23 de junho de 2014

Milho vive velho dilema da falta de uma política

Produção e estudos apontam que o biocombustível, especialmente a partir do cereal, é viável, mas a ausência de incentivos frustra a prática 


Mato-grossense paga caro pelo etanol e isso desestimula consumo. Produção de milho poderia baratear combustível

MARIANNA PERES
Da Editoria

O segmento produtivo mato-grossense, especialmente os produtores de milho, busca a todo custo agregar valor à superprodução estadual e definitivamente transformar o cereal em uma commodity de liquidez tal como a da soja, ou pelo menos, menos vulnerável às oscilações de oferta e demanda do mercado. Uma das alternativas, já em prática no Estado desde 2011 com um projeto pioneiro em Campos de Júlio, é fazer da cultura uma matriz energética, por meio do etanol de milho. Mas assim como o biocombustível derivado da cana-de-açúcar, o originado do milho, que mal nasceu, enfrenta o mesmo dilema: abastecer qual mercado e como concorrer com a gasolina?. 

A produção mato-grossense de etanol a partir da cana, prevista para mais de um bilhão de litros nesse ano, é suficiente para atender ao mercado local e ainda outros mercados, inclusive o exterior se houvesse logística, devido ao excesso de oferta. E o etanol do milho poderia trazer o litro na bomba para cerca de R$ 2. 

Como aponta o presidente da Câmara Setorial da Soja e diretor da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado (Aprosoja/MT), Glauber Silveira, produção é o que não falta no Estado. No ano passado foram colhidas mais de 22 milhões de toneladas e o potencial estadual sustenta novos recordes de produção. “Na semana passada, a Céleres Consultoria e o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) bateram o martelo e disseram tudo aquilo que o segmento precisava ouvir: produzir etanol de cereais é extremamente viável no Centro-Oeste. A produção de etanol seria uma forma de pôr fim a um ciclo que temos, chega a safra e o preço do milho despenca e inviabiliza a produção seguinte”. Mas o próprio Silveira destaca que mesmo com estudos positivos, a realidade volta a falar mais alto: “Vamos vender para quem e em que condições?”. 

Conforme a Aprosoja/MT, Mato Grosso deve produzir nesta safra 15,4 milhões de toneladas com potencial de chegar a 34,9 milhões de toneladas nos próximos dez anos. O estudo “Oportunidades na cadeia de processamento de cereais para produção de proteínas e biocombustível – Uma avaliação das oportunidades do Centro-Oeste do Brasil” foi produzido pela Céleres Consultoria a pedido da associação. Para ‘batida do martelo’, o estudo considerou um investimento na usina no valor de US$ 68 milhões para o consumo de 500 mil toneladas de cereais (milho, sorgo etc.) ao ano, com um playback de seis anos e uma TIR (taxa interna de retorno) de 27,26%. “Temos uma aptidão enorme no Brasil de produzir etanol e hoje consumimos mais gasolina que etanol. Se estivéssemos na proporção 60% etanol e 40% gasolina, Mato Grosso teria hoje de importar etanol. Por que as pessoas deixaram de abastecer com etanol? A resposta está no preço do etanol e da gasolina, a diferença atual é menor que 30%, o que faz com que as pessoas optem pela gasolina em função do maior rendimento por quilômetro rodado”. 

Mas para Silveira, o dilema de “vender para quem” vai muito além de uma questão simples de mercado, entre preferir este ou aquele combustível e de ter etanol em excesso no mercado. “Temos escutado constantemente os usineiros dizendo que o problema é a intervenção estatal, pois o governo federal mantém um preço político à gasolina, preço este que deveria estar 20% mais alto. Se não fosse esse preço artificial, o etanol seria mais competitivo e aumentaria o consumo significativamente. Fica claro que o controle do governo sobre o preço da gasolina é um dos problemas”. 

