26 de fevereiro de 2015

CACHOEIRAS DE ARIPUANA - MATO GROSSO



As cachoeiras de Andorinhas e Dardanellos são pontos turísticos imperdíveis para quem visita a região.

Possui balneários para banho e escorregadores naturais onde não só as crianças se divertem, mas os adultos também.

Foi ponto de desbravamento na década de 40 pelo Projeto Rondon, e possui área teritorial preservada em vários pontos, mas a exploração madeireira devastou boa área do território do município.

Está distante de Cuiabá 900 km, e possui vôos diários a partir de agosto de 2007, pois a implantação da hidrelétrica Dardanellos pela Eletronorte movimentou novamente a economia da cidade, bem como a chegada de mineradoras na região.






Maior Cachoeira de Mato Grosso com 250 metros de altura !


A Cachoeira do Jatobá fica no município de Vila Bela da Santíssima Trindade - MT
 
A 500 km de Cuiabá.

venham conhecer!!



PEQUENO HISTÓRICO DA ESCOLA EVANGÉLICA DO BURITI

Professor Melanchton Scheffder*

A história da Escola Evangélica de Buriti, começou propriamente no ano de 1913, quando a Missão Evangélica Presbiteriana do Brasil Central, enviou um de seus missionários, mais exatamente o reverendo Franklin Graham, em uma viagem cavalo, desde a Bahia até a Bolívia, a fim de escolher nesse percurso os lugares que apresentariam condições favoráveis instalação de futuras sub-sedes da referida Missão. Essas condições diziam respeito ao clima, salubridade , a facilidade de acessos região mais desenvolvidas ou em desenvolvimento, as necessidades do povo, etc.

Um destes lugares escolhidos foi justamente o Buriti, que na época era uma fazenda decadente (em conseqüência da libertação dos escravos) pertencentes a família Siqueira de Chapada dos Guimarães.

Então em 1919,a Missão Evangélica Presbiteriana do Brasil Central enviou dois missionários para comprarem a fazenda Buriti.

Foram eles os reverendos George Landes e Adam Martin.

Nesse tempo os limites da Fazenda Buriti iam até‚ os limites da cidade de Chapada dos Guimarães. Assim a Missão, considerando que era muita terra, resolveu doar para o Estado toda extensão de terra que vai desde antes da Aldeia Velha até as proximidades do perímetro urbano de Chapada. Essas terras tornaram-se devolutas e hoje pertencem a várias pessoas.

Efetuada a compra da fazenda, a Missão contratou o casal Moisés Chaves e D.Davina, de Cuiabá, para administrarem a fazenda e ajudarem os missionários a estabelecerem a nova sede do trabalho missionário, e também a remodelar as antigas instalações da fazenda a fim de servirem como alojamento para os alunos, salas de aulas, refeitório, cozinha, moradia para os missionários e trabalhadores, salão o de cultos Evangélicos e atividades sociais.

A Missão utilizou todas as dependências da antiga fazenda para o início de suas atividades, e preservou essas acomodações até‚ ao dia de hoje, de modo a constituir um monumento histórico.

Em seguida chegou o estimado casal de missionários, Sr.Homero e D. Edite Mosar para dirigirem a fazenda e a Escola. Então em 26 de maio de 1923 deu-se início às aulas. Desse longínquo e histórico primeiro ano letivo participaram apenas quatro alunos: Sr. Alcebíades Arruda, Elias Dias e Manoel Diomedes (todos vivos e residentes em Cuiabá), e a já falecida D.Rita Gonçalves de Oliveira que morava com o casal Moser.

Os primeiros professores dessa época foram o Reverendo Augusto Araújo, que mais tarde foi Pastor da Igreja Presbiteriana de Cuiabá, e D. Júnia Serra. O reverendo Augusto ainda é vivo e D. Júnia já falecida.

No ano seguinte já foram sete alunos (três moças e quatro rapazes), e nos anos subsequentes o número de alunos foi só aumentando.

