3 de fevereiro de 2020

Mapa mostra, por município, os maiores multados por desmatamento nos últimos 25 anos

IN DE OLHO NO AMBIENTEDESMATAMENTOEM DESTAQUEESPECIAISPRINCIPALÚLTIMAS
Plataforma divulga, ano por ano, autuações milionárias do Ibama aplicadas entre 1995 e 2020; De Olho nos Ruralistas identificou, a partir de 284 mil multas, os 4.600 proprietários rurais que mais receberam punições na categoria flora
Por Alceu Luís Castilho, Leonardo Fuhrmann e Priscilla Arroyo*

Quem desmata a Amazônia? O Cerrado? O Pantanal? A Mata Atlântica? De Olho nos Ruralistas divulga a maior pesquisa já feita sobre os multados pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama) na categoria flora. A base de 284.235 multados nos últimos 25 anos encontra-se no próprio site da autarquia, vinculada ao governo federal. Esses dados públicos — mas dispersos — ganham agora uma plataforma onde se pode ver quem foram os maiores autuados por ano e por município. De Oiapoque (AP) a Uruguaiana (RS). Quem foram os maiores acusados de desmatamento em Manaus ou Boa Vista? Ou em Altamira (PA)? Ou em Paranaguá (PR)?
Reorganizados, os dados do Ibama trazem à tona um público bastante seleto: 487 pessoas físicas e jurídicas somaram, entre 01 de janeiro de 1995 e 31 de outubro de 2019, mais de R$ 10 milhões em multas por desmatamento. Para saber em que parte do território eles sofreram as maiores punições basta clicar, no mapa, nos símbolos vermelhos. Outros 466 brasileiros (ou empresas) receberam autuações que somam mais de R$ 5 milhões. Cada multa acima desse valor pode ser vista, no mapa, nos símbolos amarelos. As demais, acima de R$ 1 milhão, nos símbolos verdes.
A lista traz milhares de empresas — em boa parte, companhias abertas — e centenas de políticos. De multinacionais a expoentes brasileiros do agronegócio. De banqueiros a donos de empreiteiras. O leitor atento achará nome de cantor famoso. Ou pai de técnico de futebol. Organizadores do carnaval baiano. Colunáveis. Prefeitos. Um governador. Vários ex-governadores. Ao longo das próximas semanas, a série De Olho nos Desmatadores divulgará notícias sobre esses e outros personagens, organizadas por setor de atividade ou outro critério jornalístico.
Confira abaixo o Mapa das Multas por Desmatamento, elaborado pelo observatório:
Com a publicação do mapa, De Olho nos Ruralistas cumpre sua função de divulgar não somente notícias, seu carro-chefe, mas também outras informações de interesse público. O levantamento que antecede a plataforma já motivou reportagens em dois grandes veículos da imprensa brasileira: The Intercept Brasil e CartaCapital. O site divulgou a lista dos 25 maiores autuados por desmatamento desde 1995.  A revista publicou dez páginas sobre o tema, em reportagem de capa, na edição que circulou nesta sexta-feira, 31/01. Outros veículos do Brasil e do exterior pretendem publicar notícias a partir desses dados.

MAPA EVADE AS MULTAS MILIONÁRIAS

A maior parte das autuações milionárias ocorre na Amazônia. A reportagem de CartaCapital revela que a empresa de um governador da Amazônia Legal, Mauro Carlessi (DEM), está entre os 4.620 proprietários que, nos últimos 25 anos, tiveram multas na categoria flora acima de R$ 1 milhão. E que isso motivou condenação em seu estado, o Tocantins. Mas Carlessi ainda não se perfila entre os recordistas, aqueles com multas acima de R$ 50 milhões em todo o período. Há quem tenha recebido multas em até 16 anos diferentes. Quem são esses reincidentes contumazes?
Entre os 25 maiores autuados, nada menos que 24 receberam multas em mais de um ano. A reincidência não ocorre com autuações de baixo valor: 22 entre os maiores multados levaram multas acima de R$ 1 milhão em pelo menos dois anos. A lista é encabeçada pelo Instituto Nacional de Colonização Agrária (Incra) e prossegue com a Agropecuária Santa Bárbara, da família do banqueiro Daniel Dantas. Pecuaristas como Antonio José Junqueira Vilela Filho, o AJJ, e os irmãos Quagliato aparecem com destaque. Siderúrgicas, também. Afinal, parte da madeira vira carvão.

