18 de junho de 2014

Dona Eulália mantém tradição para bem servir os turistas

ANDRÉA HADDAD

Redação/Secom-MT
Chico Valdiner/Secom-MT
Quitutes do tchá cô bolo começam a ser preparados um dia antes
Quitutes do tchá cô bolo começam a ser preparados um dia antes
A simplicidade da mulher de cabelo grisalho, mãos calejadas, baixa estatura, feição alegre e límpida que transparece a sabedoria dos 80 anos de idade contrasta com a fama internacional conquistada por servir um dos cafés da manhã mais deliciosos da Capital mato-grossense e, há quem diga, do mundo. “Todos os dias pergunto a Deus se mereço tudo isso”, confidencia Eulália da Silva Soares, a Dona Eulália do tradicional ‘tchá cô bolo’ cuiabano.

A fama foi propagada pelos clientes assíduos da ‘cuiabania’, estrangeiros e pelas matérias veiculadas em programas de televisão como Fantástico e Ana Maria Braga. Numa demonstração de humildade que pouco se vê em tempos de busca excessiva por exposição na mídia, dona Eulália mostra-se tímida ao ser requisitada para tirar fotos. Chega ao ponto de pensar que a Copa do Mundo não deve influenciar o movimento. “Não penso nisso, mas se aparecer mais gente, aumentamos a quantidade de queijo e arroz”. Mal sabe ela o que a espera. Representantes da Federação Internacional de Futebol (FIFA) já visitaram o espaço e tiraram uma série de fotos da estrutura do local, que deve ser incluído no roteiro oficial a ser entregue a turistas.

Os quitutes do ‘tchá cô bolo’ começam a ser preparados um dia antes. Pela tarde ela seca e tempera o arroz, além de ralar a mandioca para depois misturar o angu com fubá. Às 3h da madrugada começa a preparar a massa e colocar os ingredientes como manteiga, fermento, canela, entre outros, ao mesmo tempo em ferve a água dos chás, café e leite servidos gratuitamente. Por volta de 4h está tudo pronto. Os bolos de arroz e de queijo, chipas e demais atrativos já podem ser levados aos fogões de lenha. Às 5h30 Dona Eulália abre o portão para os primeiros clientes. Logo o ambiente está lotado.  


Quem chega pela primeira vez se surpreende com a entrada estreita de acesso ao quintal das duas casas geminadas, de estilo simplório, situadas na rua professor João Félix, nº 470, no bairro Lixeira. “Tem gente que chega, geralmente com um amigo, e pergunta: ‘mas é aqui’?! Depois que come sai tirando fotos e vem perguntar se eu sou a famosa Dona Eulália”, brinca. Indagada sobre o segredo do bolo de arroz, ela para por segundos, pensa, abre um sorriso e responde: “Faço tudo com amor!” É com este sentimento, sem sombra de dúvidas, que ela vai receber no agradável espaço familiar turistas da Copa do Mundo. 


Chico Valdiner/Secom-MT
Gastronomia regional tradicional preparada para Copa 2014
Bolos de arroz e de queijo, chipas e demais atrativos são preparados com amor, diz dona Eulália
Diariamente, Dona Eulália acorda de madrugada, reza o terço e agradece pela união da família - tanto que foi pela fé que caiu na boca do povo. O bolinho de arroz virou o “quitute oficial” da tradicional Festa de São Benedito. Fora os quatro dias do evento, fieis costumavam sair da missa e passar no espaço dela para desfrutar o ‘tchá cô bolo’. Foram 13 anos trabalhando dia e noite para dar conta dos pedidos antes de abrir o portão de casa para os clientes. Nesta época as encomendas se multiplicaram e ela não dava mais conta da demanda. Crescidos, alguns dos 8 filhos começaram a ajudar a mãe. Depois vieram os 21 netos e 18 bisnetos. A maioria hoje trabalha com a matriarca.

Com o avanço da idade Dona Eulália passou para a filha Claudinete Soares de Oliveira a incumbência de gerenciar o estabelecimento. “E é só ela que pegou o jeito de fazer o bolo de arroz. Os outros conseguem preparar o resto dos quitutes, mas só a Claudinete sabe o principal”, diz. Nos finais de semana e feriados 12 pessoas da família ajudam. “Minha felicidade é saber que, se amanhã eu faltar, minha família vai continuar este trabalho e ter o sustento próprio”.