Enquanto o casal Moser cuidava da Escola e da Fazenda, o Rev. Adam Martin viajava com seu "Fordinho" para evangelizar os vários garimpos destas cercanias, bem como para consolidar as várias Igrejas Presbiterianas já formadas, dando continuidade a seus trabalhos evangélicos.

Desde essa época o endereço da Escola para fins de correspondência foi a caixa postal 41 em Cuiabá.

Em 1927 chegou outra missionária para ajudar a Escola, Diana Hastings, que aqui permaneceu pôr treze anos. Foi ela quem plantou os 2 buritis gêmeos, que vieram a se tornar um dos símbolos da Escola. Ainda em 1927 chegou o Sr. Kurt Freygang, outro grande incansável colaborador desta obra e verdadeiro baluarte da Missão, que ainda hoje permanece em seu posto até o dia de hoje. Primeiramente ele trabalhou aqui de 1927 a 1935 e depois de 1951 até‚ agora, tendo então o permanecido 15 anos fora.

Em 1929 construiu-se o famoso sobrado que durante muitos anos foi o mais vistoso edifício da região, tendo se tornado mesmo um marco da Escola.

No início da Escola Evangélica de Buriti destinava-se a colher os filhos de famílias Evangélicas, e principalmente os de vocação tardia, isto, aqueles que não tendo podido estudar enquanto crianças desejavam fazê-lo agora já adultos. Mas a Escola sempre recebeu de braços abertos toda e qualquer pessoa, de toda e qualquer religião ou condição social, uma vez que o objetivo principal foi sempre o ensino e a propagação do Evangelho Bíblico.

Aliás, este sempre foi o alvo de todas as Escolas Evangélicas fundadas neste país. Como exemplo podemos citar o Mackenzie College (hoje Universidade Mackenzie, que também foi fundada pela mesma missão que fundou Buriti, e que em 1962 foi doado pela Missão da Igreja Evangélica Presbiteriana do Brasil, o Instituto Gammon, juntamente com a ESAL- Escola Superior de Agricultura de Lavras ( que foi a primeira Faculdade de Agronomia fundada no Brasil)o Colégio Benett, o Colégio Grambery, e muitos outros, pêlos quais passaram grandes nomes de nossa pátria. Foi nessas escolas que muitos de nossos intelectuais, puderam ter um contato mais íntimo com o Evangelho e com a Bíblia.

Dentre os missionários americanos que passaram pelo Buriti, os que permaneceram pôr mais tempo e melhor conquistaram a simpatia dos brasileiros foi o casal Homero e Edite Moser. Em Chapada dos Guimarães existe uma avenida chamada Homero Moser, em homenagem a este casal pêlos serviços prestados à nossa terra.

Mas muitos outros passaram pôr aqui, dando a sua contribuição inestimável :Rev. Adam Martin e D. Nettie, D. Anna Hastings, Rev. Ashmun Salley e D. Sara, Rev. Lathan Wrigth e D. Bella, Rev. Jesse Wyant e D. Bárbara, Rev. Albert Edwards e D. Marie, Rev. Donald Reasoner e D. Dorotéia, D. Jean Graham, Rev. Philip Landes e D. Margarida, Rev. Chalmers Browne e D. Paulina, Rev. Gordon Trew e D. Ada.

Buriti recebeu também a colaboração de muitas pessoas da Igreja Presbiteriana de Cuiabá. Entre elas podemos citar: Rev. Augusto Araújo e D. Júnia Serra (já citados anteriormente), D. Elza Dias, D. Tabita Dias, Rev. Eudes Ferrer, D. Léa Salies Fonseca, D.Myriam de Souza, Dr. Moisés Mendes Martins Jr., Prof. Alinor Ferreira.

