21 de janeiro de 2019

Por que ser a favor do Pesque e Solte?




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Michelle Cavalcanti, apresentadora do PA, tira foto com um belo tucunaré, antes de devolvê-lo para água.

Por aqui, nós sempre falamos a importância do pesque e solte. Esta é a prática que o Pesca Alternativa cultiva há mais de 10 anos. Ainda hoje, muito pescadores praticam a prática predatória, que além de não contribuir para a propagação das espécies, gera muitos outros problemas em escala ainda maiores.
O pesque-e-solte é adotado fundamentalmente quando se quer garantir a diversão da pescaria, com vantagens econômicas e ecológicas, com a manutenção de um ambiente equilibrado. Como o próprio nome diz, é o ato de pescar o peixe, admira-lo, fotografa-lo e devolve-lo à água em perfeitas condições de sobrevivência.
Abaixo reunimos os 4 principais motivos para você pensar sobre a responsabilidade do ser-humano com a natureza! O PA apóia essa idéia!
1. Quando você pratica o pesque e solte, você está dando condições para que um mesmo peixe seja fisgado várias vezes num mesmo período e que este peixe mantenha a capacidade de se alimentar, crescer  e se reproduzir, o que não ocorreria caso ele fosse abatido, ou devolvido sem condições de sobrevivência ao rio.
2. Se você é guia ou empresário do ramo, incentive seus turistas a praticar o modelo. Não há hotel, nem emprego que sobreviva sem que o meio ambiente esteja em condições adequadas para o desenvolvimento de várias espécies. A natureza não é infinita!
3. A devolução do peixe a água tem o objetivo deixar o peixe crescer ainda mais, e desovar mais vezes, aumentando a população. Em água doce é maior a chance de sobrevivência do peixe solto do que na água salgada. Porém, são necessários inúmeros cuidados para que o peixe não seja muito ferido pelo anzol, ou mesmo na manipulação antes de sua soltura. Sem esses cuidados, normalmente o peixe morre.
4. Seja esportivo! Reveja seu conceito de esportividade em prol da preservação!
Da redação.

Pesca sustentável: Conheça e pratique o “Pesque e Solte”




Foto: alexbolt

A pesca esportiva é consequência da evolução do ser humano. Considerada a primeira atividade humana, antigamente a pesca era uma atividade de sobrevivência. Com o passar do tempo, o homem foi relacionando esta prática de procura por alimento, com o prazer de capturar o peixe, passando a realiza-la por necessidade e, também, diversão.

Na década de 80 surgiram os primeiros pesqueiros do país com o intuito de realizar o “pesque e pague”, cuja prática consiste em pescar o peixe e levar para consumo próprio, pagando pelo seu peso. Os pesqueiros são compostos por lagos e/ou tanques pequenos e até com grandes dimensões. Carpas, catfish, dourados, lambari, matrinxãs, pacus, piaus, pintados, pirararas, tambacús, tilápias são os peixes mais encontrados.

No “pesque e solte” é necessário pagar pela entrada no pesqueiro e não é permito levar o peixe para casa. O seu benefício vai além do lazer e diversão, é também uma garantia de preservação do meio ambiente e dos peixes que continuarão no habitat. A devolução do peixe para a água garante que as espécies se reproduzam, mantendo seu ciclo de vida, além do contato harmonioso entre o homem e a natureza.

Com o aumento da prática da pesca amadora, tornou-se necessário estabelecer diversas regras para que os peixes fisgados tivessem o devido tratamento. Para isso, o Centro de Pesquisa e Gestão de Recursos Pesqueiros Continentais (CEPTA) e o Centro Especializado do Ibama, com apoio do Programa Nacional de Desenvolvimento da Pesca Amadora (PNDPA), realizaram pesquisas sobre a pesca amadora, inclusive a modalidade “pesque e solte”, considerando como isso pode afetar a integridade física dos peixes e suas funções vitais.

No livro lançado pelo Ibama, “Pesque-e-Solte: Informações Gerais e Procedimentos Práticos”, é possível encontrar o resultado dessas pesquisas. Nele contém todas as técnicas para a prática adequada da pesca, desde os equipamentos utilizados até os cuidados com o manuseio do peixe, 
dentre outras informações.



