14 de março de 2019

Cientistas descobrem herbicida natural que pode substituir glifosato

Eles encontraram uma molécula de açúcar que é inofensiva para as células humanas.

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 Redação CicloVivo

Pesquisadores da Universidade de Tübingen, na Alemanha, descobriram uma substância natural que pode competir com o controverso herbicida glifosato. Trata-se de uma recém-descoberta molécula de açúcar sintetizada a partir de cianobactérias que inibe o crescimento de vários microorganismos e plantas, mas é inofensiva para humanos e animais. O estudo foi conduzido pelo Dr. Klaus Brilisauer, professor Stephanie Grond (Instituto de Química Orgânica) e professor Karl Forchhammer (Instituto de Interfaculdade de Microbiologia e Medicina de Infecção) e foi publicado na revista Nature Communications.

Ingredientes ativos para uso farmacêutico ou agrícola geralmente se originam de substâncias naturais. Estas substâncias podem consistir em estruturas químicas complexas, mas também podem ser relativamente simples. A engenhosidade desses ingredientes ativos geralmente reside em sua simplicidade: os antimetabólitos interagem com os processos vitais da célula, imitando os produtos metabólicos. Isso interrompe o processo biológico, que pode inibir o crescimento celular ou até mesmo matar a célula.

Químicos e microbiologistas da Universidade de Tübingen descobriram um antimetabólito muito incomum com uma estrutura química impressionantemente simples: uma molécula de açúcar com o nome científico de “7-deoxy-sedoheptulose (7dSh)”. Ao contrário dos carboidratos comuns, que normalmente servem como fonte de energia para o crescimento, essa substância inibe o crescimento de várias plantas e microorganismos, como bactérias e leveduras. A molécula de açúcar bloqueia uma enzima chave da via do chiquimato, uma via metabólica que ocorre apenas em microorganismos e plantas. Por essa razão, os cientistas classificam a substância como inofensiva para humanos e animais e já demonstraram isso em estudos iniciais.

O raro açúcar foi isolado das culturas da cianobactéria de água doce Synechococcus elongatus, que é capaz de inibir o crescimento de cepas bacterianas relacionadas. Enquanto procuravam a causa dessa inibição do crescimento, os cientistas conseguiram decifrar a estrutura do composto natural. 

Em detalhe, os cientistas descobriram que o 7dSh bloqueia a DHQS (Dehydroquinatesynthase), uma enzima da via do chiquimato. Um dos inibidores mais conhecidos desta via metabólica até agora é o herbicida glifosato. “Em contraste com o glifosato, o açúcar desoxi recém-descoberto é um produto totalmente natural. Acreditamos que ele tem boa degradabilidade e baixa ecotoxicidade”, afirma o Dr. Klaus Brilisauer. Até agora, o 7dSh inibe o crescimento das plantas de forma promissora. “Vimos aqui uma excelente oportunidade de usá-lo como um herbicida natural”, completa. 

Os cientistas esperam substituir a longo prazo os herbicidas controversos, que representam um risco para a saúde. No entanto, a eficácia no campo, a degradabilidade do solo e a inofensividade para o gado e os seres humanos, em relação ao 7dSh, ainda precisam ser mais investigadas em estudos abrangentes de longo prazo.

O estudo completo, em inglês, pode ser lido aqui.

SEBRAE e Seadtur realizam evento " Workshop sobre Turismo Sustentável"

Palestrante Alexandre Garrido

No dia 14 de março de 2019, (quinta feira), aconteceu o Workshop sobre Turismo Sustentável, no Centro de Sustentabilidade do SEBRAE em Cuiabá.

Na oportunidade, ocorreu uma ampla discussão sobre a sustentabilidade do turismo, com a presença de um experiente consultor Alexandre Garrido.

Este evento é parte de um projeto de construção de diretrizes para certificação de produtos turísticos sustentáveis no Estado.

O referido evento contou com a participação do Secretário Adjunto de Turismo Jefferson Moreno, Superintendente de Turismo Allan Marcel de Barros,  Diego Augusto Interlocutor Estadual da Regionalização do Turismo e Leandro , da SEADTUR.

