11 de novembro de 2014

O Guia de Turismo



Mercado 


O Brasil é o maior mercado turístico da América Latina e, na Paraíba, pela primeira vez na história, Governo Estadual, Municipal e trade uniram-se em prol do turismo, tornando-o prioridade. Com isso, os resultados positivos para a economia e para o desenvolvimento social começaram a aparecer. Hoje, o Estado vive um dos seus melhores momentos no setor do turismo. As belezas naturais, a cultura e a hospitalidade paraibana estão em alta. A Paraíba já é um dos destinos mais procurados pelos brasileiros que saem de férias dentro do país e já estamos sendo notados pelo mercado internacional também.

Pensando nisso, muitos profissionais, antenados com as mudanças que o mercado exige e no potencial turístico do Estado, optaram por buscar capacitação e empregos justamente na área do turismo.

Com o aumento da demanda do turismo no Estado, novas oportunidades surgiram na área do turismo para profissionais ligados a esse setor. Novos cursos técnicos foram criados na capital e o número de profissionais formados aumentou; um desses cursos foi o de Guia de Turismo.

No período que antecedeu à Copa do Mundo, criou-se uma grande expectativa em torno da quantidade de turistas previstos para visitar o Estado durante o evento. Essa expectativa serviu de incentivo para que não só novos profissionais fossem formados, mas também para que os profissionais que já atuavam no mercado, buscassem capacitação. No que diz respeito ao aprendizado de uma língua estrangeira, a mais procurada, por ser considerada universal, foi o inglês.

Aliado aos diversos cursos privados criados visando à Copa do Mundo, o Ministério do Turismo disponibilizou, por meio do Ministério da Educação, para as doze cidades sedes da Copa do Mundo e João Pessoa o PRONATEC DO TURISMO – Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego. O objetivo foi capacitar os profissionais já existentes no mercado para atender com qualidade e competência os visitantes, fortalecendo assim a imagem do país como destino turístico. Foram oferecidos 54 cursos presenciais e gratuitos, ligados às atividades do receptivo turístico, para capacitar quem já trabalhava no setor de turismo e 21 cursos para quem pretendia ser inserido no setor.

Professor Joacir Ribeiro

“Considero o PRONATEC um programa importantíssimo para o processo de qualificação da população, principalmente para aqueles menos favorecidos. Hoje a oportunidade de qualificação profissional aplica-se a todos e as empresas agradecem, já que antes do Pronatec existia uma grande carência de profissionais qualificados no mercado”. Ressalta Joacir Ribeiro que é professor e coordenador do curso de Guias de Turismo na UNEPI, em João Pessoa. Joacir Ribeiro ainda afirma sobre a demanda dos formandos no curso de Guia de Turismo na Capital: “A demanda por guias de turismo credenciados tem crescido significativamente; tanto é verdade que até mesmo aqueles que não são guias de turismo, conhecidos popularmente como ‘piratas’, trabalham no exercício ilegal da profissão. Obviamente que só os melhores serão bem sucedidos, assim como em qualquer outra profissão. ”

Após a construção do Centro de Convenções de João Pessoa, que hoje é considerado um dos maiores e mais modernos do país, a cidade de João Pessoa está capacitada para receber qualquer tipo de evento, seja nacional ou internacional. Assim, a capital paraibana definitivamente passa a fazer parte do circuito de eventos de negócios. Dessa forma, a capital paraibana deixa de ser um destino não só de turismo de lazer (Sol & Mar), que todos sabem que é sazonal e que sua melhor ocupação acontece nos meses do verão e passa a ter um fluxo na baixa temporada preenchido pelos eventos de negócios no Centro de Convenções. O resultado disso é que passamos a ter turistas o ano inteiro.

Quem pode ser guia de Turismo?

Poderá exercer a função de Guia de Turismo, nos termos da Lei nº 8623 de 28 de janeiro de 1993, a pessoa maior de 18 anos, com ensino médio, que possuir o curso de Qualificação Profissional e cadastro no Ministério do Turismo.


