8 de agosto de 2019

_*DESENVOLVIMENTO* *Governo de MT quer estreitar parceria com o Chile para turismo*


_Governador Mauro Mendes recebeu o embaixador do Chile para tratar de desenvolvimento econômico_
Thielli Bairros | Sedec – MT
A divulgação das belezas naturais e dos serviços de turismo de Mato Grosso deve ser ampliada para o Chile. Em visita oficial ao Estado nesta quinta-feira (08.08), o embaixador do Chile no Brasil, Fernando Schimidt, disse que gostaria de ver mais chilenos visitando a região.
“Poucos chilenos conhecem a potencialidade do Pantanal, por exemplo. Nós recebemos quase 600 mil turistas brasileiros por ano e acredito que muito pode ser feito para atrair os chilenos para cá também”, afirmou.
O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes, ressaltaou que o Estado está alinhado com a visão global de sustentabilidade. “Não apenas a sustentabilidade dos ecossistemas, mas de sustentabilidade econômica respeitando as legislações ambientais”, disse.
O secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, César Miranda, informou que há a expectativa de que o processo de internacionalização do Aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande, seja resolvido até o final deste ano. “Desta forma, conseguiremos maior integração com os países da América Latina e poderemos fomentar ainda mais o turismo em Mato Grosso”, ressaltou.
A Embaixada Chilena no Brasil está realizando visitas oficiais em todos os estados brasileiros. “Sempre temos muito a conversar com o governo de Mato Grosso, pois também somos um País produtor de matérias agrícolas e exportador do agronegócio para todo o mundo. Produzimos, também, muita energia alternativa, o que nos faz sede da COP 25, o maior evento ambiental do mundo”, explicou o embaixador Schimidt.
O Brasil foi o principal parceiro comercial do Chile na América Latina em2018. O intercâmbio comercial bilateral foi de cerca de US$ 9,77 bilhões – crescimento de 15% em relação ao ano anterior, de acordo com dados do Ministério da Economia. Entre os principais produtos exportados para o Chile estão óleos brutos de petróleo, carne, automóveis e tratores. Já o Brasil importa principalmente derivados de cobre, salmão e vinhos.
“Já está tudo montado para que os próprios empresários possam aproveitar as oportunidades que o Brasil e Mato Grosso oferecem, temos um acordo de livre comércio que faz sermos grandes parceiros. O Chile investiu no Brasil algo em torno de US$ 35 bilhões no último ano”, finalizou Fernando Schmidt.

7 de agosto de 2019

Prezadas parceiras e prezados parceiros,   O projeto de cooperação técnica entre PNUD e Secretaria Nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SNPIR) BRA 15/010 abriu edital

O projeto de cooperação técnica entre PNUD e Secretaria Nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SNPIR) BRA 15/010 abriu edital no valor de R$ 900 mil para apoiar iniciativas de Organizações da Sociedade Civil que atuem em estados e municípios integrantes do Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial (Sinapir).
 
Gostaria de solicitar seu apoio para circular a informação com organizações que tenham interesse em submeter propostas.
 
Os recursos são voltados ao apoio de ações nas áreas temáticas de Políticas Afirmativas e Políticas para Povos e Comunidades Tradicionais, conforme detalhado abaixo. Os valores de cada uma delas deve ser de até
R$ 90 mil e não há exigência de contrapartida financeira para as proponentes. O prazo final para o envio é 4 de outubro de 2019.
 
Atentem, por favor, para o fato de que é necessário apresentar a proposta de acordo com o modelo do edital. Veja aqui: https://bit.ly/2ZGfGMm
 
Dúvidas podem ser encaminhadas para o e-mailseppir.sinapir@mdh.gov.br.
 
Os recursos poderão apoiar ações nas áreas temáticas de:
I. Políticas Afirmativas:
- Projetos relativos ao Plano de Enfrentamento ao Racismo Institucional (PCRI);
- Projetos voltados para a aperfeiçoamento profissional e ao empreendedorismo;
- Projetos para a implementação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB);
- Projetos de garantias de direitos e tratamento não discriminatório, valorização da vida, proteção, empoderamento e atendimento social de crianças, adolescentes, jovens negros e mulheres negras em situação de vulnerabilidade social e violência;
- Projetos de economia solidária, empreendedorismo, geração de renda e de emprego formal com foco em jovens e mulheres negras, com prioridade para pessoa negra em situação de rua, aquelas com deficiência e saúde mental e violência;
- Projetos que promovam acesso e permanência no mercado de trabalho e empreendedorismo, que preferencialmente combinem o enfrentamento à violência, ao racismo e à lgbtfobia;
- Projetos que estimulem e fortaleçam as ações afirmativas, em organizações privadas, voltadas para mulheres negras, com ênfase em: geração de renda e emprego formal, violência doméstica e saúde da população negra;
- Projetos de fomento para iniciativas que estimulem a promoção de mídias negras, a partir das expressões culturais formadoras das identidades negras, com a participação e o protagonismo dos atores locais, alcançando mulheres negras, juventude negra e LGBT negro/as;
- Projetos que estimulem a existência e a valorização da pessoa negra, das manifestações de cultura, da memória e das tradições da população negra e o acesso à informação dessa cultura;
- Projetos que visem a garantia de direitos e tratamento não discriminatório de negras e negros presas/os e egressas/os do sistema carcerário.
 
II. Políticas para Povos e Comunidades Tradicionais:
- Projetos para a inclusão produtiva, desenvolvimento local, assistência técnica e comercialização de bens e serviços;
- Projeto de incentivo e o fomento da cultura;
- Projetos que promovam o desenvolvimento local de povos e comunidades tradicionais focando em inclusão produtiva, economia solidária, instrução para acesso a crédito, acesso a mercados e assistência técnica e extensão rural;
- São elegíveis projetos que tenham como foco um ou mais dos seguintes povos e comunidades: Comunidades quilombolas; Povos e comunidades de terreiro/povos e comunidades de matriz africana; Povos ciganos; Pescadores artesanais; Extrativistas; Extrativistas costeiros e marinhos; Caiçaras; Faxinalenses; Benzedeiros; Ilhéus; Raizeiros; Geraizeiros; Caatingueiros; Vazanteiros; Veredeiros; Apanhadores de flores sempre vivas; Pantaneiros; Morroquianos; Povo Pomerano; Catadores de mangaba; Quebradeiras de coco babaçu; Retireiros do Araguaia; Comunidades de fundos e fechos de pasto; Ribeirinhos; Cipozeiros; Andirobeiros; Caboclos; Povos indígenas.
 
