25 de novembro de 2011

TRAF - MT - Turismo Rural na agricultura Familiar de Mato Grosso tem um avanço significativo

Geraldo Donizeti Lúcio
Coordenador TRAF - MT


O maior avanço que tivemos no TRAF-MT foi a institucionalização do Grupo através de uma Portaria Conjunta da SEDRAF - Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar, SEDTUR - Secretaria de estado de Desenvolvimento do Turismo e EMPAER - Empresa Mato-grossense de Pesquisa Assistência Técnica e Extensão Rural


RESUMO DA PORTARIA

Criação do Grupo de Turismo Rural na Agricultura Familiar – TRAF – MT no Estado de Mato Grosso, através de uma Portaria conjunta 01/2011 e retificadora 02/2011

A SEDRAF, SEDTUR e EMPAER disponibilizam os técnicos: da SEDRAF – Manuela Maria Luzardo Conceição – Turismóloga, Geraldo Donizeti Lúcio – Agente Técnico, especialista em Turismo Rural, da SEDTUR – Elizethe Rosa de Castilho – Técnica de Desenvolvimento, Leila Cristina Souza Cunha Técnica de Desenvolvimento, e da EMPAER – Décio Teruo Mijajima – Engrº Agronomo, Elicinéia Aparecida Fortes – Extensionista Social – Turismóloga, com conhecimentos específicos para criar, compor e liderar o Grupo de Turismo Rural na Agricultura Familiar de Mato Grosso - TRAF – MT, buscando debater questões relevantes para desenvolvimento do TRAF – MT, subsidiar o poder público na definição de políticas e em sua implementação, subsidiar o planejamento governamental e planejamento integrado das atividades executadas pelas instituições de apoio ao projeto, propor medidas visando superar desafios enfrentados, servir como canal de articulação permanente entre os interessados no desenvolvimento do TRAF – MT e promover o intercâmbio de experiências entre os atores envolvidos

RELATÓRIO

Os projetos, atividades e ações desenvolvidas no ano de 2011, Turismo Rural na Agricultura Familiar no estado de Mato Grosso foram e estão sendo realizados através deste grupo que se soma a ele técnicos da AMM , SEBRAE,  prefeituras  e  Sociedade Civil Organizada.

Os resultados são satisfatórios pois em parceria conjunta podemos otimizar esforços técnicos (humanos) e econômicos.

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Usina Itaicy no município de Santo Antônio do Leverger - Mato Grosso recebe visita da SEC




Imóvelóvel tombado como patrimônio estadual, a Usina Itaicy, localizada a aproximadamente 40 quilômetros de Santo Antônio do Leverger (rio Cuiabá abaixo), é um dos 40 Pontos de Cultura existentes em Mato Grosso.

Trata-se da maior, mais industrializada e mais importante de todas as usinas – de um complexo de 13 que foram construídas e movimentavam a economia de Mato Grosso – no final do século XIX até meados da década de 1950.

O secretário de Estado de Cultura, João Antônio Cuiabano Malheiros, o secretário adjunto Oscemário Daltro, a coordenadora da Rede dos Pontos de Cultura, Cinthia Mattos, e duas arquitetas da Secretaria de Estado das Cidades (Secid), visitaram a estrutura da Usina de Itaicy, que conta com uma arquitetura imponente e está situada num local onde o meio ambiente que o cerca (Pantanal) já se constitui num ponto turístico muito interessante.

Foram recebidos pelo coordenador do Ponto de Cultura, José Marcos Varga, que mostrou toda a estrutura e guiou a visita por todos os pontos da usina. Mostrando as estruturas da Itaicy, Marcos contou que as máquinas e equipamentos dessa usina de cana foram importados da Europa. “O estabelecimento industrial era dotado de energia elétrica, casas de empregados, água encanada, marcenaria e serraria, escola, biblioteca. Contamos toda essa história para os visitantes, que tem uma verdadeira aula de história do nosso Estado quando passam por aqui”.

