GALERIA

A “arte de viver da fé” pode inspirar estilos de vida mais simples, sustentáveis e compassivos — uma resposta profunda e humana ao problema climático.
Inclusive ela pode se traduzir em uma poderosa motivação para a ação climática, oferecendo uma estrutura ética e moral que incentiva o cuidado e a responsabilidade com a criação e o planeta. As mudanças climáticas, por sua vez, desafiam as comunidades de fé a aplicar seus princípios em um contexto de crise global, promovendo a sustentabilidade e a justiça social.
As mudanças climáticas são uma das maiores crises do nosso tempo. Elas afetam não apenas o meio ambiente, mas também nossa economia, nossa saúde e até nossa visão de futuro. Diante disso, muitas pessoas buscam apoio emocional, sentido e esperança na fé — seja religiosa, espiritual ou mesmo filosófica.
Importante ressaltar que muitas tradições religiosas defendem a ideia de que os seres humanos têm a responsabilidade de serem “guardiões” ou “zeladores” da Terra. Essa visão implica:
- Responsabilidade com a Criação: A crença em um criador perfeito impele os fiéis a cuidar de Suas obras, o que inclui a natureza e seus ecossistemas.
- Ética e Valores: A fé pode instilar valores de altruísmo, moderação e consumo consciente, que são cruciais para combater as causas humanas das mudanças climáticas, como por exemplo, o consumo excessivo.
- Esperança e Resiliência: Em face de uma crise avassaladora, a fé oferece esperança e um senso de propósito, evitando o desespero e motivando ações significativas a longo prazo.
Vale destacar que documentos importantes, como a encíclica Laudato Si’ do saudoso Papa Francisco, já publicado no meu BLOG – Laudato Si’ – Encíclica do Saudoso Papa Francisco e as Mudanças Climáticas – destacam a ligação entre a degradação ambiental e a injustiça social, enfatizando que os mais pobres são os mais afetados e apelando por ações que protejam os vulneráveis.
A fé não nega a realidade, mas oferece força para enfrentá-la. Viver da fé significa confiar em algo maior que o medo ou a incerteza. Em um contexto de desastres naturais, aumento das temperaturas e perda de biodiversidade, a fé pode:
- Motivar ações positivas, ao invés de paralisia emocional.
- Sustentar a esperança quando os dados parecem negativos.
- Combater a sensação de impotência.
Desta forma, preservar o planeta deixa de ser apenas uma questão científica e passa a ser um ato de fé, de ética e de amor ao próximo. Muitas tradições religiosas e espirituais — cristianismo, islamismo, tradições indígenas, budismo, entre outras — falam sobre:
- Responsabilidade moral para com as gerações futuras.
- Cuidado com a criação,
- Harmonia com a natureza,
Vale aqui ressaltar a musica Alagados – Canção de Os Paralamas do Sucesso (1986): https://www.youtube.com/watch?v=YKc9dW1WYws
“… Todo dia
O sol da manhã vem e lhes desafia
Traz do sonho pro mundo
Quem já não queria
Palafitas, trapiches, farrapos
Filhos da mesma agonia
E a cidade
Que tem braços abertos num cartão postal
Com os punhos fechados da vida real
Lhe nega oportunidades
Mostra a face dura do mal…”
“… Alagados, Trenchtown, Favela da Maré
A esperança não vem do mar
Nem das antenas de TV
A arte de viver da fé…”
Em suma, a “arte de viver da fé” fornece a motivação espiritual e a estrutura ética necessárias para que indivíduos e comunidades se mobilizem ativamente e de forma responsável na mitigação e adaptação às mudanças climáticas, transformando a espiritualidade em ação prática pelo bem do planeta e das futuras gerações.
As Mudanças Climáticas são uma oportunidade de transformação interior e ela, a crise ambiental, nos convida a refletir sobre: consumo, apego, excesso, relação com o tempo e com o planeta e, senso de comunidade.
Conclusão: a realidade das mudanças climáticas pode aprofundar a fé, tornando-a mais concreta, ética e conectada com o mundo. A fé pode:
- oferecer esperança em tempos de crise,
- inspirar responsabilidade ecológica,
- fortalecer a solidariedade entre pessoas e povos,
- guiar escolhas mais sustentáveis.
E como já publicado por mim no meu blog (Oração e Mudanças Climáticas.), vale destacar a letra da música Deus Proverá (https://www.youtube.com/watch?v=Y8kUeMduPZM) cantada pela minha irmázinha Maria Claudia Cairo Chiletto. Conhecida como @cantoraclaudiacairo pela Arquidiocese do Rio de Janeiro.
“…Não, não pense que o céu está vazio
Acolha o silêncio de Deus
Tenha fé, espere no Senhor
No tempo e na hora certa ele agirá
Deus provê, Deus proverá
A sua misericórdia não faltará
Deus provê, Deus proverá
A sua misericórdia não faltará, não faltará.”
Aconselho a assistir o clipe da música Deus Proverá que é no Sítio Roberto Burle Marx no Rio de Janeiro (Patrimônio Mundial da UNESCO – Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura. O sítio é uma unidade especial do IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. O nome da capela é Santo Antônio da Bica. Acesse para assistir a música e ver o sítio: https://www.youtube.com/watch?v=Y8kUeMduPZM.
E volto a dizer, como mencionado no post O Amor e as Mudanças Climáticas. Como me ensinaram meus amados e falecidos pais (Carlos Ricardo Chiletto e Yara Cairo Chiletto): “Palavras o vento as leva. Ação leva ao coração“. Desta forma, é crucial que a humanidade tenha fé e aja urgentemente em relação às mudanças climáticas. As consequências do aquecimento global já são visíveis e podem se intensificar se não houver AÇÕES concretas para mitigar o problema.
Eduardo Cairo Chiletto
Nenhum comentário:
Postar um comentário