Cordialmente,
 
Ismália Afonso
Analista de Programa -  Gênero e Raça
Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento | Brasil
Programme Analyst, Gender and Ethnicity
United Nations Development Programme | Brazil
ismalia.afonso@undp.org
Work +55 61 3038 9021
www.pnud.org.br

4 de agosto de 2019

Turismo rural high tech: Nova Mutum abre as portas das agroindústrias de MT


Conhecer de perto as gigantescas lavouras de soja, milho e algodão é só um dos atrativos do berço do agronegócio mato-grossense

Laura Nabuco
lauranbranco@gmail.com

As definições de turismo rural foram atualizadas com sucesso. Em Nova Mutum (240 km de Cuiabá), um dos municípios berço do agronegócio mato-grossense, no lugar de tirar leite da vaca e andar de charrete, o turista é convidado a conhecer, por dentro, as agroindústrias que melhor utilizam a tecnologia disponível no país.

Chamado de turismo agrotecnológico, o projeto funciona há aproximadamente um ano e envolve 12 “atrativos”, que vão de gigantescas fazendas produtoras de soja, milho e algodão, a multinacionais de processamento de alimentos e até uma fábrica de suco de uva integral e outra, de cerveja artesanal.

Os pacotes de viagem são ofertados por agências de turismo credenciadas junto à Prefeitura de Nova Mutum. Incluem guias especializados, equipamentos de proteção individual, além de transporte local e hospedagem.

As visitas às empresas e fazendas duram de duas a cinco horas. Em alguns casos, é permitido fotografar e filmar as instalações e os processos executados. Tudo a, no máximo, 50 quilômetros de distância da sede da cidade, onde o turista ainda pode desfrutar de restaurantes, assistir a uma orquestra e se divertir em um parque aquático.

A transformação

“Se eu tentasse concorrer com Nobres (125 km de Cuiabá), eu não conseguiria. Não temos atributos naturais como outras regiões. Não precisa ser muito inteligente para saber que nossa vocação está no agronegócio. Então, começamos a pensar em como transforma essa agricultura ‘tecnificada’ em um produto turístico”.

A afirmação é do secretário de Indústria, Comércio e Turismo de Nova Mutum, Jimmy Anderson Huppes, segundo quem a proposta de turismo agrotecnológico passou por uma gestação de aproximadamente sete anos.

“Aqui no Brasil, eu desconheço um modelo semelhante. Até pedi que interlocutores fizessem contato para ver se havia algo parecido para ir lá ver como funciona. Eles me passaram alguns modelos, mas tudo voltado para o turismo rural. Não era isso que nós queríamos. É um produto realmente diferente o que a gente conseguiu criar aqui”.

O projeto nasceu com auxílio do Sebrae e dinheiro do próprio município para organizar a rede de serviços necessários para atender os turistas. Hoje, todas as informações estão disponíveis no site da prefeitura. Lá é possível saber até qual o melhor período do ano para viajar e ver o plantio, a colheita e o beneficiamento dos grãos, por exemplo.

De acordo com o secretário, não houve portas fechadas por parte das grandes empresas do agro instaladas na cidade. Elas, inclusive, abriram mão de cobrar qualquer quantia de quem vai conhecer suas instalações. “Eles viram como vantagem, mas o negócio deles não é receber turista”.

Bolsonaro anuncia Richard Rasmussen como embaixador do turismo


O presidente da República comunicou pelo Twitter que o biólogo e apresentador ocupará o cargo, que tem como finalidade promover a atividade

Por Da Redação

access_time3 ago 2019, 12h14 - Publicado em 3 ago 2019, 11h50

more_horiz



Bolsonaro anunciou Richard Rasmussen como embaixador do Turismo pelo Twitter (Twitter/Jair Bolsonaro/Reprodução)

presidente Jair Bolsonaro anunciou nesta sexta-feira, 02, o biólogo e apresentador Richard Rasmussen como novo embaixador do turismo no Brasil. Bolsonaro informou a decisão em sua conta oficial no Twitter.

“Richard Rasmussen, com muita honra, é o Embaixador do Turismo no Brasil”, tuitou Bolsonaro.

PUBLICIDADE


No vídeo de apresentação, Rasmussen afirmou que quer ajudar o país e a Embratur, autarquia especial do Ministério do Turismo, a “fortalecer o ecoturismo para além do eixo-vicioso do Brasil”, referindo-se a localidades como florestas tropicais e o Pantanal.

“Quando a gente traz o turista que procura experiências de natureza, nós estamos ajudando a fiscalizar melhor as nossas áreas naturais, nós estamos ajudando a levar renda e capacitação para áreas que, normalmente, são carentes de recursos econômicos”, disse o biólogo.

Fonte: https://exame.abril.com.br/brasil/bolsonaro-anuncia-richard-rasmussen-como-embaixador-do-turismo/

2 de agosto de 2019

Cadastro Ambiental Rural passa a ser obrigatório na declaração do ITR


Dados do CAR serão considerados para efeito de cálculo da área não tributável da propriedade rural

Raphael Salomão

Globo+


Experimente 30 dias grátis

As informações ambientais são importantes para ser feita a exclusão das áreas não tributáveis da base de cálculo do imposto devido pelo proprietário rural (Foto: Fernando Martinho)


Salvar

O governo federal tornou uma exigência a apresentação do recibo do Cadastro Ambiental Rural na declaração do Imposto Territorial Rural (ITR). É o que consta na Instrução Normativa 1.902, publicada em 19/07/2019, que define as regras para os proprietários rurais de todo o Brasil apresentarem à Receita Federal a declaração deste ano. As informações ambientais são importantes para ser feita a exclusão das áreas não tributáveis da base de cálculo do imposto devido pelo proprietário rural.

No artigo 6º da normativa, que se refere aos dados sobre as áreas de preservação ambiental, a Receita Federal diz que o contribuinte tem que cumprir com duas exigências: apresentar o Ato Declaratório Ambiental (ADA) ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e informar o recibo do CAR na declaração. Todos os comprovantes deverão constar na declaração.