Conforme a lei acima mencionada, constituem atribuições do Guia de Turismo:
• Acompanhar, orientar e transmitir informações a pessoas ou grupos em visitas, excursões urbanas, municipais, estaduais, interestaduais ou especializadas, dentro do território nacional.
• Acompanhar, ao exterior, pessoas ou grupos organizados no Brasil.
• Promover e orientar despachos e liberação de passageiros e suas respectivas bagagens em terminais de embarques e desembarques aéreos, marítimos, fluviais, rodoviários e ferroviários.
• Ter acesso a todos os veículos de transporte, durante o embarque ou desembarque, para orientar as pessoas ou grupos sob a sua responsabilidade, observadas as normas específicas do respectivo terminal.
• Ter acesso gratuito a museus, galerias de arte, exposições, feiras, bibliotecas e pontos de interesse turístico, quando estiver conduzindo ou não pessoas ou grupos, observadas as normas de cada estabelecimento, desde que devidamente credenciado como Guia de Turismo, dentre outras.



Segundo a OMT – Organização Mundial de Turismo, a atividade turística envolve mais de 52 setores da economia, e é considerado o segmento que mais gera empregos diretos e indiretos do setor produtivo.

Para o Ministério do Trabalho e Emprego, 2,7 milhões de trabalhadores formais atuam no segmento turístico brasileiro. A maior parte na área de alimentos e bebidas e hotelaria. Mas existem outros profissionais autônomos ou não que também fazem parte dessa cadeia produtiva; e o Guia de Turismo é um deles.

Quanto mais capacitado estiver o Guia de Turismo, mais condições encontrará de desenvolver a atividade turística a que se propôs. Ser dinâmico, simpático, ético, criativo, agir com responsabilidade e imparcialidade, respeitar seus guiados e todos os parceiros profissionais, ser capaz de se expressar bem em Português e dominar a historia dos lugares visitados fazem do guia um excelente profissional do turismo.

Fotos: Reprodução



Autor Ana Célia Macedo Number of Entries : 74

Paraibana, nascida na capital, Ana Célia Macedo é Jornalista, membro da Associação Paraibana de Imprensa. Pesquisa e escreve sobre Turismo e suas Vertentes. É Editora Geral e Diretora Executiva do Site de Informações sobre Turismo, Cultura e Gastronomia “O Concierge”. É Guia de Turismo e também atua como Agente de Viagens Internacionais. Escreve nessa coluna todas as terças-feiras.

COM MENTES E SEM MENTES



Jonathas Matos compartilhou a foto de Bicho de Pé.


Brasil é referência no combate ao trabalho escravo, diz a OITA declaração foi feita pelo coordenador do Projeto de Combate ao Trabalho Escravo no Brasil da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Luiz


ARTIGOS
Brasil é referência no combate ao trabalho escravo, diz a OITA declaração foi feita pelo coordenador do Projeto de Combate ao Trabalho Escravo no Brasil da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Luiz Machado

Autor: Folha do Estado
Fonte: Folha do Estado

O Brasil é referência mundial em combate ao trabalho escravo, apesar de diversos problemas e desafios a enfrentar. A declaração foi feita pelo coordenador do Projeto de Combate ao Trabalho Escravo no Brasil da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Luiz Machado, no 3º Encontro das Comissões Estaduais para a Erradicação do Trabalho Escravo (Coetraes), hoje (10), na capital paulista. “Nós temos mecanismos que não encontramos em nenhum outro lugar no mundo como os grupos especiais de fiscalização que atendem a todo o território”.

Ele destacou, também, o Plano Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo, do governo federal, com diversas ações, algumas cumpridas, outras em andamento e outras precisando ser aceleradas. “Como a prevenção e assistência à vítima porque precisamos romper o ciclo vicioso da escravidão. O trabalhador apesar de ser resgatado continua vulnerável e muitos voltam para a escravidão”.