A partir de 1962 a Missão começou a entregar a direção da Escola aos brasileiros. Tivemos os seguintes diretores: Prof. Raimundo Passos e D. Lívia, Prof. Ary Antonio Nogueira e D.Jean Thomson Nogueira.(este casal deu novo impulso à escola, modernizando-a e construindo novos e amplas instalações, bem adequadas e funcionais) Rev. Adail Carvalho Sandoval e D. Clara, Prof. Eleni Alves Pereira e D. Josenir Gomes da Silva e D. Carmem, e atualmente a Prof. Catarina Rodrigues de Sales Moreira.

Durante o período que se estendeu de 1948 a 1951 a Escola não pode funcionar pôr falta de cooperadores e principalmente pela falta absoluta de comunicação com Cuiabá. Nesse tempo a estrada praticamente deixou de existir, tornando-se intransitável, uma vez que as pontes foram destruídas e muitos trechos se desmoronaram. Assim, somente o jipão da escola podia atravessar os rios e abrir caminhos pelo mato. Nessa época foi então criada a "Sociedade Amigos de Buriti". composta particularmente pôr ex-alunos, e cuja finalidade principal foi não deixar esta obra perecer. Com os recursos arrecadados pôr essa sociedade, a Escola pode recomeçar o seu funcionamento, a partir de l.952, novamente sob a direção do casal Moser.

Em 1.958 foi construída a bela Capela da Escola, também com os fundos levantados pela Sociedade Amigos de Buriti.

A fazenda sempre funcionou paralelamente à Escola, como um meio de subsistência desta. Assim, até o ano de 1.963 os alunos pagavam o estudo e o pensionato, trabalhando nas terras da Fazenda. Desse modo a fazenda produzia praticamente de tudo, para o sustento da Escola, e o excedente era vendido em Cuiabá, onde a Escola já possuía uma freguesia certa. Os produtos burutienses, como a manteiga, o leite, os queijos, as rapaduras e as laranjas, tornaram-se famosos em Cuiabá.

Mas a partir de l.964, com a chagada de alunos menores e que não possuíam experiência de trabalhos rurais, adotou-se o sistema de cobrança de anuidades escolares, de modo que a produção agropecuária da Escola foi decaindo.

Dentre os administradores da Fazenda, destacou-se o Sr. Homero Moser, o Sr. Marcílio Goulart ( hoje residente em Chapada dos Guimarães), o Dr. Erasmo Alves da Silva ( hoje residindo nos Estados Unidos), o Sr. Dreath Palmer, o Sr. Isaias Rezende ( ex-aluno e hoje Deputado Estadual), o Sr. Laercio Chaves, e ultimamente o Sr. Daniel Santos.

Em 1.964 foi inaugurada a rede elétrica da Escola, com energia fornecida pela CEMAT. Desde 1.930 até essa data a energia elétrica da Escola era fornecida pôr um gerador pequeno, que alimentava apenas 40 lâmpadas e que funcionava somente das 6 horas da tarde até as 9 horas da noite. Após esse horário a iluminação era feita pôr meio de velas, lamparinas e lampiões.

Até 1964 os alunos dormiam em redes.

A princípio a Escola oferecia apenas o curso primário e as três primeiras séries do ginásio (que correspondem à quinta ,sexta e sétima series do primeiro grau de hoje). Em 1.967 implantou-se a oitava série e também oficializou-se o ensino ministrado aqui, alem de criar-se o Curso Técnico em Agropecuária e o Curso Técnico de Contabilidade.

Em 1.976,a escola foi transformada em Fundação Educacional jurisdicionada pelas Igrejas Presbiterianas de Cuiabá. Isto deve-se ao fato de a Missão ter encerrado as suas atividades no Brasil, para ir trabalhar em um país mais pobre.

Durante as férias dos últimos anos a Escola tem cedido as suas dependências para a realização dos Cursos de Capacitação de Recursos Humanos, contribuindo assim para o aperfeiçoamento dos professores das regiões rurais de nosso Estado.

Também, a escola sempre cedeu as suas instalações para a realização de Congresso de Igrejas Evangélicas na época das férias.