De acordo com o secretário João Malheiros, “além de ter um grande potencial no roteiro do ecoturismo, há a importância histórica da usina. Vale lembrar que a usina contava com moeda própria - tarefa -, que era aceita como padrão monetário em toda a região ribeirinha do Rio Cuiabá”. O secretário adjunto Oscemário Daltro ressaltou a importância do trabalho que o Ponto de Cultura vem realizando na área de educação patrimonial afirmando que “é muito importante para não deixar cair no esquecimento essa riqueza do nosso Estado”.

Histórico
Itaicy era propriedade de uma figura lendária da história mato-grossense, Antônio Paes de Barros, ou melhor, Totó Paes de Barros, que foi presidente do Estado. A usina começou a ser erguida em 11 de junho de 1896 e terminou 14 meses depois. Estima-se que cerca de 1.000 operários participaram da construção. A inauguração aconteceu em 1º de setembro de 1897.

As máquinas e equipamentos dessa usina de cana foram importados da Europa e chegou ao local por transporte fluvial. O período de esplendor da usina aconteceu entre 1900 e 1920. Foi o primeiro lugar de Mato Grosso a ter energia elétrica e era a quarta maior usina do País. Os equipamentos instalados em Itaicy permitiram que Totó Paes passasse à história como o precursor da industrialização em Mato Grosso. Observa-se a sofisticação e investimentos feitos em uma estrutura audaciosa para aqueles tempos.

A usina de Itaicy foi tombada pelo Patrimônio Histórico Estadual em 1984. Em 1957 Itaicy parou de produzir, entretanto sua decadência começou por volta da década de 30. De lá para cá ficou abandonada, porém nunca esquecida por conta da sua imponência e pela constante associação de Itaicy com Totó Paes de Barros, um dos personagens mais controvertidos da história de Mato Grosso.


Fonte: ARIANE LAURA
Assessoria/SEC-MT

A primeira Caminhada na Natureza de Varzea Grande - Mato Grosso acontecerá na Comunidade Bom Sucesso e Pai André no dia 03 de Novembro de 2011

24 de novembro de 2011

Mato Grosso Caminhos do Brasil Rural - Turismo Rural na Agricultura Familiar de Mato Grosso

Prorrogado prazo de inscrição para projetos culturais em Mato Grosso

O Conselho Estadual de Cultura de Mato Grosso comunica que o prazo para a entrega dos projetos culturais foi prorrogada para o dia 25 de novembro de 2011, impreterivelmente.

Ritual indígena dos Enaewne Nawe de Mato Grosso foi reconhecido pela Unesco





O Comitê Intergovernamental para Salvaguarda do Patrimônio Imaterial, reunido em Bali, na Indonésia, aprovou nesta quarta-feira, 23 de novembro, a indicação de inclusão do Ritual Yaokwa, do Povo Indígena Enawene Nawe, do noroeste do Mato Grosso, na Lista de Patrimônio Cultural Imaterial em Necessidade de Salvaguarda Urgente. O pedido para que a manifestação cultural, já protegida no Brasil desde novembro de 2010, passasse a ter também a atenção da Unesco partiu do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan. A indicação contou com a anuência da comunidade Enawene Nawe e com o apoio da OPAN – Operação Amazônia Nativa e do projeto Vídeo nas Aldeias.

A ministra da Cultura, Ana de Hollanda, comemorou a votação positiva e ressaltou que a inclusão de mais um bem brasileiro na lista da Unesco “reforça a política do Ministério da Cultura, por meio do Iphan, de permanente renovação da gestão do patrimônio, ampliando a proteção sobre a diversidade cultural, perpetuando bens e costumes de todos os cantos do país”. Para o presidente do Iphan, Luiz Fernando de Almeida, essa é mais uma conquista que “valoriza a diversidade do patrimônio cultural brasileiro, mas, acima de tudo, garante a proteção de um ritual sagrado que expressa e dramatiza todo o percurso histórico feito pelos Enawene Nawe”. Ele explica ainda que o Ritual Yaokwa é uma “manifestação da memória coletiva e histórica, e a expressão de uma estética da existência, que se produz a partir do uso e manejo dos recursos presentes em seu território de ocupação histórica”.