FORMAÇÃO DE PREÇO - Como destaca Silveira, fica claro que para haver aumento do consumo de etanol é preciso aumentar a diferença do preço do derivado da cana para o derivado de petróleo. “As usinas vendem para a distribuidora atualmente, o litro entre R$ 1,40 e 1,60, valor que contabiliza custos e impostos, inclusive o frete até Cuiabá. O custo de produção industrial do etanol no geral fica em torno de R$ 0,40/litro e o preço nos postos varia de R$ 2,05 a R$ 2,45 reais. Há um acréscimo de quase R$ 1 por litro. Na minha cidade, Campos de Júlio, temos uma usina, a Usimat. Lá me informaram que eles vendem às distribuidoras, na safra, o litro de etanol a R$ 1,57 posto em Cuiabá e, pasmem, nos postos da minha cidade, que ficam a apenas 70 quilômetros da usina, o preço do etanol na bomba é de R$ 2,41, ou seja, R$ 0,84 de acréscimo. Um dos problemas desse acréscimo no preço é o ‘passeio’ dado pelo combustível: o etanol carregado na usina é transportado até Cuiabá e depois volta para os postos da região. Esse ‘passeio’ custa ao consumidor R$ 0,14 mais por litro”. 

Silveira frisa que há usinas quebrando por estarem com margens apertadas e consumidores que não usam etanol por considerarem o litro caro. “Na região Centro-Oeste, onde temos uma enorme aptidão para produzir milho e cana, poderíamos estar abastecendo 100% com etanol, e o consumidor estadual podia estar pagando cerca de R$ 1,90 a R$ 2 no litro de etanol”. 


Colombiana-musa pode ser um dos destaques do jogo desta terça na Arena Pantanal

Da Redação - Darwin Júnior

A Copa do Mundo de 2014 ainda não tem a sua 'musa oficial'. Mas, uma colombiana tem despertado a atenção da imprensa, seguindo os passos da paraguaia Larissa Riquelme, que ficou com esse título na Copa da África, em 2010. Presença constante nas arquibancadas, a torcedora da Colômbia, que ainda é desconhecida, pode ser uma das atrações do jogo desta terça-feira a partir das 16 horas na Arena Pantanal, pela última rodada da fase classificatória. Enquanto em campo Colômbia e Japão fazem disputas distintas - a primeira pelo primeiro lugar e a outra ainda sonhando com a vaga - nas arquibancadas da Arena a expectativa é de outro espetáculo.

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Mostrando que é 'pé quente', a desconhecida torcedora colombiana, não viu sua seleção perder ainda na Copa. Sua presença em Cuiabá não está confirmada ainda. Ventilou a informação de que ela teria 'virado a casaca' e hoje torcedndo pelos Estados Unidos. Com a bandeira colombiana e sempre com shortinho, ela vem com dois interesses: torcer para a sua seleção e ainda despontar com o título de 'Musa da Copa', até agora indefinido.

Não foi apenas o país sul-americano que teve a honra de ter uma camiseta vestida pela musa. Os Estados Unidos também contaram com sua torcida. A musa colombiana estreou na Copa no jogo entre Colômbia e Grécia. No estádio Mineirão, ela foi o destaque nas arquibancadas. Em campo, a seleção colombiana fez a sua parte e venceu por 3 a 0, com um belo início neste Mundial. .

E não parou por aí. Dois dias depois, ela já estava nas arquibancadas da Arena das Dunas, em Natal, vestida com a camisa dos Estados Unidos, sem abandonar a bandeira da Colômbia e a pintura amarela, vermelha e azul no rosto, a colombiana comemorou a vitória por 2 a 1.

Ela foi vista na Arena da Amazônia, em Manaus, nesta segunda-feira, com a camisa americana e as cores da Colômbia, ela viu o empate por 2 a 2 contra Portugal. A próxima parada prevista da colombiana é Cuiabá, onde sua seleção joga nesta terça-feira. Se não aparecer na Arena Pantanal, é porque realmente 'virou a casaca'. Com informações do Uol


  

Empaer realiza palestra sobre cultivo da mandioca na Comunidade Faval

CHRYSTIANE DA CONCEIÇÃO

Assessoria/Empaer
Toda quinta-feira na Escola Estadual José de Lima Barros, na comunidade Faval, que fica a 60 quilômetros do trevo de Nossa Senhora do Livramento, a equipe da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer) de Nossa Senhora do Livramento, faz atendimento da Chamada Pública. Na segunda palestra, o tema solicitado pela própria comunidade foi o cultivo de mandioca. 