O lema de nossa Escola o texto bíblico:" Conhecereis a Verdade e a Verdade vos libertará" ( Evangelho segundo São João, cap. 8 estrofe 32).

Reconhecemos que não pode haver formação intelectual completa, e muito menos formação de personalidade e de caráter, sem o conhecimento do Evangelho de Jesus Cristo.

* Infelizmente com o passar do tempo, nossa Escola ( como as de mais escolas em regime de internato), foi sendo considerada com um reformatório. Assim, pais que possuíam filhos rebeldes e malcriados, internava-os em Buriti, como castigo e também com a esperança de que eles se corrigissem . Felizmente uma grande maioria deles se regenerou pelo conhecimento do Evangelho, tornando-se pessoas úteis e dignas. Ao verem essa mudança de água para o vinho, mais ainda os pais continuavam a pensar que Buriti realmente era, uma organização que possuía uma fórmula misteriosa para recuperação de pessoas desajustadas, e assim a fama de reformatório ainda continua. Mas, pôr aqui tem passados alunos excelentes, que tem sido orgulho para suas famílias, para a Escola e para a Nação. Parabéns a estes.

Professor Melanchton Scheffder*

*É Professor da Escola Evangélica do Buriti




23 de fevereiro de 2015

A integração lavoura/pecuária é uma das grandes opções para a região sudoeste


Agricultores de Lambari do Oeste, ( Arlindo, Jorginho e. Osmar, parceiro) com o Deputado Estadual Wancley, Geraldo Lucio, Luiz Antônio e outros

Com o objetivo de divulgar o potencial produtivo da região, atrair investidores e incentivar os produtores estabelecidos na região para o cultivo de grãos com a integração Lavoura/Pecuária o Consórcio do Complexo Nascentes do Pantanal e o Município de Mirassol D’Oeste em Parceria com a Fazenda Urutau e Fundação Mato Grosso realizam o DIA DE CAMPO – Integração Lavoura/Pecuária nesta sexta-feira, dia 20 de fevereiro.

Os bons resultados da região motivou a Fundação Mato Grosso que através dos técnicos da TMG implantou experimentos de variedades de soja na Fazenda Urutau que recebe produtores, empresários do agronegócio, investidores, técnicos e autoridades. São esperados cerca 400 pessoas para o evento que tem como objetivo demostrar as variedades testadas pela Fundação Matogrosso na área da Fazenda Urutau e os resultados obtidos pela fazenda na integração soja pecuária de corte.

A integração lavoura/pecuária é uma das grandes opções para a região sudoeste do estado de Mato Grosso, proporcionando ganhos econômicos, ambientais e sociais, gerando benefícios para o campo e cidade.

Região Sudoeste a Nova Fronteira da Soja em Mato Grosso

Região Sudoeste está sendo apresentada como a “nova fronteira” da soja em Mato Grosso. Estudo realizado pela Aprosoja/Imea indica que 1.433.793,93 hectares de terras na região dos 22 municípios, são propícios e favoráveis ao cultivo da olegiasinosa. Razão que tem motivado os municípios e Consórcio do Complexo Nascentes do Pantanal a divulgar a região e seu potencial.

A região tem grande potencial para o crescimento agrícola, sendo que segundo dados do IMEA 308.784,17 hectares tem potencial para duas safras anuais. As terras férteis da região tem apresentado ótima produtividade com menor custo de investimento. Os recentes plantios na região têm apresentado uma produtividade média de 60 sacas/ha, acima da produtividade das grandes regiões produtoras do Estado.

Com Pecuária predominante a região é coberta na sua maioria por pastagem e a soja é uma cultura ainda incipiente. Mas com empreendimentos bem sucedidos no plantio de grãos, com aptidão agrícola favorável, o quadro pode ser revertido com o aumento da cultura da soja e ainda conciliar lavoura e pecuária. Bom exemplo disto é o modelo adotado pela Fazenda Urutau em Mirassol D’Oeste que realizou investimentos em infraestrutura e plantou 2.300 hectares de soja.