Segundo Machado, no Brasil os mais vulneráveis são homens adultos, pobres de regiões com baixo índice de desenvolvimento, em busca da trabalho em outros estados ou mesmo aliciados. Entretanto, no mundo, as mulheres e crianças são mais escravizadas. “É um crime dinâmico e em outros lugares do mundo está envolvido com tráfico de pessoas e exploração sexual”.

A coordenadora do Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas do Estado de São Paulo, Juliana Felicidade Armede, informou que em São Paulo, a maioria dos trabalhadores escravizados está na área rural. “Existem estados no Brasil muito ricos, mas empobrecidos em políticas públicas. Em muitos locais as pessoas não tendo acesso a esses benefícios não se inserem no mercado de trabalho e quando se inserem acabam ficando em situação de escravidão”.

Outra realidade á a questão imigratória que tem ocorrido a partir da crise econômica internacional de 2008. São Paulo e outros estados do Brasil foram pontos de convergência importante, além de brasileiros que passaram anos fora do país e estão voltando. “Quando eu estou desconectado da realidade nacional e sem acesso a essas políticas públicas também estou vulnerável”.

No meio urbano o principal foco de trabalho escravo está na construção civil e na indústria têxtil. Já no rural está ligado tanto com a pequena produção quanto com a grande. “Dentro desses dois universos há uma diversidade de problemas. Isso ainda acontece porque temos um perfil de produção que não garante isonomia às pessoas. Há sempre um grupo mais explorado e um que explora. Não conseguimos evoluir do ponto de vista de estruturas econômicas capazes de acompanhar os problemas sociais”.




Após tragédia em lago, Marinha vai demarcar áreas de risco A preocupação é com o número de morte por afogamento, que dobrou na Grande Cuiabá


Tony Ribeiro/MidiaNews

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Pontos com mais registros de afogamentos serão demarcados

MAX AGUIAR
DA REDAÇÃO

O período que vai deste mês de novembro até fevereiro 2015 é considerado o mais preocupante para o Corpo de Bombeiros e a Marinha, em relação ao número de afogamentos em rios, lagos e lagoas da região metropolitana de Cuiabá.

Se comparado com o ano passado, as mortes na água já ultrapassaram 100% os casos.

Em 2013, de janeiro a dezembro, morreram 20 pessoas. Neste ano, já foram registrados 41 óbitos.

Para evitar que esses casos aumentem no período chuvoso de começo e fim do ano, o Corpo de Bombeiros e a Marinha ganharam apoio da Secretaria Municipal de Segurança Pública, para atuar em regiões como Passagem da Conceição, Santo Antônio de Leverger e Barão de Melgaço.






"A Guarda Municipal de Cuiabá vai se unir conosco e ajudará a orientar os banhistas sobre os locais mais perigosos. Iremos fazer uma demarcação das aéreas mais constantes em afogamentos e até proibir o banho em algumas áreas"“A Guarda Municipal de Cuiabá vai se unir à nossa equipe e ajudará a orientar os banhistas sobre os locais mais perigosos. Iremos fazer uma demarcação das aéreas mais constantes em afogamentos e até proibir o banho em algumas áreas”, disse o comandante da Marinha em Cuiabá, Alessandro Nonato.

O comandante ainda lembrou que a região do Manso não ocorrem tantos afogamentos, mas o período de chuva faz com que as ondas no local sejam o motivo dos acidentes com embarcações.

“Lá, neste ano, tivemos a morte do empresário Thiago Rockembach como um caso isolado. Em tempos de chuva, acontecem sempre. Ventos no Manso causam fortes ondas, que podem até virar embarcações. Se o banhista tiver sem colete e, principalmente, ingerido bebida alcoólica, ele se afogará”, afirmou o comandante do 1º Batalhão dos Bombeiros, Ruberval Barros.

O comandante da Delegacia Fluvial de Cuiabá, Alessandro Nonato, também reiterou que existem regras para se navegar.

E por conta do forte calor que Cuiabá registra diariamente, os banhistas vão com mais frequência para a beira do rio, e essa constância precisa ser com consciência.