A palestra foi destinada a mulheres agricultoras já inscritas na Chamada Pública de Sustentabilidade e alunos do primeiro ano do Ensino Fundamental. “Fiquei contente e muito agradecida com o trabalho da Empaer. Aqui nós já temos uma farinheira, então eles nos ensinaram que é possível fazer outros produtos com a mandioca, além da farinha que a gente já está acostumado”, ressaltou a moradora da comunidade Benedita Antonina.

A meta é a prestação de serviços de assistência técnica e extensão rural para famílias rurais, através da parceria entre Empaer e Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). “O ponto de partida é o interesse da comunidade. Como eles já trabalham com a mandioca há muitos anos, então, nosso papel é agregar valores com conhecimento e tecnologia”, afirmou o palestrante, engenheiro agronômo e diretor de Assistência Técnica e Extensão Rural da Empaer, Almir de Souza Ferro.

A mandioca está sempre presente, sob diversas formas, no dia a dia do mato-grossense e é uma das atividades econômicas mais cultivadas em nosso estado e diversificar a produção garante maior comercialização. Em outro trabalho, a extensionista da Empaer, Lindelzi Lima, lançou um livro de receitas, onde a mandioca é destaque em vários pratos doces e salgados. 

Lateral de Camarões já falou que não liga para futebol A honestidade na relação fria e profissional com o futebol não é a única posição polêmica de Ekotto



Reuters/Murad Sezer










Achille Weboc separa a briga entre os próprios companheiros de Camarões, Benjamin Moukandjo (esq.) e Benoit Assou-EkottoPEDRO LOPES


DO UOL, EM SÃO PAULO

A honestidade é considerada uma das maiores virtudes, mas, em excesso, é capaz de trazer problemas. Polêmicas não faltam na carreira do lateral camaronês Benoit Assou-Ekotto, que ficou conhecido nesta Copa após agredir com uma cabeçada o companheiro de equipe Moukandjo na partida de sua seleção diante da Croácia. 

Muito antes do golpe dirigido ao colega de equipe, Ekotto – ou Benni, como é conhecido pelos torcedores do Tottenham, clube que defende desde de 2006 (passou a última temporada emprestado ao Queens Park Rangers) – ganhou fama na Inglaterra por seu comportamento fora de campo. O lateral costuma causar estrago com as palavras, sendo brutalmente honesto ao expor opiniões e verdades de forma incomum para um jogador de futebol. 

Amor à camisa, atletas que beijam o escudo de seus clubes ou se dizem torcedores desde que eram crianças são coisas que Ekotto despreza. Em várias entrevistas a veículos de mídia britânicos em 2010, admitiu, sem nenhuma cerimônia, que joga futebol apenas por dinheiro. 

"Se eu jogo bola com meus amigos, posso amar futebol. Mas por que vim para a Inglaterra, sem conhecer ninguém e sem falar inglês? É um emprego" disse. "Não sei porque todos mentem. Quando você aceita um emprego, é pelo dinheiro. Todo jogador é assim. E se você beija a camisa, diz que é um sonho, e sai seis meses depois? Não entendo quem fica chocado quando digo que jogo por dinheiro. Futebol não é minha paixão", disse ao jornal The Guardian. 

Assim como sua paixão por futebol, seus amigos de verdade estão fora do futebol. Benni não tem nenhum pudor em admitir que não tem amigos de verdade no trabalho, e ainda vai além: não acredita em amizades no futebol. 