Mapa reproduz informações que constam do site do Ibama. (Imagem: De Olho nos Ruralistas)

Ao longo do mapa um mesmo nome pode aparecer várias vezes. O critério utilizado foi o proprietário ter multas, somadas, acima de R$ 1 milhão. Tomemos AJJ. Somente em 2016, ano em que foi recordista, o paulista aparece em Rondônia, Mato Grosso, Piauí e, principalmente, Pará. Os registros são por município. O mesmo ocorre em 2012, 2013 e 2014, anos em que ele teve mais de R$ 1 milhão em multas. As multas menores, nesses e em outros anos, não entram no mapa. Várias multas em um mesmo ano e em um mesmo município, dispersas na base de dados do Ibama, aqui aparecem somadas.
Isso significa que o mapa não traz apenas os campeões de multas, destacados no Intercept e em CartaCapital. Todos aqueles que receberam multas acima de R$ 1 milhão, desde 2010, já estão no mapa. Confira acima um dos exemplo: Xavier Dallagnol, tio do procurador Deltan Dallagnol, com multa em Nova Bandeirantes (MT). Cada módulo traz, por ano, o nome do autuado, o município, a data, o CPF (ou o CNPJ) e o total de multas naquele município. A plataforma já inclui todos aqueles que receberam, de 1995 para cá, autuações acima de R$ 5 milhões — e será atualizada ao longo dos próximos meses.

PERÍODO COINCIDE COM O DO PLANO REAL

Todos os dados divulgados no mapa foram retirados da seção Consulta de Autuações Ambientais e Embargos, no site do Ibama. Cada multa, ali, tem a própria história. Muitas prescreveram. Outras, mesmo décadas depois, estão em fase de recursos. Uma fatia menor, 1,42% do total, foi quitada. O observatório divulga os dados porque são públicos e porque são esses os dados disponíveis para se entender onde ocorreram os flagrantes por crimes — ou supostos crimes — contra a flora no Brasil, conforme os critérios da autarquia. E quem foram os acusados.
O leitor interessado em saber, por exemplo, quem levou multas em Santarém (PA), em agosto de 2019, precisa fazer uma operação específica na plataforma do Ibama, um tanto escondida no site da autarquia. Quem foi flagrado em situação de desmatamento nesse período? Brigadistas? Ou madeireiros, proprietários rurais? Com o Mapa das Multas por Desmatamento é possível em alguns segundos, com o mouse, saber quem foram os citados pelo governo federal em Santarém ou em Altamira, no Pará, ou em cada município do Rio de Janeiro.

Plataforma do governo é a origem das 280 mil multas filtradas pelo observatório e reunidas no mapa. (Imagem: Ibama)

O período entre 1995 e 2019 foi escolhido para a pesquisa por dois motivos. Primeiro, porque o Brasil teve uma mesma moeda durante esse período. Os valores apontados no mapa são aqueles do momento da multa, sem correção monetária. Segundo, porque as autuações milionárias começaram a aparecem somente em 1996. Em 1995, 1997 e 1998 não houve nenhuma multa acima de R$ 1 milhão. Isso se tornou regra a partir de 1999, diante da aprovação, no ano anterior, da Lei de Crimes Ambientais. Já temos uma geração identificável de mega multados pelo Ibama.
Os dados relativos ao ano de 2019, entre janeiro e outubro, foram baixados em novembro. As multas aplicadas novembro e dezembro ainda não foram divulgadas pela autarquia. Em relação aos anos anteriores, de 1995 a 2018, os dados foram baixados em maio de 2019, como forma de unificar a pesquisa. Motivo: não é incomum que a plataforma do Ibama retire nomes, especialmente entre os mais recentes. Em 2017, por exemplo, quando o observatório começou pesquisar as multas por desmatamento, o médico paulista Carlos Alberto Mafra Terra chegou a liderar o ranking daquele ano, à frente da Agropecuária Santa Bárbara, do banqueiro Daniel Dantas, mas as multas em Cumaru do Norte (PA) saíram do sistema. O mapa se baseia nos dados disponíveis em 2019.
A inclusão do nome no Mapa das Multas por Desmatamento não pode ser confundida com alguma condenação judicial a cada um dos proprietários listados. Para saber a situação administrativa ou jurídica de cada uma delas é preciso avançar na plataforma do governo e obter mais detalhes. Nem todos os proprietários autuados concordam com as punições. A série De Olho nos Desmatadores publicará reportagens específicas, nas próximas semanas, sobre esse e outros temas. E todas as respostas que chegarem à redação.
A pesquisa foi iniciada em 2017, desenvolvida em 2018 e consolidada em 2019. No ano passado o De Olho nos Ruralistas teve o apoio da Amazon Watch e dos Repórteres Sem Fronteiras, com recursos que permitiram mais tempo de trabalho para um dos repórteres e para um designer. Um dos objetivos do observatório é transformar o mapa em uma plataforma perene, como fonte de consultas para jornalistas e pesquisadores.
* com reportagem de Maria Lígia Pagenotto e Yago Sales. Mapa: Rodrigo Correa e Felipe Fogaça.
Imagem principal: Rodrigo Correa.

