20 de outubro de 2017

Mato Grosso tem Projeto de Lei de Turismo Rural na Agricultura FamiliarMato Grosso tem Projeto de Lei de Turismo Rural na Agricultura Familiar



O Projeto de Lei nº 10.612 / 17 -  Define as Atividades Turísticas que especifica como .atividades de Turismo Rural na Agricultura Familiar.
O turismo é uma atividade econômica que envolve deslocamento para determinado destino, pernoite, uso de equipamentos turísticos, visita a atrativos turísticos, consumo naquele destino e a consequente movimenta toda uma cadeia produtiva.

O Projeto de Lei do Deputado Estadual Eduardo Botelho de  nº 10.612 / 17,  define as Atividades Turísticas que especifica como atividades de Turismo Rural na Agricultura Familiar; estará contribuindo para um melhor direcionamento e apresentando normas para este segmento, isto  irá com certeza proporcionar novas frentes e formas de trabalho, rendas e negócios, pois está no âmbito da diversificação das atividades nas unidades produtivas dos agricultores familiar.

O projeto entende que o conjunto de atividades desenvolvidas constituem o segmento, proporciona ao turista a interação com o meio, com destaque para oferta de diversas atividades, como as caminhadas na natureza, as variadas formas de lazer, as demonstrações tecnológicas, comercialização de artesanato e de produtos agropecuários, além de serviços turísticos de hospedagem e alimentação, diferenciados, disponíveis isoladamente ou em conjunto.
  
Este projeto de lei ira contribuir para que os roteiros de Turismo Rural na Agricultura Familiar, no Estado de Mato Grosso sejam formatados com normatização tendo como base a presença da família na unidade produtiva a produção agrícola, pecuária, criação de pequenos animais, agroindústria, artesanato e manifestações culturais.

Outro fator importante é que  toda  produção associada ao turismo(agroindústria, artesanato, manifestações culturais) tem sido uma forma de expressar as atividades dos pequenos agricultores, sendo assim  a disposição e a motivação do agricultor aliado ao comportamento do mercado que é quem irá determinar o tipo de turismo desenvolvido.

Geraldo Donizeti  Lúcio
Economista
Especialista em Turismo Rural


Lei de Turismo Rural na Agricultura Familiar é sancionada em Mato Grosdo

TURISMO RURAL

Sancionada a lei que define turismo rural em Mato Grosso

Notícias Sancionada a lei que define turismo rural em Mato Grosso

Fonte: Redação

Foto: Reprodução

Agora Mato Grosso passa a ter  a Lei 10.612/17 que define as atividades turísticas como "Turismo Rural na Agricultura Familiar - TRAF". De autoria do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Eduardo Botelho (PSB), a iniciativa vai fomentar o trabalho dos pequenos produtores, sendo um incentivo a mais para a economia.

A nova lei engloba as atividades turísticas realizadas nas pequenas propriedades voltadas às ações típicas da agricultura familiar que valorizem, respeitem e compartilhem o modo de vida, o patrimônio cultural e natural, ofertando produtos e serviços de qualidade e bem estar aos visitantes.

Para isso, as propriedades terão se adaptar para facilitar a comercialização e demonstração dos produtos alimentícios ou artesanatos. As técnicas usadas à produção rural também serão atrativos a mais aos visitantes, bem como incentivos à Educação Ambiental, através de atividades educativas sobre meio ambiente ou atividades agrícolas; serviços de entretenimento, práticas esportivas, passeios, restaurantes e lanchonetes, que ofereçam alimentação típica ou de preparo especial. Inclui, ainda, hospedagem nos estabelecimentos que estejam envolvidos com a produção rural, dentre outros.

As ações inseridas nessa lei visam a realização do turismo ambientalmente correto e justo; incentivos à diversificação da produção, propiciando a comercialização direta; resgate do artesanato regional, da cultura familiar do campo e eventos típicos do meio rural. Também proporcionam a convivência entre os visitantes e a família rural, estimulando atividades produtivas com enfoque no sistema agroecológico.

O presidente alerta que o espaço rural já não pode ser mais concebido apenas ao plantio e à criação de animais. “A diversificação  das atividades é uma sábia maneira de melhorar as relações sociais entre o campo e a cidade fomentando a geração de emprego e renda”, afirma Botelho.

