10 de fevereiro de 2019

ciência Abelhas ficam paradas durante um eclipse solar total, diz estudo



Escuridão altera o comportamento do inseto de uma maneira que os cientistas não imaginavam

Redação Galileu


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Abelha-europeia (Apis mellifera), uma das mais comuns nesta pesquisa (Foto: Richard Bartz, Munich Makro Freak & Beemaster Hubert Seibring/Wikimedia Commons)


Durante um eclipse solar total, as abelhas param de voar e ficam completamente em silêncio, segundo nova pesquisa da  Universidade do Missouri, nos Estados Unidos. Mais de 400 cientistas analisaram o comportamento do inseto no eclipse solar total de 21 de agosto de 2017, visível na América do Norte. 

Foram instaladas 16 estações de monitoramento acústico nos estados de Oregon, Idaho e Missouri, usadas para ouvir e registrar qualquer zumbido de abelhas. O sistema, recentemente testado em campo pela bióloga Candace Galen, para registrar a atividade de polinização através da escuta de sons do inseto, consistia em pequenos microfones USB.

Estes foram pendurados em áreas afastadas do tráfego de pedestres, com altos níveis de atividade de polinização por abelhas, ao lado de sensores de luz e de temperatura em alguns locais.

"Parecia o ajuste perfeito", disse Galen. "Os minúsculos microfones e sensores de temperatura puderam ser colocados perto de flores horas antes do eclipse."

Quando o fenômeno acabou, os aparelhos foram devolvidos ao laboratório de Galen, onde os dados dos zumbidos coincidiam com o tempo do eclipse. Embora não houvesse maneira de saber quais espécies de abelhas estavam zumbindo, as mais comuns nas áreas eram zangões do gênero Bombus e abelhas-europeias (Apis mellifera).

"Nós antecipamos, com base em alguns relatos na literatura, que a atividade das abelhas diminuiria conforme a luz caísse durante o eclipse e atingisse o mínimo da sua totalidade", afirmou Galen. "Mas não esperávamos que a mudança fosse tão abrupta, que as abelhas continuassem voando até a totalidade e então parassem completamente. Isso nos surpreendeu."

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Em todos os 16 locais, apenas um zumbido de abelha foi registrado durante a totalidade do eclipse. As abelhas voaram por mais tempo, o que Galen interpretou como uma velocidade de vôo mais lenta. É uma explicação provável, visto que este inseto tende a voar mais devagar ao anoitecer enquanto retorna à colmeia.

De acordo com o portal Science Alert, o estudo, publicado na revista Annals of the Entomological Society of America, também diz algo novo sobre a maneira como as abelhas operam.

"O eclipse nos deu a oportunidade de perguntar se o novo contexto ambiental, meio céu  aberto, alteraria a resposta comportamental das abelhas à pouca luz", falou Galen. "Como descobrimos, a escuridão completa provoca o mesmo comportamento nas abelhas, independentemente do tempo ou do contexto. E essa é uma nova informação sobre a cognição delas."

O próximo eclipse solar total na América do Norte vai ocorrer em 8 de abril de 2024. Até lá, a pesquisadora Galen espera ter aperfeiçoado seu sistema de áudio para que possa distinguir entre os tipos de voos de abelhas: se estão voando para forragens ou voltando para casa. A intenção é determinar se as abelhas realmente vão para a colméia antes de um eclipse.

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ciência Peixes capturados por anzol ficam com dificuldades para se alimentar Mesmo voltando para a água, o animal enfrenta problemas para sugar presas por causa de ferida na boca


Redação Galileu


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Anzol reduz em 35% a capacidade de alimentação de peixes que voltam para a água (Foto: Flickr/U.S. Forest Service-Pacific Northwest Region/Creative Commons)


Pesquisadores descobriram que, mesmo removendo o anzol da boca de um peixe que foi capturado e colocado de volta na água, a capacidade do animal de se alimentar fica limitada. Publicado no Journal of Experimental Biology, o estudo mostrou que peixes que comem por sucção não conseguem sugar seus alimentos adequadamente e experimentam uma redução de 35% na capacidade de alimentação. 

"O que nós queríamos fazer era tentar descobrir qual o impacto sobre o peixe quando era pego usando um anzol e depois solto", disse Timothy Higham, professor de biologia na Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, em entrevista à Newsweek. "Fiz muita pesquisa analisando como os peixes se alimentam e vários autores do artigo são ávidos pescadores, então foi um experimento natural e, para a nossa surpresa, nunca havia sido feito."

Também participaram estudiosos da Universidade de Alberta, da Universidade de Calgary, ambas no Canadá, e da Universidade de Antuérpia, na Bélgica. 

A alimentação por sucção é comum em muitos peixes, como o robalo, o salmão e a truta. Essas espécies sugam presas expandindo suas bocas. O movimento causa pressão, o que puxa o alimento para a boca do animal. 