Esta sessão do Comitê Intergovernamental para Salvaguarda do Patrimônio Imaterial ainda avaliará as candidaturas brasileiras à Lista de Boas Práticas de Salvaguarda, como a Série Cultural Popular Viola Corrêa, a Sala do Artista Popular, a Chamada Pública do Edital do Programa Nacional do Patrimônio Imaterial, o Museu Vivo do Fandango e a Documentação da Língua Poruborá: contribuição para a salvaguarda do patrimônio linguístico.

Este ano, também serão avaliadas pela Unesco 84 candidaturas de todo o mundo para a inscrição na Lista Representativa do Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade. Atualmente, a lista possui 213 bens inscritos, de 68 países, dentre eles, os bens brasileiros Expressões Orais e Gráficas dos Wajãpi e o Samba de Roda do Recôncavo Baiano. O iphan, em parceria com as comunidades e instituições envolvidas, enviou três candidaturas à Lista Representativa: o Frevo de Pernambuco, o Círio de Nossa Senhora de Nazaré, de Belém do Pará, e a Cachoeira de Iauaretê – Lugar Sagrado dos povos indígenas dos Rios Uapés e Papuri, no Amazonas, que já fazem parte dos 23 Bens Registrados como Patrimônio Cultural Brasileiro. No entanto, em função do grande volume de candidaturas recebidas pela Unesco, essas só serão avaliadas em 2012.

Ritual Yaokwa do povo Enawene Nawe
O Ritual Yaokwa é a mais longa e importante celebração realizada por esse povo indígena, atualmente uma população em torno de 540 indivíduos que vive em uma única aldeia, na terra Enawene Nawe, uma área de 742 mil hectares, homologada e registrada, localizada numa região de transição entre o cerrado e a floresta Amazônica, no estado do Mato Grosso. Com duração de sete meses, este ritual define o início do calendário ecológico-ritual Enawene que abrange as estações seca e chuvosa de um ciclo anual marcado pela realização de mais três rituais: Lerohi, Salomã e Kateokõ. Parte fundamental do Yaokwa ocorre quando os homens saem para a pesca de barragem, construídas com sofisticadas armações que se configuram em elaboradas obras de engenharia, dispostas de uma margem à outra do rio. Este é o ponto alto do ritual que começa em janeiro, com a coleta das matérias-primas para a construção das barragens e com a colheita da mandioca. Desde o primeiro contato com a “civilização branca”, em 28 de julho de 1974, os Enawene Nawe têm se tornado cada vez mais desconfiados diante das ameaças que os cercam, como madeireiros e garimpeiros, mas principalmente os impactos ambientais causados pela construção de pequenas centrais hidroelétricas que, embora se localizem fora da terra indígena, vêm sendo construídas em locais próximos às cabeceiras dos rios, que são utilizados durante o ritual.

O Patrimônio Cultural Brasileiro
A Constituição Federal de 1988, nos artigos 215 e 216, estabeleceu que o patrimônio cultural brasileiro é composto de bens de natureza material e imaterial, incluídos aí os modos de criar, fazer e viver dos grupos formadores da sociedade brasileira. Os bens culturais de natureza imaterial dizem respeito às práticas e domínios da vida social que se manifestam em saberes, ofícios e modos de fazer; celebrações; formas de expressão cênicas, plásticas, musicais ou lúdicas e nos lugares, tais como mercados, feiras e santuários, que abrigam práticas culturais coletivas. O Iphan é responsável pela proteção desses bens. Atualmente, o Brasil possui 23 bens registrados como Patrimônio Cultural Brasileiro.


Por Assessoria Iphan / MinC

CULTURA INDÍGENA União da diversidade marca abertura da Flimt 2011




Promover a união da diversidade. Esse foi o tom da abertura da 2ª Feira do Livro Indígena de Mato Grosso (Flimt), que aconteceu na noite do dessa quarta-feira (23.11) no Palácio da Instrução em Cuiabá. Para iniciar a noite, o músico Shaneihu Yawanawa encantou o público com as músicas da floresta acreana. Após a apresentação de Shaneihu, que falou sobre a união dos povos, o respeito às diferenças e o valores da vida, a solenidade continuou com a presença de autoridades locais e o show de Estela Ceregati e Banda.