Lei de Turismo Rural na Agricultura Familiar em Mato Grosso

Mato Grosso tem Projeto de Lei de Turismo Rural na Agricultura Familiar

O Projeto de Lei nº 10.612 / 17 -  Define as Atividades Turísticas que especifica como .atividades de Turismo Rural na Agricultura Familiar.

O turismo é uma atividade econômica que envolve deslocamento para determinado destino, pernoite, uso de equipamentos turísticos, visita a atrativos turísticos, consumo naquele destino e a consequente movimenta toda uma cadeia produtiva.

O Projeto de Lei do Deputado Estadual Eduardo Botelho de  nº 10.612 / 17,  define as Atividades Turísticas que especifica como atividades de Turismo Rural na Agricultura Familiar; estará contribuindo para um melhor direcionamento e apresentando normas para este segmento, isto  irá com certeza proporcionar novas frentes e formas de trabalho, rendas e negócios, pois está no âmbito da diversificação das atividades nas unidades produtivas dos agricultores familiar.

O projeto entende que o conjunto de atividades desenvolvidas constituem o segmento, proporciona ao turista a interação com o meio, com destaque para oferta de diversas atividades, como as caminhadas na natureza, as variadas formas de lazer, as demonstrações tecnológicas, comercialização de artesanato e de produtos agropecuários, além de serviços turísticos de hospedagem e alimentação, diferenciados, disponíveis isoladamente ou em conjunto.
  
Este projeto de lei ira contribuir para que os roteiros de Turismo Rural na Agricultura Familiar, no Estado de Mato Grosso sejam formatados com normatização tendo como base a presença da família na unidade produtiva a produção agrícola, pecuária, criação de pequenos animais, agroindústria, artesanato e manifestações culturais.

Outro fator importante é que  toda  produção associada ao turismo(agroindústria, artesanato, manifestações culturais) tem sido uma forma de expressar as atividades dos pequenos agricultores, sendo assim  a disposição e a motivação do agricultor aliado ao comportamento do mercado que é quem irá determinar o tipo de turismo desenvolvido.

Geraldo Donizeti  Lúcio
Economista
Especialista em Turismo Rural

Mato Grosso agora tem Lei de Turismo Rural na Agricultura Familiar

Mato Grosso tem Projeto de Lei de Turismo Rural na Agricultura Familiar

O Projeto de Lei nº 10.612 / 17 -  Define as Atividades Turísticas que especifica como .atividades de Turismo Rural na Agricultura Familiar.

O turismo é uma atividade econômica que envolve deslocamento para determinado destino, pernoite, uso de equipamentos turísticos, visita a atrativos turísticos, consumo naquele destino e a consequente movimenta toda uma cadeia produtiva.

O Projeto de Lei do Deputado Estadual Eduardo Botelho de  nº 10.612 / 17,  define as Atividades Turísticas que especifica como atividades de Turismo Rural na Agricultura Familiar; estará contribuindo para um melhor direcionamento e apresentando normas para este segmento, isto  irá com certeza proporcionar novas frentes e formas de trabalho, rendas e negócios, pois está no âmbito da diversificação das atividades nas unidades produtivas dos agricultores familiar.

O projeto entende que o conjunto de atividades desenvolvidas constituem o segmento, proporciona ao turista a interação com o meio, com destaque para oferta de diversas atividades, como as caminhadas na natureza, as variadas formas de lazer, as demonstrações tecnológicas, comercialização de artesanato e de produtos agropecuários, além de serviços turísticos de hospedagem e alimentação, diferenciados, disponíveis isoladamente ou em conjunto.
  
Este projeto de lei ira contribuir para que os roteiros de Turismo Rural na Agricultura Familiar, no Estado de Mato Grosso sejam formatados com normatização tendo como base a presença da família na unidade produtiva a produção agrícola, pecuária, criação de pequenos animais, agroindústria, artesanato e manifestações culturais.

Outro fator importante é que  toda  produção associada ao turismo(agroindústria, artesanato, manifestações culturais) tem sido uma forma de expressar as atividades dos pequenos agricultores, sendo assim  a disposição e a motivação do agricultor aliado ao comportamento do mercado que é quem irá determinar o tipo de turismo desenvolvido.