"A informação, na DITR (Declaração do Imposto Territorial Rural), do número do recibo do ADA de 2019 apresentado ao Ibama e do número do recibo de inscrição do imóvel rural no CAR é obrigatória para todos os contribuintes do ITR”, diz o texto.

Uma redação bem diferente da normativa para o ITR de 2018. Na IN 1.820, de julho do ano passado, dizia apenas que o contribuinte deveria apresenta a ADA ao Ibama. E acrescentava que quem já tinha o Cadastro Ambiental Rural deveria informar na declaração.

SAIBA MAIS

1 de agosto de 2019

Pesquisador 'troca' EUA pelo Pantanal de MT após se encantar por onças e há 40 anos cria projetos de preservação



Douglas Brian Trent, registrou cerca de 80 onças-pintadas e mais de 2.400 aves no Pantanal. A identificação e a catalogação dos felinos é feita por meio de fotos das cabeças dos animais.


G1 MT




Publicidade


Há quase 40 anos um pesquisador norte-americano trabalha documentando onças-pintadas, aves e outros animais em meio ao Pantanal Mato-grossense . O ecologista Douglas Brian Trent tem 62 anos e registrou diversos animais selvagens através de projetos de pesquisa e do trabalho que desenvolve como guia de turismo pelo Rio Paraguai.

Douglas é formado em ecologia, especializado em turismo sustentável, pesquisador e observador de aves desde 1980. Ele veio para o Brasil, e foi morar em Mato Grosso com o objetivo de desenvolver projetos ecológicos para preservação ambiental e combate à pobreza.

O ecologista contou ao G1 como se apaixonou pelas onças e um pouco da própria história. Na década de 80 ele estava viajando para Aripuanã, a 976 km de Cuiabá, em um ônibus com garimpeiros, quando viu pela primeira vez uma onça.

“Eu estava parado próximo ao veículo e de repente uma onça preta passou pulando na minha frente e atravessando a estrada, provavelmente atrás de uma presa. Naquele momento comecei a ter uma fascinação pelo animal, era muito bonita, e decidi ficar e ajudar na preservação da espécie e de outros animais” disse.
O ecologista contou que foi o pioneiro em trazer gringos para observar onças pelo Rio Paraguai. Em 1981, criou uma companhia de turismo de natureza e começou a trazer grupos de observadores dos Estados Unidos e da Europa, levando-os ao Pantanal para observar onças através de embarcações pelo rio.

Douglas começou a desenvolver projetos ambientais em parceria com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Um desses trabalhos foi o de identificação de onças-pintadas na Estação Ecológica do Taiamã, às margens do Rio Paraguai. Este trabalho foi concluído em 2008.

Em 2013, iniciou o projeto “Bichos do Pantanal”, para educação ambiental, observação das onças, e contagem de aves na região da Estação Taiamã. Este segundo projeto finalizou em 2015.

Através dos projetos ecológicos desenvolvidos, Douglas disse que mais de 44 mil crianças das escolas de Cáceres, a 220 km da capital, e outros municípios próximos, tiveram aulas práticas de educação ambiental. Esse alunos tiveram a experiência de observar aves utilizando binóculos e receberam orientações sobre a proteção das espécies.

O pesquisador trabalha com o estudo da preservação da biodiversidade. Com seus trabalhos já fotografou, identificou e catalogou cerca de 2.400 espécies de aves brasileiras o e 80 onças-pintadas pela região pantaneira do estado. A identificação e a catalogação dos felinos é feita por meio de fotos das cabeças dos animais.

O ecologista é diretor de pesquisa e coordenador técnico do projeto “Bichos do Pantanal” que foi retomado em agosto de 2018. Douglas nasceu na cidade de Russell, no Kansas, no Estados Unidos (EUA). Formou-se em ecologia no ano de 1979 e decidiu conhecer o mundo.

Douglas compartilhou com o G1 alguns registros que fez no mês de junho deste mês, quando fez uma expedição pelo Pantanal. Essas incursões são comuns, pois sempre está fotografando e documentando animais em meio a natureza pantaneira.

Dedicado a preservação da biodiversidade ao turismo ecológico e sustentável, apaixonado pelas onças e defensor das causas ambientais, Douglas veio para Mato Grosso e resolver ficar para lutar em prol ao meio ambiente e a natureza.


O ambientalista já passou uma temporada na África, e em outros países para desenvolver projetos ligados a sustentabilidade e levantar recursos financeiros e aliados para viabilizá-los.

* Sob a supervisão de Denise Soares


31 de julho de 2019

Vereadores tentam mudar nome de ponto turístico de MT de Portão do Inferno para 'Portão do Paraíso'


O ponto turístico é um precipício próximo ao Parque Nacional de Chapada dos Guimarães. Para os vereadores, a mudança trará "bons fluídos e vai atrair mais turistas".

Por André Souza, G1 MT

Paredões na região do Portão do Inferno chegam a 150 metros de altura. — Foto: José Medeiros/GCOM-MT

Os vereadores de Chapada dos Guimarães, a 65 km da capital, e de Cuiabá devem se reunir em uma audiência pública para discutir ações para consolidar a mudança do nome do Portão do Inferno, ponto turístico entre os dois municípios, para 'Portão do Paraíso'.

O ponto turístico é um precipício, que fica às margens da MT-251, próximo ao Parque Nacional de Chapada dos Guimarães.

Uma lei de 1998, sancionada pelo então prefeito de Chapada dos Guimarães, Sebastião Treme Terra, já havia alterado o nome do precipício.

O objetivo dos parlamentares é realizar uma audiência pública para definir ações que promovam e consolidem o novo nome do local.

Para os vereadores, a mudança trará "bons fluídos e vai atrair mais turistas".

A proposta foi feita pelo presidente da Câmara de Cuiabá e deve ser apreciada pelos demais parlamentares após o fim do recesso.