BRUGGES - Bruxelas


BRASIL REGISTRA 16 CASOS SUSPEITOS DE CORONAVIRUS




O Ministério da Saúde atualizou em 16 o número de casos considerados suspeitos de coronavírus no país. Segundo balanço divulgado às 12h de hoje (1º), já foram descartados outros dez casos.

A unidade federativa que apresenta maior número de casos suspeitos é São Paulo, com 8 ocorrências. Duas suspeitas já foram descartadas no estado. O Rio Grande do Sul registra, neste momento, 4 casos suspeitos; outros três já foram descartados.

Em Santa Catarina, até o momento, já foram levantadas 2 suspeitas; dois outros casos foram descartados.

A lista inclui ainda o Paraná e o Ceará, com um caso suspeito em cada.
Histórico

Os coronavírus são conhecidos desde meados dos anos 1960 e já estiveram associados a outros episódios de alerta internacional nos últimos anos. Em 2002, uma variante gerou um surto de síndrome respiratória aguda grave (Sars) que também teve início na China e atingiu mais de 8 mil pessoas. Em 2012, um novo coronavírus causou uma síndrome respiratória no Oriente Médio que foi chamada de Mers.

A atual transmissão foi identificada em 7 de janeiro. O escritório da Organização Mundial da Saúde (OMS) na China buscava respostas para casos de uma pneumonia de etiologia até então desconhecida que afetava moradores na cidade de Wuhan.


Por Pedro Peduzzi via Agência Brasil

EM MEIO A SURTO DE CORONAVÍRUS, ORIENTAIS NO BRASIL RELATAM PRECONCEITO E DESCONFORTO





Marie Okabayashi de Castro Lemos, 23, é estudante de direito da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e descendente de japoneses. Na linha 1 do metrô, no Rio de Janeiro, ela foi xingada de “chinesa porca” por uma mulher.

A situação mostra o preconceito e o desconforto que já começam a ser vivenciados pela comunidade oriental no Brasil conforme cresce no mundo o surto do novo coronavírus chinês, que já causou, até domingo (2), 362 mortes e mais de 17 mil infecções.

“Ela falou que eu ficava espalhando doenças para todos e me chamou de nojenta. Teve um momento em que eu já estava indo para a escada rolante e ela ficou me acompanhando pela janela do metrô e me mostrando o dedo do meio, aparentemente berrando várias coisas. Ela estava em total estado de fúria e descontrole apenas com a minha presença”, disse.

A estudante conseguiu filmar algumas das ofensas com o celular. No Twitter, Lemos conta que, antes de começar a gravar, ouviu a mulher dizer coisas como “quando eu vejo um chinês eu atravesso a rua”, “não compraria uma coca fechada desse povo, porque eles contaminam tudo”, “os coreanos, tailandeses e esse resto também são um horror, invadem nosso país, roubam os empregos do nosso povo e espalham doenças”.

Em São Paulo, a professora de mandariam Si Liao, 32, que vive em São Paulo desde 2011, queria comprar máscaras descartáveis para guardar em caso de necessidade, mas não teve coragem de ir à farmácia. Ela teme a reação das pessoas devido ao surto do novo coronavírus.

“Li que nos Estados Unidos as máscaras estão acabando e quis comprar uma para mim. Mas tenho medo de entrar na farmácia e, por ser chinesa, as pessoas acharem que eu tenho o coronavírus”, afirma.

Na capital paulista, as farmácias já estão sem estoque de máscaras. A solução foi comprar uma caixa pela internet.

Segundo ela, por enquanto a orientação nos grupos de chineses que vivem em São Paulo é de não usar máscaras para não assustar as pessoas na rua.

Aqueles que voltam agora de uma temporada no país de origem estão seguindo as orientações de ficarem em casa por duas semanas, mesmo sem apresentar sintomas. “Eu também fiquei com um pouco de medo, mas todo mundo está colaborando”, diz.

A professora, que tem um canal no YouTube voltado para brasileiros, já publicou quatro vídeos com informações sobre o coronavírus. Ela estudou em Wuhan, epicentro do surto da doença, e diz que está preocupada com os amigos e parentes que vivem na região.

“As pessoas estão tendo que ficar dentro de casa, saem só para comprar comida. Eles disseram que a situação está grave, mas com eles por enquanto está tudo bem.”