Geraldo Donizeti  Lúcio
Economista
Especialista em Turismo Rural

Mato Grosso terá R$200 mi para o Turismo


MT terá R$ 200 mi para desenvolver turismo

Da Redação

 

A Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR) aprovou emenda apresentada pelo senador José Medeiros (Pode-MT) que destina 200 milhões de reais para apoio a projetos de infraestrutura turística de Mato Grosso. Medeiros destacou a vocação e a “enorme capacidade” para o desenvolvimento turístico que o estado possui.

“As belezas naturais e os três biomas – Amazônia, Cerrado e Pantanal – constituem em importante alternativa econômica, onde podem ser gerados emprego e renda e, sobretudo, contribuir para o enfrentamento das desigualdades sociais. Portanto, os investimentos em infraestrutura que ora estamos apresentando podem alavancar a economia do estado”, destacou.

Já a Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) aprovou emenda que destina 50 milhões de reais para a compra de veículos para o transporte escolar de crianças da educação básica em cidades mato-grossenses. “Como um parlamentar que atua nas questões da primeira infância no Congresso Nacional, minha prioridade sempre será a educação, sobretudo, a educação básica e, nesse sentido, temos que garantir que todas as crianças tenham acesso à escola”, afirmou.

Ajuda Humanitária – Outras três emendas de José Medeiros foram aprovadas pela Comissão de Relações Exteriores (CRE). Medeiros destinou 650 milhões de reais para a compra de um avião cargueiro para ser usado em situações de calamidade pública e ajuda humanitária em todo o território nacional. Outros 300 milhões de reais, o senador destinou para dotar o Programa Nacional de Submarinos (OSUB), da Marinha do Brasil. Por fim, ele assina emenda de comissão, no valor de 30 milhões de reais, destinada ao Programa Forças no Esporte (PROFESP).

Hidroelétricas no Pantanal um grande perigo.

Hidrelétricas

O Pantanal também enfrenta problemas com novas obras de infraestrutura. O pesquisador e procurador aposentado Carlos Teodoro Irigaray - que há mais de 35 anos estuda o Pantanal - cita que entre as maiores ameaças estão as instalações de hidrelétricas nos rios que formam o bioma.

"As construções delas são muito perigosas. Estamos colocando barragens em quase todos os rios que correm no Pantanal. Já existem 30 unidades de geração de energia licenciadas na região, entre elas hidrelétricas. Há ainda outras 70 unidades sendo licenciadas sem que haja uma avaliação integrada dos impactos que esses empreendimentos vão causar para a qualidade da água e para o ciclo da reprodução dos peixes", frisa.

Os responsáveis por autorizar as construções das hidrelétricas são os órgãos de controle - como a Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) -, que analisam os pedidos que podem trazer possíveis impactos ambientais. "Há uma situação, por exemplo, em que a Sema de Mato Grosso do Sul liberou a criação de um polo siderúrgico em Corumbá, no Pantanal", diz Irigaray.

O estudioso critica o fato de o projeto de lei sobre o Pantanal não especificar condições para as construções feitas nas proximidades das nascentes do bioma. "Se não houver restrições, daqui a pouco está cheio de usinas de álcool ou de soja no coração do Pantanal. O bioma foi conservado com um padrão de uso, mas isso está mudando", declara.

*Colaborou Thiago Guimarães, de São Paulo para a BBC Bra

O Pantanal ameaçado pelas Usinas


Projeto ameaça Pantanal com avanço de agrotóxicos e usinas

VINÍCIUS LEMOS 
DE CUIABÁ PARA A BBC BRASIL

Instituto SOS Pantanal/ Divulga��o

 

Enquanto a Amazônia voltou às manchetes neste ano com idas e vindas do Governo Michel Temer (PMDB) na extinção da Reserva Nacional do Cobre e Associados (Renca), o Pantanal, patrimônio ambiental brasileiro, reconhecido pela ONU como Patrimônio Natural da Humanidade e Reserva da Biosfera, passa por um momento chave para seu futuro.