Tudo começou em 1956 quando Dona Eulália deixou o sítio na comunidade de Aricazinho, onde nasceu, para morar em Cuiabá com os dois filhos e o marido Eurico Avelino Soares, hoje com 94 anos. Ele trabalhava de pedreiro e, para ajudar em casa, em 1958, Dona Eulália começou a fazer os quitutes sem se basear em qualquer receita, apenas nas lembranças que tinha da tia cozinhando.

“Eu era muito observadora. Pena que ela morreu sem saber que os quitutes fariam sucesso”. Nesta época Dona Eulália pedia para ‘guris’ venderem os bolinhos na escola. “E assim foi indo. Ficava sabendo de festinha que tinha e participava. Depois, veio a Festa de São Benedito, começava no primeiro dia com 3 mil bolinhos e, no quarto, chegava a até 6 mil”.

Hoje Dona Eulália é mais que uma quituteira de mão cheia, mas uma personagem tradicional da cuiabania.

Mais informações sobre o ‘tchá cô bolo’ da Dona Eulália podem ser obtidas pelo telefone (65) 3624-5653, pelo e-mail eulaliaefamilia@hotmail.com ou no Facebook


Galeria de Fotos:

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PIB de Mato Grosso evolui 337%

Maior produtor de grãos e detentor do maior rebanho bovino do país, Mato Grosso gerou R$ 71,417 bilhões com a produção de bens e serviços em 2011. Em 11 anos, a soma das riquezas produzidas no território mato-grossense aumentou 337%, sendo impactada fortemente pela agropecuária. O resultado permitiu que o Estado elevasse a participação no Produto Interno Bruto (PIB) do Centro-Oeste de 14% para 18% no período. No contexto nacional, Mato Grosso responde por 1,72% do PIB brasileiro, atualmente em R$ 4,3 trilhões. No começo da última década, essa participação era de 1,25%.

O desempenho é significativo, na opinião do economista João Eduardo de Resende, mas poderia ser melhor se a produção industrial fosse mais intensa, completa o economista Renato Gorski. “No entanto, um processo de industrialização pode levar de 8 a 15 anos para o Estado alçar um outro patamar”, pondera Gorski. Ele R egistra que o setor agropecuário vem se consolidando há 3 décadas como principal atividade econômica de Mato Grosso, que se mantém como um grande exportador de commodities agrícolas in natura. O desenvolvimento econômico virá com um nível mais elevado de industrialização e, consequentemente, com o aumento da geração de emprego e renda, opina. “Enquanto o Estado for apenas um grande exportador de grãos, a renda per capita tende a permanecer mais concentrada”.

Para Resende, os investimentos na logística de transporte também são fundamentais para colocar Mato Grosso em outro patamar de crescimento econômico. “Com uma saída para o Oceano Pacífico, por exemplo, todos os setores produtivos seriam beneficiados, já que seria possível comprar menos e vender mais, refletindo no Valor Adicionado Bruto (VAB) e no PIB”. Outra alternativa defendida por ele é a transferência da Capital para a região central do Estado. A medida eliminaria os debates para divisão do território estadual e fomentaria os investimentos numa das principais regiões produtoras de Mato Grosso, o médio-norte. “Haveria um crescimento assustador, com aumento da demanda por produtos e serviços e geração de emprego”. 

MUNICÍPIOS - Cuiabá, Rondonópolis, Várzea Grande, Sorriso e Primavera do Leste se destacaram como as cidades com maior PIB em 2011, segundo o IBGE, ao concentrarem 38,9% da riqueza total produzida no Estado. Cuiabá teve a maior participação estadual, com R$ 12,406 bilhões, mas Primavera do Leste (R$ 4,101 bilhões) e Sorriso (R$ 2,934 bilhões) registraram a maior evolução no PIB na última década, com alta respectiva de 415% e 412%. De acordo com o economista João Eduardo de Resende, os municípios com maior crescimento no PIB são aqueles com forte atividade agropecuária, ligados à produção de grãos ou fibras. “O ideal seria que todos os municípios crescessem no mesmo ritmo, porque teríamos uma distribuição igualitária”. 