Tony Ribeiro/MidiaNews


Comandante Alessandro Nonato, da Marinha em Cuiabá
“Pedimos que todos respeitem a nossa sinalização. Vamos fazer isso de forma rápida e, principalmente, para evitar novos acidentes. Nossas equipes continuarão a fazer as vistorias. Quem descumprir as regras será penalizado. Essa pena será estipulada, se será com multa ou expulsão do local. Não adianta tentar enganar a Marinha, que quem será prejudicado será o infrator”, afirmou o oficial.

“A Lei da Segurança Aquaviária alerta para que todos que estão em lazer estejam sempre de colete e que os condutores possuam arrais (carta de habilitação náutica para amadores). Se forem pegos condutores sem carta náutica e passageiros sem colete, iremos multar com mais efetividade. O nosso lema é proteger a vida, não queremos mais resgatar corpos no fundo do rio”, completou o comandante Alessandro Nonato.

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Há 25 anos aprimora o Coral da UFMT


Redação/Secom-MT
Chico Valdiner/Secom/MT
Dorit Kolling dirige o Coral da UFMT
Ainda adolescente Dorit Kolling deixou São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, para ser mais uma voz do Coral da UFMT
Era o ano de 1988, em Porto Alegre, em meio a apresentações musicais de corais, uma adolescente recebe um convite para vir para Cuiabá. Entre abandonar um trabalho que vinha fazendo há cinco anos e aventurar-se na participação de fazer funcionar um curso de música, Dorit Kolling não hesitou. Aqui ela teria também um componente para sua vida que, literalmente, herdou do pai: a participação em um coral. Iria ser mais uma voz do Coral da UFMT.

Arrumou a mala, deixou a família em São Leopoldo, sua terra natal, o coral  que regia e no dia 03 de março chegava a Cuiabá para ser mais uma professora de piano no Conservatório Musical de Mato Grosso, escola que por muito tempo foi referência no ensino musical da capital mato-grossense. Participando do Coral ajudou a construir o curso de Música da UFMT, assumiu a regência do Coral da UFMT e no mês de agosto deste ano comemorou 25 anos de atividades no Coral da universidade.  
 




Hoje Dorit divide sua vida em aulas de música no curso de Artes da UFMT, é mãe de dois filhos frutos de uma família que construiu praticamente dentro do Coral (o marido Clovis Oliveira ela conheceu trabalhando) e no cotidiano de ensaios de segunda a sexta. “Eu me considero uma gaúcha que adotou Mato Grosso”, se define totalmente ambientada ao clima e aos costumes locais. 
 

Nesses anos todos aprofundou o trabalho que começou vendo o pai Aloísio Silécio Kolling trabalhando no Coral da Sociedade Ginástica de São Leopoldo (RS), passou pela graduação em música no Instituto de Artes da UFGRS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) e se completou numa especialização em música brasileira. Realiza um trabalho com a comunidade e manteve a visibilidade nacional e internacional do Coral da UFMT Ela ainda agregou músicas regionais ao repertório do Coral que já cantou Moreninha Cuiabana, Leverger, Cunhata iporã, Kykyo, Trem do Pantanal, dentre outras canções populares e ajudou a juntar um acervo de duas mil partituras com arranjos para Coral, que a universidade disponibiliza para outros corais de Mato Grosso. 
 






Chico Valdiner/Secom/MT
Pela regência de Dorit Kolling já passaram pessoas que hoje se destacam como músico profissional fora do Mato Grosso
Atenta ao perfil universal da música, jamais abandonou o lado erudito e até aceitou o grande desafio de percorrer os caminhos ecléticos de Carmina Burana, uma ópera que foi montada na sua versão original, com dois pianos, coros adulto e infantil e solistas. E nessa linha também percorreu os acordes da Flauta Mágica, junto com a orquestra da UFMT.   
 

