24 de fevereiro de 2019

 Cultura na Roça: Conheça o Ecomuseu Rural de Barra Alegre, em Bom Jardim


Espaço com circuito cultural valoriza o estilo de vida típico dos moradores de áreas rurais

Por Sara Schuabb 

Ecomuseu propicia vivências da cultura e cotidiano da roça | Divulgação/Cláudio Paolino (Ecomuseu Rural de Barra Alegre)

Que tal conhecer um moinho d’água usado para a produção de fubá, um forno à lenha que assa broas de milho, experimentar doces de compota, conhecer remédios caseiros feitos com ervas da floresta e ainda poder ouvir histórias de mestres da tradição oral de fazendas antigas? O Ecomuseu Rural, situado no Vilarejo de Santo Antônio, no Distrito de Barra Alegre, em Bom Jardim, cujo acesso também pode ser feito por São Pedro da Serra, em Nova Friburgo, realiza, há dez anos, um trabalho de valorização do patrimônio da vida rural e também oferece circuitos turísticos para aqueles que buscam adentrar no cotidiano de quem vive na roça.

De acordo com a psicóloga e mestre em Educação Marjorie Botelho, que coordena o equipamento cultural junto ao seu marido, o fotógrafo Cláudio Paolino, nesses territórios rurais há pessoas que trazem consigo conhecimentos adquiridos através da oralidade, ou seja, que aprenderam com seus pais, que haviam aprendido com seus avôs e assim sucessivamente, que precisam ser valorizados em decorrência dos processos de produção cada vez mais automatizado.

“Os mais antigos dizem que broa boa é somente quando o fubá vem dos moinhos d´água, pois o atrito do milho com a moenda é que faz o gosto do verdadeiro fubá. Mas o que se percebe é o desaparecimento dessas “engenhocas” pela facilidade que temos em comprar tudo nos supermercados.”, diz Marjorie.

Marjorie Botelho conta que há cerca de dois anos estão atuando com roteiros de turismo rural. “Atualmente, além de nossos circuito local, que abrange Nova Friburgo, Bom Jardim e Trajano de Moraes – também participamos do circuito de agroturismo Altos da Serra Mar, que envolve 38 propriedades, de Mury a Barra Alegre, e do circuito nacional de Pontos de Cultura e Memórias Rurais, que é uma rede composta por 30 iniciativas do norte ao sul do país.”, conta.

Ecomuseu também funciona como espaço de intercâmbio cultural | Divulgação/Leandro Anton (Ecomuseu Rural de Barra Alegre)

O Ecomuseu também atua na criação de roteiros pedagógicos, desenvolvidos com o apoio de grupos universitários que permitem que estudantes e integrantes de grupos de agroecologia possam viver o cotidiano presente nos territórios rurais.

Maria Rosangela de Oliveira Santos, que mora em São Pedro da Serra e é agricultora do Vilarejo de Santo Antônio, em Barra Alegre, conta que o Ecomuseu foi importante para divulgação de sua produção orgânica. “Não conseguia vender minhas verduras e legumes, por serem pequenos e estranhos, justamente por não terem agrotóxico. Agora, estamos vendendo em São Pedro. O Ecomuseu tem sido importante para divulgar nosso trabalho. Participamos de um livro e agora as vendas estão melhores, antes perdíamos muita mercadoria”, conta.

O Ecomuseu Rural de Barra Alegre foi reconhecido como ponto de memória pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram/MinC), em 2010, por meio de um edital de apoio a iniciativas comunitárias de memória. O espaço dispõe de acervo de fotografias, vídeos e objetos sobre os saberes e fazeres rurais e dispõe de uma Biblioteca chamada Conceição Knupp Amaral, que é uma homenagem à mulher do campo; o Galpão de Artes Mafort, homenagem à família que ajudou o casal a construir o equipamento cultural; e a Biblioteca de Artes Visuais Armando de Barros, uma homenagem ao professor doutor Armando de Barros, da Universidade Federal Fluminense (UFF), que contribuiu com o olhar do casal sobre as artes visuais. E ainda oferece oficinas de educação patrimonial para as escolas da região, incluindo Bom Jardim e Trajano de Moraes, em que os alunos aprendem questões conceituais e técnicas de audiovisual sobre como registrar sua comunidade.