Avança no Congresso o Projeto de Lei 750, também conhecido como "Lei do Pantanal", que tramita desde 2011. Trata-se de uma norma para apoiar a preservação do bioma e que deveria ter sido criada desde 1988, mas que nunca saiu do papel.

O Pantanal é uma planície inundável localizada na Bacia Hidrográfica do Alto Paraguai (BAP) e possui território em Mato Grosso do Sul e Mato Grosso - além de Paraguai e Bolívia. As águas das partes altas da região descem para a planície, formando assim a maior área úmida continental do planeta.

Para acadêmicos e ambientalistas, o texto em discussão, caso aprovado como está hoje, ao invés de aumentar a preservação pode agravar a destruição da região, por flexibilizar as regras para o avanço do desmatamento e não criará método de controle eficaz. Dessa forma, aquela que seria a última grande chance de criar uma norma efetiva para proteger a área pode se tornar mais um fator de degradação.

O projeto determina que os Estados e os municípios definam parâmetros sobre os itens que constam no texto mediante um mecanismo que não existe em nenhum dos Estados que formam o Pantanal, o Zoneamento Ecológico Econômico (ZEE). No caso de não haver ZEE, a liberação para transformação da área fica condicionada a "estudos" que comprovem que a atividade é viável.

A medida preocupa especialistas, que temem que a falta de determinação expressa na legislação traga fragilidade à proteção do lugar e favoreça a degradação do bioma. Pesquisadores defendem regras mais específicas na Lei do Pantanal.

Quem está à frente do debate no Congresso nega que o projeto de lei possa piorar a situação do Pantanal. O senador Cidinho Santos (PR-MT), suplente do proponente do projeto (o atual ministro da Agricultura, Blairo Maggi), afirma que a medida pretende garantir a preservação do bioma.

Maggi apresentou o PL 750 há seis anos. O texto do projeto foi alterado por Cidinho Santos, que conduziu o procedimento na Comissão de Constituição e Justiça do Senado (CCJ), onde foi aprovado no fim de maio. As mudanças feitas por Santos tocaram nos principais pontos de debate: a proteção do bioma e a gestão das atividades econômicas.

Cidinho Santos também retirou trechos como a proibição ao uso de agrotóxicos e ao plantio de transgênicos. Havia a proposta de moratória da pesca por cinco anos e a remoção de diques e barragens na região, trechos também excluídos.

Desmatamento crescente

O desmatamento na região possui índices alarmantes e crescentes. Segundo o Ministério Público do Mato Grosso do Sul - Estado que abriga 70% do Pantanal -, somente na área do Pantanal sul-mato-grossense foram desmatados 70.648 hectares, possivelmente de modo ilegal, em 33 municípios. O número foi levantado entre 2013 e 2015 e é equivalente a 100 mil campos de futebol como o do Maracanã.

De acordo com o Atlas do Monitoramento da BAP, produzido com dados de 2014 a 2016, do Instituto SOS Pantanal, três municípios que abrangem o Pantanal chegaram a desmatar uma área de 63.166 hectares. A área é equivalente ao tamanho de Salvador e ao dobro da área de Belo Horizonte.

Os mais de 60 mil hectares danificados correspondem somente aos números dos três municípios campeões de desmatamento no Pantanal. Em Corumbá (MS) foram desmatados 35.137 hectares; em Cáceres (MT) foram 15.447 e em Santo Antônio do Leverger (MT) o número foi correspondente a 12.582 hectares.

A soja é a cultura que mais tem avançado na região. Não há dados oficiais, pois o SOS Pantanal ainda realiza levantamento sobre o tema. O estudo somente será concluído no próximo ano.

"Antes, a soja era plantada na parte mais alta, mas hoje também está muito mais próxima ao nível da planície ou dentro das áreas de transição e em alguns casos já dentro da área do Pantanal. É pouca ainda, mas está ali. Nesse caso, a perda é muito mais grave que em outros ambientes, porque é uma área menos resistente", explica Felipe Augusto Dias, diretor-executivo da SOS Pantanal.

O promotor de Justiça do MP de Mato Grosso do Sul Luciano Furtado Loubet explica que, após a identificação das áreas possivelmente desmatadas de modo ilegal, a autoria da prática criminosa passa a ser investigada. "Fazemos um levantamento e cruzamos as licenças ambientais com o desmatamento, para ver o que é ilegal. Depois, remetemos o caso aos promotores de Justiça e à Polícia Ambiental."