A Região ainda tem a seu favor a localização geográfica propícia ao escoamento da safra, considerando-se os terminais portuários e o futuro Terminal em Santo Antônio das Lendas que a partir de seu epicentro apresenta uma área de influência que chega a 400 km. Em Cáceres conta também com a Zona de Processamento de Exportação (ZPE), área destinada a empresas produtoras de bens a serem exportados, sendo considerada zona primária para efeito de controle aduaneiro.

Fonte: Do Texto Cenário MT.

Deputado Federal Ezequiel Fonseca, no dia de Campo, Integração Agricultura e Pecuária em Mirassol do D'Oeste.
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19 de fevereiro de 2015

Pantanal Mato-grossense



No Pantanal Mato-grossense, tanto a chuva como a seca definem o cenário que o visitante irá encontrar. O período de seca é considerado o melhor para visitação turística, pois é quando os animais circulam mais livremente e aumenta a chance de ver animais como: onças, jacarés, capivaras, cervos, ariranhas, tatus, lobetes, além dos pássaros como: tuiuiu, garças, nhuma etc. O período vai de maio a setembro.
De janeiro a março, chove muito e o calor é intenso. Outubro e novembro são os meses mais quentes com temperatura que pode chegar a 46°C. 

Na chuva, o passeio passa a ser de barco e os mamíferos se deslocam para as regiões mais altas. 

Os campos alagados passam a ser povoados por patos, jacarés e peixes, em busca de alimento entre as plantas aquáticas.

Fonte: Mtur

18 de fevereiro de 2015

O que e Ecoturismo?

Fonte:http://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ecoturismo

Parque Nacional Tapantí em Costa RicO ecoturismo, segundo a EMBRATUR, é um "segmento de atividade turística que utiliza, de forma sustentável, o patrimônio natural e cultural, incentiva sua conservação e busca a formação de uma consciência ambientalista através da interpretação do ambiente, promovendo o bem-estar das populações envolvidas”.[1]
O ecoturismo é um segmento turístico que proporcionalmente mais cresce no mundo, enquanto o turismo convencional cresce 7,5% ao ano, o ecoturismo está crescendo entre 15 a 25% por ano.[2] A Organização Mundial de Turismo (O.M.T) estima que 10% dos turistas em todo o mundo tenham como demanda o turismo ecológico.[3] O faturamento anual do ecoturismo, a nível mundial, é estimado em US$ 260 bilhões, do qual o Brasil se apropriaria com cerca de US$ 70 milhões.[4]
Embora o trânsito de pessoas e veículos possa ser agressivo ao estado natural desses ecossistemas, os defensores de sua prática argumentam que, complementarmente, o ecoturismo contribui para a preservação dos mesmos, é um dos principais meios de educação ambiental e permite a integração e desenvolvimento econômico das comunidades locais em áreas de preservação ambiental.[2]
O termo já era usado no século de 700 a.C e 800a.C para designar rotas com belas paisagens ecológicas na África.[5]

Produtor rural, de herói a vilão?

Autor: Folha do Estado
Fonte: Folha do Estado

Todo início de ano é sempre uma expectativa de como será a economia do país. Em 2015 as coisas já começaram diferentes. Enquanto que em 2014 o agro fez parte dos planos de governo de todos os candidatos a presidente e o tema foi muito importante nas campanhas políticas, agora com a crise hídrica, o agro passa a ser o vilão.

No ano passado, o crescimento previsto para o Brasil era de 1,5%. Para agora o FMI (Fundo Monetário Internacional) prevê um crescimento de apenas 0,3%, sem contar que o Fundo cita queda da confiança de empresários e consumidores no país. O que não é pra menos. Milho, soja, café e laranja já tem queda expressiva de produção e por consequência preços em elevação. O preço da carne também aumenta porque o cereal moído é utilizado na alimentação animal.