Além disso, também funciona como ponto de intercâmbio cultural, onde acontecem oficinas com artistas e agentes culturais de todo o país, oferecendo à população local oficinas de artesanatos, teatro, fotografia, propiciando, também, espaço para debates sobre questões políticas que envolvem a população do campo.

“Também estamos fortalecendo o turismo rural, voltado para o turista que vem para São Pedro e Lumiar, não apenas para aventuras e natureza, mas para se aprofundar na realidade e história da região.”, conta Marjorie.

Para conhecer o Ecomuseu, é preciso entrar em contato pelo número (22) 99926-1322 ou pelo e-mail: sobradocultural@gmail.com.

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23 de fevereiro de 2019

Promoção e comercialização Turistica


Embora a principal responsável pelas ações de promoção e comercialização do turismo seja a iniciativa privada, representada pelo empresariado da cadeia produtiva do turismo, tanto o Ministério do Turismo, como os órgãos o ciais de turismo das unidades da Federação, além das Instâncias de Governança Regionais, poderão apoiar o processo de roteirização.

As ações de promoção e comercialização devem ser orientadas pelo Plano de Negócios e, especialmente, pelo Plano de Marketing, a serem elaborados para o roteiro turístico. 

Essas ações são caracterizadas por:

promoção de eventos;

participação em feiras; 

elaboração e oferta de material promocional e publicitário;

criação de guias turísticos;

promoção de rodadas de negócios;

apoio às iniciativas de marketing dos empreendimentos turísticos;

promoção de caravanas e press trips nacionais e internacionais;

estabelecimento de tarifas adequadas, conforme as diferentes épocas do ano (alta ou baixa estação), com os preços de todos os serviços incluídos, validade das propostas, observações e avisos indicados etc.

 DICAS DE COMO MONTAR UM ROTEIRO TURÍSTICO BOM DE VENDA! Série SIMTUR, por Eduardo Mielke.


 Política de Turismo

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Para que você consiga formatar um bom roteiro turístico para sua cidade, aqui vão duas dicas importantes. Ainda que vários outros aspectos sejam importantes, percebo que muitos produtos turísticos não decolam, simplesmente porque foram feitos sem asas! Então, vamos lá…

Todos aqueles que são bons de venda, o são, quando os acordos foram construídos dentro de uma perspectiva de mercado, e dentro do conceito do “no fake”. Isso!  Valorize sempre o patrimônio da sua terra, o real! É por isso que muitas pessoas vão te visitar.

Primeira dica: Antes de pensar em elaborar um roteiro, pense antes numa coisa: Quem irá vende-lo? Isto quer dizer: Agencias e Operadoras. Identifique as que você e sua equipe acham mais adequadas ao tipo de proposta turística em pauta. E, antes de pensar no roteiro propriamente dito, convide-as para conhecer, tanto os atrativos, como equipamentos. E no final do dia, pergunte se que viram, tem apelo? “Se dá negócio”? Tem qualidade? Quem compraria? E, principalmente, o que precisa ser feito…

Segunda dica: Roteiros ou circuitos devem ser construídos de forma inclusiva e participativa. Até cinco Reuniões de Trabalho (RT) são necessárias. E os assuntos tratados, além daqueles apontados pelos intermediários, devem abordar questões estritamente técnicas: a) Política de Preço – de comissão até validade da mesma, b) Questões operacionais. Todas as conclusões acerca destes temas devem fazer parte de um acordo, ou regimento interno, para casos  da formação de uma associação de turismo.

Evite falar de outros assuntos nas RTs. Objetividade e foco. Pois, mesmo que consiga chegar a um bom acordo, é importante lembrar que a venda do roteiro ainda está por vir. Isto quer dizer, que os conflitos e ajustes só começarão a aparecer depois que o mesmo já estiver em operação. É importante então, conversar sobre possíveis problemas  nas reuniões….  O sucesso da venda depende de uma boa construção participativa entre os envolvidos – pessoas e empresas, sempre com o olhar no, e do mercado.  Isto chama-se “Cooperar para competir”. Pense nisso.

