4 de dezembro de 2020

“Tudo em ‘Torto arado’ é presente no mundo rural do Brasil. Há pessoas em condições análogas à escravidão”


O baiano Itamar Vieira Junior, cujo romance ganhou o Prêmio Jabuti, faz uma declaração de amor à terra ao escrever sobre as histórias de luta e resistência na Chapada Diamantina. Ela falará na edição virtual da Flip

O escritor baiano Itamar Vieira Junior, autor de 'Torto arado'.
O escritor baiano Itamar Vieira Junior, autor de 'Torto arado'.

ARQUIVO PESSOAL

JOANA OLIVEIRA
São Paulo 

Quando Bibiana e Belonísia nasceram, tinham outros nomes. O baiano Itamar Vieira Junior tinha 16 anos quando começou a escrever Torto arado (Todavia), que ganhou narrativa, no entanto, permaneceu a mesma: a história de duas irmãs, contada a partir de sua relação com o pai e com a terra onde viviam. O título, retirado do poema Marília de Dirceu, de Tomás António Gonzaga, tampouco mudou. O que veio depois foi a vontade de levar a história para o sertão da Chapada Diamantina, longe da capital ou do Recôncavo Baiano, onde a maioria dos seus conterrâneos ambientam suas narrativas. “A gente fala do sertão, do semiárido, parece que se trata de uma coisa só, mas o sertão da Chapada tem uma regularidade de chuva, uma diversidade de paisagem, de mato, que salta aos olhos”, conta Vieira Junior, hoje com 41 anos, ao EL PAÍS, por telefone.

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