PESQUE E SOLTE - APRENDA E PRATIQUE





Desde o início da humanidade, a pesca vem sendo praticada como uma atividade de subsistência do homem. O instinto de sobrevivência fez com que o ser humano buscasse na natureza alimentos saudáveis e fartos, e por meio da pesca também encontrou o que necessitava.

Métodos e técnicas foram desenvolvidos com o intuito de entender cada vez mais o comportamento dos peixes e facilitar sua captura. Com o passar dos anos, o ser humano foi modificando o seu modo de vida e a sua relação com o meio ambiente.

Com essas mudanças, a pesca assumiu valores diferentes e passou a representar, além de um meio de subsistência, uma importante alternativa de lazer. Daí a ser considerada um esporte e um segmento econômico foi só uma questão de tempo.

PESQUE E SOLTE

Como o próprio nome diz, é o ato de pescar o peixe, admirá-lo, fotografá-lo e devolvê-lo à água em perfeitas condições de sobrevivência. É fundamental entender que na pesca esportiva o maior atrativo do turista pescador é o peixe, de preferência em quantidade e de bom tamanho. A atitude de devolver o peixe com vida à água, independentemente de estar dentro ou não das medidas estabelecidas pela legislação, deve ser praticada por todas as pessoas que dependem da manutenção da pesca esportiva, como garantia de lazer ou emprego.

Um dos papéis mais importantes do guia de pesca, até como garantia de sobrevivência do seu emprego, é manter e conservar seu ambiente de trabalho, ou seja, o meio ambiente. Não há hotel pesqueiro nem emprego que sobrevive sem que o meio ambiente esteja em condições adequadas para o desenvolvimento das várias espécies de peixes. Dando o tempo necessário para que um peixe cresça e atinja tamanho para atrair o turista, a sua soltura é uma das bases fundamentais para que a pesca esportiva cresça e se estabeleça de forma sólida e duradoura.

Mesmo havendo muitos outros fatores que afetam e impactam os cardumes, como retirada da mata ciliar, garimpo, poluição, etc, já é um bom começo, se cada um der a sua cota da contribuição para o desenvolvimento do setor. Deve-se ter prazer ao devolver um peixe à água para que ele possa, novamente, ser pescado e dar ao turista uma grande alegria ao praticar esse esporte.

Na Argentina, nas regiões de pesca de truta, o processo de soltar o peixe já está bem incorporado por todos e os estudos locais mostram que um peixe chega a ser pego até nove vezes por temporada, gerando muito mais recursos ao setor do que se fosse morto quando pescado pela primeira vez. Algumas experiências no Brasil realizadas em regiões estabelecidas como reserva ecológica de pesca esportiva, onde o turista pode pescar e comer o que quiser no local, mas não pode levar nenhum exemplar, estão sendo muito bem sucedidas e estão atraindo cada vez mais pescadores preocupados com a manutenção do seu esporte preferido.

Mas, para que o sistema de pescar e soltar funcione e traga benefícios é importante fazer essa devolução de modo correto, de tal forma que o peixe possa sobreviver e continuar e se desenvolver.

REGRAS IMPORTANTES PARA GARANTIR A SOLTURA

EQUIPAMENTOS

Pescar com equipamentos condizentes ao peixe e ao ambiente. Uma linha muito fina para a situação pode fazer com que a briga demore demais, cansando o peixe além da sua capacidade de resistência.

ANZOL

A utilização de anzol sem farpa machuca menos o peixe, principalmente na hora da retirada do anzol. A sensação de que o peixe escapa com facilidade pela não utilização da farpa não corresponde à realidade. Mesmo no caso de peixes saltadores, basta o pescador evitar que a linha bambeie. Além disso, no caso de um acidente com o pescador, fica bem mais fácil e menos doloroso retirar o anzol do corpo. Em algumas pescarias (pesca oceânica) é comum cortar a linha para liberação do peixe. Nesta situação, é recomendado o uso de anzol feito com material de rápida corrosão, para que em poucos dias se solte da boca do peixe. Não se deve cortar a linha próximo ao anzol, pois um pequeno pedaço de linha é pouco flexível e poderá perfurar o estômago do peixe se ele vier a engolir o anzol; 50 cm são suficientes para manter a flexibilidade da linha.

