8 de novembro de 2011

Mato Grosso é pioneiro em trilha para deficiente visual






Lançado na manhã desta terça-feira (08.11), a primeira trilha para deficientes visuais do país. Algo semelhante apenas a pista de caminhada para cegos no município de Socorro, em São Paulo que é referencia em turismo de acessibilidade, no Brasil.

O percurso de 440 metros esta localizado em Chapada do Guimarães (64 quilômetros de Cuiabá), no Vale da Benção – Espaço Turístico Chapada Aventura, tem como diferencial associar lazer e conhecimento. A trilha possui cordões e sinalização tátil de onde o visitante pode conhecer um pouco sobre as 32 espécies nativas catalogadas em braile.

Para Jackson Mercado Freitas que participou do processo de construção da trilha a oportunidade é única. Ele comenta que só de sentir o cheiro da mata já tira todo seu estresse. “Por não enxergar tenho meus outros sentidos apurados consigo relaxar apenas com o vento. O espaço é formidável eu recomendo”, disse.

Ao todo 12 pessoas do Centro de Apoio a Suporte à Inclusão da Educação Especial (Casies) participaram do processo de validação da trilha que obedece às normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

“Foi uma experiência maravilhosa durante três dias estudaram o percurso da trilha e tiveram mais uma semana de Curso de Orientação e Mobilidade aos guias do espaço Chapada Aventura”, frisa a coordenadora técnica do Casies, Silvana Consuelo.

Toda iniciativa é fruto da parceria entre o Sebrae Mato Grosso, Secretária de Desenvolvimento do Turismo (Sedtur) e Prefeitura de Chapada e faz parte do projeto de Formatação de Produtos Turísticos que busca melhorar a competitividade turística de Chapada e conseqüentemente de Mato Grosso.

Representando a secretária Teté Bezerra, o coordenador de Turismo Rural da Sedtur, Geraldo Lucio, comenta a importância de Mato Grosso esta preocupado em explorar o Turismo Especial que segundo ele será referência para outros estados e municípios. “Saímos na frente. Agora é melhorar cada vez mais, pois potencial nós temos e beleza natural também que precisa se explorado”, completa.

Para a diretora do Sebrae, Eneida Maria Oliveira, o projeto é pioneiro e piloto, tem como objetivo ser aperfeiçoado, pois é um nicho de mercado que vem se destacando. “Queremos que os participantes se sintam a vontade em nos dar sugestões de melhorias e se possível contribuir com orientações”, disse.

Já o vice-prefeito de Chapada, Elias Santos se mostrou empolgado com a trilha. Preferiu fazer o percurso com os olhos atados. “Quis sentir o que uma pessoa com deficiência visual sentiria. É uma sensação de dependência e ao mesmo tempo de liberdade. Foi uma experiência desafiadora. Aconselho que todos façam o mesmo”, frisou.
Informações Interessados devem agendar antecipadamente pelo site www.chapadaaventura.com.br ou pelo telefone (65) 9224-1690, pois é necessário o acompanhamento de um guia durante o percurso.






































































































Fonte: SEDTUR

7 de novembro de 2011

Distrito da Guia tem Retreta na Praça


Como nos velhos tempos. Projeto da Secretaria de Estado de Cultura, com parcerias, leva bandas de instituições a municípios da Baixada Cuiabana

Da Redação
O projeto Retreta na Praça continua de vento em popa. A população tem recebido de braços abertos as bandas que tocam e encantam os mais afinados ouvidos de moradores de várias cidades mato-grossenses. Até agora seis municípios já receberam a Retreta na Praça. Neste sábado (30) é a vez de o Distrito da Guia, localizado a aproximadamente 30 quilômetros de Cuiabá, ver “a banda passar”.