Os municípios turísticos vieram através de suas representações das instancias de governança regionais.

O Workshop teve uma apresentação feita pelo consultor do SEBRAE Alexandre Garrido pela manhã com a participação do setor público e no horário da tarde o evento foi direcionado para o setor privado 


SEBRAE e Seadtur realizam evento
Workshop sobre Turismo Sustentável, que aconteceu hoje no dia 14.



NO VÉU DE NOIVAS CHAPADA DOS GUIMARÃES COM FABIO.






Audiência Pública Politica de Pesca MT

e
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Turismo Sustentável em Comunidades Indígenas


Quem quiser usufruí-lo, terá de visitá-lo, vivenciá-lo e consumi-lo

Turismo Sustentável nas aldeias indígenas pertencentes à Rede Solidária Popyguá, nos estados do Paraná e Santa Catarina: conheça nossos roteiros e agende uma visita!

Roteiros Disponíveis


Turismo Sustentável

Segundo a OMT – Organização Mundial do Trabalho o turismo sustentável deve ser aquele que salvaguarda o ambiente e os recursos naturais, garantindo o crescimento econômico da atividade, ou seja, capaz de satisfazer as necessidades das presentes e futuras gerações.

Portanto, o desenvolvimento turístico deve pautar por “economizar os recursos naturais raros e preciosos, principalmente a água e a energia, e que venham a evitar, na medida do possível a produção de dejetos, deve ser privilegiado e encorajado pelas autoridades públicas nacionais, regionais e locais”. (Artigo 3º Código de Ética – OMT).

O Turismo Sustentável deve acima de tudo buscar a compatibilização entre os anseios dos turistas e os das regiões receptoras, garantindo não somente a proteção do meio ambiente, mas também estimulando o desenvolvimento da atividade em consonância com a sociedade local envolvida.
Possibilidades relacionadas ao turismo
O turismo empodera o território. Quem quiser usufruí-lo, terá de visita-lo, vivenciá-lo e consumi-lo.
A sua capacidade de transformar o meio ambiente e a cultura locais em bens de valor estratégicos de desenvolvimento.
A sua maior dependência dos atores locais, que os empodera e lhes aumenta a sua capacidade de participar nos processos decisórios locais.
A natureza intensiva do trabalho que caracteriza a maioria das suas atividades.
As possibilidades de trabalho para as pessoas do local como fator de agregação de valor turístico.
O estímulo ao empreendedorismo local induzido pela demanda turística no destino receptivo.
A participação de organizações das comunidades locais na conservação dos espaços localizados nos atrativos e dos espaços de visitação turística.
Limites Relacionados ao Turismo

As atividades de alguns elos da cadeia do turismo frequentemente se localizam fora do espaço receptivo do destino turístico, tais como, as atividades de captação turística, através de operadoras e agências de viagens emissivas e o transporte aéreo entre os espaços emissivos e os destinos receptivos.
O turismo de simples visitação a um atrativo turístico, quase não agrega valor econômico, nem promove, portanto, inclusão social, ao território onde se localiza o atrativo.
As características da demanda turística do mercado doméstico, baixo nível médio de renda e falta de hábito de visitar atrativos locais.
O baixo nível de organização das comunidades locais, capital social, pode frustrar a sua participação nos processos de preservação dos atrativos turísticos e de outros espaços de visitação turística.
Localização, dotação e qualificação dos seus insumos turísticos, competitividade dos seus produtos entre outras, não favorecem, em princípio, a capacidade de inclusão social do turismo.
Turismo em Comunidades Indígenas

O turismo praticado dentro de terras indígenas surge como alternativa econômica viável com possibilidade de gerar benefícios diretos e indiretos para as comunidades envolvidas, mas também como um instrumento de valorização cultural, pois é a diversidade cultural desses povos.
A presença de nuances étnicas na localidade receptora pode lhe conferir características únicas, aumentando seu poder de atração em relação à demanda. Sendo capazes de levar o visitante para além do óbvio dos produtos turísticos culturais, os grandes ícones, possibilitando uma experiência única, ou diferenciada.