PASSAGUÁ / ALICATE / BICHEIRO

O ideal é não usar nenhum equipamento para retirar o peixe da água. Se fosse possível, só manusear os peixes com as mãos e de preferência molhadas, esse seria o meio mais recomendável. Como existem situações em que o pescador precisa usar o recurso de um equipamento, é melhor saber sobre os métodos tradicionais, suas vantagens e desvantagens.

PASSAGUÁ: prático e eficiente, dá bastante segurança ao pescador. Por outro lado, o contato do peixe com a rede é prejudicial retirando boa parte de sua mucosa e até algumas escamas, diminuindo a resistência e facilitando infecções por virus e bactérias.

ALICATE DE CONTENÇÃO: como o alicate foi desenvolvido especificamente para este fim, é fácil de se usar e proporcionar um bom domínio sobre o peixe. Por só prender pela boca, não causa nenhum prejuízo às demais partes do animal. Na parte inferior da boca, pode arranhar o tecido bucal ou, em algumas espécies, pressionar parte da guelra.

BICHEIRO: bicheiros pequenos, desenvolvidos para tirar o peixe da água, são eficientes e deixam os peixes quase sem nenhuma marca, se forem utilizados corretamente. O bicheiro é sempre introduzido de dentro da boca para fora, devendo perfurar a fina pele existente por detrás da mandíbula. Se mal usado, pode machucar perfurando outras partes da boca do peixe.

TEMPO FORA D'ÁGUA

Quanto menor for o tempo de permanência do peixe fora da água, maior será a garantia de sua sobrevivência. Não há regra básica para cada espécie, pois depende de vários fatores, como tempo de briga e estado de cada peixe. O que se percebe claramente é que as espécies de escama possuem bem menos resistência que as espécies de couro. Peixes que vivem em águas mais rápidas e oxigenadas, normalmente possuem menor resistência fora da água que os de outros ambientes. No entanto, o tempo que se pode manter um peixe fora da água é suficiente para retirar o anzol, admirá-lo e fotografá-lo, antes da soltura.

QUEDA DO PEIXE

Esse é um dos fatores mais prejudiciais à saúde do peixe. Cair das mãos, batendo no barco ou nas pedras é bastante comprometedor, não sendo raro o peixe morrer com o baque.

GUELRA (BRÂNQUIAS)

Sob nenuma condição deve-se colocar a mão na guelra dos peixes. Por ser zona de grande irrigação sangüínea, é uma porta aberta para infecções.

MÃOS

De preferência, deve-se manusear o peixe com as mãos molhadas, evitando passá-las pelo corpo do peixe, para não tirar a sua mucosa, importante como defesas de infecções e necessária para a sua hidrodinâmica.

SOLTURA

É importante não jogar o peixe na água, deixando-o ao Deus dará. Cansado e desorientado se torna uma presa fácil para outras espécies predadoras. Colocar o peixe na água, apoiando-o com as mãos por baixo do corpo para que se recupere lentamente e só saia quando estiver em condições e por conta própria é o mais recomendado. Suas chances de defesa aumentam muito.

LOCAL

Deve-se procurar soltar o peixe na mesma região de sua captura, principalmente a espécies que são moradoras de uma região. Em águas rápidas, se for possível, deve-se soltá-lo em um remanso para não obrigá-lo a brigar com a correnteza ainda cansado.

POSIÇÃO

Fora da água, procure manter o peixe sempre na posição horizontal, pois há espécies que podem ter seus órgãos internos comprimidos se segurados pela boca ou pela cauda.

De qualquer forma, e mesmo que alguns exemplares não sobrevivam, vale a pena praticar a soltura, pois é uma questão matemática:

> 100 peixes pegos e embarcados = zero de sobrevivência

> 100 peixes pegos, 10 embarcados e 10 que não se recuperaram plenamente, ainda se tem = 80 se reproduzindo normalmente.