“Pegamos um grupo de peixes usando anzol e linha, como um pescador, e também pegamos outro grupo com apenas uma rede, para que esses peixes não tivessem ferimentos na boca, mas eles foram pegos. É importante manter isso padronizado”, contou Higham. 

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Os pesquisadores pegaram apenas o perca do mar, peixe comum de captura e solta. Eles analisaram 10 peixes com lesão na boca e 10 sem a lesão em um laboratório. O objetivo foi ver com que rapidez e o quanto os bichos eram capazes de se alimentar.

"Pensamos que haveria um impacto, mas o tamanho do impacto que pensávamos era relativamente pequeno em diâmetro, por isso não tínhamos certeza se que conseguiríamos um resultado significativo", falou Higham. “Quando vimos a redução de 35% na capacidade de se alimentar, ficamos muito surpresos. Isso foi muito mais do que achávamos."

A diminuição pode causar problemas para as populações de peixes, mas outras pesquisas são necessárias para ver o impacto em maior escala. “Quando as pessoas pescam, elas têm uma escolha em relação ao tamanho do anzol que usam, e acho que, se você realmente usar o anzol com menor diâmetro, isso seria muito útil."

Ainda assim, ele não defende o fim da pescaria. "Talvez a pesquisa ajude a encorajar as pessoas a pensar um pouco mais sobre os danos que causam", comentou. 

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Peixes capturados por anzol ficam com dificuldades para se alimentar

Mesmo voltando para a água, o animal enfrenta problemas para sugar presas por causa de ferida na boca

Redação Galileu


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Anzol reduz em 35% a capacidade de alimentação de peixes que voltam para a água (Foto: Flickr/U.S. Forest Service-Pacific Northwest Region/Creative Commons)

Pesquisadores descobriram que, mesmo removendo o anzol da boca de um peixe que foi capturado e colocado de volta na água, a capacidade do animal de se alimentar fica limitada. Publicado no Journal of Experimental Biology, o estudo mostrou que peixes que comem por sucção não conseguem sugar seus alimentos adequadamente e experimentam uma redução de 35% na capacidade de alimentação. 

"O que nós queríamos fazer era tentar descobrir qual o impacto sobre o peixe quando era pego usando um anzol e depois solto", disse Timothy Higham, professor de biologia na Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, em entrevista à Newsweek. "Fiz muita pesquisa analisando como os peixes se alimentam e vários autores do artigo são ávidos pescadores, então foi um experimento natural e, para a nossa surpresa, nunca havia sido feito."

Também participaram estudiosos da Universidade de Alberta, da Universidade de Calgary, ambas no Canadá, e da Universidade de Antuérpia, na Bélgica. 

A alimentação por sucção é comum em muitos peixes, como o robalo, o salmão e a truta. Essas espécies sugam presas expandindo suas bocas. O movimento causa pressão, o que puxa o alimento para a boca do animal. 

“Pegamos um grupo de peixes usando anzol e linha, como um pescador, e também pegamos outro grupo com apenas uma rede, para que esses peixes não tivessem ferimentos na boca, mas eles foram pegos. É importante manter isso padronizado”, contou Higham. 

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"Pensamos que haveria um impacto, mas o tamanho do impacto que pensávamos era relativamente pequeno em diâmetro, por isso não tínhamos certeza se que conseguiríamos um resultado significativo", falou Higham. “Quando vimos a redução de 35% na capacidade de se alimentar, ficamos muito surpresos. Isso foi muito mais do que achávamos."

A diminuição pode causar problemas para as populações de peixes, mas outras pesquisas são necessárias para ver o impacto em maior escala. “Quando as pessoas pescam, elas têm uma escolha em relação ao tamanho do anzol que usam, e acho que, se você realmente usar o anzol com menor diâmetro, isso seria muito útil."

Ainda assim, ele não defende o fim da pescaria. "Talvez a pesquisa ajude a encorajar as pessoas a pensar um pouco mais sobre os danos que causam", comentou. 

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9 de fevereiro de 2019

SAFRINHA DO MILHO Vice-presidente general Mourão participa de lançamento de safra em Sorriso



Visita está programada para sexta-feira (15) em cerimônia empresarial; ministros foram convidados

REINALDO FERNANDES

Repórter

Reprodução/Internet

O vice-presidente da República, general Hamilton Mourão vem a Sorriso (500 km de Cuiabá) na sexta-feira (15) para participar do lançamento do plantio da safrinha do milho 2019. Os ministros Tereza Cristina (Agricultura), Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, foram convidados, mas não confirmaram presença.

No mesmo dia haverá cerimônia de encerramento da colheita da soja da safra 2018/2019. Também é esperado o anúncio de investimentos em unidades fabris, pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias para o agronegócio do Estado, por empresas de capital 100% brasileiro.