"Chego ao CT às 10h30 e começo a ser profissional. Termino às 13h, e não jogo mais futebol. Sou como um turista em Londres: eu ando pela cidade, eu como", contou. "Não tenho problema com ninguém, mas não tenho o telefone de jogadores. Não ligo para meus companheiros de time. Não acredito em amizades no futebol". 

A honestidade na relação fria e profissional com o futebol não é a única posição polêmica de Ekotto. Filho de um pai camaronês, o lateral esquerdo nasceu e cresceu na França, mas optou por atuar por Camarões. A resposta é bem direta. 

"Não tenho nenhum sentimento pela seleção francesa. Não existe" disse. "A França, em seu coração, tem um problema, e tem sido incapaz, ou simplesmente desinteressada em adotar os filhos de suas ex-colônias. É difícil aceitar, e é essa a base de tudo o que é disfuncional na sociedade francesa", explicou. 

E para a cabeçada em Moukandjo, qual seria a explicação? Problemas pessoais? Frustração pela eliminação no Mundial, ou algum xingamento do companheiro? É bem mais simples, até chocante, mas o lateral conta sem meias palavras, um episódio comum em qualquer pelada. 

"Começou no primeiro jogo, contra o México. O Moukandjo tentou driblar dois jogadores, perdeu a bola e eu disse que deveria ter passado para mim. Ele concordou", explica. "A mesma coisa aconteceu no jogo contra a Croácia. Tudo bem, todo mundo pode errar. Mas eu fui reclamar e ele me mandou sair do pé dele. Não podia aceitar a reação dele, se estivesse 0 a 0, não teria acontecido", disse ao jornal francês L'Equipe. 

A vida de Ekotto, entretanto, não é feita só de polêmicas. O jogador faz questão de manter os pés no chão, e viver como um cidadão inglês comum. Em sua garagem, possui cinco carros de luxo, mas, quando dirige, utiliza um pequeno veículo do modelo Smart. Normalmente, anda de metrô – possui o cartão, espécie de Bilhete Único inglês. 

A outros projetos, direciona a paixão que não sente pelo futebol: é embaixador da ONU contra a pobreza na África, mantém uma equipe Sub-12 para crianças carentes na Inglaterra e pretende, ao se aposentar, ser presidente de uma organização de caridade no seu país de origem. 

Por tudo isso, Ekotto, mesmo sabendo que sua participação na Copa de 2014 se encerra após a partida, será profissional e estará em campo contra o Brasil nesta segunda. Depois, a vida segue, no Tottenham, no metrô de Londres, e nos projetos de caridade. O próprio jogador, afinal, disse ao site Goal.com em 2011 que "existem coisas mais importantes do que chutar uma bola".

"Messi" de MT Ex-promessa tenta recomeçar na Romênia


DA REDAÇÃO

O mato-grossense Jean Chera chegou ao Santos como promessa, ao lado de Neymar

Manchester United, Real Madrid e PSG o queriam quando tinha só 11 anos. Era então conhecido como "o Messi de Mato Grosso". Acabou fechando com o Santos como promessa fenomenal, mas deixou o clube pela porta dos fundos em 2011 após brigar com a diretoria. Desde então, passou por outros cinco equipes e sequer estreou como profissional. 

O mato-grossense Jean Chera vai tentar de novo. Dessa vez, o meia acertou com o futebol romenoe vai defender o CS Universitatea Craiova. O jogador, agora com 18 anos, chegou na Romênia na última quinta (19) e assinou um vínculo de um ano com a equipe, podendo ser renovável por mais três, se o CSU desembolsar um milhão de euros por 70% do passe. Chera começou a carreira emSinop (500 km ao Norte de Cuiabá). 

Leia mais AQUI.

Governo de Mato Grosso prepara a "despedida" da Arena


A Copa é nossa
DA REDAÇÃO


Silval recebe autoridades da Nigéria e da Bósnia e o presidente da Fifa, Joseph Blatter, na Arena Pantanal

No sábado (21), o governador Silval Barbosa (PMDB) marcou presença na Arena Pantanal, durante o jogo entre Nigéria e Bósnia, quando o estádio registrou seu recorde de público, até agora - 40.499 torcedores, segundo anúncio oficial da Fifa. Ao lado da primeira-dama, SB se revelou descontraído, na recepção às autoridades nigerianas e bósnias e ao presidente da Fifa,Joseph Blatter.