Brasil se consolida como maior exportador global de soja, com participação de 56%



O país ampliou em 29% as vendas externas de soja em relação ao ano anterior

Globo+


Experimente 30 dias grátis

O Brasil se consolidou como maior exportador de soja em 2018, atingindo participação de 56% nas exportações globais do grão (Foto: Jonathan Campos/Ag. Gazeta do Povo)


Salvar

O Brasil se consolidou como maior exportador de soja em 2018, atingindo participação de 56% nas exportações globais do grão, mostra levantamento divulgado pela Organização Mundial do Comércio (OMC). O país ampliou em 29% as vendas externas de soja em relação ao ano anterior. Já as exportações de soja dos EUA representaram 29% do total no ano passado, segundo a entidade, com embarques caindo 20% ante 2017.

O Paraguai representou 4% dos embarques da oleaginosa em 2018 (aumento de 3% nas exportações na comparação anual), enquanto o Canadá significou outros 4% (incremento de 14%). Ainda conforme a OMC, as exportações totais de soja em 2018 totalizaram US$ 60 bilhões. Em 2017, os embarques da oleaginosa haviam totalizado US$ 58 bilhões.

A participação da oleaginosa nas exportações de produtos agrícolas aumentou de 2,6% em 2008 para 3,3% em 2018. Em média, as exportações de soja aumentaram 5,5% ao ano durante esse período de 10 anos, atingindo um pico em 2018. "As exportações de soja cresceram mais do que as exportações de produtos agrícolas em geral (3,1% ao ano), apesar de uma queda de 24% nos preços da soja desde 2008", disse a OMC.

SAIBA MAIS

Cenário de poucos negócios pressiona cotação da soja

SLC começa a vender sementes de soja mirando Mato Grosso e Matopiba

O Brasil ampliou em 6% as exportações de produtos agrícolas em 2018 ante o ano anterior, atingindo receita de US$ 93 bilhões, e continuou ocupando o posto de terceiro maior exportador do segmento, apontou a OMC. O maior aumento foi da China, de 9% na comparação com 2017, para US$ 83 bilhões.

O país asiático vem logo atrás do Brasil, no quarto lugar entre os maiores exportadores de produtos agrícolas. De acordo com a OMC, a União Europeia continuou liderando a lista, com receita obtida com a exportação do setor de US$ 681 bilhões (+6% ante 2017), seguida pelos Estados Unidos, com US$ 172 bilhões (+1%).

Entre os dez maiores exportadores de produtos agrícolas, a Austrália foi o país que registrou maior queda nos embarques de 2017 para 2018, de 10%, para US$ 38 bilhões, puxada por trigo e centeio. Com isso, o país perdeu o posto de oitavo maior exportador do segmento para a Índia e passou ao nono lugar.

Você pode ler o conteúdo das edições e matérias exclusivas no Globo Mais, o app com conteúdo para todos os momentos do seu dia. Baixe agora!

Gostou da nossa matéria? Clique aqui para assinar a nossa newsletter e receba mais conteúdos.

25 de julho de 2019

Nova marca do Turismo tem cara de anos 70, diz Sanovicz

OPINIÃO

25/07/2019 10:14:00  | Marcel Buono

  


Convidado como um dos debatedores do painel “Destinos Turísticos Inteligentes: uma arma da competitividade” promovido pelo Instituto Smart City Business, o presidente da Abear, Eduardo Sanovicz, criticou a nova marca do Turismo criada para representar o Brasil mundo afora. De acordo com ele, tal mudança é um retrocesso para o setor.

“Semana passada nos deparamos com uma nova campanha que não tem marcas turísticas. Para começar, a língua portuguesa faz parte da nossa identidade e Brasil escrito com S é o que somos. Já o uso da palavra ‘love’ nos leva de volta aos anos 70 por todos os significados que ela carrega, assim como consequências”, comentou Sanovicz.

Filip Calixto


Eduardo Sanovicz, presidente da Abear

“O que nos torna singulares e relevantes é nossa identidade cultural. Música, desenho, arquitetura e etc. É um debate interessante que temos hoje em dia no mercado. O processo de construção de cidades inteligentes envolve aspectos complexos que levam em consideração a própria história, e a nova marca vai contra essas diretrizes”, continuou o presidente da Abear.

Sanovicz ainda comparou os processos de desenvolvimento da nova marca com a anterior, conhecida como Plano Aquarela. Segundo ele, não houve estudo, planejamento, nem debates com profissionais do setor para definir qual imagem do Brasil seria promovida no mercado internacional.

“O Plano Aquarela foi criado como resultado de um grande debate com mais de uma centena de opiniões e um concurso nacional. O resultado foi sensacional, tanto que perdurou por 15 anos. Mais de 120 empresas utilizaram a identidade visual em um processo que andou em linha com a inteligência colaborativa”, explicou.

Diretora da Matcher Travel Business e presidente da Embratur entre 2006 e 2010, Jeanine Pires escreveu sobre o tema no blog MKT Destinos da PANROTAS. Para ler, clique aqui.

Turismo em Mato Grosso: guia e roteiro de 6 dias

turismo em Mato Grosso

Published by  Travelterapia



Pensando em fazer turismo em Mato Grosso?

Essa é uma excelente ideia, pois o destino reserva paisagens incríveis, muito ecoturismo e aventura.

Você pode conhecer a riqueza da fauna e da flora no Pantanal.

Fazer trilha e conhecer cachoeiras na Chapada dos Guimarães.

Dá ainda para fazer flutuação em Nobres e observar as profundezas de um rio.

Ou seja, fazer turismo em Mato Grosso é a opção perfeita para quem busca fugir da rotina e entrar em contato com a natureza.

Mas quais destinos colocar no roteiro e quantos dicas ficar no Mato Grosso?

Neste post, elaboramos um guia completo com atividades para seis dias, que acreditamos ser o período ideal para conhecer as belezas da região. Vamos nessa?

Turismo em Mato Grosso: Roteiro de 6 Dias

Para ajudar no planejamento da viagem, elaboramos um roteiro de seis dias que você pode seguir ao fazer turismo em Mato Grosso.

Esse período de tempo também é ideal para que você explore o Estado sem deixar de conhecer algum destino importante.

Nós fizemos essa viagem em junho de 2019 a convite do Programa Investe Turismo, do Ministério do Turismo, da Secretaria de Turismo do Estado de Mato Grosso e do Sebrae Mato Grosso.

Foi um roteiro intenso, mas cheio de boas surpresas  — que vamos compartilhar com vocês! 

Aproveite as dicas abaixo para conhecer as atividades que você pode fazer por lá. 