Sisi, como é conhecida, disse ainda que a comunidade chinesa paulista está se organizando para comprar máscaras e enviar como doação para a China, mas há barreiras. “O preço das máscaras aumentou e em várias cidades da China não está tem mais frete internacional. Estamos vendo como podemos fazer.”

Na centro da capital paulista, o condomínio Meridian divulgou na última semana um comunicado interno pedindo que os moradores chineses que voltaram recentemente da China “procurem evitar contato com outras pessoas durante duas semanas”.

A medida foi tomada antes mesmo de a Embaixada da China no Brasil recomendar que cidadãos chineses que viajaram ao país fiquem em suas casas durante esse período, para impedir uma possível disseminação do coronavírus.

O comunicado foi escrito em português e em mandarim. “Esse foi um caso à parte, normalmente os comunicados são feitos em português”, explica Gisele Guimarães Pires, gerente responsável pelo Meridian.

Pires disse que o síndico solicitou o informativo à administradora Loyd e insistiu na sua divulgação mesmo após ressalvas da empresa de que o texto elaborado por ele pudesse ser mal interpretado.

“O síndico fez o pedido à administração predial devido à alta quantidade de chineses no prédio. Nós alertamos que poderia haver algum tipo de preconceito, mas ele insistiu. O comunicado é mais para alertar, tentamos não dizer que é por culpa deles [chineses]. Eu tinha feito um texto mais genérico, falando da doença, com informações de outros jornais, mas ele mandou esse texto e pediu para usar o que mandou”, afirma.

A Folha tentou contato com o síndico do condomínio Meridian, mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem.

Enquanto o mundo assiste ao aumento de relatos de discriminação racial contra asiáticos e descendentes de orientais, no Brasil comentários provocaram a reação de usuários que lutam contra o preconceito contra orientais e seus descendentes.

O youtuber católico Bernardo Küster, seguidor de Olavo de Carvalho e diretor de opinião do portal de direita Brasil Sem Medo, compartilhou em seu Twitter uma montagem feita com uma ilustração do cartunista e ilustrador surrealista Joan Cornellà.

Publicações como a de Küster têm constrangido chineses e descendentes que vivem no Brasil, segundo Sisi. “Eu vi muito preconceito na internet. Comentários muito tristes. Eu estou tossindo, mas evito tossir em público porque tenho medo que as pessoas me vejam, com cara de chinesa, e pensem que estou infectada”, disse em vídeo publicado no seu canal, o Pula Muralha.

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) classifica orientais e seus descendentes, com base em autodeclarações, como amarelos. De acordo com o Censo populacional de 2010, os amarelo representam 1,1% da população brasileira urbana e rural, o equivalente a pouco mais de 2 milhões de pessoas.

Em países que já tiveram casos da doença confirmados, o preconceito ganhou força. Na Malásia, por exemplo, uma petição assinada por mais de 400 mil pessoas até a última quarta (29) pedia que a entrada de cidadãos chineses no país fosse banida. No texto que acompanha a petição, os criadores culpavam o “estilo de vida sem higiene” dos chineses pelo espalhamento do vírus. Petições similares surgiram em Singapura e na Coreia do Sul.

No Canadá e na França, comunidades chinesas criaram campanhas em redes sociais para combater a discriminação. Asiáticos na França usaram a hahtag #JeNeSuisPasUnVirus (eu não sou um vírus) nas redes sociais para identificar casos de abuso e discriminação.

Não há registros de casos no Brasil, mas o Ministério da Saúde investiga 12 casos suspeitos de coronavírus, sete deles em São Paulo, dois no Paraná e um caso em Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Ceará.

Em São Paulo, o governador do estado, João Doria, e o prefeito da capital, Bruno Covas, anunciaram um plano de ação para a eventual confirmação de casos do novo coronavírus.

Matheus Moreira via FolhaPress

MESMO SEM CASO DE CORONAVÍRUS CONFIRMADO, GOVERNO DEVERÁ DECRETAR ESTADO DE EMERGÊNCIA





Mesmo sem a comprovação de casos de coronavírus no Brasil, o governo Jair Bolsonaro decidiu reconhecer o estado de emergência em saúde pública para a doença. Segundo o ministro Luiz Henrique Mandetta (Saúde), a decretação da situação de emergência ocorrerá para dar agilidade ao Estado na contratação de equipamentos sanitários e na montagem da área de quarentena que receberá os brasileiros retornados da cidade de Wuhan, epicentro do surto de coronavírus na China.