Considera marcante em sua trajetória a apresentação de músicas dos famosos Festivais da Canção que mudaram o patamar da música popular brasileira, com a agregação de um cancioneiro que até então passava distante do Show Business. Atualmente prepara-se para mais um voo na música popular. Ensaia, para apresentar em breve, músicas de Chico Buarque de Holanda. “Cada apresentação é uque vamos fazer para superar isto”, confidenciou. E nessa rotina tem visto passar por sob sua regência desde donas de casa que buscam diversificar suas atividades a estudantes que procuram o Coral como mais uma atividade ofertada pela universidade. “É um curso de extensão universitária que visa trabalhar o lado sensível por meio da cultura”, define. “No trabalho coletivo do coral as pessoas perdem a timidez, cuidam da saúde vocal, exercitam a disciplina e aprendem técnicas musicais”, complementa.     
 

Dorit Kolling dirige o Coral da UFMTE assim passam por sua regência até mesmo pessoas que acabam se destacando como músico profissional. Maurício Detoni e Marcela Mangabeira aprimoraram a voz no canto coletivo. Detoni, estudante de biologia na época, chegou a ser regente de Coral antes de enveredar pelo sucesso que a vida profissional do músico confere. Mangabeira chegou como participante da comunidade. Outras como Magali e Bete, ex integrantes do coral, mesmo sem ter a visibilidade dos cantores, Detoni e Mangabeira, hoje ganham a vida profissionalmente no Coral Paulistano, após saírem da UFMT. Da mesma forma acontece com regentes de corais em Mato Grosso que desenvolvem atividades em instituições como Sesc, Tribunal de Contas e empresas. André Reges, depois de passar pelo Coral da UFMT, foi organizar um coral em Campo Verde e atualmente está criando a orquestra INÍCIO

Em RIBEIRÃO CASCALHEIRA Produtores comercializam 15 toneladas de pequi por dia

ROSANA PERSONA
Assessoria/Empaer-MT

Produtores comercializam 15 toneladas de pequi por dia

A colheita do pequi já começou no município de Ribeirão Cascalheira (900 km a Leste de Cuiabá), a expectativa dos produtores rurais é comercializar 800 toneladas em dois meses (novembro e dezembro). O técnico agropecuário da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), Carlos Alberto Quintino, fala que estão vendendo em média 15 toneladas do fruto por dia, para compradores de Brasília, Goiânia e Cuiabá. Conforme decreto Governamental, o pequi é considerado uma das árvores símbolos de Mato Grosso, representando o bioma cerrado.
É uma frutífera que representa os costumes, tradição e culinária da região Centro-Oeste. Carlos Alberto ressalta que nos últimos quatro anos, a safra do pequi tem movimentado a economia do município. Uma caixa com 28 quilos de pequi está sendo comercializada a R$ 22,50. O quilo é vendido por R$ 1,24. “Nessa época os frutos são carnudos, bonitos, amarelos como ouro e proporciona aos produtores rurais lucro e renda”, destaca o técnico.

O cultivo do pequi é nativo e ocupa uma área de 120 hectares, e alguns produtores estão plantando novas mudas para ser utilizada também no reflorestamento de áreas degradadas. O produtor rural, Hélio Loffir, do Assentamento Maria Teresa, numa área de 20 hectares, fez um cultivo consorciado com pequi e pastagem. A intenção do produtor é recuperar as áreas degradadas e comercializar os frutos. Normalmente uma árvore de pequi produz dois mil frutos por colheita, e começa a produzir no quinto ano, após o plantio.

O secretário municipal de Cultura, esporte e lazer, Luis Claudio da Silva, fala que na Escola Antonieta Melgues Camargo, foi construído um viveiro para multiplicação das mudas de pequi, ipê e outras, para reflorestar áreas degradadas, recuperar Áreas de Preservação Permanente (APP) e educação ambiental. No dia 14.11 (sexta-feira), os alunos sob o comando da diretora, Carlice Pinto Moraes, vão participar da distribuição de 200 mudas de plantas nativas que será entregue para a população.