A previsão é de que o governador marque presença no estádio nesta terça-feira (24), na "despedida" da Arena da Copa do Mundo, com o jogo Japão x Colômbia. Como a coluna informou anteriormente (leia mais AQUI), Aos poucos, Silval vairespirando aliviado com o desenrolar da Copa do Pantanal, em Cuiabá. Após o evento, as obras de mobilidade deverão ser intensificadas

Entrada da Fan Fest Cuiabá é readequada e conta com reforço na segurança


Nesta terceira semana de funcionamento da Fan Fest Cuiabá, a organização prevê um número maior de visitantes

NAJYLLA NUNES/CASA DE GUIMARÃES
Especial para a Secopa-MT

Nesse domingo (22.06) foram definidas novas adequações na entrada da FIFA Fan Fest Cuiabá. A reunião entre a organização da Fan Fest Cuiabá, com a coordenação de segurança privada e representantes da FIFA, definiu um aumento do efetivo da segurança privada dentro do evento. 

“O objetivo da ação é dar mais tranquilidade e segurança às famílias que optaram assistir aos jogos dentro da Fan Fest. Iremos contar com o reforço do efetivo da Policia Militar que estará atuando dentro e nas imediações”, afirmou o secretário extraordinário da Secopa, Mauricio Guimarães. 

Além de ampliar a força de segurança, a medida consiste em colocar novas grades na entrada do evento para facilitar o acesso dos visitantes e proporcionar agilidade durante as revistas feitas com detector de metal. 

Nesta terceira semana de funcionamento da Fan Fest Cuiabá, a organização prevê um número maior de visitantes que acompanharão a transmissão dos jogos da Copa do Mundo 2014, bem como os shows de bandas nacionais e regionais. 

“Em dias de jogos do Brasil e na Arena Pantanal o número de agentes da segurança privada dobrará”, garantiu o gerente operacional da segurança privada da Fan Fest, João Benedito Silva Neto. 

PROGRAMAÇÃO NESTA SEGUNDA-FEIRA (23/06) 

Jogos 
12h – Austrália x Espanha 
12h – Holanda x Chile 
16h – Camarões x Brasil 
16h – Croácia x México 

Shows 
10h – Dj Elton Cotrin 
11h – Caçulas do Pandeiro 
14h – Strauss 
18h – RPM (nacional) 

REALIZAÇÃO - A FIFA Fan Fest é uma realização da Federação Internacional de Futebol (FIFA), em parceria com Governo do Estado de Mato Grosso, por meio da Secretaria Extraordinária da Copa e da Associação Casa de Guimarães, responsável pela estrutura do evento. Montado no Parque de Exposições Senador Jonas Pinheiro (Acrimat), a apenas 2,5 km de distância da Arena Pantanal, a FIFA Fan Fest é um espaço com entrada gratuita à população e turistas, em uma área total de 40 mil m² com capacidade para receber até 50 mil pessoas e estacionamento para dois mil veículos.


Folha de S. Paulo destaca avanço da agroindústria em MT


Jornal paulista e um dos maiores do país mostra em reportagem que, no rastro do título de maior produtor de grãos do Brasil, Mato Grosso estimula implantação de agroindústrias. Pequenas empresas já estão presentes em mais da metade dos 141 municípios do estado.

Confira a reportagem na íntegra:
http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2014/06/1474115-safra-crescente-fortalece-avanco-da-agroindustria-em-mato-grosso.shtml

Tradicional feira gastronômica amplia atendimento na Copa em Cuiabá

'Bulixo' é realizado há mais de 10 anos no Sesc Arsenal, na capital.
Projeto também vai ser feito nesta terça-feira (24).