Neste sentido as comunidades que compõem a Rede Solidária Popyguá e que são apoiadas pela Outro Olhar iniciam a mobilização entorno de ações que visam o desenvolvimento do Turismo Sustentável.
A partir de oficinas e atividades realizadas durante o curso Formando em Rede e encontros da Rede Solidária Popyguá desenvolvidos entre 2012 e 2015 surgiram demandas em relação ao desenvolvimento de ações desta natureza.
Sendo assim em março de 2016, foi realizado em parceria com a Associação Shishu e Fundação Interamericana um módulo extra do Formando Em Rede, tendo como temática principal o Turismo Sustentável, abordando principais aspectos, potencialidades e normativas referentes à temática trabalhada e necessária para tal atividade ser desenvolvida em comunidades indígenas. Deste encontro surgiram muitas ideias e a inciativa por parte dos participantes do curso para a organização de “Roteiros Testes”.
Após acordos e ajustes entre os participantes do curso, comunidade e lideranças, os roteiros foram finalizados e estão à disposição dos turistas.

Etnoturismo e ecoturismo em terras indígenas

Projetos de visitação em terras indígenas unem iniciativas de geração de renda com preservação cultural e ambiental

Reserva Pataxó. Crédito: Walquíria Henriques/ MTur

As datas comemorativas são uma ótima inspiração para a definição de roteiros de viagem. O Dia do Índio, comemorado nesta quinta-feira, 19 de abril, por exemplo, chama a atenção para projetos que utilizam o turismo como meio de resgate da cultura indígena, preservação do meio ambiente e geração de renda para as comunidades, prática cada vez mais comum no país.

Em todas as regiões, há comunidades abertas à visitação. É o caso da Reserva Indígena Pataxó da Jaqueira situada a apenas 12 km do centro de Porto Seguro (BA). São duas opções de roteiro: visitas com duração de 3 horas ou vivências com pernoites na aldeia. Os preços variam de R$ 75 a R$ 475 reais, incluindo degustação ou refeições, segundo a agência que organiza os pacotes em parceria com os indígenas. Entre as atividades programadas estão: caminhada pela Mata Atlântica, demonstração de tipos de armadilhas usadas para captura de pequenos animais; arremesso de arco e flecha; ritual de confraternização com música e dança; e finalmente a degustação de peixe assado na folha de patioba. Nos passeios com pernoites são incluídos banhos de rio, oficinas de artesanato e luau.

Também perto do mar, a Terra Indígena Guarani do Ribeirão Silveira, localizada na praia de Boraceia, em São Sebastião (SP), a cerca de 200 km de São Paulo, é outra opção de lazer associada à cultura. Ali vivem cerca de 550 índios da etnia Guarani Mbya que mantém viva suas tradições por meio de manifestações culturais como a música, a dança, o artesanato e a agricultura de subsistência. “Temos várias opções de trilhas para cachoeira, apresentação de canto e dança, venda de artesanatos, pintura corporal, palestras e comida típica”, conta o cacique Adolfo Timotio, responsável pelo agendamento de visitas. Em comemoração ao Dia do Índio, a Prefeitura de São Sebastião realiza na aldeia, em abril, o Festival da Cultural Indígena do Rio Silveiras.

Créditos: artesanato Guarani/ PR (à esq.) e divulgação Yawanawa

No sul do Brasil, índios Guarani do Paraná e Santa Catarina, reunidos no projeto Rede Solidária Papyguá, trabalham em projeto de turismo atualmente com cinco roteiros disponíveis. Cada aldeia cria a sua programação para colocar o turista em contato com os costumes locais. No entanto, são comuns a realização de palestras de acolhimento, caminhadas na mata, jogos e brincadeiras tradicionais, refeições com a típica comida Guarani, e, em alguns casos até pescaria. Além de vivenciar o dia a dia da comunidade o turista pode levar para casa peças de artesanato Guarani e, em algumas aldeias, óleos essenciais produzidos com plantas da região.