Unidades de pesquisa - A pesquisadora da Empaer, Lozenil Carvalho Frutuoso, implantou unidades demonstrativas na Baixada Cuiabana para avaliar o comportamento do pequi e cinco espécies frutíferas que serão utilizadas para reflorestamento, consumo humano e animal. As unidades foram implantadas há mais de 12 anos. A análise nos experimentos é feita desde a coleta no campo, plantio e desenvolvimento da planta – altura, espessura do tronco, adubação e outros. Lozenil explica que não existem no Estado grandes produtores de pequi e que tem potencialidade e demanda para a cultura, todavia a produção da fruta ainda é nativa. 


10 de novembro de 2014

Apenas com visão periférica, artista cuiabano faz desenhos incríveis com diversas técnicas


Da Redação - Isabela Mercuri
Foto: Rogério Florentino Pereira / Olhar Direto
Apenas com visão periférica, artista cuiabano faz desenhos incríveis com diversas técnicas
Quando Leopoldo nasceu, o médico disse que ele seria cego. Durante a gravidez, sua mãe Márcia Coutinho teve toxoplasmose e o parto foi aos sete meses, para evitar maiores complicações ao bebê. Com cinco anos de idade, no entanto, o garoto surpreendeu ao começar a desenhar. “Quando eu vi o desenho, fiquei muito emocionada. Sempre que ele conseguia enxergar alguma coisa, era uma festa! Quando ele viu a lua, por exemplo, foi uma festa”, conta Márcia. 



O desenvolvimento de sua visão foi gradual, e por não possuir visão central, o garoto desenvolveu uma visão periférica. “O problema dele não tem cura. Não tem cirurgia, não tem como reverter. Mas ele achou um jeito de enxergar”, conta a mãe, que afirma ainda que os médicos ficam surpresos até por ele conseguir andar sem esbarrar nas coisas. 

Hoje em dia, com 21 anos, Leopoldo se inspira em artistas como o tatuador francês Xoil, o pintor espanhol Salvador Dalí e o mato-grossense Irigaray, que ele tem o sonho de conhecer. Os desenhos de criança, feitos com caneta esferográfica, foram aprimorados por meio de técnicas que ele pesquisou na internet e com um curso de desenho artístico que faz atualmente, com a artista plástica Margareth Brandão. 

Leopoldo começou o curso de arquitetura na UNIC, mas, segundo ele, “Não gosta de seguir regras”. Pretende estudar Design Gráfico a partir de 2015, mas o que tem vontade de fazer mesmo é o curso de Artes Visuais. “Eu queria ir pra Goiânia, São Paulo, Curitiba ou Rio, porque lá são os maiores focos de arte no Brasil”, conta, “Mas se pudesse escolher mesmo, queria ir pra Viena ou pra Suíça estudar arte”. 

Uma das dificuldades que tem para sair de Cuiabá é convencer sua mãe e sua avó a deixarem. Leopoldo quer ir sozinho, mas as duas têm preocupação. “Eu gosto da solidão. Acho o máximo poder ficar comigo mesmo e me conhecer”, disse. Sobre as limitações que sua deficiência lhe dão, ele comenta: “Nascer com o olho bugado não é uma coisa boa. Pode colocar isso na matéria, eu faço piada comigo mesmo!”. 

Outro objetivo de Leopoldo é abrir um estúdio de tatuagem. “Eu queria criar desenhos e tatuá-los. E gostaria de ser o primeiro tatuador sem nenhuma tatuagem no corpo”. Em seus projetos futuros, pretende usar uma técnica cubista para desenhar animais, com jogadas de cores em degradê. 

Leopoldo tem grandes projetos em mente, mas acredita que precisa aprimorar suas técnicas e estudar muito até chegar lá. “Aprimorar técnica não é uma coisa fácil. Mas eu vou tentar”. Por este motivo, ele ainda não vende seus desenhos. "Eu dou pra quem me pede. Não acho que sou bom o suficiente pra cobrar por eles ainda", conclui.