Hoje (7), o governador Mauro Mendes confirmou que estará no evento. Esta será a primeira visita oficial do general Mourão a Mato Grosso. Houve do diretório do PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro, de trazê-lo durante o segundo turno de campanha, em outubro do ano passado, mas a agenda por causa do atentando contra Bolsonaro, em Minas Gerais.

No fim do ano passado, também havia a previsão do então presidente Michel Temer (MDB) de vir a Mato Grosso para cerimônia de inauguração do HMC (Hospital Municipal de Cuiabá). Ele cancelou a agenda três dias antes por causa de denúncia ligada ao programa Chave de Ouro.

Estado assegura incentivos para piscicultura


Da Redação


 


O secretário estadual de Agricultura Familiar (Seaf), Silvano Amaral, esteve nesta sexta-feira (08.02) no município de Porto Estrela para conhecer o projeto “Criar nas Águas”, que disponibiliza tanques para criação de peixes, cuja finalidade é a comercialização e subsistência de pequenos e médios produtores que vivem na região. 

A iniciativa, mantida pela administração municipal, serve como experiência para o desenvolvimento regional. O apoio à implantação de viveiros em outros municípios será uma das medidas estudadas pela secretaria, atendendo a critérios de cadastramento, análise de renda e comércio favorável.

“Acreditamos que a agricultura familiar tem um papel fundamental na melhoria das questões socioeconômicas e a piscicultura é uma das áreas de grande impacto em áreas rurais do nosso Estado. Buscaremos parcerias para que tudo seja elaborado de forma organizada e que auxilie quem realmente vive desta atividade”, salientou o secretário.

Os produtores da cidade participaram de um curso de controle sanitário aquícola e receberam orientações sobre a manutenção da qualidade da água e distribuição correta da ração para evitar desperdícios, perca de oxigênio e impurezas. A qualificação foi ministrada na Comunidade Luzia, pelo Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea), em parceria com outras instituições.

“Mesmo sendo uma cidade com pouco mais de 2 mil habitantes, percebemos com base na experiência de outros estados brasileiros que havia a necessidade de melhorar a vida do pequeno produtor -  que antes contava somente com a produção de alimentos como mandioca e banana, além do trabalho braçal no campo”, pontuou o prefeito de Porto Estrela, Eugênio Pelachim.

O projeto Criar nas Águas foi iniciado em 2018 e beneficia mais de 100 famílias, com 70 tanques de peixes da espécie tambatinga, em 13 comunidades rurais. Os produtores passam por cadastramento e o município auxilia o fornecimento de maquinário e assistência técnica. O pescado é comercializado em feiras e mercados da cidade, além do manejo para o autoconsumo.

Manoel Pedro, 45, mantém um viveiro com 570 peixes e faz desta produção uma renda extra para manter a família, que hoje chega até R$ 3 mil por mês. “Todo o dinheiro que recebia antes era somente da venda de derivados do leite. A possibilidade de trabalhar com peixe e o apoio técnico mudou a realidade dos produtores daqui e a expectativa é ampliar as vendas”.

FAMÍLIA CONSEGUE NA JUSTIÇA COLOCAR SOBRENOME INDÍGENA NOS DOCUMENTOS E COMEMORA RECONHECIMENTO: ‘RESISTÊNCIA’



Maria Rosa e os filhos, Mirna, Stefany e Bruno Kambeba Omágua-Yetê Anaquiri em Goiânia — Foto: Vanessa Martins/G1


Família consegue na Justiça colocar sobrenome indígena nos documentos e comemora reconhecimento: ‘Resistência’

Depois de dez anos lutando para ter mudança nos documentos, Maria Rosa, Mirna, Stefany e Bruno contam que, finalmente, sentem ter história respeitada. Índios moram em Goiânia.

Depois de dez anos de luta, a família Kambeba Omágua-Yetê Anaquiri comemora o reconhecimento do sobrenome indígena nos seus documentos pessoais, em Goiânia. A servidora pública Maria Rosa e os filhos Mirna, Stefany e Bruno definem essa conquista como um resgate da própria história e uma forma de resistência contra o preconceito.

“Ter nosso sobrenome indígena é ter espaço, é dizer que estamos aqui”, afirma Bruno.


A família contou que soube que tinha o direito de ter o nome indígena nos documentos ainda em 2009, pela Fundação Nacional do Índio (Funai). Desde então, eles tentaram fazer as alterações em cartórios de Goiânia e próximos da aldeia de onde a família morava, no Amazonas, mas sem sucesso.

Os índios também entraram em contato com uma advogada, que os acompanhou até o cartório e, ainda assim, não conseguiram. Até que em 2017 eles procuraram a Defensoria Pública do Estado de Goiás e abriram um processo judicial para terem o direito reconhecido.