> Zero é sempre pior que 80

Devolver o peixe à água para se reproduzir é um ato inteligente que garante a reprodução da espécie e a continuidade da pesca esportiva.

Fonte: PNDPA (Programa Nacional Desenvolvimento da Pesca Amadora)

SERÁ QUE OS PEIXES SE MACHUCAM DURANTE O PESQUE E SOLTE?


Os adeptos da modalidade "pesque e solte", dentro da pesca esportiva, realizam o desejo de pescar sem acabar com a vida dos peixes que mordem a isca, e enquanto muita gente acha que a prática é inofensiva, uma vez que o peixe não é morto e volta logo para a água, ativistas dos direitos dos animais acusam o esporte de crueldade, afirmando que os peixes sentem dor.

Um novo estudo buscou descobrir se o pesque e solte compromete realmente a saúde desses animais e o resultado mostra que os anzóis causam machucados na boca dos peixes, prejudicando a alimentação desses animais.

O que acontece é que quando o anzol é retirado da boca do peixe, o buraquinho que essa ferramenta abriu não fecha instantaneamente, o que acaba interferindo na capacidade de o animal se alimentar de maneira normal, afetando o mecanismo de sucção que peixes como o salmão e a truta usam para comer.


A pesquisa


“O sistema de alimentação por sucção é bastante similar com o qual usamos para beber líquido com canudinho. Se você faz um buraco do lado do canudo, ele não vai funcionar devidamente”, explicou um dos autores do estudo, Tim Higham, em declaração publicada no Mother Nature Network.


A pesquisa de Higham estudou 20 peixes, 10 pescados por anzóis e 10 por rede. Os animais foram transportados para um laboratório onde foram monitorados e fotografados sempre que se alimentavam. As imagens revelaram que eles estavam todos com fome, mas que aqueles pescados por anzóis apresentavam dificuldades significativas para se alimentar.

“Como imaginávamos, os peixes com o machucados na boca apresentaram uma redução na velocidade com a qual conseguiam atrair presas para as suas bocas”, explicou o pesquisador, ressaltando que até os anzóis considerados menos invasivos também machucam os peixes.

Os pesquisadores não sabem até que ponto essa dificuldade de alimentação interfere na vida do peixe e na sua capacidade de sobreviver. O que ficou claro é que os peixes não conseguem comer direito enquanto suas feridas estão cicatrizando: “Este estudo enfatiza que a pesca esportiva não é tão simples como remover o anzol e ficar tudo bem, mas que é um processo complexo que deveria ser estudado mais detalhadamente”, disse Higham. 

Os peixes foram todos liberados com segurança após o experimento.


Pesque e solte – Cuidados com a saúde do peixe

TEMPO DE LEITURA: 3 MINUTOS


Os Pescadores devem ter todo cuidado para preservar os peixes, já que eles são essenciais para o equilíbrio da natureza e também indispensáveis para a pratica do Pesque e solte.

O objetivo do Pesque e solte é devolver o peixe ao seu habitat em condições de sobreviver

Caso contrario de nada adianta devolver o peixe, melhor consumir.

Seguindo algumas dicas básicas o Pescador adepto do Pesque e solte pode facilmente garantir que o peixe volte para água em perfeitas condições. Assim, o pescador ajuda a natureza e ainda garante a diversão (sua ou de outro pescador) em um próxima pescaria.

Pesque e solte – Cuidados

1. Retirar o peixe da água o mínimo possível. 
Esta é a primeira regra não por acaso, quanto mais tempo fora da água menores são as chances do sobrevivência do peixe.

2. Use tralha de pesca adequada. 
A tralha deve estar de acordo com a espécie e o tamanho de peixe que você pretende capturar. Deixe-a sempre a mão para agilizar a devolução do peixe.

3. Outro ponto importante a se considerar são os anzóis. 
Eles não devem conter farpa ou então estas farpas devem ser amassadas para não machucar muito o peixe e para facilitar a soltura.