Durante o evento, o secretário de Estado de Cultura, João Malheiros, destacou a valorização da literatura indígena como difusora da cultura desses povos, lembrando que Mato Grosso tem hoje 42 etniass e isso é um fator importante para a valorização dessas comunidades no Estado. Malheiros falou ainda sobre a Flimt como um espaço que não abriga somente autores indígenas, mas também os autores regionais e atividades paralelas à literatura como música, canto, dança, comercialização de artesanatos, entre outras atividades. “São três dias que o povo da baixada cuiabana está convidado a participar e nos ajudar a levar Brasil afora o que nós temos de melhor".

Sobre a realização da Flimt Malheiros explica que o papel do Governo do Estado é realizar a aproximação e promover o respeito à cultura indígena. “Esse é o nosso papel, e o Governo do Estado nos designou para isso. Espero que seja agradável para todos que vierem”, finalizou.

Já o secretário de Estado de Educação, Ságuas Moraes, destacou os saberes dos povos indígenas e a importância da literatura para a compreensão da cultura e do modo de vida dessas comunidades. No âmbito da educação, Ságuas lembrou que em Mato Grosso a educação indígena hoje é bilíngue e que a produção vem a melhorar o acesso dos estudantes ao tema. Moraes acredita que a literatura indígena vai fomentar o surgimento de mais autores e assim preservar a cultura dos povos indígenas.

Daniel Munduruku, escritor e um dos coordenadores da Flimt, salienta que essa é a única Feira voltada para a Literatura Indígena do país, o que é um grande avanço para os povos indígenas do Brasil. “É mais do que felicidade a gente perceber que há um interesse do Poder público de proporcionar aos habitantes do Estado uma Feira nesse nível. É claro que para os nossos povos uma Feira como essa é um momento de oferecer visibilidade”.

PROGRAMAÇÃO

No dia 24 acontece, a partir das 9h, a Reunião sobre o Plano Estadual do Livro e da Leitura de Mato Grosso (PELL/MT), que pretende debater o fomento e a difusão da leitura no Estado. Durante os três dias acontecem, sempre das 10h às 11h, as oficinas voltadas para educadores, estudantes, pesquisadores e o público em geral; às 11h acontece também o \'Encontro com o Escritor\', momento em que autores como Daniel Mundurku, Olívio Jekupé, Roni Wassiri, Carlos Tiago e Elias Yaguakã apresentam suas obras para o público.

No dia 26, às 9h, o cacique Raoni marca presença com suas ‘sábias palavras’. Convidado especial do evento, o cacique vem a Cuiabá dar voz aos povos do Xingu. No período da tarde, iniciam as atividades como bate-papo, mesas e palestras. A partir das 17h, o Instituto Inca realiza a Mostra Audiovisual “Olhares sobre os Povos da Mata” e às 19h30 acontece a ‘Festa no pátio’, momento de música e literatura. No dia 24, a Festa no Patio realiza ainda a entrega do prêmio do Concurso da Logomarca dos 100 anos da Biblioteca Estadual Estevão de Mendonça.

Além da programação, o público poderá encontrar a ‘Livraria da Feira do Livro Indígena’, onde as editoras irão comercializar as obras, e no \'Espaço da Editora\', cada uma levará um autor e sua obra para confraternizar com o público presente. O Público poderá visitar exposições de Artefatos e fotos, e ainda conhecer um pouco mais do Palácio da Instrução, patrimônio histórico do Estado.

A Flimt integra ainda os projetos \'Encontro da Literatura Indígena\' e \'Conversando sobre Literatura e Cultura Indígena\' com o intuito de fortalecer os escritores indígenas, que nos últimos anos vem ganhando espaço no setor literário. Com relação a publicação de obras de autores indígenas, existe um número considerável de produção no País, considerando a característica oral dessas comunidades. Só no Catalogo do Núcleo de Escritores Indígenas existem mais de 60 obras incluindo as de Daniel Munduruku, um dos autores com mais publicações, chegando a 42 livros em sua trajetória. Nesse mapeamento não constam as obras publicadas de forma independente, através de projetos e instituições governamentais.