PARTICIPAÇÃO DAS ATIVIDADES - Em Mato Grosso, o setor agrícola responde atualmente por 24,12% do Valor Adicionado Bruto (VAB), sendo superior à média do Centro-Oeste (10,4%) e do país (5,6%), observa o economista Renato Gorski. Em 2011, o VAB agropecuário atingiu R$ 15,498 bilhões, num avanço de 312% sobre 2001 (R$ 3,756 bilhões). Na indústria, o VAB a preços correntes somou R$ 11,920 bilhões em 2011, alta de 375% em 11 anos. Nesse intervalo, a participação da indústria no VAB total ascendeu de 17,37% para 18,56%. “As indústrias mato-grossenses vendem uma significativa parte de sua produção para outros estados e países, como é o caso dos frigoríficos”, registra Gorski. No setor de serviços, incluindo seguridade social, administração e saúde pública, o VAB alcançou R$ 36,825 bilhões em 2011 no Estado, num avanço de 350% sobre os R$ 8,180 bilhões do início da década.

Segundo Gorski, para entender melhor a economia de Mato Grosso é preciso analisar diversas variáveis, para compreender também se houve ganhos reais. “Para isso, é importante verificar os indicadores de educação, saúde, saneamento, segurança e poder aquisitivo na década, descontando a inflação, caso contrário, se olharmos apenas o montante nominal do PIB podemos estar criando uma miragem”. Com esse objetivo, ele faz alguns comparativos: Entre 2001 e 2010, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial, acumulou 89,84%.

Na média, a inflação anual nos últimos 10 anos foi de cerca de 6,65%, pontua o economista. A maior inflação foi registrada em 2002, quando chegou a 12,53%. Já o menor índice da década (3,14%) foi observado em 2006. “Com um crescimento de PIB de 337% menos 95% de inflação já teríamos um crescimento real de 242%. Os impostos apresentaram crescimento de 285% no mesmo período, menos cerca de 95% de inflação, ficariam 190%, um percentual extremamente aceitável em uma década”.

Para finalizar, Renato Gorski observa que pelo fato do PIB de Mato Grosso ter uma participação no PIB brasileiro de 1,7%, a sua base (montante geral) é pequena e tende a crescer mais que o PIB nacional, “sempre 30% a mais que a média do país”. 

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Lançamento de livro de José Medeiros retrata a essência do homem pantaneiro; Veja

Da Redação - Stéfanie Medeiros
Em meio à apresentações de dança, coral, música regional e comida típica, um livro, depois de onze anos de gestação, nascia em meio à um cenário cultural agitado, em uma época onde os olhos do mundo inteiro recaem sobre Cuiabá. Trata-se do livro de fotografia “O Pantanal de José Medeiros”, do fotógrafo que dá nome à obra, cujo pré-lançamento foi nesta segunda-feira (17), na Arena Cultural.


De acordo com a editora Maria Tereza, da Entrelinhas, o livro foi publicado em três idiomas, de forma que o trabalho único de José Medeiros atravessasse fronteiras. A tiragem inicial foi de três mil exemplares. A obra pode ser adquirida na Arena Cultural por R$ 150,00 (preço promocional).



“Eu não simplesmente cheguei lá, tirei a foto e pronto. Eu convivi com essas pessoas, conheci suas histórias. Em cada foto, o olhar conta algo, transmite uma emoção”, disse José Medeiros sobre o processo de criação do livro.


A ideia de fotografar o Pantanal surgiu com uma reportagem para uma revista. José, então, queria aprofundar-se neste ecossistema único, mas focando não na natureza e sim no homem. Medeiros queria retratar, mas, mais que isso, conhecer o homem pantaneiro. “Nas fotos, temos a essência do homem pantaneiro. Vemos em cada retrato uma pureza e simplicidade que são raros hoje em dia”, explicou o fotógrafo.




Para José, outra questão do homem pantaneiro é sua originalidade e contato com suas raízes. Medeiros cita a festa de santo de São Benetido. Em Cuiabá, as bandeiloras da celebração tem a imagem do santo de um lado e a do patrocinador do outro. “É propaganda. Mas no Pantanal a gente ainda vê as festas originais, realmente de santos, realmente focadas na religiosidade”, disse.

Para aqueles que não podem comprar o livro, a Arena Cultural tem um pouco da obra na exposição “O Pantanal de José Medeiros”, no Espaço Cultural.
Programação 

Para aqueles que pretendem visitar o espaço nesta terça-feira (17), segue a programação abaixo. Lembrando que a Arena Cultural estará aberta durante o jogo do Brasil, no qual fará a transmissão ao vivo.