Cerca de um ano depois, no final de 2018, a Justiça autorizou a mudança no nome deles. Nesta sexta-feira (8), Maria Rosa, Stefany e Bruno finalmente buscaram as identidades com os nomes novos. Só Mirna ainda aguarda a emissão do documento.

Maria Rosa e Mirna Kambeba Omágua-Yetê Anaquiri — Foto: Vanessa Martins/G1

Recuperação histórica

A estudante de doutorado em arte e cultura visual Mirna Kambeba Omágua-Yetê Anaquiri, de 33 anos, conta que seus antepassados indígenas lutaram para sobreviver a diversas invasões. Uma das formas de se proteger foi abrindo mão do sobrenome que os definia.

“Os registros que a gente tem de contato com pessoas não indígenas são do século XIX e foram contatos de massacre, escravidão. Uma das formas de sobrevivência foi se separar do grupo. […] O preconceito contra os povos indígenas na época foi uma das questões que fizeram a gente perder nosso sobrenome”, contou.

Dessa forma, o resgate do sobrenome é uma maneira de recuperar a história deles como povo indígena. Para o estudante de direito Bruno Kambeba Omágua-Yetê Anaquiri, de 25 anos, ter o sobrenome indígena é uma forma de se fortalecer.

“Finalmente estamos tendo reconhecimento. Foram poucas conquistas, mas a gente tem presença. Com esse espaço que a gente conquistou, queremos dar mais visibilidade para os povos Kambebas e outros também, que não vamos abrir mãos dos nossos direitos”

Stefany, Bruno e Maria Rosa Kambeba Omágua-Yetê Anaquiri com as identidades renovadas em Goiânia, Goiás — Foto: Vanessa Martins/G1

‘Troféu’

Aos 53 anos, a servidora pública e estudante de administração Maria Rosa Kambeba Omágua-Yetê Anaquiri segura a nova identidade como um troféu. Ela contou que recuperar o nome da família é uma grande conquista.

“Tentamos desde o passado, quando [esse sobrenome] foi tirado de nós. Agora conseguimos ser reconhecidos. Pelo nosso nome, a origem do nosso povo, a nossa resistência para chegar até aqui e vamos conquistar muito mais”, afirmou.

A mais antiga do grupo a ter o nome alterado, ela conta que o sobrenome da família significa “povo da água”, já que eles fazem parte de uma aldeia que sobreviveu em regiões ribeirinhas e se escondendo nos rios durante as invasões.

Lembrando do histórico da família, a filha do meio e estudante de informática Stefany Arruda Kambeba Omágua-Yetê Anaquiri, de 27 anos, afirma que espera que mais parentes saibam do direito de ter o sobrenome indígena reconhecido e também possam lutar em defesa dessa conquista.

“Vem da minha mãe, dos meus avós, das minhas bisavós. É o resultado de uma luta coletiva. […] É muito importante para nós ter esse nome, ter um reconhecimento e essa visibilidade”, defendeu.


Processo

O defensor público Tiago Bicalho contou que o processo é simples e de direito de todos os indígenas. Segundo ele, outras pessoas que se encontrarem na mesma situação que a família Kambeba Omágua-Yetê Anaquiri também podem reivindicar o seu direito.

“No caso dos indígenas, esse direito decorre de uma proteção constitucional, que assegura aos índios as suas tradições, as suas línguas, crenças. Então a importância de alterar esse registro e eles poderem usar o nome e sobrenome da sua etnia é importante para que não percam suas origens e possam leva-las adiante”, explicou.

Segundo o defensor, os interessados podem procurar a Defensoria Pública para garantir esse direito. Para facilitar o processo, é importante levar os seguintes documentos:

Certidão de nascimento e/ou casamento;


Registro Administrativo de Nascimento Indígena (Rani);


Certidão Negativa dos Cartórios de Protesto;


Certidão Negativa Cível e Criminal.


Por Vanessa Martins, G1 GO

6 de fevereiro de 2019

O que é Ecoturismo. Ecoturismo ou turismo ecológico


É o "segmento da atividade turística que utiliza, 

De forma sustentável, o patrimônio natural e cultural, 

Incentiva sua conservação e busca a formação de uma consciência ambientalista,

Por meio da interpretação do ambiente, 

Promovendo o bem-estar das populações".

Turismo Sustentável: Entenda o que é turismo de base comunitária

Por Redação Pensamento Verde


O turismo comunitário gera benefícios econômicos e de conservação para as comunidades e o meio ambiente local.

O turismo em grande escala, estimulado por todo o mundo como fonte de renda, causa, muitas vezes, um impacto considerável nos locais onde ocorre. 