Tudo isso por conta da falta de água.

A maioria reclama de São Pedro, mas eu digo mais: estamos cobrando o “responsável” errado. É no mínimo, esquisito, pensar que o estado de São Paulo sofre de falta de água e quando dá qualquer chuvinha: a cidade fica alagada. Problemas de infraestrutura gritam na cidade que mais movimenta a economia nacional. Sem contar que o problema se alastra para o campo.

Tenho acompanhado os noticiários que retratam que a agricultura consome 72% da água do nosso país. O agricultor sempre às margens da má fé, como se não se preocupasse com a sustentabilidade de seus negócios. Errado, está cada dia mais difícil pra eles, o seguro agrícola está difícil, outorga de água para irrigação da mesma forma, eles têm que se virar. A irrigação não desperdiça água e o pivô central opera com índices de eficiência de 98% e, em alguns casos, com a recomendação de aplicação no máximo stress hídrico da planta, ou seja, salvado água, não desperdiçando, considerando o ciclo hidrológico completo.

Com a crise hídrica, temos um problema agrícola. Fazer a cidade conhecer o campo como de fato ele é: responsável, preocupado com o futuro e inovador. Adota tecnologia, produz cada vez mais com menos. E a produtividade só aumenta. Mas isso ninguém vê. Todos os ganhos e benefícios na economia do nosso país, geração de empregos, são esquecidos quando começa a faltar alimentos nos supermercados e, em meio à falta de água, nos tornamos os vilões.

Precisamos unir forças em prol de um país mais sustentável, que pensa em segurança alimentar e economia, afinal, se não cuidarmos da água, daqui a pouco o problema é de energia, de alimentos e assim sucessivamente. A irrigação precisa ter papel fundamental na produção. O campo precisa fazer mais parte da cidade, e o produtor precisa se tornar nosso herói.

* João Rebequi é vice-presidente da Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos) e presidente da Valmont.

Agricultores familiares já contrataram R$ 16,5 bilhões em sete meses de safra


Autor: assessoria
Fonte: Folha do Estado

De julho de 2014 a janeiro deste ano, os agricultores familiares acessaram R$ 16,5 bilhões do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). O valor é 21% maior do que o financiado no mesmo período da safra passada (2013/2014). Já são mais de 1,2 milhão de contratos. A maior parte destinada a investimentos, como compra de tratores e colheitadeiras. 

Vários fatores podem explicar o aumento do volume de operações, segundo o diretor de Financiamento e Proteção à Produção da Secretaria da Agricultura Familiar do MDA, João Luiz Guadagnin. “Podemos citar a adimplência dos agricultores familiares, a participação dos movimentos sociais, as ações dos agentes financeiros que operam o crédito rural, o comportamento dos preços dos produtos, os serviços de assistência técnica e extensão rural, o seguro da agricultura familiar e o Programa de Garantia de Preços da Agricultura Familiar”. 

Do total contratado, os agricultores familiares aplicaram um pouco mais de R$ 9 bilhões, em mais de 807 mil contratos, em operações de investimento para a aquisição de tratores, colheitadeiras e outras máquinas agrícolas, matrizes, implantação de sistemas de armazenagem e de irrigação, projetos de melhoria genética, adequação e correção de solo, recuperação de pastagens, ações de preservação ambiental, entre outros.

Para as operações de custeio foram mais de R$ 7,4 bilhões, em mais de 444 mil operações. Os recursos se destinam às atividades agrícolas e pecuárias, especialmente à aquisição de insumos, fertilizantes, realização de tratos culturais e colheita, beneficiamento ou industrialização do produto financiado, produção de mudas e aquisição de sementes certificadas e fiscalizadas.

As mulheres, na safra atual, foram responsáveis por R$ 2,4 bilhões em mais de 340 mil contratos. 

