento finalizado somente na década de 1950, quando foi doada à União por meio de título definitivo de propriedade expedido pelo Estado de Mato Grosso em 22 de agosto de 1951 e registrada no Cartório de Registro de Imóveis do Primeiro Ofício de Poxoréu, sob a matrícula de número 3.547, da folha 162 do Livro 3C, de 20 de agosto de 1958 para determinar a desocupação por quem não for indígena.

“Defiro o pedido de tutela de urgência para determinar a desocupação dos não índios que exploram atividade econômica na terra indígena, particularmente no interior do perímetro da primeira e da segunda propostas, de acordo com os prazos e condições fixados. Os ocupantes do perímetro da primeira proposta, com área de 1.930 ha, localizada nas porções Oeste e Nordeste da Terra Indígena de Jarudore, contígua a área recentemente retomada, deverão desocupá-la no prazo de 45 dias, contados da publicação desta sentença no Diário de Justiça Eletrônico. Os ocupantes do perímetro da segunda proposta, com área de aproximadamente 1.730 ha, localizada na porção Sul da Terra Indígena, deverão se retirar no prazo de 90 (noventa) dias, também contados da publicação desta sentença no Diário de Justiça Eletrônico”, escreveu o juiz federal, ao ordenar a expedição de dois mandados de notificação.

O primeiro deles para a notificação pessoal de todos os não índios que estiverem ocupando as terras do interior do perímetro da primeira proposta, em especial João Lopes Clarindo, José Carolo, “Dona Ana”, “Chico Mascate”, “Ico”, Carlinhos Macaúba e Isídio. O segundo, para a notificação dos não índios ocupantes do perímetro da “segunda proposta”, particularmente Arthur, “Nego da Beta”, Severino e Sebastião (Fazenda Jatobá, Fazenda Santa Benedita).

Consta na decisão, de 100 páginas, que aquele pedaço de Brasil mesmo demarcado como terra indígena via decreto-lei na metade do século passado, sempre foi invadido por fazendeiros e posseiros, tomando áreas inteiras diretamente de pelo menos duas etnias, notadamente os bororo. Área muito maior, entretanto, foi reconhecida e demarcada no início do século 20 pelo Marechal Cândido Rondon, algo em torno de 100 mil hectares, ao incluir as aldeias Nabureri e Pobojári no território do Distrito de Jarudore.

Para resguardar a existência deste, aliás, o magistrado decidiu resguardar a propriedade de 200 famílias moradoras do perímetro urbano e, em consequência, do município de Poxoréu e enfim do Estado de Mato Grosso. Essa parte não será desocupada porque aprendeu a conviver com os índios (ele usou a frase “convivência harmônica”).  É maneira, sempre de acordo com o juiz, de resguardar inclusive o direito dos índios às políticas públicas de saúde, habitação, educação e assistência social conforme descrito na constituição de 1988 e resguardados os hábitos culturais da etnia e evitar demolições de casas, igrejas, escolas e prédios comerciais, como aconteceu em Suiá-Missu, quando a Reserva Indígena Maraiwatsede foi devolvida aos xavantes em 2012, em episódio amplamente documentado e noticiado país afora.

“O Estado de Mato Grosso e o município de Poxoréu, o MPF e a Funai, em atenção ao princípio da cooperação (artigo 6°) também deverão promover a ampla divulgação da tutela de urgência, buscando facilitar a compreensão das questões jurídicas pela população atingida, inclusive quanto aos deveres e vedações decorrentes da tutela. Ainda, o MPF e a Funai deverão se reunir com os índios Bororos, comunicando-lhes os termos da tutela de urgência, e, especialmente, que: a) não será admitida, em nenhuma circunstância, mesmo decorrido o prazo de desocupação voluntária, a reocupação das áreas pelos bororos, salvo depois de atestado, em juízo, a saída dos não índios; b) não será admitida, até o trânsito em julgado, a demolição, destruição e usufruto das construções e obras (públicas e privadas), o que,  evidentemente, não se aplica às plantações (sob pena de se anular o exercício da atividade econômica pelos índios, que se procura garantir pela tutela de urgência); e c) deverá ser garantida, aos não índios, a utilização de uma via de acesso à população urbana de Jarudore (moradores da “Vila de Jarudore”), compatível com as necessidades locais, bem como a permanência de todos os serviços públicos, estaduais e municipais, inclusive de manutenção e conservação de obras localizadas fora do perímetro urbano”, resolveu o juiz.

ENVENENAMENTO

Para se ter uma ideia do quanto as terras citadas acima sempre foram disputadas, a imprensa noticiou o choque de famílias bororo ao perceber uma tentativa de assassinato de crianças. Elas foram abordadas na porteira da aldeia por não índios, que entregaram-lhes peixes envenenados. As crianças não chegaram a comer, mas animais o fizeram e morreram no mesmo local.