Dúvidas? Escreva!

Um abraço

Mielke, Dr.

Acúmulo de lixo no Rio Cuiabá prejudica o fornecimento de água em mais de cem bairros;veja lista


Da Redação - Thaís Fávaro

Foto: Internauta


A concessionária de serviços de saneamento da capital Águas Cuiabá, está com a captação da Estação de Tratamento Água (ETA) Tijucal operando, neste momento, com capacidade reduzida devido ao aumento no acumulo de lixo e resíduos no leito do Rio Cuiabá, provocado pela forte chuva de quinta-feira (21). O lixo entupiu parte da estrutura de captação. Pelo menos cem  bairros atendidos pela ETA Tijucal estão com o fornecimento de água reduzido em razão do problema.

Leia mais
Águas Cuiabá realiza mais de 670 mil análises para garantir qualidade da água
 
De acordo com a assessoria da empresa, para resolver a situação é necessário que mergulhadores façam a limpeza das grades de captação. Por questão de segurança, eles só podem atuar quando o nível do rio estiver em 4,50 m. Neste momento o nível é de 5,80 m, segundo verificação realizada na tarde de hoje, 22.
 
Fotos enviadas para a equipe de reportagem do Olhar Direto denunciam a grande quantidade de lixo acumulado às margens do Rio Cuiabá. É importante ressaltar que a população precisa ter consciência para não jogar lixo nas ruas, pois com as frequentes chuvas que atingem a nossa capital durante esses meses, o lixo acaba entrando nos bueiros, causando alagamentos de ruas e avenidas, além de poluir o Rio, acarretando em diversos problemas como contaminação da água.
 

A Águas Cuiabá pede que todos adotem práticas de consumo consciente de água, evitando o desperdício. O telefone de atendimento ao cliente é o 0800 646 6115.

Lista de Bairros;

ALTOS DA GLORIA
ALTOS DA SERRA
ALTOS DA SERRA II
ALTOS DO COXIPO
BOA ESPERANCA
BRASIL 21
CACH. DAS GARCAS
CPA III
CPA IV
C.R. ALPHAVILLE
C.R. ALPHAVILLE II
C.R. BELVEDERE
C.R. FAVAL
C.R. FLOR DO CERRADO
C.R. GILEADE
C.R. IPE AMARELO
C.R. MORADA DA SERRA
C.R. POMERI
C.R. RECANTO
C.R. RIO CACHOERINHA
C.R. RIO CLARO
C.R. RIO COXIPO
C.R. RIO JANGADA
C.R. RIO MANSO
C.R. RIO RESERVA
C.R. RIO SAO LOURENCO
C.R. SERRA AZUL
C.R. SOLAR DA CHAPADA
C.R. VILA DA SERRA I
GETULIO VARGAS
GUAICURUS
IMPERIO DO SOL
JD. 1 DE MARCO
JD. BOTANICO
JD. BRASIL
JD. BURITY
JD. CALIFORNIA
JD. COMODORO I
JD. COSTA DO SOL
JD. DAS AMERICAS
JD. DAS AROEIRAS
JD. DAS FLORES
JD. DOS IPES
JD. ELDORADO
JD. FORTALEZA
JD. IMPERIAL I
JD. IMPERIAL II
JD. INDUST. I
JD. INDUST. II
JD. ITALIA I
JD. ITALIA II
JD. LIBERDADE
JD. LUCIANA
JD. NOVO HORIZONTE
JD. NOVO MILENIO
JD. PASSAREDO
JD. PASSAREDO II
JD. PRESIDENTE I
JD. PRESIDENTE II
JD. SHANGRI-LA
JD. STA. LAURA
JD. UMUARAMA I
JD. UMUARAMA II
JD. UNIVERSITARIO
JOAO B. PINHEIRO
JOAO B. PINHEIRO II
LAGOA AZUL
LOT. BELA VISTA
LOT. SAO PAULO
LOT. SAO TOME
MANDURI
M. DOS NOBRES
NOVA CONQUISTA
NOVO M. GROSSO
NOVO PARAISO II
OSMAR CABRAL
PASCOAL RAMOS
PEDRA 90
PLANALTO
PQ. NOVA ESPER. I
PQ. NOVA ESPER. II
PQ. NOVA ESPER. III
PQ. OHARA
PQ. R. COXIPO
PQ. UNIVERSITARIO
PRAEIRINHO
R. ALTOS DO CERRADO
R. ANA MARIA
R. ARICA
R. AVELINO LIMA BARROS
R. BELA MARINA
R. BELITA C. MARQUES
R. BURITIS
R. CLAUDIO MARCHETTI
R. COXIPO
R. DR. FABIO LEITE
R. DR. FABIO LEITE II
RECANTO DOS PASSAROS
R. FLOR DE LIZ
R. FRANCISCA LOUREIRO BORBA
R. ILZA TEREZINHA PAGOT
R. ITAMARATI I
R. ITAPAJE
R. JAMIL B. NADAF
R. JK
R. NOVA CANAA
R. PADOVA
R. SALVADOR C. MARQUES
R. SEN. JONAS PINHEIRO
R. SONHO MEU
R. STA. INES
SAO FRANCISCO
SAO JOAO DEL REY
SAO JOSE I
SAO JOSE II
SAO SEBASTIAO
SERRA DOURADA
SOL NASCENTE
STA. CRUZ I
STA. CRUZ II
STA. TEREZINHA
TANCREDO NEVES
TIJUCAL
TRES BARRAS
TRES LAGOAS
VERTICAL
VILA ROSA
VILA SIZENANDO
VILA VERDE
VISTA DA CHAPADA
V. NOVA DO COXIPO
VOLUNTARIOS DA PATRIA
 