Em razão da dependência do Pantanal dos rios em seu entorno, estudiosos temem que a agricultura e o desmatamento avancem ainda mais nas nascentes da região, cheguem até a planície e tragam danos irreversíveis ao bioma.

Pantaneiros

O médico sanitarista aposentado Oswaldo Cid Cunha, de 74 anos, passou grande parte de sua vida no Pantanal. Para ele, a situação do bioma nunca esteve tão ruim. Herdeiro de uma fazenda que atualmente tem 6,8 mil hectares, ele mantém a tradição de mais de 100 anos da família, que sempre investiu na criação de gado extensiva e em plantações na região.

Cunha faz parte do grupo de pantaneiros tradicionais, identificados principalmente pelo cuidado que suas produções têm com a preservação do meio ambiente. Nos anos recentes, ele viu a chegada de novos fazendeiros ao bioma provocar muita transformação na paisagem. "A região tem passado por uma degradação imensa na última década. As plantações estão avançando, muitas áreas estão sendo desmatadas e rios correm risco de secar", lamenta.

A pesquisadora do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Áreas Úmidas (Inau) Cátia Nunes pontua que muitos dos fazendeiros recém-chegados desconhecem as particularidades da região.

"Os fazendeiros tradicionais realizam pecuária extensiva e respeitam a diversidade dos macrohabitats (áreas extensas sujeitas às mesmas condições hidrológicas e cobertas por vegetação característica)", diz. Em relação ao meio ambiente, a pesquisadora explica que a ação dos antigos está ligada ao que se chama limpeza do campo, que na verdade é um controle de espécies vegetais que invadem essas áreas.

Já os novos fazendeiros, segundo Cátia Nunes, buscam explorar as áreas por inteiro. "Ele quer maximizar a produção da carne bovina, aumentar o pasto a qualquer custo, inclusive por meio da destruição. Se ele tem 10 mil hectares, quer utilizar tudo para pasto, não importa a diversidade da paisagem ou os serviços ambientais que são prestados. É uma inversão de valores", conta.

Outro fator relacionado aos novos pantaneiros é a divisão das propriedades rurais. Muitas áreas são ramificadas, pois são distribuídas entre os herdeiros, após a morte dos parentes proprietários. "O problema é que isso gera mais desmatamento, porque cada fazenda precisa de uma sede e de outras particularidades. Por isso, áreas antes preservadas acabam sendo utilizadas", explica o fazendeiro Cunha.

Governos e o Pantanal

A reportagem procurou os governadores de Mato Grosso do Sul e de Mato Grosso para falarem sobre o Pantanal. O governador de MS, Reinaldo Azambuja (PSDB), declara que é necessário que os dois Estados que abrigam o Pantanal unifiquem a legislação ambiental. Ele não concorda com pontos do texto substitutivo apresentado por Cidinho Santos. Segundo o tucano, o PL não garante direitos aos pantaneiros.

"O substitutivo atende ao objetivo da preservação e conservação, não podemos permitir impactos ao ecossistema. Mas também é preciso assegurar à população pantaneira condições de explorar os recursos naturais. Uma atividade econômica importante é o ecoturismo, como alternativa de geração de emprego e renda, mas de forma sustentável."

Pesquisador Carlos Teodoro Irigaray diz que entre as maiores ameaças no Pantanal estão as instalações de hidrelétricas

O governador de Mato Grosso, Pedro Taques (PSDB), também foi questionado sobre a situação do bioma. Por meio de comunicado, informa que as Leis estaduais 8830/2008 e 9060/2008, que tratam sobre os limites da área da Planície Alagável do Pantanal, são cumpridas na íntegra.

Em outubro passado, os governadores assinaram, junto ao ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, um documento batizado de Carta Caiman, que propõe a transformação do Pantanal em um bioma único e estabelece um plano de trabalho para discutir e unificar ações entre os dois Estados. Um ano depois, eles devem se reencontrar neste sábado para debater os resultados da medida.