Dia 1: Pôr do sol no Pantanal 

O primeiro destino sugerido no roteiro é o Pantanal, principal ponto mato-grossense para observar a fauna e a flora

Chegamos a Cuiabá (MT) na metade do dia e de lá fizemos a saída para Poconé, cidade que fica a cerca de 100 km da capital.

Para chegar até lá, é preciso fazer parte do percurso pela Transpantaneira, uma estrada de terra de 150 km de extensão.

A Transpantaneira é o principal acesso para o Pantanal. 

Chegando a Poconé, nossa atividade foi um passeio de barco na Pousada Rio Claro, momento em que observamos o pôr do sol e vários animais, como jacarés, antas e aves diversas. 

É um verdadeira espetáculo da natureza!

Passeio de barco durante o pôr do sol é atividade obrigatória no Pantanal. Foto: Mariana Blauth

Na pousada, aproveite para jantar a comida típica do Mato Grosso, com farofa e peixes deliciosos, e descanse, pois o restante da viagem ainda reserva muitas atrações. 

Dia 2: Passeio de barco no Pantanal

No segundo dia, a dica é explorar ao máximo o Pantanal, já que ele oferece diferentes atrativos para os aventureiros. 

Manhã: Passeio de barco para observar a onça-pintada

Reserve pelo menos metade do dia para conhecer Porto Jofre, uma localidade em Poconé onde fica o fim da Transpantaneira. 

Se você estiver hospedado em Poconé, em algum ponto inicial ou intermediário da Transpantaneira,  a dica é sair cedo da pousada.

Nós, por exemplo, iniciamos o percurso às 4h30 para chegar a Porto Jofre por volta das 7h (e ainda apreciamos o nascer do sol da estrada).

Em Porto Jofre, você pode explorar as atividades do Hotel Pantanal Norte, uma pousada que dá acesso ao Rio Cuiabá.

Lá a dica é fazer um passeio de barco que tem duração de quatro horas.

Pantanal é destino para aventureiros de plantão. Foto: Mariana Blauth

É a partir dessa aventura que você pode observar uma das principais estrelas do Pantanal: a onça-pintada!

Sim, ao chegarmos a um ponto do percurso, os barcos param para que os passageiros observem as onças, que geralmente aparecem na mata que circunda o rio e são um espetáculo à parte. 

Uma experiência incrível de turismo em Mato Grosso para os amantes da vida selvagem!

É preciso esperar um tempo até que as onças apareçam. Foto: Mariana Blauth

A melhor época para ver onças é de julho a outubro, na seca, quando elas ficam perto das margens para beber água e caçar.

Considerando que você inicie a rota de barco ainda de manhã cedo, por volta do horário do almoço, poderá fazer sua refeição na pousada.

Tarde: Cavalgada durante o pôr do sol

Como são várias horas de percurso pela Transpantaneira, nossa sugestão é que você já comece o trajeto de volta após o almoço para chegar à atração seguinte antes do pôr do sol. 

A próxima dica é fazer uma parada da Pousada Piuval, localizada em Poconé, onde você poderá explorar uma gama de atividades típicas do Pantanal.

O estabelecimento oferece opções detrilhas, safári, passeio de barco e cavalgada em meio à mata. 

A sugestão é fazer a cavalgada um pouco antes do fim da tarde, para apreciar o pôr do sol durante a atividade.

Lá você terá acompanhamento de um guia da pousada durante todo o trajeto, que passa em meio a uma mata fechada e tem direito a um trecho alagado, dependendo da época em que você visitar o Pantanal!

Cavalgada ao pôr do sol é uma atração imperdível no Pantanal. Foto: Sarah Albrecht

Na metade da trilha, que dura cerca de 1h30min, ainda dá para subir em um mirante para observar o sol e a paisagem.

A cavalgada custa 70 reais. 

Depois, aproveite o jantar na pousada e, mais uma vez, descanse, já que terá percorrido cerca de sete horas de estrada para cumprir o roteiro desse segundo dia. 

Dia 3: Cidade de Pedra na Chapada dos Guimarães

Para fazer turismo em Mato Grosso, outro destino indispensável é a Chapada dos Guimarães. 

Do Pantanal até a Chapada, são cerca de 2h30 de estrada. 

Por isso, a dica é começar o dia bem cedo. 

Manhã: Complexo Turístico da Salgadeira

Comece o roteiro conhecendo o Complexo Turístico da Salgadeira, que se situa às margens da MT-251 entre as cidades de Cuiabá e Chapada dos Guimarães.

Lá você poderá observar a Salgadeira, uma cachoeira que é um dos principais pontos turísticos do estado. 

Cachoeira Salgadeira é uma das principais atrações do Mato Grosso. Foto: Mariana Blauth

Almoço:  Restaurante Morro dos Ventos

Próximo ao Complexo Turístico da Salgadeira, fica o restaurante Morro dos Ventos, que tem vista para o Parque Nacional da Chapada dos Guimarães.

Lá o cardápio conta com três deliciosos pratos típicos da região: Maria Isabel (um carreteiro de carne seca), galinhada e arroz com porco. 

Os pratos do restaurante são feitos em panela de ferro, por isso, ficam ainda mais deliciosos. Foto: Mariana Blauth

Os pratos custam cerca de 180 reais e acompanham farofa de banana, feijão e salada, alimentando cerca de cinco pessoas.

Dica: aproveite o mirante que tem em frente ao restaurante para fazer fotos privilegiadas da Chapada!

No mirante, pareço uma formiga em meio à paisagem. Foto: Mariana Blauth

Tarde: Cidade de Pedra

Que tal aproveitar a tarde para fazer uma trilha na Cidade de Pedra, que fica dentro do Parque Nacional da Chapada dos Guimarães?

O local possui formações rochosas que foram “cortadas” após milhões de anos de impactos geológicos, formando um verdadeiro cenário de cidade em ruínas.

Na Cidade de Pedra, o cenário é de uma região em ruínas. Foto: Mariana Blauth

Lá você encontrará mirantes entre 250 e 350 metros de altura com vista para as formações de arenito gigantescas, que formam o principal cartão-postal da Chapada.

Esta é a vista ao longo do percurso na Cidade de Pedra. Foto: Mariana Blauth

A trilha é relativamente leve, mas vá de chapéu, óculos de sol, protetor solar e repelente.