 














Teoria Verde realiza atividades educativas ambientais em São Paulo, Bahia e Mato Grosso



Embratur quer desenvolver Ecoturismo de MT e atrair mercados como a China


Da Redação - Isabela Mercuri

Foto: Da Assessoria


O ecoturismo em Mato Grosso é o principal segmento a ser desenvolvido, e pode abrir as portas para o mercado exterior e países estratégicos, como a China. Isto foi o que a presidente da Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo), Teté Bezerra, afirmou em reunião com o secretário de Desenvolvimento Econômico do Mato Grosso, César Miranda, e o secretário adjunto de Turismo, Jefferson Moreno, na manhã da última quarta-feira (20). O encontro teve a finalidade de debater ações para o avanço do turismo na região e possíveis iniciativas de promoção de todo o potencial do estado para o setor.

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Para Teté, o Pantanal tem grande destaque, e pode contribuir decisivamente para a internacionalização do estado. "O potencial do bioma no segmento Turismo de Natureza é reconhecido internacionalmente. É muito importante que o Mato Grosso e outros estados participem das ações de promoção que a Embratur promove no exterior para abertura internacional e a atração de mais estrangeiros para esses destinos", afirma.

Dentre as ações necessárias, além das feiras internacionais, a presidente defende que o estado esteja inserido nas plataformas digitais do Instituto, que conectam o trade nacional e internacional para o fechamento de negócios, como o Visit Brasil Market Place, ambiente digital que pode ser considerada a versão digital das feiras de turismo atuais.

César Martins, secretário de Desenvolvimento Econômico do Mato Grosso, afirmou que Mato Grosso tem vocação para o setor, tanto em relação aos recursos naturais quanto culturais. Martins defendeu o trabalho conjunto de promoção entre as secretarias do estado e a Embratur e afirmou que o setor de turismo será tratado como uma atividade econômica no Mato Grosso.