4. Em grandes profundidades puxar o peixe devagar por causa da descompressão.

5. A briga com o peixe não deve se estender por muito tempo, para que ele não se canse muito.

6. Utilizar o alicate de contenção ou de bico para retirar o anzol. 
A utilização desta ferramenta facilita a retirada do anzol da boca do peixe. Isto agiliza o processo e reduz o tempo de sua devolução para a água. Sempre que possível, a retirada do anzol deve acontecer dentro da água. Evitar levantar o peixe usando o alicate.

7. Evite sempre tocar nas guelras (brânquias) dos peixes. Qualquer dano mais sério à guelra do peixe pode condenar o peixe a morte. As guelras fazem parte do sistema respiratório.

8. Mantenha o peixe sempre úmido. 
Molhe sempre as mãos antes de pegar o peixe. Mãos ou panos secos retiram o muco da superfície do peixe. Esta substancia forma uma barreira contra doenças.

9. Quando o anzol estiver muito profundo é recomendado que o pescador corte a linha e deixe o anzol dentro do peixe
Nunca tente retirar o anzol puxando pela linha ou enfiando a mão na garganta do peixe. Corte a linha e solte-o. Os pescadores adeptos do pesque e solte devem sempre usar anzóis degradáveis, eles se decompõem rapidamente.

10. Caso decida retirar o peixe da água, faça isso o mais rápido possível. 
O tempo fora da água não deve passar de um minuto.

11. Se for tirar fotos do peixe não use flash, pois a luz forte pode deixa-lo atordoado, e o tempo de recuperação na água fica mais demorado.

12. Na hora de devolver o peixe a natureza, não o jogue na água. Segure-o na posição horizontal pela nadadeira dorsal ou pela barriga. 
Coloque sempre a boca do peixe voltada contra a correnteza. Espere até que ele saia nadando suavemente.

13. Tente evitar segurar o peixe pelo rabo.

14. Evite os famosos movimentos de vaivém na hora de devolver o peixe. 
Este movimento atrapalha a captação de oxigênio, ocasionando sangramento nas guelras e dificuldade de respiração.

Mesmo após estes cuidados, dependendo do tipo de ferimento, o peixe não terá chance de sobreviver e nestes casos deve ser recolhido para ser consumido.

15. Não fazer fotos ou pequenos filmes com o peixe em  pé, devolvê-lo à água o mais rápido possível


O Pesque e solte vem ganhando cada vez mais adeptos. 

Um esporte emocionante que já evoluiu muito e ainda tem muito pra crescer.

Para tirar suas dúvidas ou escolher o tralha ideal para sua pesca converse com nossos atendentes pelo chat no TucunaréPesca.com.br

CONVITE aos SENHORES  EMPRESÁRIOS E PARCEIROS  --   Convidamos a todos interessados para assembleias de criação da Futura Federação Regional  Pesca Esportiva do MT, 


Convidamos a todos interessados para assembleias de criação da Futura Federação Regional  Pesca Esportiva do MT,  que se organiza em defesa da sustentabilidade do meio ambiente e dos negócios de turismo nos diferentes municípios do Estado de Mato Grosso.

O objetivo da Federação é de  obter o aumento da competitividade, o fortalecimento da cadeia produtiva do turismo de Pesca esportiva e a sustentabilidade das atividades turísticas, que possibilite e proporcionem não só a manutenção da atividade produtiva , mas a criação e a exploração de atividades inovadoras no mercado. 

Sua presença é fundamental.

Data: 22/01/2019 
Horário das 14 as 18 horas .
Local: Na sala da OAB End. 2ª Avenida Transversal, S/N – 
Centro Político Administrativo, Cuiabá - MT, 78049-914 .

Comissão organizadora
Gentileza confirmar presença Contato : 65 996759520 – E-mail: Ppantanalnorte@gmail.com

Pesca Esportiva – Praticar o pesque e solte traz mais benefícios segundo estudos



Para quem pratica a pesca esportiva, pescar e soltar já é uma ação praticamente automática, mesmo que o pescador leve algum peixe para casa, a maioria é devolvida para que possam se desenvolver e se reproduzir no futuro. 