A chegada de visitantes traz consigo uma produção maior de resíduos, ruídos, pessoas, entre outros. Na contramão desta prática, está o turismo de base comunitária (TBC), conceito aplicado a diversas atividades relacionadas a comunidades que recebem visitantes.

O TBC consiste em visitas a lugares onde a comunidade local se envolve na apresentação dos patrimônios como atrações ou oferecendo um leque de mercadorias produzidas por eles próprios. A ideia é ajudar no desenvolvimento local, por meio do aquecimento da economia e práticas sociais e culturais que envolvam todos os membros da comunidade.

Uma definição muito utilizada é dada pelo Manual ITC Receitas para o Sucesso TBC, que diz: “O TBC é uma interação anfitrião-visitante, cuja participação é significativa para ambos e gera benefícios econômicos e de conservação para as comunidades e o meio ambiente local.”

O turismo de base comunitária propõe um modelo de desenvolvimento que privilegie o ser humano, que garanta condições de vida digna a todos os cidadãos, centrado em uma cultura de cooperação, parceria e solidariedade. 

Ele se coloca como uma alternativa ao turismo convencional, uma oportunidade importante de valorização de práticas sustentáveis de uso dos recursos naturais e da promoção da interculturalidade.

O conceito prega que a chegada de visitantes deve se integrar na economia e no desenvolvimento das comunidades, preservando a cultura dos habitantes locais e utilizando as atividades tradicionais como atrações. 

Além disso, o uso sustentável dos recursos e a justiça ambiental devem ser preocupações coletivas.

Assim, o TBC acaba entrando na classificação de turismo sustentável, uma vez que prega o uso consciente dos recursos ambientais, a valorização dos costumes locais e a integração entre o homem e a natureza, de maneira que todos se beneficiem com a prática.

4 de fevereiro de 2019

Variedade de mandioca atinge produtividade média de 31,3 toneladas por hectare em MT


Pesquisa da Empaer demonstra que a mandioca da polpa amarela ultrapassou a média nacional e estadual de produtividade.
Rosana Persona | Empaer-MT 
Avaliação de 10 materiais genéticos oriundos da Embrapa - Foto por: Jorge Montezuma/Empaer
A | A
Com uma produtividade de 31,3 toneladas por hectare, materiais genéticos de mandioca biofortificados estão sendo avaliados e reproduzidos no Campo Experimental da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), no município de Tangará da Serra (239 km a Médio Norte de Cuiabá). Considerada mais nutritiva, com alto teor de vitamina A, boa produtividade e de ciclo precoce, produz a partir de oito meses. Algumas variedades de mandioca superam a produtividade média nacional de 14,4 toneladas por hectare.
Essas são algumas características de algumas variedades de mandioca biofortificada para atender os agricultores familiares interessados no cultivo. A coordenadora do projeto de biofortificados da Empaer, Marilene de Moura Alves, fala que ao todo são 10 variedades de mesa oriundas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) que foram adaptadas para nossa região. Os experimentos foram implantados no ano de 2012 com nove materiais genéticos, e em 2017 com três materiais. Ela destaca, que já possuem manivas e mudas de mandioca disponíveis para o cultivo.
O pesquisador da Empaer e chefe do Campo Experimental, Welington Procópio, explica que os novos materiais possuem características que atendem demandas tanto de agricultores quanto de consumidores. São precoces, ou seja, produzem a partir de oito meses, enquanto as cultivares precoces disponíveis no mercado geralmente começam a produzir dez a doze meses após o plantio. As novas variedades também possuem elevado potencial produtivo, arquitetura favorável aos tratos culturais, facilidade na colheita e resistência às principais pragas e doenças.
Com materiais genéticos da Embrapa, a variedade BRS 399 atingiu a maior produtividade, 31,3 toneladas por hectare; e do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), a variedade IAC 576-70 produziu 26,3 toneladas por hectare.  A pesquisadora da Empaer, Dolorice Moreti, desenvolve pesquisa e validação de tecnologias com a cultura da mandioca desde 2012. Ela argumenta que a variedade biofortificada da polpa amarela ultrapassou a média nacional de produtividade, que é de 14,4 toneladas/hectare de mandioca, e também do Mato Grosso, que chega a 14,3 toneladas/hectare.
De acordo com a pesquisadora Dolorice, estão em avaliação 10 materiais genéticos, sendo que, por enquanto, apenas dois foram repassados para os produtores rurais dos municípios de Cuiabá, Nova Mutum, Lucas do Rio Verde, Acorizal, Sinop e outros. “A mandioca é uma cultura de grande importância agrícola em Mato Grosso, importante fator de geração de trabalho e renda no campo e fonte de alimento para a população, principalmente para agricultura familiar”, enfatiza Dolorice.
A pesquisa conta com a participação do pesquisador da Embrapa Cerrados do Distrito Federal, Eduardo Alano, um dos responsáveis pelos clones biofortificados. Eduardo fala para que a pesquisa participativa funcione, ou seja, para avaliar os clones biofortificados com os produtores, é necessário seguir alguns critérios: material genético para levar para os produtores, interesse dos produtores em testar esses materiais e mecanismo de extensão rural ágil e eficiente.
No Campo de Tangará da Serra estão disponíveis ramas e mudas das variedades de mandioca BRS Jari, Gema de Ovo e Dourada. As pesquisas são realizadas também nos Campos Experimentais de Acorizal, Cáceres e Sinop.
BioFort
O foco dessas pesquisas e parcerias  é aumentar, sobretudo na alimentação dessas populações, a presença de ferro, zinco e vitamina A, micronutrientes importantes para melhorar a resistência do organismo e o desenvolvimento intelectual. A produção de manivas e mudas são para atender a demanda dos agricultores familiares do Estado, que deverão receber esses materiais para produção em larga escala com a finalidade de atender a merenda escolar e o mercado consumidor.
Os materiais foram fornecidos pela Embrapa que é a Coordenadora do Programa BioFort no Brasil. Em Mato Grosso, a Empaer é responsável.