Já o secretário adjunto de Turismo do Mato Grosso, Jefferson Moreno, ressaltou o interesse do estado em participar das feiras internacionais de turismo previstas na Agenda de Promoção Comercial do Turismo Brasileiro no Exterior para o segundo semestre de 2019. Segundo ele, é preciso colocar os produtos turísticos de Mato Grosso na prateleira internacional, e a participação nas ações da Embratur é importante para alcançar resultados econômicos positivos.

22 de fevereiro de 2019

Os Riscos da mineração no entorno de áreas sensíveis como o pantanal


Encontrar no olhar direto

Opinião

Autor: André Thuronyi


Os anos de 2018 e 2019 alertam para uma situação até então fora dos holofotes da mídia e da população de uma forma geral: as barragens em suas diversas formas, quer de resíduos de mineração, piscicultura ou de usinas hidroelétricas.

No caso específico da ‘Baixada Cuiabana’ ou da planície do Pantanal, o risco de vazamento em barragens - tanto de rejeito de mineração como de mera contenção de águas, como é o caso do Manso - coloca a população e outras atividades econômicas em estado de ALERTA. O vazamento em qualquer uma destas barragens, além do risco direto para a vida da população, ameaça igualmente a diversidade biológica, o que requer a revisão dos critérios de segurança das mesmas e a máxima atenção.

A Secretaria Estadual de Meio Ambiente informa ter somente dois técnicos para fazer a fiscalização de reservatórios e não conta com nenhum plano de evacuação em casos de emergência.

Apesar do quadro, pelo menos 180 novas barragens estão em fase de regulação no Estado, que se somarão às 67 já existentes – 31 delas resultados da exploração mineral entre as quais, 14 com risco médio e uma de alto risco, situada em Poconé.

A Sema garante que, se solicitada pela Agência Nacional de Mineração e/ou a Agência Nacional de Energia Elétrica, atuaria em conjunto para a fiscalização das barragens de mineração e usinas hidrelétricas e, diante da tragédia de Brumadinho (MG), ocorrida em 25 de janeiro passado, sabe-se que o governo do Estado também buscou essa parceira. Entretanto, não se tem notícias de que a parceria tenha resultado em ação concreta.

Da mesma forma, o Ministério Público Federal havia anunciado, em 2016, que faria uma apuração de possíveis irregularidades em barragens em Mato Grosso. A decisão foi tomada após a tragédia de Mariana (MG) e os resultados dessa apuração também não foram conhecidos.

Hoje, a região da Baixada Cuiabana, que vai desde os limites de Chapada dos Guimarães até as áreas alagadas do Pantanal, tem alto potencial aurífero e vem sendo explorado, a cada ano, de forma mais intensa, com muitas frentes de trabalho em abertura.

E é exatamente nessa região onde estão os municípios que mais se destacam na atividade do turismo, como é o caso de Poconé, Santo Antônio de Leverger, Barão de Melgaço e Livramento, que margeiam o Pantanal Mato-grossense e que podem estar ameaçadas pela atividade mineral que não adote as medidas necessárias e esperadas para a segurança da população e preservação do meio ambiente – forte fator de atração dos turistas.

Hoje, o turismo é um grande responsável pelo crescimento do setor de serviços no Estado, atividade que representa 18,7% do Produto Interno Bruto de Mato Grosso. Além disso, dados da Organização Mundial do Turismo indicam que o ecoturismo cresce 20% ao ano, gerando emprego e renda para milhões de pessoas no planeta.

Nós, do setor da indústria de serviços do TURISMO, abaixo assinados, requeremos que se faça uma fiscalização rigorosa nas condições de segurança das barragens, principalmente aquelas que apresentam alto risco aos rios que compões a Bacia do Alto Paraguai, incluindo aí os menores, como o rio Coxipó, Mutum, Pirigára, Piquiri e Bento Gomes, entre outros.

Recentemente, em janeiro passado, surgiram sinais alarmantes de vazamento de ‘loleia’, que contaminou de forma visível o rio Bento Gomes, principal afluente da bacia, na região do Pantanal de Poconé.

É preciso esclarecer que não estamos contra a atividade mineral ou qualquer outra de exploração dos recursos naturais, desde que exercidas de forma sustentável e responsável.