Claro que os índices de sobrevivência variam de acordo com a espécie, mas, alguns estudos apontam que o ato de soltar o peixe após uma captura, traz um benefício de cerca de 92% pós-devolução.



Analisando alguns pontos, a pesca esportiva se mostra eficaz, matar um peixe para comer é compreensível e saudável, porém, matar tudo o que se pesca obviamente trará danos a continuidade e genética das espécies.

O ato de pescar e soltar já se define pelo fato de o pescador dar a chance de sobrevivência, em uma pescaria onde 100 peixes são capturados, se nenhum for devolvido, serão cem exemplares abatidos com certeza, se a cada 100 peixes fisgados, 10 são abatidos e outros 10 morrerem por consequências da pescaria, ainda teremos 80% dos peixes vivos e dando continuidade na reprodução das espécies. 

Sempre 20% de perda será melhor do que 100% de perda no antigo sistema onde se abate tudo o que se pesca.


Na Argentina o processo de soltar o peixe já está bem incorporado por todos e os estudos locais mostram que uma mesma truta chega a ser fisgada até nove vezes por temporada, gerando muito mais recursos ao setor do que se fosse morto quando pescado pela primeira vez. 

Isso mostra que quando manuseado da maneira correta, o peixe consegue sobreviver e se recuperar de eventuais lesões.

Para os empreendimentos que dependem da pesca esportiva, o retorno financeiro que um peixe vivo traz, chega a ser incalculável, adeptos da pesca esportiva gastam em média de R$ 600,00 a R$ 1.500,00 reais por um único dia de pesca, entre transporte, hospedagem e pescaria, além de gastos pessoais e com equipamentos, gerando renda e emprego, já o peixe que é capturado e abatido, esse não trará qualquer retorno já que o seu crescimento e possível reprodução genética reprodutiva firam interrompidos.

No Brasil, o estado de Goiás estabeleceu cota zero para transporte de pescado, onde o pescador pode pescar e comer o pescado no local, mas não pode levar nenhum exemplar para casa. 

No lago Serra da Mesa por exemplo, onde antes quase não se fisgava mais tucunaré acima de 2 kg, hoje já é possível ver um maior número de peixes acima desse peso, mostrando que o método adotado traz benefícios.


Já no Mato Grosso, empresários do setor chegaram a pedir a proibição da pesca do dourado por 5 anos para que os estoques da espécie possam se recuperar e voltar a reproduzir grandes exemplares. 

Em 2012, baseado na lei nº 9.893, ficou proibido o abate do dourado na Bacia do Paraguai (Pantanal) e da Piraiba/Filhote na Bacia Amazônica, Araguaia e Tocantis. 

As espécies estão à beira da extinção nesses locais.

Na Amazônia, um estudo realizado pelo INPA (Instituto Nacional de Pesquisas Amazônicas) em 2011, mostrou que apenas 4,12% morreram após a soltura. 

Foram capturados 112 peixes com uso de iscas artificiais, cada exemplar foi mensurado e acondicionado em um tanque-rede por 72 horas. Foram analisados tucunarés-amarelos, açus, borboletas e botões.


Dentre as espécies de tucunarés analisados, a que apresentou o maior índice de mortalidade foi o açu, com 7,14% de animais mortos. 

O tucuna-amarelo se mostrou o mais resistente, com apenas 2,38% de mortos.

Ainda, segundo a pesquisa, as regiões anatômicas mais susceptíveis dos peixes foram a região ocular e as guelras: 60% das mortalidades estavam associadas a fixações do anzol na região ocular e 40%, nas guelras.

O estudo conclui que “os dados, apontaram que os tucunarés apresentam uma taxa de mortalidade no sistema pesque-e-solte relativamente baixa, sendo possivelmente administrada com uma adequada gestão pesqueira”.

Mas, para que o sistema de pescar e soltar funcione e traga benefícios é importante entender e realizar essa devolução de modo correto, de tal forma que o peixe possa se recuperar e continuar e se desenvolver.

Alguns dados interessantes:

Principais fatores de mortalidade: 
Os principais fatores de mortalidade dos peixes capturados e devolvidos à água são o stress, os ferimentos em órgãos fundamentais e o tempo de manuseio do peixe fora da água.