Terça-feira (17 de junho)
15h00 Brasil X México
17h00 Vando do Cavaco e Banda (PRINCIPAL)
18h00 Russia X Coréia
20h00 Hinos com Habel Dy Anjos e Vera Capilé (PRINCIPAL)
20h20 Caçula do Pandeiro (ARENA)
20h50 Show Panorama Mato Grosso: Do Ouro a Soja (PRINCIPAL)
21h30 Espetáculo “Dança Aí” com Golden Girls (PRINCIPAL)
22h00 Rasqueado: Gilmar, Lucialdo e Flor Morena e dançarinos (PRINCIPAL)
22h30 Grupo Chalana de Cáceres/MT (ARENA)
23h00 Carnaval com Baterias e Passistas (PRINCIPAL)

Quarta-feira (18 de junho)

20h00 Show Panorama Mato Grosso: Do Ouro a Soja (PRINCIPAL)
20h40 Luciana Bomfim (ARENA)
21h10 Engenho de Dentro (PRINCIPAL)
21h40 Grupo Chalana de Cáceres/MT (ARENA)
22h20 Macaco Bong (PRINCIPAL)
22h50 Grupo Balaio de Samba (ARENA)
23h20 Rasqueado: Gilmar Fonseca, Lucialdo e João Eloy – Dançarinos (PRINCIPAL)

Artesão Alcides vende violas de cocho na Arena Cultural de Cuiaba



Da Redação - Isabela Mercuri
Artesão vende violas de cocho na Arena Cultural
Uma atração escondida entre os stands da Arena Cultural é o artesão Alcides Ribeiro. O cuiabano, natural do bairro Dom Aquino, produz violas de cocho desde os 15 anos de idade, quando começou acompanhando seu pai. Hoje em dia, seu sustento vem desta produção, já que o artesão chega a vender 50 violas de cocho em um mês. Alcides vende suas violas na Arena Cultural todas as noites durante a Copa do Mundo. 




Os filhos de Alcides ajudam na produção, e segundo o artesão esta já é a quinta geração da família que faz violas. São necessários de 5 a 10 dias para finalizar cada trabalho, dependendo do tempo que a madeira leva para secar. A produção é 100% artesanal. 



Nos dias de hoje, a viola é feita com cola de madeira. No entanto, antigamente era utilizada uma cola feita de poca de peixe que, depois de triturada, era levada ao fogo para ficar no ponto. Além disso, antigamente as cordas da viola de cocho eram feitas com tripas de animais silvestres. Hoje, são linhas de pesca. 


Viola de cocho 


A viola de cocho é símbolo da cultura mato-grossense. O instrumento é usado para tocar músicas culturais e populares da região, como o cururu, e embalar danças como siriri, dança do São Gonçalo e rasqueado, sempre acompanhado pelo ganzá e o tamboril, também conhecido como mocho.

Segundo a Assessoria da Prefeitura de Cuiabá, a viola de cocho foi reconhecida como patrimônio nacional e registrada nos livros dos saberes do patrimônio imaterial brasileiro em dezembro de 2004.


DEU NA REVISTA VEJA. Russos e sul-coreanos queriam conhecer o ‘país do futebol’. E o encontraram em Cuiabá Estrangeiros lotaram os bares da cidade antes de jogo na Arena Pantanal