Não podemos permitir que uma atividade econômica, por mais importante que seja, ponha em risco a qualidade da vida da população, assim como uma importante atividade como o turismo que, não só emprega muitas pessoas, mas ainda auxilia na conservação dos recursos naturais do Pantanal, Patrimônio da Humanidade e Reserva Natural da Biosfera. Portanto, um vazamento nesta região, além dos prejuízos diretos, trará consequências internacionais gravíssimas para o Estado de Mato Grosso e para a imagem do País.

Desta forma, requeremos, por meio desta, medidas CONCRETAS que possam garantir a segurança da vida, nos rios que estão abaixo destas barragens.

Pedimos ao Ministério Público, a Agência Nacional de Mineração, Agência Nacional de Energia Elétrica, Secretaria Estadual de Meio Ambiente e aos demais órgãos responsáveis pela segurança das mesmas e da população que nos brindem com relatório das análises técnicas necessárias para a garantia da qualidade destas barragens.

André Thuronyi vice presidente da Adepan, associaçãoes de apoio Adepan, Aecopan, Abih, Abav, Sindetur.


21 de fevereiro de 2019

Cooperativismo cresce 200% em Mato Grosso puxado por agronegócio

No estado, resistência ainda é entrave para progresso das cooperativas. Para especialista de universidade dos EUA, é preciso haver modernização.

Por Leandro J. Nascimento

Do G1 MT

Cooperativa em Sorriso para recebimento de grãos
(Foto: Leandro J. Nascimento/G1)


Em dez anos o cooperativismo cresceu 200% em Mato Grosso, puxado principalmente pelo agronegócio estadual, segundo o Sindicato e Organização das Cooperativas Brasileiras no Estado (OCB/Sescoop). Atualmente, mais de um milhão de pessoas estão envolvidas direta ou indiretamente com esta atividade, perfazendo um universo de 34% da população.

Mesmo em alta, o cooperativismo agrícola ainda enfrenta uma série de desafios para despontar em alguns setores, a exemplo do que congrega os produtores de soja e milho. Entre eles, quebrar a resistência do próprio agricultor em fazer parte desta atividade, como pontua o presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), Carlos Fávaro.

A resistência, lembra o dirigente, deve-se às chamadas mágoas de um modelo ultrapassado de cooperativismo paternalista e sem profissionalismo. "Neste modelo antigo a cooperativa centralizava o poder, as compras, decidia os créditos. Não era um modelo transparente", avaliou.

Uma pesquisa realizada pela Associação mostrou que, na safra 2010/11, 13% dos produtores de soja e milho participavam de cooperativas. Conforme o levantamento, juntos, plantavam 26% das lavouras.

"O produtor só quer se unir quando as coisas estão ruins. Cada grupo deve achar seu próprio modelo [de cooperativismo]", alertou Carlos Fávaro.

A meta é que entre cinco a dez anos, o percentual de cooperados dentro do grupo produtor de soja e milho avance de 13% para 50%, estima o presidente da OCB/Sescoop em Mato Grosso, Onofre Cezário. "Cooperativa é uma empresa. É preciso identificar este ramo de atuação", afirma o dirigente.

Em Mato Grosso, onde participou do Seminário de Cooperativismo realizado pela Aprosoja em Sorriso, a 420 quilômetros de Cuiabá, o professor da Universidade de Missouri, nos Estados Unidos, Fábio Chaddad, disse que o agrupamento em cooperativas agrícolas tornou-se a melhor opção para se proteger das volatilidades de mercado. "É o caminho. Primeiro porque a cooperativa defende a margem do produtor, tanto na compra de insumos e ganhos na venda de produtos. Segundo porque uma cooperativa passa informação de mercado para o produtor que uma traiding não passa. Pode se preparar e enfrentar essa onda de altos e baixos de mercado com muito mais informação, mais preparo", afirmou.

Cooperativas ganham espaço em Sorriso, cidade de
Mato Grosso (Foto: Leandro J. Nascimento/G1)


Conforme o especialista, cooperativas dos 'tempos modernos' estão conquistando espaço pautando-se em princípios como gestão operacional profissional, capital social e governança. “Cooperativa tem que ser bem gerida, bem administrada, com profissional capacitado para isso", pontuou.