A Flimt é uma realização do Governo do Estado de Mato Grosso, através da Secretaria de Estado de Cultura com patrocínio da Petrobrás e Governo Federal. A Programação acontece até o dia 26 de novembro.

Mais informações pelo blog www.flimt.blogspot.com e
flimt@cultura.mt.gov.br

Promover a união da diversidade. Esse foi o tom da abertura da 2ª Feira do Livro Indígena de Mato Grosso (Flimt), que aconteceu na noite do dessa quarta-feira (23.11) no Palácio da Instrução em Cuiabá. Para iniciar a noite, o músico Shaneihu Yawanawa encantou o público com as músicas da floresta acreana. Após a apresentação de Shaneihu, que falou sobre a união dos povos, o respeito às diferenças e o valores da vida, a solenidade continuou com a presença de autoridades locais e o show de Estela Ceregati e Banda.

Durante o evento, o secretário de Estado de Cultura, João Malheiros, destacou a valorização da literatura indígena como difusora da cultura desses povos, lembrando que Mato Grosso tem hoje 42 etniass e isso é um fator importante para a valorização dessas comunidades no Estado. Malheiros falou ainda sobre a Flimt como um espaço que não abriga somente autores indígenas, mas também os autores regionais e atividades paralelas à literatura como música, canto, dança, comercialização de artesanatos, entre outras atividades. “São três dias que o povo da baixada cuiabana está convidado a participar e nos ajudar a levar Brasil afora o que nós temos de melhor".

Sobre a realização da Flimt Malheiros explica que o papel do Governo do Estado é realizar a aproximação e promover o respeito à cultura indígena. “Esse é o nosso papel, e o Governo do Estado nos designou para isso. Espero que seja agradável para todos que vierem”, finalizou.

Já o secretário de Estado de Educação, Ságuas Moraes, destacou os saberes dos povos indígenas e a importância da literatura para a compreensão da cultura e do modo de vida dessas comunidades. No âmbito da educação, Ságuas lembrou que em Mato Grosso a educação indígena hoje é bilíngue e que a produção vem a melhorar o acesso dos estudantes ao tema. Moraes acredita que a literatura indígena vai fomentar o surgimento de mais autores e assim preservar a cultura dos povos indígenas.

Daniel Munduruku, escritor e um dos coordenadores da Flimt, salienta que essa é a única Feira voltada para a Literatura Indígena do país, o que é um grande avanço para os povos indígenas do Brasil. “É mais do que felicidade a gente perceber que há um interesse do Poder público de proporcionar aos habitantes do Estado uma Feira nesse nível. É claro que para os nossos povos uma Feira como essa é um momento de oferecer visibilidade”.

PROGRAMAÇÃO

No dia 24 acontece, a partir das 9h, a Reunião sobre o Plano Estadual do Livro e da Leitura de Mato Grosso (PELL/MT), que pretende debater o fomento e a difusão da leitura no Estado. Durante os três dias acontecem, sempre das 10h às 11h, as oficinas voltadas para educadores, estudantes, pesquisadores e o público em geral; às 11h acontece também o \'Encontro com o Escritor\', momento em que autores como Daniel Mundurku, Olívio Jekupé, Roni Wassiri, Carlos Tiago e Elias Yaguakã apresentam suas obras para o público.

No dia 26, às 9h, o cacique Raoni marca presença com suas ‘sábias palavras’. Convidado especial do evento, o cacique vem a Cuiabá dar voz aos povos do Xingu. No período da tarde, iniciam as atividades como bate-papo, mesas e palestras. A partir das 17h, o Instituto Inca realiza a Mostra Audiovisual “Olhares sobre os Povos da Mata” e às 19h30 acontece a ‘Festa no pátio’, momento de música e literatura. No dia 24, a Festa no Patio realiza ainda a entrega do prêmio do Concurso da Logomarca dos 100 anos da Biblioteca Estadual Estevão de Mendonça.