Mandetta falou após reunião na Casa Civil para acertar os detalhes do retorno desses brasileiros. Segundo ele, são aproximadamente 40 brasileiros em Wuhan que manifestaram interesse em voltar ao Brasil.

O estado de emergência permite ao governo contratações emergenciais mais rápidas para fazer frente aos esforços de contenção do vírus, dispensando por exemplo processos licitatórios.

A OMS (Organização Mundial da Saúde) declarou na quinta (30) que o coronavírus é uma emergência de saúde global.

O protocolo estabelece que o estado de emergência seria ativado, em condições normais, após a confirmação de um caso de coronavírus no Brasil -o que até o momento não ocorreu. Mas o governo Bolsonaro tomou a decisão de reconhecer a emergência, entre outras razões, para preparar a chegada dos brasileiros retornados.

“Embora a gente não tenha nenhum caso comprovado no Brasil -não temos a presença do vírus em laboratório dentro do Brasil- nós vamos reconhecer esta emergência sanitária internacional para poder ter mecanismos. Porque se não você tem que abrir licitação, leva 15, 20 dias para conseguir se movimentar quando se está no status normal da lei de licitações e compras. Então a gente vai antecipar mesmo não tendo nenhum caso confirmado”, disse o ministro.

Mandetta não informou quando o voo fretado pelo Brasil deixará o país com destino à China. Mais cedo, em entrevista à Rádio Gaúcha, o ministro Onyx Lorenzoni (Casa Civil) disse que o avião deve decolar até esta terça (4), com retorno previsto para quinta (6) ou sexta (7).

Lorenzoni também afirmou que a tendência é que a quarentena ocorra numa base militar em Anápolis (GO). Mandetta disse que essa decisão ainda não está tomada, mas reconheceu que a área militar na cidade goiana tem vantagens.

“Existe uma base militar, em Anápolis, que tem vantagens. Pela proximidade com o Hospital de Forças Armadas em Brasília, com leitos que podem ser separados”. Ele citou ainda uma base em Florianópolis que também teria condições de receber os retornados.

Ainda segundo o ministro da Saúde, o prazo de quarentena deve ser de 18 dias. O governo está consultado o protocolo de outros países para saber se a tripulação que realizará a missão de repatriação também deverá cumprir o isolamento. A princípio, disse Mandetta, as informações dão conta de que, com a proteção adequada, o período de afastamento da tripulação pode ser cumprido em ambiente domiciliar.

O ministro da Saúde afirmou ainda que os brasileiros que manifestaram interesse em retornar serão submetidos a um exame prévio antes do embarque. De acordo com ele, pessoas com sintomas do coronavírus não poderão deixar Wuhan.

“Você não pode trazer uma pessoa com febre o que esteja gripada com as outras no avião”, disse Mandetta. Por fim, ele disse que só serão evacuados os brasileiros em Wuhan porque a cidade concentra 70% dos casos de coronavírus e que o próprio governo chinês bloqueou o local.

O governo também deve enviar em breve ao Congresso Nacional uma Medida Provisória que cria a figura de quarentena sanitária no Brasil.

A ausência de uma legislação desse tipo foi apontada pelo presidente Jair Bolsonaro como uma das razões que dificultam a evacuação.

O status de emergência nacional em saúde pública já foi decretado em outras ocasiões no Brasil, como na recente crise da zika e microcefalia no Brasil.

Ricardo Della Colleta via FolhaPress

Jiboia 'arco-íris' é vista passeando em rua e moradores chamam os bombeiros em Alta Floresta

Animal tem aproximadamente 1.30 metro de comprimento.

FONTE: 1 Mato Grosso


Foto: Corpo de Bombeiros/MT via G1 MT

Uma cobra da espécie salamanta, conhecida como jiboia arco-íris, foi vista pelos moradores passeando em uma rua de Alta Floresta, nesse domingo (26).

De acordo com o Corpo de Bombeiros, os moradores passavam pelo local quando viram a cobra, se assustaram e chamaram os bombeiros para que a capturasse.

Quando os bombeiros chegaram, ela estava em um gramado na área pública. O animal foi levado para uma área de mata.

A jiboia tinha aproximadamente 1.30 metro de comprimento.

Foto: Corpo de Bombeiros-MT





Projeto Bichos do Pantanal lança 2ª edição de cartilha de Educação Ambiental

Com base na metodologia do renomado autor Richard Louv - que preconiza a importância e os benefícios da conexão com a natureza para o desenvolvimento das crianças, adotada na Educação Ambiental do Projeto - nova edição foi revisada e ampliada

Thiago Bernardo - Assessor de Comunicação

FONTE; AguaBoaNews


Foto: Assessoria

O Projeto Bichos do Pantanal - patrocinado pela Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental - vai lançar a segunda edição da cartilha "Conhecer Para Preservar", material didático concebido pela Equipe de Educação Ambiental do Projeto para auxiliar e apoiar as atividades educacionais que abordam as questões ambientais.