Luiz Felipe Castro, de Cuiabá

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Torcedores sul-coreanos residentes na Argentina se reúnem em bar de Cuiabá
Torcedores sul-coreanos residentes na Argentina se reúnem em bar de Cuiabá - Luiz Felipe Castro
Alguns estrangeiros gostaram tanto de Cuiabá que até decidiram prolongar a estadia. “Resolvi ficar mais um pouco, a cidade é muito bonita, tem festa todos os dias. Acho que se eu fosse pra São Paulo ou Rio de Janeiro, não seria tão fácil sair de noite e conhecer tanta gente”, contou o estudante chileno Leo Coloma.
Mais de 10.000 quilômetros separam as geladas Seul e Moscou de Cuiabá, a capital brasileira encravada no Pantanal mato-grossense. A Coreia do Sul sediou uma Copa do Mundo há apenas doze anos, enquanto a Rússiaserá a próxima sede, em 2018. Nenhuma das duas seleções jamais chegou a uma final de Mundial e é pouquíssimo provável que essa história seja reescrita em terras brasileiras. O que levaria, então, centenas de torcedores a atravessar um continente e, a preços nada convidativos, se deparar com uma cultura totalmente diferente das suas? O sotaque e as palavras podem até variar, mas a essência da resposta é sempre a mesma: “Não perderíamos um Mundial no país do futebol”. Ironicamente, no entanto, a primeira parada dos estrangeiros no Brasil foi a cidade menos tradicional no assunto entre todas as doze sedes do Mundial. A última vez que um clube do Mato Grosso disputou a elite do futebol brasileiro foi em 1986, com o Operário, de Várzea Grande. Para russos e coreanos, no entanto, a cidade de pouco mais de 500.000 habitantes já respira o ar de Copa – e eles parecem não sentir falta da proximidade da praia e do Maracanã, as imagens mais óbvias do país da Copa.
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O futebol não é esporte mais popular na Rússia e na Coreia – os europeus preferem o hóquei no gelo, enquanto os asiáticos apreciam o beisebol –, mas tornou-se uma paixão nacional para os dois povos, sobretudo na última década. A Copa de 2002, em que a seleção coreana foi semifinalista e a brasileira campeã, foi o pontapé inicial para a massificação da modalidade no continente asiático. Não à toa, muitos jovens sul-coreanos resolveram se aventurar no Brasil. “Eu era muito novo na Copa da Coreia. Queria sentir essa experiência no país que mais gosta de futebol”, revela o estudante sul-coreano Hyun-su Park. Seu cunhado, Walter Byron, é inglês e o acompanhou na viagem. Com a experiência de quem já esteve em duas Copas do Mundo, ele confessa não ter se entusiasmado tanto com a modesta Cuiabá. “A cidade parece tranquila, bem pequena. E muito quente. Mas eu já estive até na Copa da África do Sul. Não teria por que não vir ao Brasil”, revelou Byron.
Na véspera da partida desta terça-feira, às 19 horas (de Brasília), a torcida asiática parecia em maior número na capital mato-grossense – ou pelo menos nos animados bares do centro da cidade. Um grupo de sul-coreanos se divertiu entre um gole e outro de vodca – juraram não ser provocação aos russos – e falaram das expectativas para este Mundial. “Nosso time é ruim, viemos pela festa”, contou o cozinheiro Diego Kwon, que nasceu na Coreia, mas mora desde criança na Argentina. Mais comedidos, tanto nas vestimentas como nas bebidas, os russos mostraram mais esperanças com sua seleção. “Pretendo viajar o Brasil todo para acompanhar a Rússia. Acho que faremos pelo menos cinco jogos”, comentou o empresário Sergei Arkhipov. Ele ainda se disse surpreso com o entusiasmo dos cuiabanos. “Li que havia brasileiros protestando contra a Copa. Não dá pra entender muito. Aqui todos parecem bastante felizes.”
Alguns estrangeiros gostaram tanto de Cuiabá que até decidiram prolongar a estadia. “Resolvi ficar mais um pouco, a cidade é muito bonita, tem festa todos os dias. Acho que se eu fosse pra São Paulo ou Rio de Janeiro, não seria tão fácil sair de noite e conhecer tanta gente”, contou o estudante chileno Leo Coloma, que assistiu na última sexta à vitória de sua seleção contra a Austrália, na Arena Pantanal.  De fato, a facilidade de se locomover na cidade agradou a diversos turistas, que encararam longos voos até o Brasil. Os advogados australianos Dhruv Nagrath e Shane Wescott também se disseram encantados com sua primeira experiência no Brasil. “As pessoas são agradáveis e a atmosfera é ótima”, disse Dhruv. Vestindo uma camisa da seleção australiana, Wescott repete chilenos e russos ao ser questionado sobre o motivo de ter vindo ao país: “Adoramos a Copa do Mundo e o Brasil é a casa espiritual do futebol”.


Alguns torcedores estrangeiros reclamaram da falta de sinalização da cidade e da barreira do idioma (muitos brasileiros, russos e sul-coreanos não se faziam entender em inglês, o que despertou algumas confusões). Ainda assim, todos pareciam satisfeitos, inclusive os funcionários dos bares. "Por mim poderia ter Copa todo ano", afirmou um garçom. Nesta quinta-feira, os torcedores pretendem acompanhar a partida da seleção brasileira contra o México nos restaurantes do centro ou na Fan Fest da Fifa, para depois seguir até a Arena Pantanal, onde russos e sul-coreanos estreiam no Grupo G do Mundial.