2 de fevereiro de 2019

ALIMENTAÇÃO IDEAL: O QUE DIZ A CIÊNCIA SOBRE TOMAR OU PULAR O CAFÉ DA MANHÃ


É verdade que tomar um café da manhã equilibrado ajuda a restaurar nossa energia depois de uma uma noite de jejum - SEB_RA


Alimentação ideal: o que diz a ciência sobre tomar ou pular o café da manhã

Junto com clássicos como “cenouras melhoram a visão” e “Papai Noel não traz brinquedos para crianças que não se comportam bem”, uma das frases mais usadas no arsenal de pais cansados é que o café da manhã é “a refeição mais importante do dia”.

Muitos de nós crescemos acreditando que pular o café da manhã é um pecado alimentar – mesmo que apenas dois terços dos adultos no Reino Unido tomem café da manhã regularmente, segundo a Associação de Nutricionistas do Reino Unido (BDA, na sigla em inglês), e cerca de três quartos dos americanos, segundo o American Journal of Clinical Nutrition.

“O corpo usa muitas reservas de energia para o crescimento e a restauração durante a noite”, explica a nutricionista Sarah Elder. “Tomar um café da manhã balanceado ajuda a restaurar a energia, assim como a proteína e o cálcio usados à noite.”

Mas há divergências sobre se o café da manhã deve manter seu destaque na hierarquia alimentar. Assim como a crescente popularidade das dietas do jejum, há preocupação quanto ao teor de açúcar dos cereais e do envolvimento da indústria de alimentos nas pesquisas sobre café da manhã – e até a afirmação de um acadêmico de que o café da manhã é “perigoso”.

Mito ou realidade?

O café da manhã é um começo necessário para o dia ou uma jogada de marketing de empresas de cereais?

Atualmente, o que mais se estuda nesse campo é a relação do café da manhã com a obesidade, e as teorias divergem. Um estudo americano que analisou dados de saúde de 50 mil pessoas ao longo de sete anos apontou para um menor índice de massa corporal (IMC) nos que tornaram o café da manhã sua principal refeição.

Segundo os pesquisadores, o café da manhã aumenta a saciedade, reduz a ingestão diária de calorias, melhora a qualidade da dieta – já que os alimentos matinais são mais ricos em fibras e nutrientes – e melhora a sensibilidade à insulina nas refeições subsequentes.

Mas, como em qualquer estudo do tipo, não ficou claro se essa foi a causa ou se os que pulavam o café da manhã já tinham mais chances de estar acima do peso.

Para descobrir isso, outro estudo acompanhou 52 mulheres obesas em um programa de perda de peso de 12 semanas. Todas ingeriram a mesma quantidade de calorias no dia, mas metade tomou café da manhã, enquanto a outra metade, não.

Eles notaram que não era o café da manhã em si que fazia com que os participantes perdessem peso: era a mudança da rotina. As mulheres que antes do estudo tomavam café da manhã perderam 8,9 kg quando pararam de tomá-lo, em comparação com 6,2 kg do outro grupo. Enquanto isso, aquelas que pulavam o café da manhã perderam 7,7 kg quando começaram a tomá-lo – e 6 kg, quando continuaram a ignorá-lo.

Se o café da manhã não é uma garantia de perda de peso, por que há uma ligação entre obesidade e pular o café da manhã?

“Há muitos estudos sobre a relação entre a ingestão de café da manhã e possíveis impactos na saúde, mas isso pode acontecer porque aqueles que tomam café da manhã optam por ter hábitos mais saudáveis, como não fumar e fazer exercícios regularmente”, diz Alexandra Johnstone, professora de pesquisa do apetite na Universidade de Aberdeen.