Ainda segundo ele, o envolvimento do produtor, o capital social, a relação de confiança e transparência entre os associados e associados a governança, para garantir que cooperativa gere resultados e distribua estes resultados também entre os produtores são importantes.

Cooperativas mudam perfil
Em Sorriso, município que mais produz soja no mundo, produtores que investiram na ideia colhem os benefícios deste sistema. Somente a Cooperativa Agropecuaria Terra Viva (Cooavil), criada para minimizar as dificuldades de armazenagem de grãos, conta com 22 grupos produtores (cerca de 40 cooperados). A atuação é exclusiva para armazenagem.

De acordo com o presidente da Cooperativa, João Carlos Turra, somente na última safra receberam 1,74 milhão de sacas de soja e 1,860 milhão de milho. Uma área de cinco hectares conta com uma estrutura com espaços para descarregamento, classificação e armazenagem de grãos.

Já na Cooperativa Agropecuária e Industrial Celeiro do Norte (Coacen), que representa 154 associados de Sorriso e região, agricultores são beneficiados pela compra coletiva de insumos. Gilberto Peruzi, presidente da Coacen, diz que que a cooperativa auxilia o produtor na chamada 'porteira para fora'. “A cooperativa auxilia o produtor da porteira para fora, porque da porteira para dentro ele é competente", avaliou o responsável.

Além das cooperativas agrícolas, o cooperatismo de crédito também cresce a passos largos. Somente em Mato Grosso, 18% ao ano, conforme a OCB. A meta nos próximos anos é que em termos nacionais, represente até 10% do sistema financeiro nacional. 

Sema alerta para riscos de visitação a parque estadual


Uso público será permitido após a implementação do plano de manejo

Sema-MT

Plano de manejo norteará demarcação de trilhas, áreas a serem visitadas, estudo do fluxo das águas e medidas de segurança

DA REDAÇÃO

A Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT) alerta que a visitação ao Parque Serra de Ricardo Franco, localizado em Vila Bela da Santíssima Trindade (520km a Oeste de Cuiabá), só será permitida após a implementação do plano de manejo. O documento técnico, que está em fase final de elaboração e deve ser entregue ao Conselho Consultivo no primeiro trimestre de 2019, irá nortear a demarcação de trilhas, áreas a serem visitadas, estudo do fluxo das águas e medidas de segurança.

 

Em reunião realizada entre Sema, Ministério Público Estadual (MPE), Corpo de Bombeiros Militar (CBMMT), Prefeitura de Vila Bela, Polícia Rodoviária Federal e Associação de Turismo Caminho das Águas foi feito o alerta para que não haja visitação ao Parque. Durante o encontro, que ocorreu entre 31 de janeiro e 02 de fevereiro, foi explicado que a medida visa garantir a segurança dos turistas que frequentam o local e assegurar a preservação do meio ambiente.

 

De acordo com parecer técnico da Coordenadoria de Unidades de Conservação (Cuco) para que a visitação ao Parque aconteça existe a necessidade de estudo sobre a correnteza dos rios e riscos de trombas d´água no período chuvoso; infraestrutura mínima, como sinalização, placas informativas, salva-vidas nos locais de banho e cabos de aço para servir de apoio à travessia; acompanhamento de guias para visitação da maioria dos locais (exceção da Cascatinha); levantamento e estimativa de visitantes, disponibilização de informações para prevenção de acidentes e utilização de Termo de Conhecimento de Riscos e Normas para visitantes.

 

A orientação também seguiua manifestação da Subprocuradoria de Meio Ambiente (SUBPGMA) que sugere que o uso público seja liberado após conclusão do plano de manejo. “A regulamentação da visitação do Parque deverá ocorrer somente após aprovação de seu Plano de Manejo e a constituição de seu conselho consultivo”, diz trecho do documento. O Conselho do Parque foi constituído em maio de 2018.