Iscas artificiais X Iscas naturais: 
Ao contrário do que muitas pessoas acreditam, as iscas artificiais causam menos danos ao peixe. Estudos mostram que a menor taxa de sobrevivência foi observada com o uso de anzol simples e iscas naturais, quando este se prendia à língua (75%), aos arcos branquiais (73%) e ao esôfago (94%). As iscas artificiais, por serem maiores, são mais difíceis de o peixe embuchar e os ferimentos causados se concentram, na maioria das vezes, na membrana da boca, o que causa lesões superficiais e de rápida cicatrização.

O uso da farpa: 
Esse é um assunto muito polêmico entre os pescadores esportivos. Com o início da pesca esportiva foi difundida a ideia do uso de anzóis e garatéias sem farpas. A primeira polêmica é se o uso do anzol sem farpa diminui a produtividade da pesca. Sem entrar no mérito da questão, os estudos com grupos de peixes indicam que não há diferença significativa nos índices de mortalidade com e sem farpa.

Obviamente, o anzol sem farpa traz alguns benefícios, como a redução no tempo para liberação do peixe e, no caso de um acidente com o pescador, fica muito mais fácil retirar um anzol ou uma garatéia sem farpa.

Para saber mais sobre a prática do pesque e solte, acesse a publicação fixa do site:
www.pescamadora.com.br/pesque-e-solte

FONTE: Wellerson Santana Pesca Esportiva

MORTALIDADE DE TUCUNARÉ X PESCA ESPORTIVA - DADOS ESTATÍSTICOS IMPORTANTES

trabalho relativamente recente, publicado no periódico científico ACTA AMAZONICA, pesquisadores estudaram a taxa de mortalidade de tucunarés associada à pesca esportiva (pesque e solte) no Rio Negro, Amazonas.
A seguir, apresento um resumo do trabalho:

A pesca esportiva de tucunarés Cichla spp., na Amazônia brasileira, aumentou em popularidade nos últimos anos e tem atraído pescadores esportivos que geram benefícios econômicos para essa região. 

Entretanto, a sustentabilidade dessa pescaria depende em parte da sobrevivência dos peixes capturados, por meio da prática do pesque e solte. 

O objetivo deste trabalho foi avaliar a mortalidade de Cichla spp., incluindo o tucunaré-paca/açú (C. temensis Humboldt), o borboleta (C. orinocensis Humboldt) e o popoca (C. monoculus Agassiz) em dois locais na bacia do rio Negro, o maior tributário do rio Amazonas. 

Os peixes foram capturados por variados tipos de iscas artificiais e posteriormente monitorados em viveiros construídos no próprio rio, por 72 horas. Um total de 162 tucunarés foi capturado e as mortalidades (em %) foram calculadas. 

A mortalidade foi de 3,5% para o paca; 2,3% para o borboleta; e 5,2% para o popoca. 

O comprimento padrão dos peixes capturados variou de 26cm a 79cm, mas apenas peixes menores de 42cm morreram. 

A pesquisa sugere que a pesca esportiva não causa substancial mortalidade na população de Cichla spp. 

Na bacia do rio Negro.

Apresento também algumas informações adicionais que retirei do trabalho:

Foram utilizadas na pesca iscas de superfície, meia-água e jigs.

Dos 56 pacas/açús capturados, 2 morreram, tendo sido ambos fisgados por jigs.

Dos 87 borboletas capturados, 2 morreram, tendo sido um fisgado com isca de meia-água e o outro com jig.

Dos 19 popocas capturados, 1 morreu, tendo sido fisgado com isca de meia-água.

Todas as mortes ocorreram por ferimentos na garganta ou na guelra.

As mortes ocorreram entre 5 e 15 minutos após a captura em quatro peixes. 

O quinto sobreviveu ainda por duas horas.