A nova edição - revisada e ampliada - será apresentada aos professores e educadores da rede municipal de ensino durante o Encontro Pedagógico Municipal de Cáceres (MT), que vai ocorrer dia 7 de fevereiro, sexta-feira no Auditório da Sicmatur. Durante o evento - que vai apresentar o Calendário de Atividades Pedagógicas do Município para o ano de 2020 - os professores poderão ter contato com a publicação que vai auxiliá-los em sala de aula na abordagem de temas ambientais. Exemplares serão distribuídos para as escolas para que possam ser utilizados pelas turmas de diversas idades, principalmente da educação infantil e fundamental e ensino médio.

Além de informações sobre a fauna pantaneira, com páginas dedicadas aos principais animais da região, a cartilha traz informações sobre a formação do bioma Pantanal, aborda aspectos relacionados ao rio Paraguai e toca também a questão cultural, inserindo o pantaneiro como parte integrante de todo o ambiente. A cartilha apresenta atividades lúdicas como palavra cruzada, jogos de identificação de animais, caça-palavras, perguntas relacionadas a seu conteúdo e convida os alunos a se inspirarem em poesia de Manoel de Barros, o poeta pantaneiro.

"O tema central de toda a Educação Ambiental desenvolvida pelo Projeto Bichos do Pantanal é a Conexão com a Natureza" explica Mahal Massavi, coordenador da equipe de Educação Ambiental do Projeto. "Nossas atividades são norteadas pelos conceitos do consagrado autor Richard Louv, jornalista e ecólogo" diz o coordenador. Richard é fundador do Movimento Criança e Natureza, cunhou o termo Transtorno do Déficit de Natureza (TDN) chamando a atenção da comunidade internacional para o impacto negativo da falta da natureza na vida das crianças. Ele é mais conhecido por seu sétimo livro, Last Child in the Woods: Salvando Nossos Filhos do Transtorno de Déficit de Natureza, que investiga o relacionamento das crianças e o mundo natural nos contextos atuais e históricos. Douglas Trent - idealizador e chefe de pesquisas do Bichos do Pantanal, mentor da Educação Ambiental do Projeto - foi contemporâneo de Richard Louv no curso de ecologia na Universidade do Kansas, EUA. A metodologia de seu colega de faculdade o inspirou na elaboração do Projeto. "Richard demonstrou cientificamente a importância da educação ambiental focada na conexão com a natureza" explica Douglas. "Seus estudos demonstraram como a conexão das crianças com a natureza as torna mais focadas, aumentando a concentração. Isso resulta em evidente melhoria do desempenho escolar, além de reduzir os níveis de stress, ajudando a combater a ansiedade e eventuais atitudes violentas entre as crianças" completa. Este modelo de Educação Ambiental - inspirado nas conclusões e propostas de Louv - é adotado pelo Projeto Bichos do Pantanal desde o início dos trabalhos, em 2013. De lá para cá, até mesmo o Consulado dos Estados Unidos já fez sua contribuição - por meio de doações articuladas e viabilizadas por Douglas Trent - de equipamentos como binóculos, lunetas que são utilizados pela equipe de Educação Ambiental em suas atividades fora da sala de aula, em meio à natureza, como por exemplo a observação de aves. A experiência do Projeto utilizando a metodologia de Louv, de forma pioneira, será apresentada no Congresso Internacional do Children & Nature em maio deste ano em Atlanta/EUA.

"É uma satisfação apresentar a cartilha de Educação Ambiental do Projeto Bichos do Pantanal - agora em edição ampliada e revisada - aos professores de Cáceres" diz Jussara Utsch diretora executiva do Instituto Sustentar, entidade que realiza o Projeto. "Nosso país é privilegiado, temos a maior biodiversidade do planeta. Mas precisamos nos reconectar com a natureza, a melhor forma de conhecer, entender, e, assim, amar para preservar" explica. "Este material vem do desejo de nossa equipe de levar a sala de aula para a natureza. Queremos mostrar aos estudantes que o Pantanal não é um local distante, desconhecido, mas sim um ambiente que integra cada animal, cada árvore, e toda a paisagem, ao dia a dia das pessoas que vivem na região" completa a diretora.