Hidrelétricas

O Pantanal também enfrenta problemas com novas obras de infraestrutura. O pesquisador e procurador aposentado Carlos Teodoro Irigaray - que há mais de 35 anos estuda o Pantanal - cita que entre as maiores ameaças estão as instalações de hidrelétricas nos rios que formam o bioma.

"As construções delas são muito perigosas. Estamos colocando barragens em quase todos os rios que correm no Pantanal. Já existem 30 unidades de geração de energia licenciadas na região, entre elas hidrelétricas. Há ainda outras 70 unidades sendo licenciadas sem que haja uma avaliação integrada dos impactos que esses empreendimentos vão causar para a qualidade da água e para o ciclo da reprodução dos peixes", frisa.

Os responsáveis por autorizar as construções das hidrelétricas são os órgãos de controle - como a Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) -, que analisam os pedidos que podem trazer possíveis impactos ambientais. "Há uma situação, por exemplo, em que a Sema de Mato Grosso do Sul liberou a criação de um polo siderúrgico em Corumbá, no Pantanal", diz Irigaray.

O estudioso critica o fato de o projeto de lei sobre o Pantanal não especificar condições para as construções feitas nas proximidades das nascentes do bioma. "Se não houver restrições, daqui a pouco está cheio de usinas de álcool ou de soja no coração do Pantanal. O bioma foi conservado com um padrão de uso, mas isso está mudando", declara.

*Colaborou Thiago Guimarães, de São Paulo para a BBC Brasil

19 de outubro de 2017

Turismo Rural em Mato Grosso recebe lei

  GOVERNO SANCIONA LEI QUE DEFINE TURISMO RURAL NA AGRICULTURA FAMILIAR

Produtos manufaturados na zona rural expostos no salão de entrada da ALMT

Lei 10.612 é de autoria do deputado Eduardo Botelho

Presidente Eduardo Botelho(Foto: Maurício Barbant/ALMT)

Mato Grosso instituiu, nesta segunda-feira (16), a Lei 10.612/17 que define as atividades turísticas como “Turismo Rural na Agricultura Familiar – TRAF”. De autoria do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Eduardo Botelho (PSB), a iniciativa vai fomentar o trabalho dos pequenos produtores, sendo um incentivo a mais para a economia.

A nova lei engloba as atividades turísticas realizadas nas pequenas propriedades voltadas às ações típicas da agricultura familiar que valorizem, respeitem e compartilhem o modo de vida, o patrimônio cultural e natural, ofertando produtos e serviços de qualidade e bem estar aos visitantes.

Para isso, as propriedades terão se adaptar para facilitar a comercialização e demonstração dos produtos alimentícios ou artesanatos. As técnicas usadas à produção rural também serão atrativos a mais aos visitantes, bem como incentivos à educação ambiental, através de atividades educativas sobre meio ambiente ou atividades agrícolas; serviços de entretenimento, práticas esportivas, passeios, restaurantes e lanchonetes, que ofereçam alimentação típica ou de preparo especial. Inclui, ainda, hospedagem nos estabelecimentos que estejam envolvidos com a produção rural, dentre outros.

As ações inseridas nessa lei visam a realização do turismo ambientalmente correto e justo; incentivos à diversificação da produção, propiciando a comercialização direta; resgate do artesanato regional, da cultura familiar do campo e eventos típicos do meio rural. Também proporcionam a convivência entre os visitantes e a família rural, estimulando atividades produtivas com enfoque no sistema agroecológico.

O presidente alerta que o espaço rural já não pode ser mais concebido apenas ao plantio e à criação de animais. “A diversificação  das atividades é uma sábia maneira de melhorar as relações sociais entre o campo e a cidade fomentando a geração de emprego e renda”, afirma Botelho.

Por  ITIMARA FIGUEIREDO / Assessoria da Presidência

18 de outubro de 2017

Mato Grosso terá pesquisa realizada pelo Ministerio de Turismo

9Mato Grosso é selecionado para pesquisa do Ministério do Turismo

O Ministério do Turismo (MTur) selecionou cinco municípios mato-grossenses para comporem a lista da Pesquisa de Demanda Doméstica que será realizada em 2018. Participarão da ação: Rondonópolis, Sorriso, Vila Rica, Tangará da Serra e Cuiabá. A pesquisa tem como objetivo formar um cadastro de potenciais domicílios respondentes, além de servir para traçar um perfil do viajante brasileiro e obter, assim, informações que auxiliem a formulação de políticas públicas de estímulo ao setor de viagens no país. O último levantamento de turismo doméstico foi realizado em 2011.