Quem quiser ter acesso ao trabalho completo, o link é: www.scielo.br/pdf/aa/v44n4/13.pdf


PARTICIPE DA OFICINA VIDA E RIO & RIO DA VIDA

Inscrições de 18 a 27 de janeiro de 2019

OBJETIVO

Exercitar técnicas para realização de estudos/pesquisas socioambientais associados a gestão de bacias hidrográficas no contexto da educação formal e não formal.

INFORMAÇÕES:

Trazer: canecas,repelente, prato e talheres vestimentas para campo: calça, chapéu, calçado fechado, garrafa água e caderno de campo.

Refeições: Almoço(Gratuito)

Certificação: Minimo de 75% de frequência e participação das atividades solicitadas

Vagas: 30 

Carga Horaria: 30 horas

Período: 29/01/2019 Terça-feira (das 7:30 as 12:30 e das 13:30 as 17:30)

30/01/2019 Quarta-feira (das 7:30 as 12:30 e das 13:30 as 17:30)

31/01/2019 Quinta-feira (das 7:30 as 12:30 e das 13:30 as 17:30)

Local: Museu de História Natural de Mato Grosso Casa Dom Aquino

AV: Beira Nº 2000 (Próximo a Unic)

Programas de incentivo a agricultura familiar transformam vidas de agricultores no Nortão


By Mayla Miranda    

Fala mansa, jeito simples e humilde, é assim que podemos definir o agricultor Dorival Antônio, que faz parte de um dos programas de incentivo a agricultura familiar, que vem auxiliando os pequenos produtores rurais do município de Cláudia (575 Km de Cuiabá).

Seu Dorival – como é conhecido – é um dos pequenos produtores do assentamento Keno, que participa do programa desenvolvido pela parceria entre a Prefeitura Municipal de Cláudia e a Empresa Mato-Grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer). Ao todo o grupo atende em torno de 40 famílias na assistência técnica rural e a última ação realizada, foi a entrega de mais de 7 mil mudas de maracujá.

“Isso é muito bem-vindo aqui para o assentamento, para os moradores, nos ajudou ter uma fonte extra de renda. Se a pessoa trabalhar certinho com esses programas ela têm o retorno. Sem esse apoio nós temos a terra, mas não sabemos como tirar o melhor proveito dela”, relatou.

O projeto de incentivo é oferecido de forma gratuita, incluindo assistência técnica e treinamentos semanais para os agricultores.

O também pequeno agricultor familiar Rogério Silva, contou que a ação vem fazendo toda a diferença na comunidade e destacou a melhora notável na qualidade de vida.

“Isso é muito importante, foi um grande incentivo e transformou a vida de toda minha família, é uma renda a mais, eu já vou iniciar a comercialização da produção de maracujá  para uma grande empresa de Sinop, a qualidade de vida aumentou muito”, relatou Rogério.

De acordo com João Paulo, responsável pela Empaer, o trabalho da assistência é realizar um acompanhamento aos agricultores, ajudando eles a tirar mais proveito do plantio.

“Com as mudas de maracujá os produtores estão trabalhando a diversificação de produção e, consequentemente, realizando um aumento notável na renda. Esta modalidade de plantio tem suas peculiaridades então o apoio é extremamente importante para que eles obtenham lucro”, destacou.

Já o secretário-adjunto de agricultura do município, Geordano Mattei, lembrou que o incentivo à produção se deve ao programa de aumento de renda das famílias residentes no município.

“O projeto na verdade quer movimentar o comércio local e dar condições para que esses produtores tenham como comercializar a produção em grandes empresas. Com essa movimentação o município ganha mais arrecadação e com a população economicamente fortalecida também atraímos empresa”, ponderou.

O secretário lembra ainda que o município tem o projeto da despolpadeira de frutas para a manufatura da produção.

“Com esse projeto temos como agregar valor à nossa produção. A industrialização da produção é essencial para isso”, ressaltou.

E seu Dorival? Esse sim está com sorriso de orelha a orelha, confiante de que a nova produção vai dar ainda mais frutos e aumento de renda.

“Finalmente estamos deixando de ser uma parcela esquecida. Antes tínhamos uma crença de que tudo era feito só para os grandes mesmo. Agora temos a esperança que o nosso trabalho vai ser valorizado como se deve”, finalizou.