No Acre, uma imersão na floresta é a proposta dos índios Yawanawás da área indígena Rio Gregório, onde vivem cerca de mil índios em sete aldeias. As vivências, realizadas em pequenos grupos, são “oportunidade de conhecer a cultura Yawanawá de forma mais íntima e profunda”. Pintura corporal, banhos de ervas e argila, roda de defumação, caminhada até a Samaúma, a maior árvore da Amazônia; cerimônias deUni (Ayahuasca) fazem parte do roteiro oferecido ao visitante. Anualmente, em outubro, a aldeia Nova Esperança é palco do Festival Yawa, onde são relembradas danças, cantos, comidas tradicionais e rituais da comunidade. O pacote para os cinco dias de festa que inclui, transporte a partir do Rio Gregório, hospedagem e alimentação custa R$ 4,5 mil, segundo o cacique Bira Jr.

As iniciativas de etnoturismo e de ecoturismo em terras indígenas são disciplinadas pela Instrução Normativa Nº 3 da Funai. De acordo com a fundação, as comunidades indígenas têm autonomia para explorar projetos de turismo em seus territórios, cabendo ao poder público o papel de monitorar e fiscalizar as atividades nas aldeias. As visitações são agendadas com os próprios representantes das comunidades ou agências de turismo autorizadas por eles.

SEADTUR, realiza reunião técnica de trabalho com empresários, para discutir formatação de produtos turísticos

Marcus Ogeda, Antônio, Suellen, Sirlene, Jefferson, Geraldo Lucio


No dia 13 de março de 2019, na sala de reuniões da Secretaria Adjunta de Turismo,  estiveram reunidos vários atores para discussão de formatação de novos produtos turísticos para o Pantanal matogrossense, esta reunião foi demandada no dia 01 de março pelo Instituto Nobres Vozes - INNOVO, tendo em vista a necessidades de se ter novos produtos turísticos para se ofertar à sociedade no Estado de Mato Grosso sobretudo no Pantanal.

No dia 01 de maio aconteceu  uma reunião anterior que também foi realizada na Seadtur que contou com a participação do Secretário Adjunto de Turismo Sr. Jefferson Moreno, Agente Técnico Geraldo Lúcio e dos representantes do  Instituto Nobres Vozes – INNOVO, Sirlene Borralho, Jefferson Borralho e Suellen Borralho,  para tratar de ações de roteirização turística na região do Pantanal, cujo resultado esperado é de oferecer novos atrativos que tenham formatos de propostas Ecocultural para tanto uma equipe do INNOVO já esteve realizando uma visita in'loco no Barco Hotel que está ancorado no Porto Jofre e há a  meta de se realizar outras duas visitas  pré agendadas nas propriedades envolvidas.

Já na reunião do dia 13 de março  estiveram presentes o Superintendente de Estrutura da SEADTUR Marcus Ogeda, Agente Técnico da Coordenadoria e Estuturação da SEADTUR,  Geraldo Lúcio, Jefferson Borralho Guia de Turismo, Sirlene Borralho Presidente do Instituto Nobres Vozes - INNOVO, Suellen Borralho Agente de Viagens e Turismo e o Antônio Gonçalves  da Silva proprietário do Barco Hotel "Chalana 5 Estrelas.

O Sr. Antônio proprietário do Barco Hotel Chalana 5 Estrelas,  fez um breve relato sobre as sua experiência  de 20 anos no Pantanal Operando com Turismo, atualmente diz ele que está com o seu Barco Ancorado (Parado) no Porto Jofre onde opera hospedagem, alimentação e atividades de contemplação, avistamento de aves e observação de onças, a pesca segundo ele está escassa no Pantanal, por isso tiveram que migrar para outras atividades mais sustentável, que é o que todos estão fazendo agora, pontuou Antônio.