E água sempre para se hidratar, porque o calor é intenso!

Lembre-se de contratar uma agência local, pois esse passeio só pode ser feito com voucher e acompanhamento de guia credenciado. 

Dia 4: Circuito das Cachoeiras na Chapada dos Guimarães

Aproveite o quarto dia do roteiro para desbravar as belezas do Parque Nacional. Spoiler: são muitas!

Manhã: Circuito das Cachoeiras

Você é um apaixonado por nadar em águas cristalinas?

Então, o Circuito das Cachoeiras é a opção certa para você na Chapada.

Circuito das Cachoeiras é atividade obrigatória na Chapada dos Guimarães. Foto: Mariana Blauth

Mais uma vez, você precisará ser acompanhado por um guia local e contar com um voucher para o passeio. 

O circuito dá acesso a seis cachoeiras dentro do parque, cada uma apresentando uma paisagem diferente da outra (mas todas incríveis!).

Para fazer o percurso, são 6 km de trilha com subidas e descidas íngremes, com paradas nas cachoeiras.

Por isso, mesmo se tratando de uma atividade aquática, vá de tênisroupa confortável por cima dos trajes de banho e o mínimo de peso possível na mochila. 

É uma cachoeira mais bonita do que a outra durante o circuito. Foto: Mariana Blauth

A trilha compensa cada segundo de esforço, porque ainda tem pontos com vista extraordinária da Chapada.

Se você iniciar o circuito por volta das 9h, terá finalizado o passeio na hora do almoço, que pode ser feito em um restaurante que fica em frente ao Véu de Noiva.

As águas da Chapada são relativamente mais quentes do que em cachoeiras de outros estados. Foto: Mariana Blauth

Tarde: Véu de Noiva

Mas, afinal, o que é o famoso Véu de Noiva?

Trata-se de uma das cachoeiras mais impressionantes do Mato Grosso!

São 86 metros de queda por um paredão de arenito, formando a paisagem perfeita  — e, provavelmente, uma das suas principais fotos na Chapada.

Essa é uma cachoeira apenas para observação, e a dica é conhecê-la à tarde.

No Véu de Noiva, você terá uma das fotos mais legais da Chapada. Foto: Mariana Blauth

É nesse período do dia que os raios solares refletem no Véu de Noiva, criando uma imagem ainda mais bonita, e você ainda terá chances de ver araras sobrevoando o local

Do restaurante, leva apenas cerca de um ou dois minutos até o mirante para observar a cachoeira.

Vale lembrar: o Véu de Noiva e a Cachoeira dos Namorados/Cachoeirinha são as únicas atividades autoguiadas dentro do Parque Nacional.

Portanto, não têm necessidade de acompanhamento de guia local e voucher de entrada. 

Fim de tarde: Mirante Alto do Céu

Saindo do Parque Nacional por volta das 15h, você ainda pode fazer uma parada no Mirante Alto do Céu.

É uma área privada de preservação ambiental perfeita para observar o pôr do sol de um local privilegiado, com vista para Cuiabá.

Realmente, é uma experiência que não deve ser deixada de fora do roteiro!

A entrada custa 20 reais.

Pôr do sol incrível é o que não falta durante o roteiro. Foto: Mariana Blauth

Dia 5: Cachoeira Serra Azul e flutuação em Nobres

Definitivamente, Nobres é um destino obrigatório se você vai fazer turismo em Mato Grosso.

É lá que ficam as piscinas naturais, onde é possível observar a vida marinha, nadar em águas cristalinas e curtir uma programação mais relax. 

Manhã: Cachoeira Serra Azul 

Sua primeira atividade em Nobres pode ser uma visita à Cachoeira Serra Azul.

Ela fica dentro do Parque Sesc Serra Azul, no distrito de Bom Jardim. 

Mais uma vez, você vai encontrar águas cristalinas, nadar com os peixes e, claro, ter uma experiência diferenciada na natureza.

Na Cachoeira Serra Azul, a água é cristalina. Foto: Mariana Blauth

Lá é obrigatório o uso de colete, não só porque alguns pontos têm cinco metros de profundidade, mas porque o solo da cachoeira não deve ser tocado para preservar o ecossistema. 

Você também será equipado com óculos de natação para observar as belezas do fundo dessa nascente de rio!

A experiência é inesquecível para quem gosta de nadar e estar em contato com a natureza. Foto: Mariana Blauth

Detalhe: para chegar até a cachoeira, você precisa fazer um percurso de 470 degraus.

Mas prometemos que a atividade vale a pena todo o esforço!

Na volta, pode dispensar as escadas e fazer uma tirolesa de 700 metros de comprimento.

Já o Parque Serra Azul é uma atração por si só e uma excelente opção para se hospedar em Nobres.

São quase seis mil hectares de área preservada onde é possível observar a fauna, com animais como onças pintada e parda, lobo-guará e jaguatirica. 

E o parque é a opção certa para quem gosta de aventura e ecoturismo, pois oferece arvorismo, cicloturismo, tirolesa e a própria cachoeira com flutuação. 

Um pacote com todas essas opções e almoço incluso, por exemplo, sai por 230 reais por pessoa. 

Tarde: Reino Encantado

Em nossa sugestão de roteiro, a próxima atração é o Reino Encantado, uma pousada que fica no Bom Jardim.

A grande estrela do Reino Encantado é a flutuação pelo Rio Salobra por um percurso que dura cerca de 1h30 embaixo da água.

Chegamos no local ainda no horário de almoço e, depois de recarregar as energias, fomos equipados com roupas especiais: sapato, snorkel, óculos e colete.

Águas do Reino Encantado parecem uma piscina em meio à vegetação. Foto: Mariana Blauth

Mas, afinal, como funciona uma flutuação, uma das principais atividades de Nobres?

É simples: você entra no rio com os equipamentos e é levado pelo trajeto pela força da correnteza.

Enquanto isso, flutua na superfície, observando o fundo, o que inclui peixes e vegetação.

Ao flutuar, você estará nadando com centenas de peixes. Foto: Mariana Blauth

Nosso grupo foi sortudo, porque tinha até um jacaré por lá durante a flutuação!

Acredite, essa é uma experiência que só o turismo em Mato Grosso pode oferecer.