A intenção da pasta federal é cadastrar cerca de 30 mil domicílios englobando 137 cidades em todo o Brasil. Para tanto, o MTur solicita o auxílio dos estados e das prefeituras na divulgação da realização da pesquisa. O processo será dividido em duas etapas: cadastro de pessoas interessadas em participar e, posteriormente, a aplicação do questionário com as perguntas pré-definidas pelo órgão.

Neste sentido, a adjunta de Turismo da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec) iniciou uma mobilização junto às prefeituras participantes para que realizem seus cadastros e não fiquem de fora desta importante iniciativa que é pioneira no país para o monitoramento da atividade turística e permitirá obter resultados da movimentação e dos seus gastos de turistas entre as diferentes regiões.

“É extremamente importante que, além dos gestores públicos municipais, a população também saiba sobre a pesquisa, para que participem e estejam prontos para responder quando forem procurados pelos analistas, contribuindo não só com o sucesso da campanha, mas, para que Mato Grosso consiga se consolidar como estado com potencial turístico”, destaca o Coordenador de Pesquisa e Planejamento do Turismo da Seadtur, Diego Beserra.

Passo a passo

Para a criação de um Cadastro com 30 mil domicílios, o MTur contratou a Fundação Instituto de Pesquisa Econômica – FIPE. Com o intuito de otimizar a alocação de recursos, a pesquisa será realizada via telefone e com a metodologia por Painel, pioneira no Brasil para o monitoramento da atividade do turismo.

Serão contatados domicílios das 27 capitais e de outros 110 municípios brasileiros, que foram selecionados de forma a haver um representante por mesorregião, sorteado aleatoriamente e de acordo com a proporção de domicílios no município. A amostragem foi desenhada de maneira que a representatividade da pesquisa seja ampliada.

O Ministério do Turismo destaca que o sucesso da formação do Cadastro passa pela sensibilização da população desses municípios em participar da Pesquisa.

Para mais informações, as prefeituras podem entrar em contato com o Ministério do Turismo-Diretoria de Estudos Econômicos e Pesquisas pelo e-mail: depes@turismo.gov.br ou pelo telefone (61) 2023-8250.

 Fonte: http://www.folhamax.com.br/cidades/mato-grosso-e-selecionado-para-pesquisa-do-ministerio-do-turismo/142048.

13 de outubro de 2017

Gavião Real, Harpia, no município de Paranaita - MT

Em Paranaita Filhote de Gavião Real
Trata-se de uma das maiores e mais poderosas águias do mundo. Florestal, pode ser encontrada na região amazônica e em alguns pequenos trechos de Mata Atlântica da região sudeste, especialmente no sul da Bahia e norte do Espírito Santo. É uma poderosa predadora, caça desde macacos, preguiças até bugios e outras presas, por vezes com peso/tamanho da própria ave.

• Descrição: Mede de 90 a 105 cm de comprimento, sendo a maior águia das Américas e uma das maiores do mundo. Pesa de 4 a 5 kg (machos) e de 7,6 a 9 kg (fêmeas). Possuí asas largas e arredondadas que pode atingir até 2 m de envergadura (Sick, 1997; Ferguson-Lees & Christie, 2001). O adulto apresenta o dorso cinza-escuro quase negro, com peito e abdômen branco, pescoço com colar negro, e cabeça cinza com um penacho bipartido. Apresenta as partes inferiores das asas e calções brancos com estrias negras, e cauda escura com três barras cinzas. O jovem apresenta a plumagem clara, variando do branco ao cinza claro. Demora de 4 a 5 anos para atingir a plumagem adulta. Linnaeus cientista que a descreveu serviu-se do nome dos monstros alados da mitologia grega para designar a mais possante espécie de nosso país.