Os municípios de Santo Antônio do Leverger, Cuiabá, Rosário Oeste, Chapada dos Guimarães, Barão de Melgaço e Nossa Senhora do Livramento já viram e ouviram a banda tocar. O evento é de abrangência social e é realizado pela Secretaria de Estado de Cultura, em parceria com a Associação Matogrossense dos Municípios (AMM), o Corpo Musical da Polícia Militar de Mato Grosso, a Banda de Música do Corpo de Bombeiros e a 13ª Brigada de Infantaria Motorizada.

O objetivo do projeto, que já está em sua segunda edição, é promover entretenimento de qualidade através das bandas musicais para a população de Cuiabá e municípios da Baixada Cuiabana, além de viabilizar a circulação de bandas musicais pelas praças das cidades.

A iniciativa também é entretenimento de forma gratuita para a população; e promove a integração das Bandas do Exército, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros. O projeto contempla ainda a valorização das praças públicas, estimulando o hábito da sociedade de frequentá-la, para rememorar antigas retretas que marcaram época em Mato Grosso.

“Entendemos que é hora de retomarmos essa atividade que muito tempo animou nossas vidas nas tardes dominicais. Levar a música, que toca a sensibilidade dos mais velhos e desperta à curiosidade da juventude, ao reencontro desse público ávido por entretenimento saudável”, disse o secretário de Estado de Cultura João Malheiros.

Ao todo, serão 17 Concertos em Praça pública. As cidades que receberão o Projeto serão os 12 municípios da baixada cuiabana com três bandas: Exército, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros. O período vai de maio a outubro. A apresentação de hoje na Guia teráinício a partir das 19h30, na Praça Popular do Distrito. Os próximos municípios a receberem a Retreta serão Poconé, Planalto da Serra, Nova Brasilândia, Acorizal, Várzea Grande, Nobres, São Pedro da Cipa e Jangada.

Fonte: com assessoria Diario de Cuiabá

Conheça um pouco sobre o Distrito da Guia no município ded Cuiabá - Mato Grosso




A história do Distrito Nossa Senhora da Guia se confunde com a história da Capital, porque sua localização, às margens do Rio Coxipó-Açu, fez do lugar ponto de parada para as tropas que navegavam por esse rio trazendo mercadorias para a Capital e, conseqüentemente, desenvolvimento, colonização e expansão ao “porto guiense”.

O Distrito fica situado a cerca de 40 km da capital cuiabana. O distrito da Guia tem seu surgimento ligado às expedições chefiadas pelo Capitão-Mor Gabriel Antunes Maciel que, nas suas manobras em direção ao norte da capitania, navegou pela passagem que posteriormente deu origem ao Distrito. Este foi o primeiro caminho rumo ao norte.

Dom Rodrigo César de Menezes, Capitão General Governador da Capitania de São Paulo e o responsável pelas navegações da Vila de Cuiabá (hoje, Cuiabá – Capital de Mato Grosso), tinha como principal objetivo controlar o ouro da minas cuiabanas com vistas a uma melhor arrecadação aos quintos da Coroa Portuguesa. Adotava uma postura rígida com legislações rigorosas que tolhiam qualquer possibilidade de crescimento econômico dos mineiros que trabalhavam para sua capitania e estes, por sua vez, entregavam todo o ouro em troca de alimentação.

Documentos diversos registram como possível data de surgimento da Guia o período correspondente entre os anos de 1736 e 1744, comprovando que o lugarejo apareceu no século XVIII – período em que Cuiabá ganhava atenção da Capitania Portuguesa.

Como a maioria das cidades colonizadas durante o Império Português, Guia nasceu a partir da descoberta de algumas pepitas de ouro que deram lugar a um pequeno garimpo e atraíram alguns mineradores e suas famílias para o lugarejo.

Antes de ser nomeado de distrito, Nossa Senhora da Guia recebeu o título de Freguezia – nome dado às vilas ou aos lugarejos que detinham maior poder político na época. O vilarejo, nomeado de Freguezia Nossa Senhora da Guia, representava uma fatia importante da economia cuiabana, pois era um dos mais importantes produtores de açúcar e farinha da região.