Antônio  é oriundo da região do Distrito de  Mimoso, em Santo Antônio do Leverger e conhece muito bem a Região de Barão do Melgaço, no dia 11 de abril de 2019, um equipe composta pelos atores acima citados estarão visitando o Sítio Santo Antônio, que é da família do Antônio que está localizada  no Distrito de Mimoso, município de Santo Antônio do Leverger, a programação será na perspectiva de se ter nesta propriedade a formatação de um produto turístico configurado nos aspectos da sustentabilidade.

Antes da visita de Mimoso a equipe estará se deslocando no 21 de março para uma visita técnica no  Sítio São Sebastião na Transpantaneira , município de Poconé que é uma propriedade do Sr, Lino, esta propriedade fica no Km 10 da Rodovia Transpantaneira.

Desta forma surgirá um novo e sugestivo roteiro, o Barco Hotel que já em funcionamento, não navegando e sim hospedando e alimentando e proporcionando atividades turísticas aos  seus  clientes,  contemplação, avistamento de aves e observação de onças.

O Sítio São Sebastião na Transpantaneira , município de Poconé que é uma propriedade do Sr, Lino, esta propriedade fica no Km 10 da Rodovia Transpantaneira, com atividades de café pantaneiro, turismo cultural, alimentações e trilhas ecológicas.

O  Sítio Santo Antônio no Distrito de Mimoso, município de Santo Antônio do Leverger. da família do Antônio, com hospedagem alternativa (Camping), alimentação, passeios náuticos em rios e baias, turismo cultural, (história de Rondon) ecoturismo, observação da flora e fauna.




O que é turismo de base comunitária?



Quem disse que para fazer bom turismo é preciso toneladas de dinheiro?

Iniciativas de comunidades pequenas, muitas vezes em locais de maior vulnerabilidade social ao redor do mundo, que conseguem criar projetos interessantes mesmo sem recurso, mostram que o investimento financeiro pode até ajudar – mas não é o que vai sacramentar a qualidade da promoção de um destino turístico.

A essas iniciativas damos o nome de Turismo de Base Comunitária, que compreende o desenvolvimento das comunidades pelo viés turístico através da promoção da história, cultura, ambiente e modo de vida dos nativos. Nessa modalidade, o turismo fica nas mãos da comunidade, que participa ativamente do planejamento das ações que vão trazer mais visitantes ao seu lugar.

O princípio básico do Turismo de Base Comunitária é a economia solidária, onde a produção, consumo e distribuição de riqueza não está pautada diretamente no dinheiro e na exploração, mas sim no ser humano e nas experiências que ele proporciona ou vive. As comunidades, então, não se organizam de maneira em que os fornecedores de turismo dentro dela irão competir por clientes, mas vão trabalhar juntas para fortalecer o grupo e encantar os turistas.

Sendo assim, o principal produto turístico de uma comunidade pode ser, sim, as paisagens e belezas naturais, mas não se resume a isso. Aliás, esse viés não é sequer prioritário. Aqui, está em destaque o modo de vida da comunidade, onde ela é a principal responsável por gerar experiências inesquecíveis e, dessa forma, conseguir maneiras de melhorar a economia local.
Como é feito o Turismo de Base Comunitária

A ideia do turismo de base comunitária é que a própria comunidade atue como proprietária, gestora e empreendedora de suas ações, administrando os resultados financeiros e humanos e planejando os próximos passos. O setor público e a iniciativa privada podem ser parceiros nesse desenvolvimento, mas a participação social é fundamental para o bom andamento da atividade.

É por isso que o Turismo Comunitário é tão rico, e vem chamando a atenção de gente de todas as partes do mundo: ele prova que, com organização e transparência, qualquer pessoa pode causar a valorização cultural devida de qualquer lugar do mundo.

Isso sem contar no quanto a própria comunidade se fortalece em sua identidade e no senso de grupo, de pertencimento. As pessoas que trabalham o turismo no quintal de casa aprendem lições valiosas, como a luta pelos direitos, conservação ambiental, relação de troca entre o mundo externo e interno e parceria com aqueles que vivem nas mesmas condições sociais e ambientais.

O público para essas ações é bem vasto: não tem idade, classe social ou sexo. Promover o Turismo de Base Comunitária de forma sustentável é um ato que vai atingir majoritariamente pessoas que querem viver novas experiências baseadas em realidades diferentes das suas, e fugindo do lugar comum do turismo.