Uma revisão de 2016 de dez estudos examinando a relação entre café da manhã e controle de peso concluiu que há “evidências limitadas” apoiando ou refutando a influência do café da manhã no peso e que mais evidências são necessárias.

Comer ou não comer?

O jejum intermitente, que envolve jejuar da noite ao dia seguinte, está se popularizando entre aqueles que buscam perder ou manter seu peso ou ainda melhorar a saúde.

Um estudo pequeno mostrou que ignorar o café da manhã – e comer apenas entre 9h e 15h – é benéfico – Direito de imagem: GETTY IMAGES

Um estudo-piloto publicado em 2018, por exemplo, descobriu que o jejum intermitente controla o açúcar no sangue e a sensibilidade à insulina, além de reduzir a pressão arterial. Oito homens com pré-diabetes receberam um dos dois esquemas alimentares: ingerir todas as calorias entre 9h e 15h, ou ingerir o mesmo número de calorias ao longo de 12 horas.

Os resultados para o primeiro grupo foram semelhantes ao do efeito de medicamentos para reduzir a pressão arterial, de acordo com Courtney Peterson, autora do estudo e professora-assistente de ciências da nutrição da Universidade do Alabama, em Birmingham, nos EUA.

Ainda assim, o tamanho reduzido do estudo mostra que mais pesquisas são necessárias sobre os possíveis benefícios de longo prazo.

Se pular o café da manhã pode ser bom, isso significa que o café da manhã pode ser ruim? É o que afirma o acadêmico Terence Kealey, da Universidade de Buckingham, para quem o café da manhã é até “perigoso”. Segundo ele, tomar café da manhã faz com que o nosso nível de cortisol atinja um pico maior do que ocorre mais tarde. Isso leva o corpo a desenvolver resistência à insulina a longo prazo e pode provocar o diabetes tipo 2, ele argumenta.

Mas Fredrik Karpe, professor de medicina metabólica do Centro de Diabetes, Endocrinologia e Metabolismo de Oxford, discorda. Em vez disso, segundo ele, níveis mais altos de cortisol pela manhã são apenas parte do ritmo natural do corpo.

E não é só isso. O café da manhã é fundamental para estimular o metabolismo. “Para que outros tecidos respondam bem à ingestão de alimentos, você precisa de um gatilho inicial envolvendo carboidratos que respondem à insulina. O café da manhã é fundamental para que isso aconteça”, afirma Karpe.

Um ‘gatilho’ inicial com carboidratos é fundamental para impulsionar o metabolismo – Direito de imagem:: GETTY IMAGES

Um estudo publicado em 2017 envolvendo 18 pessoas saudáveis e 18 pessoas com diabetes descobriu que pular o café da manhã interrompeu os ritmos circadianos de ambos os grupos e provocou picos de glicose no sangue depois de comer. Tomar café da manhã, concluem os pesquisadores, é essencial para manter nosso relógio biológico funcionando.

Peterson diz que, entre os que pulam o café da manhã, há aqueles que jantam em um horário normal – obtendo os benefícios do jejum intermitente – ou aqueles que jantam tarde.

“Para aqueles que jantam mais tarde, o risco de obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares aumenta. Embora pareça que o café da manhã é a refeição mais importante do dia, na verdade pode ser o jantar “, afirma Peterson.

“Nosso controle de açúcar no sangue é melhor no início do dia. Quando jantamos tarde, ficamos mais vulneráveis porque o açúcar no sangue é pior. Há mais pesquisas a fazer, mas estou confiante de que não se deve pular o café da manhã e jantar tarde”, acrescenta.

Como o controle do açúcar no sangue é melhor pela manhã, o ideal é fazer uma grande refeição no início do dia – não tarde da noite – Direito de imagem: GETTY IMAGES

Ela explica que devemos pensar em nosso ritmo circadiano como uma orquestra.

Existem duas partes do nosso relógio circadiano. Metade no cérebro, análogo ao maestro de uma orquestra, e a outra metade nos órgãos, segundo a pesquisadora. E essa orquestra é definida por dois fatores externos: exposição à luz e o horário das refeições.

“Se você está comendo quando não há exposição à luz intensa, os relógios que controlam o metabolismo estão em fusos horários diferentes, criando sinais conflitantes quanto a aumentar ou diminuir a velocidade”.

Um café da manhã farto pode ajudar no controle de peso – Direito de imagem: GETTY IMAGES

Seria como duas metades de uma orquestra tocando músicas diferentes, explica Peterson, e é por isso que comer tarde prejudica os níveis de açúcar no sangue e a pressão arterial.