  • Projeto Bichos do Pantanal lança 2ª edição de cartilha de Educação Ambiental
  • Projeto Bichos do Pantanal lança 2ª edição de cartilha de Educação Ambiental
  • Projeto Bichos do Pantanal lança 2ª edição de cartilha de Educação Ambiental

Nobres (MT) - Acqua Fun Salobão lança o mergulho de cilindro


FONTE: Blogueiros de MT Mídia Livre

AguaBoaNews


Foto: Blogueiros de MT Mídia Livre

O Acqua Fun Salobão, lançou oficialmente o mergulho de cilindro para os turistas na tarde deste sábado, (01). O renomado Rogério Perdigão, mergulhador há 45 anos será o responsável pela atividade na lagoa que mede 8 metros de profundidade.

Para realizar o passeio o turista deve pré-agendar com 48 de horas de antecedência nas agências locais.

O atrativo está localizado na Comunidade Sela Dourada, a 12 km de Nobres, pela MT 241.

Com um conceito inovador, o novo espaço reúne o Ecoturismo, Turismo Rural e o Turismo de Aventura em um só local.

No Acqua Fun Salobão, os visitantes encontram toda infraestrutura necessária, para um final de semana repleto de emoções. A culinária regional também pode ser saboreada pelos turistas. O almoço custa R$ 35 reais.

A empresária Acácia Barros ressalta que além do mergulho, o Acqua Fun Salobão oferece outros passeios como bóia, standup, caiaque, contemplação e trilha.

Conhecida como a Noronha mato-grossense a Lagoa encanta pela diversidade da fauna, com aproximadamente 30 espécies de peixe, como piraputanga, piau de três pintas, pintado, cachara, lambari, mato-grosso, dourado, curimbata e outros peixes.

“A estrutura de lazer e as inúmeras opções de entretenimento para todas as idades, aqui temos experiências únicas e inesquecíveis, com boas doses de adrenalina e muita interação com a natureza em um ponto privilegiado perto da capital, cada trecho da trilha foi pensado com carinho para oferecer aos visitantes um espaço acolhedor, onde o contato com a mata, as nascentes e os peixes leva a momentos de grande satisfação”, lembrou Acássia.

Em Mato Grosso, os pontos mais cobiçados pelos mergulhadores estão nos municípios de Nobres (a 130 km da Capital), Primavera do Leste (200 km), Diamantino (200 km) e Campo Novos dos Parecis (300 km). Quando em outras partes do Brasil o inverno suja os rios e mares, em Mato Grosso o período das seca deixa as águas ainda mais cristalinas e convidativas. Isso atrai os aficionados que estão sempre em busca de novas opções.

Em Mato Grosso, os pontos mais cobiçados pelos mergulhadores estão nos municípios de Nobres (a 130 km da Capital), Primavera do Leste, Diamantino (200 km) e Campo Novos dos Parecis (300 km). Quando em outras partes do Brasil o inverno suja os rios e mares, em Mato Grosso o período das seca deixa as águas ainda mais cristalinas e convidativas. Isso atrai os aficionados que estão sempre em busca de novas opções.

A novidade estava sendo aguardada pela direção que formatou uma parceria com o experiente mergulhador, Rogério Perdigão, proprietário da empresa West Dive Company que realiza o curso de mergulho, ele é instrutor certificado pela PADI (Professional Association of Diving Instructors), a maior empresa mundial em credenciamento de mergulhadores.

Rogério é reconhecido no Estado por atender em consultoria as empresa que necessitam do mergulho comercial (especialmente hidroelétricas).

No Salobão é possível fazer mergulhos recreativos, mesmo quando a pessoa nunca mergulhou e deseja fazer a experiência para conhecer o esporte.

O agendamento é feito pelas agências do município, o mergulho custa R$ 250 reais por pessoa.
Para os que nunca fizeram curso de mergulho, o chamado batismo deve ser feito em grupo de no mínimo 4 pessoas.

Mais informações: (65) 99911-8198 (WhatsApp) (65) 99636-6154 (WhatsApp)