É um mamíferos arborícolas, como preguiças e primatas, e terrestres, como cachorros-do-mato, veados, quatis, tatus e outros (Sick, 1997; Barnet et al. 2011; Miranda 2015). Também captura aves, como seriemas, araras e mutuns, e répteis (Mikich & Bérnils, 2004; Sick, 1997). Graças aos tarsos e garras bem desenvolvidas, com unha do halúx de até 7 cm, consegue capturar presas com mais de 6 kg.

Caça por espreita, fica pousada procurando suas presas por longos períodos, o que a torna discreta e pouco notada, apesar de seu grande tamanho (ICMBio, 2008; Robison, 1994). Ao localizar uma presa, desloca com agilidade entre as copas das árvores, capturando suas presas tanto nas árvores quanto no solo. Devido a diferença de tamanho entre os sexos, o casal caça presas diferentes, o macho por ser menor e mais ágil, caçando pequenos mamíferos terrestres e aves, enquanto a fêmea maior e mais lenta, captura macacos e preguiças. Mais sobre alimentação...

• Reprodução: É monogâmica, constrói o ninho em formato de plataforma no alto de árvores emergentes, usando geralmente a primeira ramificação da árvore. O ninho é construído com pilhas de galhos e ramos secos (Sick 1997). Coloca até 2 ovos que são esbranquiçados, pesando em média 110 g, com tempo de incubação de aproximadamente 56 dias (Retting, 1978). Somente um filhote sobrevive, com os primeiros voos ocorrendo com 141 a 148 dias de idade. Após sair do ninho, permanece sempre nas proximidades, recebendo alimento dos pais com menor frequência (às vezes, uma vez a cada cinco dias) (Retting, 1978). O jovem mantém um período de dependência dos adultos superior a um ano, o que faz com que os casais se reproduzam a intervalos de 
pelo menos dois anos (Mikich & Bérnils, 2004; Sick, 1997). Mais sobre reprodução...

Fonte: http://www.avesderapinabrasil.com/harpia_harpyja.htm

• Distribuição geográfica: Ocorre desde o sul do México à Bolívia, nordeste da Argentina e por quase todo o Brasil (Sick, 1997; Ferguson-Lees & Christie, 2001). Porém, é possível que esteja extinta em muitos países da América do Sul. No Brasil, historicamente já foi registrada em quase todos os estados, exceto alguns na região nordeste (Sick, 1997). Atualmente, a maior parte da população remanescente está concentrada na região amazônica e em alguns trechos da Mata Atlântica da região sudeste (sul da Bahia e norte do Espírito Santo), além de registros pontuais no sul do Brasil.

• Hábitos/Informações gerais: Habita florestas de planícies e altitudes de até 2.000 m do nível do mar. Vive em extensas áreas de floresta preservadas, podendo ocorrer em pequenos fragmentos isolados desde que haja presas suficientes para sua existência. Seu canto é um assobiado, forte e bem audível à distância.Embora seja uma ave grande, é extremamente discreta, prefere pousar entre a vegetação e não no topo da copa das árvores, raramente voa acima da copa das árvores, também raramente aparece em áreas abertas.

Devido ao seu grande porte e imponência, sempre foi troféu cobiçado tanto por índios como por caçadores. Em aldeias indígenas (Xingu), eram mantidas em gaiolas desde filhotes para serem retiradas penas para ornamentos. Para algumas tribos indígenas, a harpia é considerada símbolo de liberdade e altivez. Em outras tribos é mantida em cativeiro como propriedade do cacique, e quando o cacique morre, a ave também é morta ou até enterrada viva com seu dono (Sick, 1997).

• Ameaças e Preservação: Dentre as ameaças, o desmatamento, a fragmentação e alteração de hábitats, são as principais causas do desaparecimento da espécie em boa parte do Brasil. Além disso, indivíduos que vivem próximos a áreas habitadas podem sofrer abates por parte de avicultores, com o intuito de evitar ataques à criação (Mikich & Bérnils, 2004). Há também relatos de caça para fins de consumo humano, como já relatado por Freitas et al. (2014) na região da Reserva Biológica Gupuri, Maranhão. A proteção e fiscalização de áreas com ocorência da espécie, educação ambiental, estudos populacionais e monitoramentos, são medidas emergenciais para a conservação da espécie no Brasil.