No que se refere às ascendências de Guia, Alencastro sugere que o Distrito tem influência dos colonizadores nordestinos, mineiros e especialmente paulistas, dado à procedência de todas as expedições vindas a Cuiabá - São Paulo.

O lugar de destaque na história do Ditrito é a Capela de Nossa Senhora da Guia localizada no centro, ponto no qual também foi construída uma praça para reunir os moradores. Tal localização propiciava as reuniões de amigos e as discussões acerca dos problemas a serem resolvidos na comunidade. A igreja era o referencial de fé, de organização social e um líder silencioso

Pesquisadores lançam capim elefante mais produtivo para alimentação bovina

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer) preparam o lançamento para o mês de março de 2012, da cultivar Canará, material genético do capim elefante. Considerada uma das mais importantes forrageiras tropicais, devido ao seu elevado potencial de produção de biomassa, fácil adaptação aos diversos ecossistemas, boa aceitação pelos animais e muito utilizada na alimentação de rebanhos. A cultivar apresenta diferencial de crescimento e produtividade no período da seca.

O pesquisador da Empaer, Francisco Idelfonso Campos e o zootecnista, Antônio Rômulo Fava, acompanharam a evolução da gramínea e experimentos no campo experimental da Empaer, no município de Tangará da Serra (239 km a Médio Norte de Cuiabá). O Trabalho de pesquisa com o capim elefante no Estado começou no ano de 1998, com o teste de 58 clones e apenas 14 aceitos. Os clones são oriundos do Centro Nacional de Pesquisa Gado de Leite do Estado de Minas Gerais.

A pesquisa teve como objetivo selecionar pelo menos um clone mais produtivo e adaptado para repassar aos pecuaristas. O pesquisador Francisco explica que no período das chuvas, o capim elefante produz de 70 a 80% de matéria verde e 20 a 30% no período da seca. O capim produz até 100 toneladas de matéria seca ou 700 toneladas de matéria viva por hectare, considerado um índice extraordinário. A maior produção do experimento no cerrado atingiu 63 toneladas de matéria seca e 500 toneladas de matéria viva por hectare.

Conforme o zootecnista, Antônio, o capim elefante pode ser usado de várias maneiras, seja em pastejo direto, rotacionado ou na capineira em que a forrageira é cortada e colocada no cocho para o consumo do animal. Ele explica que mais de 50% das capineiras no Brasil utilizam como volumoso a cana-de-açúcar. O capim elefante é pouco utilizado porque oferece maior número de manejo. Enquanto a cana-de-açúcar é cortada apenas uma vez por ano, o capim elefante sofre cinco cortes.

Quando o manejo é feito corretamente, o corte do capim no período das chuvas é realizado de 30 a 60 dias, e no período da seca, entre 60 a 90 dias. O teor protéico do capim elefante chega a 16%, enquanto a cana-de-açúcar atinge o máximo de 4%. “O teor protéico é fundamental para a alimentação animal tanto para produção de carne e leite. A Cana-de-açúcar é rica em energia e pobre em proteína”, esclarece Fava.

O pecuarista tem que ficar atento com o período de corte da gramínea, caso passe do ponto, tornará um capim fibroso, com baixo teor protéico e dificultar a digestão do rebanho. Segundo Fava, o capim elefante pode chegar até 300 toneladas de massa verde por hectare/ano, enquanto a cana-de-açúcar produz até 120 toneladas de massa verde hectare/ano. “O capim elefante é a gramínea mais produtiva que conheço”, destaca Antônio.

A pesquisa faz parte do Programa Renasce (Rede Nacional de Avaliação de Capim Elefante), coordenado pela Embrapa com a participação de 16 Estados do Brasil. Conforme Campos, o nome da cultivar Canará, que significa planta alta e semelhante à cana-de-açúcar, na língua Tupi Guarani, foi escolhido pelos pesquisadores da Empaer e aceito pelos coordenadores do Programa.
Fonte: Rosana Persona (Jornalista)