Flora do Brasil 2020


No ano de 2010, o Brasil conseguiu cumprir a Meta 1 estabelecida pela Estratégia Global para a Conservação de Plantas (GSPC-CDB), com a publicação do Catálogo de Plantas e Fungos do Brasil (veja Publicações Relacionadas acima) e com o lançamento da primeira versão online da Lista de Espécies da Flora do Brasil. Este marco para a botânica brasileira só foi possível devido ao empenho de mais de 400 taxonomistas, brasileiros e estrangeiros, que trabalharam em uma plataforma, onde as informações sobre a nossa flora eram incluídas e divulgadas em tempo real. O projeto “Lista do Brasil”, como ficou popularmente conhecido, foi encerrado em novembro de 2015, com a publicação de cinco artigos e suas respectivas bases de dados (veja Acesso aos Dados acima). Com grande entusiasmo apresentamos, em 2016, o novo sistema do projeto da Flora do Brasil 2020, que objetiva cumprir a Meta 1 estabelecida pela GSPC-CDB para 2020, com a divulgação de descrições, chaves de identificação e ilustrações para todas as espécies de plantas, algas e fungos conhecidos para o país. O projeto Flora do Brasil 2020 é parte integrante do Programa Reflora e está sendo realizado com o apoio do Sistema de Informação sobre a Biodiversidade Brasileira (SiBBr). Conta no momento com quase 700 pesquisadores trabalhando em rede para a elaboração das monografias. Esses pesquisadores também são responsáveis por informações nomenclaturais e distribuição geográfica (abrangência no Brasil, endemismo e Domínios Fitogeográficos), além de incluírem dados valiosos sobre formas de vida, substrato e tipos de vegetação para as espécies monografadas. Os resultados das buscas nesta página também incluem informações sobre as espécies ameaçadas da nossa flora (devido à cooperação com o Centro Nacional de Conservação da Flora) e possibilitam acesso ao Index Herbariorum (devido à cooperação do The New York Botanical Garden). Além dessas informações, os usuários também podem ter acesso a imagens de exsicatas, inclusive de tipos nomenclaturais, provenientes tanto do Herbário Virtual Reflora, como do INCT Herbário Virtual da Flora e dos Fungos; bem como a imagens de plantas vivas e de ilustrações científicas, sendo todas as imagens incluídas pelos especialistas de cada grupo.

Acima, em “Condição Atual dos Táxons”, você pode saber quais famílias e/ou gêneros já estão sendo monografados e quais ainda estão disponíveis. Caso você seja um taxonomista de formação e tenha interesse em participar deste projeto, envie um e-mail para o nosso contato indicando o grupo taxonômico de interesse para receber maiores informações.

Neste momento, são reconhecidas 46827 espécies para a flora brasileira, sendo 4774 de Algas, 33361 de Angiospermas, 1572 de Briófitas, 5720 de Fungos, 30 de Gimnospermas e 1370 de Samambaias e Licófitas.Como CitarFlora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: 


Bem vindo à Flora do Brasil 2020!

Turismo no Brasil

Turismo é uma atividade pouco explorada diante do potencial que o Brasil apresenta.

PUBLICIDADE

O Brasil é um país com enorme potencial turístico em razão da diversidade cultural e, principalmente, das belezas naturais do imenso território, mas esse potencial ainda não é explorando em sua totalidade. O Brasil ocupa, na atividade turística, apenas 1% do fluxo mundial, no entanto, isso tem mudado. Entre os anos de 1995 a 2000, houve um aumento significativo no número de turistas que vieram ao Brasil, mudando o ranking de 43o para 29o, sem contar o turismo interno que gera um fluxo aproximado de 26,6 milhões anualmente.

Outra alteração nesse seguimento foi o aumento do número de brasileiros que fizeram turismo no exterior, o aumento do fluxo de brasileiros foi propiciado, principalmente, pela estabilidade econômica do país, pelo baixo valor do dólar, isso no início dos anos 90, porque depois o valor do dólar superou a moeda brasileira e determinou uma queda no fluxo de brasileiros para fora do país.

O turismo tem um altíssimo potencial econômico, social, cultural e ambiental, esses itens são elementos extremamente ligados ao turismo, pois estabelecem reciprocidade entre os elementos.
Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;)


O turismo é, principalmente, grande gerador de receita, é social por gerar grande número de postos de trabalho direto e indireto; cultural, pois preserva a identidade do lugar, como monumentos históricos; e ambiental, por aliar renda e preservação, um exemplo disso é o ecoturismo, que só existe com a preservação do meio ambiente.

O turismo tem a capacidade de organizar o espaço geográfico, em face da necessidade de oferecer condições do andamento da atividade, como as infraestruturas necessárias: hotéis, rodovias, meios de comunicação, entre outros.

Em suma, o Brasil ainda tem muito que desenvolver, pois a “indústria” do turismo pode ser mais rentável que o setor industrial e rural, além de ser menos degradante. No mundo, esse é uma nova tendência econômica.

Eduardo de Freitas
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola


O Brasil detém um enorme potencial turístico em virtude das belas paisagens que possui.

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

FREITAS, Eduardo de. "Turismo no Brasil"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/brasil/o-turismo-no-brasil.htm. Acesso em 03 de fevereiro de 2020.