DEU NA VEJA Russos e coreanos se encantam por Cuiabá


REDAÇÃO
Secom-MT

Foi literalmente amor à primeira vista. Turistas russos e sul-coreanos prolongam estadia em Cuiabá onde “teriam encontrado o país do futebol”. Facilidade no trânisto, acolhida carinhosa da população e clima de alegria motivaram visitantes. 

Confira a reportagem 


Russos elogiam Cuiabá e dizem que cidade é “incrível” Capital é a primeira estadia de grupo, que depois segue para o Rio de Janeiro


Tony Ribeiro/MidiaNews


Russos destacam hospitalidade e não reclamam do calor

ISA SOUSA E LISLAINE DOS ANJOS
DA REDAÇÃO

A hospitalidade cuiabana foi, mais uma vez, citada pelos turistas estrangeiros que estão na Capital para a Copa do Mundo. 

Em Cuiabá desde ontem (16), Vlad Weber, 32 anos, elogiou a cidade e, diferente do comumente propagado sobre o calor, garantiu que a Capital é “agradável”.




"Cuiabá é uma cidade é incrível, muito bonita e com muitas mulheres belas também. Aqui é muito legal"
“Cuiabá é uma cidade incrível, muito bonita e com muitas mulheres belas também. Aqui é muito legal”, afirmou durante jogo do Brasil e México, no Fan Park, estrutura oficial da Fifa para o Mundial.

Do espaço, Weber se encaminhará para a Arena Pantanal, onde afirmou que a seleção de seu país vencerá por um placar de 3 a 0. 

Durante todo o jogo, o russo foi a “sensação” das brasileiras, que pediam a todo momento para serem fotografadas ao lado dos turistas, praticamente os únicos "gringos" do local. 

Amigo de Weber, Anton Redchitc, 32 anos, afirmou que ficará dois dias em Cuiabá, cidade que considerou “muito grande”.

“Eu gostei bastante, o Fan Park é muito legal e achei a cidade muito grande. Quanto ao calor, eu já estive na Índia e achei muito parecido, não é muito quente”, completou. 

Com ainda dois amigos, o grupo segue para o Rio de Janeiro depois de Cuiabá. Lá, os russos verão a seleção enfrentar a Bélgica no dia 22, no Maracanã. 

Em seguida, os quatros seguem viagem para Curitiba, onde o confronto é contra a Argélia, na Arena da Baixada.

Belezas de MT Chilenos e australianos apreciam cachoeiras


DA REDAÇÃO

Australianos fazem rafting em Jaciara. Foto: Centro Oeste Rafting Expedições/Junynho Gomes R
Australianos e chilenos aproveitaram o fim de semana para conhecer as belezas naturais nos arredores de Cuiabá, antes de se despedir do Mato Grosso. Em Jaciara (147 km ao Sul de Cuiabá), por exemplo, eles se encantaram com ascachoeiras e piscinas naturais, e alguns até se arriscaram a praticar rafting e rapel, segundo reportagem especial do jornal O Globo. Foi o caso de Ben Knight e Dan Sweetaple, respectivamente, apresentador e cinegrafista do principal telejornal da ABC australiana. 

Depois de ficar num hotel recomendado pela Fifa, com quartos sem janelas, perto do Aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande, eles puderam enfim relaxar na natureza, graças a um voo cancelado. Um grupo de 150 chilenos em dois ônibus também parou no local para continuar a celebrar a vitória antes de seguir viagem para o Rio, onde o Chile joga, nesta quarta-feira (18), com a Espanha.

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17 de junho de 2014

Índios assistem jogo hoje na Arena





Índios chegam nesta terça para assistir jogo na Arena e serão recebidos no Centro Aberto de Mídia às 13h

Nessa terça-feira (17), às 13h, o Centro Aberto de Mídia de Cuiabá (CAM) recebe indígenas das tribos Pareci e Bakairi para a inauguração oficial da mini Arena Pantanal, novidade que o espaço reserva para jornalistas e convidados.