Contudo, não se trata, apenas, de receber visitantes na comunidade: a população local vai, também, controlar todo o nível de experiência turística que essas pessoas terão, desde a maneira como serão tratadas até os valores que vão levar, do passeio, para a vida. Assim, o Turismo de Base Comunitária se espelha mais em viver um espaço do que, apenas, tirar fotos em sua fachada.
Bons exemplos de Turismo de Base Comunitária

Para que você entenda na prática esse conceito de turismo, separei três exemplos que ilustram bem algumas iniciativas.

O Mano Cambiada, da Colômbia, visa o desenvolvimento do ecoturismo nas redondezas de Nuquí, e tem a comunidade local como principal estrela das dinâmicas de turismo. O projeto não tem fins lucrativos e visa a integração social dos habitantes desse paraíso às margens do oceano Pacífico.

Já o Bagagem é uma ONG brasileira que tem como foco o fomento turístico de bases comunitárias, através de viagens solidárias e experiências compartilhadas. O projeto nasceu em 2002 auxiliando na promoção de turismo em comunidades da Amazônia, mas já se expandiu para outras localidades do país e, hoje, tem como destaque as ações em Chapada Diamantina (BA) e Paraty (RJ).

Por fim, ainda no Brasil, a Rede Tucum realiza Turismo Comunitário no estado do Ceará, visando o fortalecimento social, cultural e natural das populações locais, aliado à justiça ambiental. Na rede, as comunidades garantem seu território e tem controle efetivo do desenvolvimento turístico e econômico das terras que possuem.

Você já participou ou conhece alguma iniciativa que não pode faltar nessa lista? Deixe nos comentários e vamos continuar falando dessa maravilhosa experiência turística.

Comitê Estadual de Povos e Comunidades Tradicionais de Mato Grosso

Foi instituído pelo Decreto nº 466 de 29 de março de 2016. 

Neste sentido, o CEPCT/MT começou a ser pensado através das relações sociais de alguns grupos de pesquisa, como o Grupo de Trabalho de Mobilização social – GTNS e o Grupo de Pesquisador em Educação Ambiental, Comunicação e Arte – GPEA, da Universidade Federal de Mato Grosso – UFMT. 

Com isso, no ano de 2015 a Superintendência de Politicas da Igualdade Racial – SUPIR, começou a articulação junto a sociedade civil organizada para discutir e criar um órgão na esfera estadual que representasse os povos e comunidades tradicionais. 

Desta forma, o Comitê Estadual representa um marco para a Política Estadual de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais, no Estado de Mato Grosso.

ACESSEM 


Entendendo um pouco sobre Turismo de Base Comunitária TBC



O termo Turismo de Base Comunitária TBC é aplicado a várias atividades, operações e empreendimentos que dizem respeito a uma comunidade que recebe visitantes a vários níveis. 

São as visitas a um lugar onde a comunidade está envolvida na apresentação dos seus moradores e patrimônios como atrações ou oferecendo um leque de mercadorias (produtos agrícolas ou artesanato), que constitui o elemento “turístico” do conceito. 

Idealmente, o TBC deve contribuir para uma melhor conservação e desenvolvimento, trazendo benefícios econômicos, sociais e culturais para todos os membros da comunidade. 

"O TBC é uma interação anfitrião-visitante, cuja participação é significativa para ambos e gera benefícios econômicos e de conservação para as comunidades e o meio ambiente local." (Mountain Institute, Manual ITC Receitas para o Sucesso TBC)

O princípio básico do Turismo de Base Comunitária é a economia solidária, onde a produção, consumo e distribuição de riqueza não está pautada diretamente no dinheiro e na exploração, mas sim no ser humano e nas experiências que ele proporciona ou vive. 

As comunidades, então, não se organizam de maneira em que os fornecedores de turismo dentro dela irão competir por clientes, mas vão trabalhar juntas para fortalecer o grupo e encantar os turistas.