Exemplo

O agricultor familiar Luís Widz, 49 anos, vive com os pais, a mulher e quatro filhos em uma propriedade rural em Horizontina (RS). Em 20 hectares, ele planta milho, soja, laranja e pêssego. Também cria vacas, galinhas e peixes. Luís acessa as linhas de crédito do Pronaf desde a criação do Programa. O agricultor já obteve custeio pecuário e agrícola (milho e soja) e, atualmente, comprou uma caminhonete, pelo Pronaf Mais Alimentos, para facilitar o transporte dos produtos até à cidade, onde são comercializados. 

“Herdei dos meus pais o gosto pela terra e não pretendo sair do campo. Pago o financiamento sempre em dia. Faço o possível para ter o nome limpo e conseguir o crédito novamente, quando precisar”, destaca Luís.

*Os valores foram fornecidos pela Diretoria de Organização do Sistema Financeiro e Controle de Operações do Crédito Rural (Diorf), Departamento de Regulação, Supervisão e Controle das Operações do Crédito Rural e do Proagro (Derop), do Banco Central, que gerencia o Sistema de Operações do Crédito Rural e do Proagro (SICOR).

Agricultores de Mato Grosso usam GPS para mapear babaçuzais



Autor: Foto: Sucena Shkrada Resk / ICV

Fonte: Folha do Estado

Anotações, questionamentos, mapeamentos, tudo isso aliado ao exercício prático de utilizar a ferramenta de GPS pela primeira vez. Essa foi a experiência, entre os dias 3 e 5 de fevereiro, de 20 agricultoras e agricultores familiares das comunidMato Grossoades de Ouro Verde e de Santa Clara, no Projeto de Assentamento (PA) Nova Cotriguaçu, no município de Cotriguaçu (MT). O grupo participou da oficina de mapeamento participativo dos babaçuzais realizada pela equipe do Instituto Centro de Vida (ICV). O trabalho de campo foi dividido em três áreas, cedidas voluntariamente pelos proprietários para essa dinâmica, e os levantamentos e análises serão sistematizados, em uma segunda rodada de atividades, programada para março deste ano.

“O objetivo da capacitação é levantar as áreas potenciais e melhorar o manejo deste recurso nesta região amazônica, como também estudar o potencial econômico desse modelo de extrativismo e beneficiamento, que está sendo ampliado entre estes coletores”, esclareceu a educadora de práticas sustentáveis do ICV, Suzanne Scaglia. Atualmente, alguns agricultores já transformam o babaçu em farinha, óleo, pães, doces, ração animal, sabão e carvão, e estão recebendo assessoria técnica para organizar e melhorar a produção.

Segundo Vinícius de Freitas Silgueiro, analista de geotecnologias do ICV, o uso do GPS pode, ainda, subsidiar o planejamento do transporte dos babaçus, reduzindo custos e tempo no processo. “Também auxilia na avaliação de características, como a densidade das palmeiras em cada área, a necessidade de desbastar os exemplares mais velhos e favorecer a regeneração de novas palmeiras (chamadas de pindovas)”, explicou.

O babaçu é uma espécie resistente e encontrada em grande quantidade em áreas de transição entre a Amazônia, o cerrado e o semiárido nordestino. No segmento de produção extrativista vegetal brasileiro, atualmente é avaliada como uma das maiores fontes de renda no campo.

Para a agricultora familiar Maria Margarida de Oliveira Barbosa, 54 anos, da comunidade Santa Clara, que cedeu duas áreas de sua propriedade para as atividades, no último dia da oficina, adquirir esse conhecimento poderá favorecer a geração de renda das famílias. “Com essa demarcação quero acompanhar o crescimento dos pés de babaçu novos e conseguir aumentar a produção”, disse.

“Queremos aperfeiçoar as boas práticas de coleta e saber lidar com o manejo nos períodos chuvosos e de seca”, afirmou Ângela Ferreira de Jesus Oliveira, 42 anos, da comunidade Ouro Verde.