Além da programação, o público poderá encontrar a ‘Livraria da Feira do Livro Indígena’, onde as editoras irão comercializar as obras, e no \'Espaço da Editora\', cada uma levará um autor e sua obra para confraternizar com o público presente. O Público poderá visitar exposições de Artefatos e fotos, e ainda conhecer um pouco mais do Palácio da Instrução, patrimônio histórico do Estado.

A Flimt integra ainda os projetos \'Encontro da Literatura Indígena\' e \'Conversando sobre Literatura e Cultura Indígena\' com o intuito de fortalecer os escritores indígenas, que nos últimos anos vem ganhando espaço no setor literário. Com relação a publicação de obras de autores indígenas, existe um número considerável de produção no País, considerando a característica oral dessas comunidades. Só no Catalogo do Núcleo de Escritores Indígenas existem mais de 60 obras incluindo as de Daniel Munduruku, um dos autores com mais publicações, chegando a 42 livros em sua trajetória. Nesse mapeamento não constam as obras publicadas de forma independente, através de projetos e instituições governamentais.

A Flimt é uma realização do Governo do Estado de Mato Grosso, através da Secretaria de Estado de Cultura com patrocínio da Petrobrás e Governo Federal. A Programação acontece até o dia 26 de novembro.


Por Assessoria Flimt

Mais informações pelo blog www.flimt.blogspot.com e  
flimt@cultura.mt.gov.br

Em Mato Grosso é realizado o 10º Encontro de Mulheres Rurais em Chapada dos Guimarães

Com o tema “Mulher, família e trabalho”, aconteceu no município de Chapada dos Guimarães (67 km ao Norte de Cuiabá), o 10º Encontro de Mulheres Rurais e contou com a participação de 250 produtoras e 23 comunidades rurais. O evento foi realizado na sexta-feira (18.11), no salão paroquial da Igreja Nossa Senhora de Santana, localizada na Praça Dom Wunibaldo.

O diretor Técnico da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), Almir de Souza Ferro, disse que o encontro tem como objetivo fazer uma reflexão sobre o papel da mulher rural na sociedade e promover mudanças. Ele menciona a 4ª edição da Marcha das Margaridas, movimento de mulheres do campo que reivindica melhores condições de vida no meio rural. A marcha reuniu 70 mil pessoas em Brasília e apresentou uma pauta com mais de 150 itens. “Inovações importantes estão acontecendo graças à participação de vocês”, destaca Ferro.

O vice-prefeito de Chapada dos Guimarães, Elias Santos, comenta que 40% da população do município moram na zona rural, por esse motivo, é necessário ter uma política eficiente para manter a população no campo. A secretaria municipal de Assistência Social, Roseli Belfort Mattos, ressalta que o encontro é um momento de integração e conhecer o que cada comunidade está fazendo para garantir renda as famílias. “Mostrar para a sociedade a importância da mulher rural e o trabalho que desempenha,” esclarece Roseli.

Com recursos do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), o evento foi organizado pela Empaer e prefeitura municipal de Chapada dos Guimarães. No período da manhã, foram proferidas palestras sobre gênero e a busca pela igualdade com a professora da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Madalena Rodrigues, o trabalho da extensão rural voltado para a mulher, abordado pela coordenadora do MDA/Ater, Denise Ávila Gutterres, educação sexual na família, pela psicóloga, Eliane Mengali Luz e a saúde da mulher com a enfermeira, Thaynah Piovizza Ferreira.

A produtora rural, Elvina Rainha da Silva, da comunidade Padilha, participa do encontro há seis anos, e vêm em busca de informações, novidades e acima de tudo troca de experiências. A produtora Carmem Mamoré Gonçalves, da comunidade Varginha, fala que o encontro possibilita a socialização das mulheres, resgatando seus valores. A produtora e bordadeira, Neiza Pinto Siqueira Xavier, participa desde o primeiro encontro e recorda da dificuldade que havia da mulher participar, na maioria das vezes, eram proibidas pela família e até trabalho. “O encontro é considerado um meio de libertação das mulheres”, enfatiza Neiza.