Todo o trajeto é acompanhado de guia local. 

Fim de tarde: Passeio de quadriciclo e Lagoa das Araras

Seguindo essa sugestão de roteiro, você poderá sair do Reino Encantado por volta das 15h.

Esta próxima dica de turismo em Mato Grosso é perfeita para os aventureiros.

Um passeio de quadriciclo na Pousada Bom Jardim, onde ficamos hospedados durante a estadia em Nobres.

Chegando lá, fizemos um treinamento com o pessoal da pousada, já que dirigir o quadriciclo não é a tarefa mais fácil do mundo.

Logo depois, realizamos um percurso sobre rodas de 13 km, passando por estrada de chão e mata fechada.

Passeio de quadriciclo ao pôr do sol reserva adrenalina. Foto: Mariana Blauth

Esse passeio reserva muitas emoções, porque andar de quadriciclo é uma atividade desafiadora, uma vez que controlar o veículo exige força e concentração.

Mas inicie essa trilha antes do pôr do sol para, na metade do caminho, conhecerLagoa das Araras.

Esse local é um santuário ecológico: uma lagoa cheia de árvores que abrigam os ninhos das araras.

Chegando antes do fim da tarde, você contemplará um pôr do sol magnífico, pois esse é o momento em que as araras retornam aos ninhos, criando um verdadeiro espetáculo com sons e imagens da natureza.

Águas da Lagoa das Araras são um verdadeiro espelho. Foto: Mariana Blauth

Noite: Restaurante do Chapolin

Ao visitar Nobres, você também precisa conhecer o Restaurante do Chapolin, um dos estabelecimentos mais famosos da região e que, honestamente, é um show à parte.

O restaurante tem esse nome por um motivo simples: o dono, que não revela seu nome, se veste como Chapolin e entretém o público durante as refeições.

E o local, que fica ao ar livre em um galpão, ainda tem uma proposta inovadora.

Restaurante do Chapolin é parada obrigatória em Nobres. Foto: Mariana Blauth

Não há garçons, e as pessoas pegam suas bebidas no freezer.

Também não há uma pessoa responsável pelo caixa. Sim, você leu direito!

A clientela deposita o pagamento em uma caixa de madeira e retira o próprio troco sem nenhuma conferência de funcionários. Confiança total!

Fora isso, o restaurante ainda é um excelente local para provar agastronomia regional, que inclui pratos como farofa de banana, peixe assado e feijão.

Dia 6: Flutuação e boia cross em Nobres

O último dia em Nobres ainda reserva muita aventura para quem gosta de ecoturismo e adrenalina. 

Veja a nossa sugestão abaixo para fechar a viagem com chave de ouro.

Manhã: Aquário Encantado

Aquário Encantado é uma atração da agência e pousada Rota das Águas é uma das principais atividades de Nobres.

Lá é possível fazer uma flutuação no Rio Salobra, que fica em meio a uma mata fechada com vegetação de transição entre cerrado e Amazônia mato-grossense.

Aquário Encantado é oportunidade para carregar as energias. Foto: Mariana Blauth

Pense em uma água azul e brilhante, refletindo a luz do sol, pois é isso que você vai encontrar por lá.

Dessa vez, a atividade tem cerca de quase 2h de duração.

A paisagem parece uma pintura – simplesmente perfeita. Foto: Mariana Blauth

Assim como no Reino Encantado, você receberá equipamentos especiais para flutuar e apreciar o fundo do rio. 

Até chegar ao ponto de início da flutuação, a gente ainda passa por uma trilha cheia de animais, principalmente os macacos-prego, que ficam pulando de galho em galho por onde as pessoas caminham.

Os macacos-prego são uma atração à parte na visita ao Aquário Encantado. Foto: Mariana Blauth

Antes de fazer esse passeio, é preciso agendar a visita.

Um pacote com almoço, guia local, flutuação e tirolesa sai por 215 reais.

Tarde: Duto do Quebó

Preparado para a principal aventura de Nobres?

O Duto do Quebó é um local para praticar boia cross no distrito Roda D’Água.

Os visitantes são equipados com boia, colete, sapatos especiais e capacete.

Basta entrar no rio e ser levado pela correnteza, percorrendo um trajeto de 1.800 metros cheio de adrenalina!

Duto do Quebó é para quem gosta de água, adrenalina e aventura. Foto: Mariana Blauth

Mas não se preocupe: além dos equipamentos de segurança, também é possível dar pé no rio.

Chegando a cerca da metade do caminho, é possível entrar em uma gruta escurapara observar as formações rochosas.

Nesse ponto, você receberá uma lanterna para a próxima parada: uma caverna cheia de morcegos!

É simplesmente impressionante entrar nessa caverna, pois os morcegos sobrevoam as cabeças dos “intrusos” e fazem um barulho alto.

De todas as atividades de Nobres, essa facilmente será uma das preferidas dos aventureiros!

Fim de tarde e noite: Complexo Turístico Akaiá

Saindo por volta das 15h do Duto do Quebó, ainda dá para aproveitar o restante do dia no Complexo Turístico Akaiá, no distrito Coqueiral/Bom Jardim. 

O complexo possui pousada, agência de turismo, restaurante e atividades.

Nossa recomendação é percorrer a Trilha do Megafone.

Ela tem esse nome porque, no meio da mata, há grandes megafones de madeira que amplificam os sons da natureza.

Realmente, ao entrar dentro deles, é possível escutar barulhos que não são percebidos de fora!

Não perca a oportunidade de entrar em um megafone para ouvir os sons da natureza. Foto: Mariana Blauth

São vários percursos possíveis com diferentes níveis de esforço.

Mas em todos eles precisamos usar perneiras, que são proteções para o caso de aparecerem cobras no caminho!

A trilha ainda é cheia de plaquinhas com mensagens motivacionais, tem um balanço com vista para a mata e um local privilegiado para curtir o pôr do sol. 

Parada estratégica para descansar ao longo da trilha. Foto: Mariana Blauth

Depois, a dica é jantar no restaurante do complexo e apreciar a comida local.

Vale lembrar que, para visitar o Akaiá, também é preciso ter um voucher, que pode ser adquirido em uma agência ou entrando em contato a partir do site.