A ação está sendo realizada de forma integrada com dois projetos comunitários apoiados pelo Fundo Socioambiental CASA e pelo Programa dos Pequenos Projetos Ecossociais (PPP Ecos), com recursos do Fundo Amazônia/BNDES, para as associações fortalecerem as atividades de extrativismo do babaçu na região.

A iniciativa também integra as atividades do Projeto Noroeste: território sustentável, desenvolvido pelo ICV e parceiros, com apoio do Fundo Vale. O principal objetivo do projeto é fortalecer e consolidar o noroeste de Mato Grosso como um território florestal, por meio do incentivo e da disseminação de soluções produtivas sustentáveis e com boa governança social e ambiental.

17 de fevereiro de 2015

Bolovo volta à cena com novos ingredientes, no Brasil e no exterior






Em São Paulo, o Twelve Bistrô serve a versão britânica do bolovo, com recheio de carne de porco moída e acompanhada de molho de curry 

Comida de boteco? Até pode ser, mas com estilo. O bolovo, petisco querido dos bares, volta à cena com roupagem diferente e um quê de requintado.

E a onda não está restrita ao território nacional. A versão britânica do salgado, chamada de "scotch egg", está por toda parte de Londres: de prateleiras refrigeradas de supermercados a versões inusitadas em mercados de ruas e pubs.

Na terra da rainha, ele foi inclusive servido por chefs-celebridade como James Oliver e Heston Blumenthal, enquanto no Brasil ele surge no menu de locais como o Mercadinho Dalva e Dito, do chef Alex Atala.

A receita tradicional do "scotch egg" é um pouco diferente da brasileira. Por lá, o ovo é envolto em carne de porco, que é então empanada e frita. No Brasil, o bolovo em geral é feito com carne moída e envolto em massa de salgadinho (em geral a mesma usada para produzir coxinhas) antes de ser frito.

Outra diferença é o local de consumo: é comum entre os britânicos comer o ovo empanado até mesmo frio, como um prato de piquenique. Há quem leve o "scotch egg" praticamente da geladeira do mercado à boca, embora paladares "exigentes" possam torcer o nariz para a prática. 



No Brasil ou na Inglaterra, bolovo vive momento de fama; conheça quem vende8 fotos

Os tradicionais "scotch eggs", da Scotch Tails, são vendidos no Borough Market, em Londres (www.boroughmarket.org.uk). O prato é servido em uma cama de rúculas e pode acompanhar batatas-doce fritas Divulgação

Recheios diferentes

Mas para cozinheiros criativos, as invenções não param na preparação clássica. Vale, por exemplo, trocar o ovo de galinha por ovo de codorna (como faz a lanchonete Rancho da Empada e o próprio Mercadinho Dalva e Dito) ou rechear o bolinho com o que for possível imaginar. 

"Nós já fizemos muitas variações. Usamos carne de coelho, frango e alho-poró, cordeiro e cheddar, haddock... E há muitas ainda por vir", diz Nikki O'Kane, da Finest Fayre, que vende seus bolovos em feiras de rua como Malby Street, Greenwich e Broadway Market.

Já em São Paulo, o bar Tiquim criou um bolovo sazonal sem carne vermelha. Vendido durante a Páscoa e o Natal, a iguaria era recheada com bacalhau desfiado e, sim, ovo cozido. A outra versão da casa, ainda no menu, é preparada com carne de panela e mussarela dividindo o espaço com o ovo.

E para onde vai parar o quitute, com tantas inovações? Uma pista pode estar em um pub de Londres, o The Star by Hackney Downs. Em outubro do anos passado, a casa resolveu utilizar o "scotch egg" em vez do tradicional pão para seu hambúrguer. Por tempo limitado, o ovo foi servido recheado de uma fatia de carne suculenta, queijo e salada.

A versão causou "polêmica" e voltou à cozinha do local em novembro, mas também ficou disponível por tempo reduzido –apenas uma semana. A ver se alguém se habiita a "traduzir" esta versão no Brasil.

Leia mais em: http://zip.net/bdqPmq