A extensionista social da Empaer, Deusimar Muniz Lima, comenta que durante o encontro aconteceu exposição e vendas de produtos agrícolas e artesanais produzidos pelas mulheres das comunidades, apresentação artística de balé, coral e música. Conforme Deuzimar, o momento mais esperado foi o concurso da rainha rural com a participação de 12 candidatas. A vencedora do concurso foi a produtora rural, Lourdes Ferreira Curado, da comunidade Varginha que recebeu como premiação uma máquina de lavar.

Participaram do encontro o coordenador de Ater da Empaer, Sérgio Mazeto, Supervisor Regional da Empaer, Vico Capistrano, supervisor local, Joair Siqueira, presidente da Câmara de vereadores de Chapada, Cabo Adão Martins da Silva, vereadores, funcionários da prefeitura, empaer e outros.
Fonte: Rosana Persona (Jornalista da Empaer)

MDA repassa R$ 7,5 milhões para Empaer atender agricultores familiares de Mato Grosso


A Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer) recebe repasse de recursos na ordem de R$ 7,5 milhões, provenientes do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), para prestar assistência técnica diferenciada a aproximadamente 9 mil famílias de agricultores tradicionais em 80 municípios de Mato Grosso. Cerca de 50% dos recursos serão usados para aquisição de veículos, computadores, equipamentos a fim de facilitar o trabalho dos técnicos no atendimento a 100 famílias por município. O projeto será executado em 18 meses.

O analista agrário do MDA, Alex Paulo de Souza, está reunido com a equipe técnica da Empaer que atua no projeto para orientar sobre procedimentos de prestação de contas, principalmente em processos licitatórios com base na legislação federal. Segundo Alex, o recurso de R$ 4,2 milhões está na conta da empresa, o restante serão depositado em duas parcelas, conforme a demanda do trabalho executado em mato Grosso.

A parceria com o MDA tem sido a garantia do serviço de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) para agricultores tradicionais. No período de 2003/2005, foram atendidas 2.950 famílias de agricultores em 32 municípios. No ano de 2009, mais de 6.500 famílias em 54 municípios. A Coordenadora do Projeto de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater), Denise Ávila Gutterres, fala que a primeira ação do governo federal nos Territórios da Cidadania foi o projeto de Ater executado por meio da Empaer em parceria com a Fundaper. O MDA/Secretaria da Agricultura Familiar (SAF) já disponibilizou R$ 15 milhões no atendimento aos agricultores tradicionais, nos últimos sete anos.

O projeto vai começar com os agricultores do Território Portal da Amazônia. Denise avisa aos produtores da Baixada Cuiabana que com a regularização fundiária das propriedades, os agricultores tradicionais tornaram-se agricultores assentados e serão beneficiados com recursos do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). No primeiro projeto 12 municípios da Baixada Cuiabana receberam atendimento do MDA/Ater.

A Coordenadora explica que a metodologia aplicada é do Projeto Vida Nova que prevê a realização do diagnóstico das propriedades, implantação das Unidades Didáticas de Subsistência Econômica (UDSE), elaboração de projetos de crédito rural e outros. O objetivo é validar as tecnologias e facilitar o acesso das informações aos agricultores. “A metodologia apóia a agricultura familiar, associativismo/cooperativismo com ações de planejamento e capacitação”, destaca Denise.

O Vida Nova já foi implantado em 70 municípios do Estado, atendendo 5.200 agricultores familiares. A coordenadora recorda que no ano de 2006, o produtor rural Luiz Augusto da Silva Toledo, implantou em sua propriedade, localizada no município de Ribeirão Cascalheira (900 km a Leste de Cuiabá), o Projeto Vida Nova. Em três anos de atividade o produtor melhorou a renda da família, que antes era de R$ 1 mil para R$ 3 mil reais ao ano. Hoje a produção de mandioca é transformada em farinha e polvilho; cana-de-açúcar em melado e rapadura; as hortaliças, frutas e cereal são comercializados na feira livre.
Fonte: Rosana Persona (Jornalista da Empaer)