Pronto! Seguindo esse roteiro, você terá conhecido os principais destinos do Mato Grosso.

Como o Aeroporto Internacional de Cuiabá fica na cidade de Várzea Grande, próximo a Cuiabá, ainda dá para aproveitar o tempo de espera pelo voo(caso você tenha algumas horas antes de embarcar) para conhecer a capital. 

O que você precisa saber antes de fazer turismo em Mato Grosso

Antes de planejar a sua viagem pelos destinos de Mato Grosso, é bom ter em mente algumas dicas que fazem toda a diferença para o conforto durante o roteiro.

Elencamos algumas recomendações e dúvidas para montar a sua viagem. Dê uma espiada a seguir.

Em qual época do ano visitar Mato Grosso?

O melhor período para fazer turismo em Mato Grosso é entre junho e outubro, quando o estado passa pela época de seca.

Também é durante esses meses que há grande concentração de aves, ideal para observar diferentes espécies em cada destino.

De novembro a abril, Mato Grosso passa pelo período de chuvas.

Ainda dá para conhecer os destinos, mas há mais áreas alagadas e, sobretudo no Pantanal, a concentração de mosquitos aumenta.

Contratar uma agência de turismo local é essencial

Nossa recomendação é que você não inicie um roteiro no Mato Grosso sem antes contratar uma agência de turismo local.

Primeiro porque, na maioria dos passeios, você precisará fazer um agendamento e contar com um voucher  — é o caso do Parque Nacional da Chapada dos Guimarães e das atrações em Nobres.

Mas há um outro motivo: a estrada.

Na maioria das vezes, nosso deslocamento até os locais dos passeios contou com estradas de chão em meio ao mato.

Por isso, é muito fácil se perder, e vale lembrar que nesses lugares não há sinal de internet.

Então, você também não pode contar com os mapas online!

Você pode até ir de carro, mas o ideal é que ainda contrate a agência para ser acompanhado por um guia local. 

Vale contratar o serviço de van

A nossa recomendação, no entanto, é que você contrate também o serviço de van, pois assim não precisa se preocupar com o deslocamento (até porque, muitas vezes, as estradas são de difícil acesso para carros populares).

Ao chegar a Cuiabá, você já pode procurar uma agência. 

Ou, então, contratar serviços de agências de cada destino que for visitar.

As pousadas geralmente oferecem day use

Como mostramos ao longo do roteiro, várias atividades foram realizadas em pousadas.

Não é porque você não está hospedado nelas que não pode fazer esses passeios.

A maioria das pousadas no Pantanal, Chapada dos Guimarães e Nobres oferecem day use, ou seja, a possibilidade de você passar o dia no estabelecimentoe realizar as atividades oferecidas,pagando uma taxa.

Dá para passar o dia aproveitando as instalações e atividades das pousadas. Essa piscina fica na Pousada Penhasco, na Chapada dos Guimarães. Foto: Mariana Blauth

Faça a vacina da febre amarela e leve a sua “farmacinha pessoal”

Mato Grosso é uma região de risco da febre amarela.

Portanto, é hora de resgatar a carteirinha de vacinação, caso você ainda não tenha feito  — o que deve ser feito pelo menos dez dias antes de viajar, pois esse é o período mínimo até que você esteja protegido. 

Além disso, se for viajar entre junho e outubro, vale levar o seu kit de farmácia pessoal com medicamentos básicos.

Nesse período, o clima é bastante seco.

Dependendo da região em que você mora, vai notar a diferença, podendo apresentar alguns sintomas e sentir o impacto no organismo (nada grave, é claro).

Mas nem sempre os destinos, principalmente os afastados da cidade, possuem farmácia.

Por isso, sempre é bom ter uma garantia na mala.

Atenção ao fuso horário no Mato Grosso

O horário local de Mato Grosso tem uma hora a menos do que o fuso horário de Brasília. 

Portanto, cuidado ao observar o horário de chegada e partida do aeroporto.

O que levar na mala para o Mato Grosso

Antes de embarcar para fazer turismo em Mato Grosso, é importante preparar uma mala bem equipada.

Acredite: alguns itens fazem toda a diferença no roteiro.

Para ajudar, elencamos tudo que você precisa incluir na bagagem. 

Dê uma espiada e faça o seu checklist!

Protetor solar, óculos de sol e chapéu

Faz muito calor no Mato Grosso e, praticamente em todos os passeios, você ficará debaixo do sol.

Por isso, utilizar esses itens de proteção é essencial para não gerar incômodo. 

Fui bem equipada para me proteger do sol e dos mosquitos. Foto: Mariana Blauth

Repelente

Item essencial para fugir dos mosquitos.

Dica: a técnica que funcionou conosco foi passar o repelente logo após o protetor solar.

Parece bobagem, mas realmente fez diferença e potencializou o efeito!

Toalha, roupa de banho e chinelo

É legal incluir itens para banho na mochila, sobretudo para os passeios em Nobres e no Circuito das Cachoeiras, na Chapada dos Guimarães. 

Tênis e roupas confortáveis

Qualquer roteiro no Mato Grosso envolve trilhas, esforço físico e aventura.

E estar confortável para toda a diferença para a sua performance!

Por isso, leve pelo menos um par de tênis que você possa enfiar no barro e aposte em roupas confortáveis.

Câmera e carregador de celular portátil

Leve a sua melhor câmera para esse destino, porque ele rende fotos belíssimas.

Caso tenha GoPro, não se esqueça de levá-la, pois com ela é possível capturar imagens com ângulo maior e até mesmo debaixo d’água.

Carregador portátil também é essencial, pois, na maioria dos dias, você não terá acesso a tomadas para recarregar a bateria do celular. 

Binóculos

Esse item é opcional, mas pode melhorar a sua experiência, principalmente na hora de observar as onças-pintadas e as aves.

Ufa! Como você pode ver, Mato Grosso é um destino cheio de atrações para conhecer.

O que você achou dessas dicas?

Esperamos que esse roteiro tenha ajudado no planejamento da sua viagem. 

Se você já fez turismo em Mato Grosso, deixe suas dicas nos comentários abaixo. 

Compartilhe este post nas redes sociais para incentivar mais gente a conhecer esse destino brasileiro!

Texto de Mariana Blauth, jornalista e content creator apaixonada por viajar