No local, os índios da tribo Pareci devem fazer uma breve apresentação da modalidade esportiva muito comum na aldeia, o Futebol de Cabeça. A regra, no geral, é bem simples, é válido apenas toque de cabeça. O objetivo, como no vôlei, é deixar a bola cair no chão do campo adversário ou impedi-lo de mandar a bola de volta.

Logo após a vinda até o CAM, todos seguirão até a Arena Pantanal para assistirem a partida Coreia do Sul x Rússia, a convite da Fifa. Ainda no CAM, está programada uma disputa entre torcedores sul-coreanos e russos que vieram até Cuiabá assistir o jogo.

Nações indígenas na Arena: 

Pareci: A primeira referência dos índios Pareci foi no século XVII. Na época, bandeirantes paulistas vararam os sertões na área que hoje é o estado de Mato Grosso, à caça de índios – prática que aliaram à exploração das riquezas minerais da região.

Bakairi: Antes das rodovias, era a tribo que controlava o acesso das expedições científicas ao alto Xingu, onde parte deles morava. Hoje vivem no sudoeste dessa área, como pescadores e agricultores, sobretudo “mandioqueiros”, como os demais Karib.

Cuiabá 'ferve' com festa da torcida no segundo dia de jogo na Arena Pantanal

Foto: Olhar DiretoDa Redação - Priscilla Silva/Patrícia Neves

Cuiabá 'ferve' com festa da torcida no segundo dia de jogo na Arena Pantanal
O segundo dia de disputa na Arena Pantanal fez Cuiabá ferver. Milhares de pessoas - estima-se que pelo menos três mil - foram para as ruas ‘festejar’ o empate (1 a 1) de Rússia e Coreia do Sul e também o magro resultado de zero a zero entre Brasil e México. Mais uma vez, o público se concentrou na região da Praça 8 de Abril. Já o Fifa Fan Fest, instalado no Parque de Exposições Jonas Pinheiro teve um público estimado em mais de 40 mil pessoas. 

No Fan Fest sobrou tumulto na portaria em razão da quantidade de pessoas tentando entrar ao mesmo tempo. Os seguranças particulares, sem conseguir atender a demanda, deixaram que centenas de pessoas entrassem no espaço sem que passassem por uma vistoria. Essa situação se repetiu já que na estreia do Fifa Fan Fest houve falha no procedimento de revista. 

Foto - Priscilla Silva/ Olhar Direto

Na região da Praça Popular, dezenas de carros com som estridente, venda desregrada de bebida alcóolica fizeram parte da festa. Até mesmo caminhar pela região ficou complicado. Em alguns pontos o odor de maconha era de fácil percepção, apesar da presença ostensiva da Polícia Militar.  A todo o momento, torcedores chegavam carregados de cooler e isopores recheados de bebidas para festejarem o mundial. Para evitar confusões, o policiamento foi reforçado no local. Cerca de 30 homens faziam a segurança do local. Por volta das 19h, a única preocupação dos policiais era encontrar quanto ao cheiro de maconha que sobressaia da multidão. 

O jogo entre a Coreia do Sul e a Rússia que passava nos telões de alguns bares foi ignorada, os carros de som ecoavam ritmos que iam do lambadão ao sertanejo universitário com volume bem acima do permitido em lei. O grande volume de pessoas obrigou a Polícia Militar a fechar uma das ruas, além de duas viaturas no local. 

Moradora da Praça Popular, Eliana Rabanim, acompanhava a movimentação sentada na porta de sua residência. Ela assistiu à partida em companhia de duas amigas e disse já estar acostumada à frenética movimentação da Praça.

Tido como reduto de muitos boêmios de Cuiabá, Elaina não se surpreendeu com a superlotação do local mesmo depois de uma partida que não trouxe muitas emoções aos brasileiros. “Estão comemorando porque já estava tudo pronto”, referiu-se ao otimismo dos brasileiros. 

Já na Avenida Lava Pés, o tráfego de carros era tranquilo, entretanto cenas de imprudências como ingestão de bebidas alcoólicas eram explícitas. A presença do exército nas ruas e seu armamento pesado parecem não terem intimidado um grupo de pessoas, distribuídos em dois veículos. Eles aproveitaram o momento em que um semáforo estava fechado para repartirem cervejas entre os motoristas. Nada foi feito perante a imprudência e os veículos seguiram bebendo.

A Secretaria  de Trãnsito e Transportes Urbanos (SMTU) informou quee 170 agentes de fiscalização trabalharam  na  data de hoje (17).