Pesquisadores das universidades de Surrey e de Aberdeen estão na metade de uma pesquisa que analisa os mecanismos por trás de como o horário em que comemos influencia o peso corporal. Descobertas iniciais sugerem que um café da manhã farto é benéfico para o controle de peso.

Comida saudável

Diferentes estudos do Circulation e do American Journal of Clinical Nutrition apontam que o café da manhã afeta mais do que apenas o peso. Pular a refeição tem sido associado a um aumento de 27% no risco de doenças cardíacas, um risco 21% maior de diabetes tipo 2 em homens e um risco 20% maior de diabetes tipo 2 em mulheres.

Uma razão pode ser o valor nutricional do café da manhã – em parte porque o cereal é enriquecido com vitaminas. Em um estudo sobre os hábitos de café da manhã de 1.600 jovens no Reino Unido, os pesquisadores descobriram que a ingestão de fibras e micronutrientes, incluindo vitamina C, ferro e cálcio, era melhor naqueles que tomavam café da manhã regularmente. Houve descobertas semelhantes na Austrália, no Brasil, no Canadá e nos EUA.

O café da manhã também está associado a um melhor funcionamento cerebral, incluindo na concentração e linguagem. Uma revisão de 54 estudos descobriu que tomar o café da manhã pode melhorar a memória, embora os efeitos sobre outras funções cerebrais tenham sido inconclusivos.

Uma das pesquisadoras do estudo, Mary Beth Spitznagel, diz que há indícios “razoáveis” de que o café da manhã melhora a concentração.

Tomar o café da manhã pode ajudar a melhorar a memória – Direito de imagem: GETTY IMAGES

“Se olharmos os estudos que focaram na concentração, metade aponta para benefícios, e a outra não encontrou nenhum”, afirma. “E nenhum estudo apontou que tomar café da manhã seja ruim para a concentração.”

O mais importante, alguns argumentam, é o que comemos no café da manhã.

Cafés da manhã com alto teor de proteína ajudam a reduzir os desejos por comida no final do dia – Direito de imagem: GETTY IMAGES

Os cafés da manhã ricos em proteínas são bastante eficazes na redução da ansiedade e do consumo de alimentos no final do dia, de acordo com uma pesquisa da Organização de Pesquisa Científica e Industrial da Comunidade Australiana.

Embora o cereal continue um favorito no café da manhã de vários países, um estudo recente da associação de consumidores Which? constatou que alguns cereais contém mais de três quartos da recomendação diária de açúcar em cada porção, e o açúcar foi o segundo ou terceiro ingrediente mais prevalente em sete de dez cereais em flocos.

Mas pesquisas sugerem que, se formos ingerir alimentos açucarados, é melhor fazer isso cedo. Cientistas da Universidade de Tel Aviv descobriram que a fome é mais bem regulada pela manhã. Eles recrutaram 200 adultos obesos para participar de uma dieta de 16 semanas, onde metade acrescentou sobremesa ao café da manhã e metade não. Aqueles que adicionaram a sobremesa perderam uma média de 18 kg a mais – no entanto, o estudo não conseguiu mostrar os efeitos de longo prazo.

Pesquisa sugere que, se vamos comer alimentos doces, o café da manhã é a melhor hora para fazer isso – Direito de imagem: GETTY IMAGES

Uma revisão de 54 estudos descobriu que ainda não há consenso sobre qual tipo de café da manhã é mais saudável e conclui que isso não importa tanto quanto simplesmente comer alguma coisa.

Conselho final

Embora não haja provas conclusivas sobre exatamente o que devemos comer e quando, o consenso é ouvir nosso próprio corpo e comer quando estamos com fome.

“O café da manhã é mais importante para as pessoas que estão com fome quando acordam”, diz Johnstone.

Por exemplo, pesquisas mostram que pessoas com pré-diabetes e diabetes podem achar que têm melhor concentração após um café da manhã com baixo índice glicêmico, como mingau, que é decomposto mais lentamente e provoca um aumento mais gradual nos níveis de açúcar no sangue.

Café da manhã com baixo índice glicêmico, como mingau (ou fufu ganense, feito de banana e mandioca) pode ser melhor para aqueles com diabetes – Direito de imagem: GETTY IMAGES

Cada corpo começa o dia de forma diferente – e essas diferenças individuais, particularmente na função da glicose, precisam ser pesquisadas mais de perto, diz Spitznagel.

Ao final, o segredo talvez seja não enfatizar demais uma única refeição, mas sim perceber como comemos o dia todo.

“Um café da manhã balanceado é realmente útil, mas fazer refeições regulares durante o dia é o mais importante para manter o açúcar no sangue estável, o que ajuda a controlar o peso e os níveis de fome”, diz Elder.

“O café da manhã não é a única refeição em que deveríamos estar prestando atenção”, completa.

Jessica Brown, BBC Future