15 de dezembro de 2025

Desmatamento, Destruição de Biomas e Mudanças Climáticas.

O desmatamento, a destruição de biomas e as mudanças climáticas estão interligados: o desmatamento libera gases de efeito estufa, intensifica as mudanças climáticas e destrói a biodiversidade. A perda de florestas reduz a capacidade do planeta de absorver dióxido de carbono e altera os ciclos de chuva e temperatura, levando a eventos climáticos extremos como secas e enchentes. 

Vale aqui destacar que o desmatamento é a remoção total ou parcial da cobertura vegetal nativa para fins como:

  • Agropecuária (principal causa no Brasil);
  • Mineração;
  • Expansão urbana;
  • Construção de estradas e infraestrutura;
  • Exploração ilegal de madeira.

Com consequências principais para:

  • Redução da biodiversidade.
  • Perda de serviços ecossistêmicos (ciclo da água, fertilidade do solo).
  • Emissão de grandes quantidades de CO₂ pela queima e decomposição da vegetação.
  • Desequilíbrio hídrico e maior risco de secas e enchentes.

Já a destruição ou degradação de biomas ocorre quando um ecossistema perde suas características essenciais devido a atividades humanas intensas. E segue os biomas brasileiros mais afetados:

  • Amazônia – desmatamento por pecuária, garimpo e grilagem.
  • Cerrado – avanço agrícola para soja e pecuária.
  • Mata Atlântica – urbanização e monoculturas.
  • Pantanal – queimadas e hidrelétricas.
  • Caatinga – desmatamento para lenha e desertificação.

Com sérios impactos na: 1. Extinção de espécies; 2. Fragmentação de habitats; 3. Perda de culturas tradicionais e modos de vida de povos originários e; 4. Redução da capacidade natural do planeta de capturar carbono.

E consequências globais: 1. Aumento da temperatura do planeta; 2. Redução da disponibilidade de água doce; 3. Perda de produtividade agrícola; 4. Crises humanitárias e conflitos por recursos e; 5. Risco crescente de pandemias devido ao contato humano com áreas selvagens devastadas.

Com esses impactos específicos:

  • Brasil: O desmatamento é o principal setor emissor de gases do efeito estufa no Brasil, superando transporte e indústria. A Amazônia, por exemplo, funciona como um “ar condicionado mundial”, e sua degradação impacta os regimes de chuva em diversas regiões do país.
  • Outros riscos: A destruição de habitats pode aproximar a vida selvagem e humana, aumentando o risco de doenças zoonóticas, como Ebola.
  • Saúde humana: O desmatamento e o aumento da temperatura tornam o trabalho em áreas abertas mais perigoso, devido à exposição a temperaturas elevadas, pesticidas e maior absorção de químicos pelo corpo. 

Algumas soluções possíveis:

Governamentais:

  • Fiscalização ambiental eficaz;
  • Áreas protegidas;
  • Políticas de incentivo à preservação;
  • Rastreabilidade de cadeias produtivas (carne, soja, madeira).

Tecnológicas:

  • Monitoramento via satélite;
  • Reflorestamento e restauração ecológica;
  • Agricultura de baixo carbono.

Individuais:

  • Consumo consciente;
  • Apoio a produtos certificados;
  • Pressão política por ações ambientais.

E volto a dizer: “Quem sabe faz a hora, não espera acontecer” (Geraldo Vandré: Para não dizer que não falei das flores).

Eduardo Cairo Chiletto

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