Denise SoaresDo G1 MT

'Bulixo' também está sendo feito nos dias de jogo da Copa
em Cuiabá. (Foto: Reprodução/ TVCA)

O Bulixo, tradicional feira de culinária e artesanato do Sesc Arsenal, ampliou o atendimento durante os jogos da Copa do Mundo em Cuiabá. De acordo com a direção da unidade, a ideia é disponibilizar o projeto para os torcedores e também para os turistas que passarem pela capital.

O local, que sempre abria toda quinta-feira, também funciona nos dias que as seleções jogam na Arena Pantanal: nesta terça-feira (24), com Japão X Colômbia. O horário é das 18h até 23h e a entrada é gratuita. Após o período da Copa o Bulixo volta a ser feito apenas na quinta, no horário das 18h às 22h.
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O nome Bulixo vem dos antigos pontos comerciais que eram espalhados por Cuiabá. Nesses locais era oferecida a venda de produtos variados para os moradores, desde alimentos até produtos da região. A mesma proposta fez com que um grupo de comerciantes se unisse para criar o Bulixo do Sesc, há 12 anos.

Maria Izabel (Foto: Denise Soares/G1)

Segundo a gerente da unidade, Cristina Maria da Silva, atualmente existem 250 comerciantes cadastrados no projeto. O sucesso do local é a variedade de comida oferecida: 30 tipos de pratos, desde comida cuiabana, baiana, japonesa, árabe, nordestina e outras. Os pratos têm um preço médio de R$10.

"A média de público é entre 4,5 mil até 6 mil pessoas que circulam durante toda a noite. No início [do projeto] vendíamos apenas comida regional. Mas hoje temos pratos de toda região do país e do mundo, mas a comida mais vendida é a 'Maria Izabel' [prato típico da capital: carne com arroz]", disse ao G1 a gerente.

Além do cardápio variado, os frequentadores podem fazer piquenique no jardim do Sesc Arsenal e assistir a apresentações de música e teatro. Uma grande feira de artesanato, objetos de decoração e acessórios também é oferecida. O Sesc Arsenal fica na Rua 13 de Junho, na região do Porto, em Cuiabá.
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Músico e produtor musical de Cuiabá inova e cria a 'guitarra de cocho'

Responsável pela criação é Caio Espíndola Schlösser, de 27 anos.

Chamada de 'Original', guitarra de cocho deve ser usada em álbum.

Carolina HollandDo G1 MT

Guitarra de cocho: a 'evolução' da viola de cocho (Foto: Carolina Holland/G1)

A viola de cocho, um dos símbolos da cultura mato-grossense, ganhou uma nova versão emCuiabá. As cinco cordas - na maioria das vezes, quatro de tripa animal e uma de aço - deram lugar a quatro, sendo todas de aço. O instrumento, cujo som embala as rodas de cururu e siriri no estado, agora pode soar rock'n'roll. A viola saiu de cena. E deu lugar à guitarra. Mas não qualquer uma. A guitarra de cocho.

O autor da novidade é o músico e produtor musical cuiabano Caio Espíndola Schlösser, de 27 anos. Chamada por ele de 'Original', a primeira guitarra de cocho de que se tem notícia foi feita por uma questão de necessidade. Guitarrista e vocalista da dupla Billy Brown e o Incrível Magro de Bigodes ('Eu sou o Billy', ressalta), ele queria que o primeiro álbum deles tivesse forte elemento regional.

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“Eu queria trazer Cuiabá pra dentro da banda. Não sabíamos ainda qual instrumento, mas tinha que ser algo daqui. A viola de cocho é percussiva, não é harmônica e nem melódica. E o que eu precisava, mais do que tudo, era de uma harmonia numa melodia. Eu nem tinha pensado nesse som dela. E aí veio a grande ideia: 'Cara, e se eu colocar um captador nela?'”, conta.

Porém, algumas pessoas alertaram para os riscos da ideia, como o fato de a madeira ser muito macia e, por isso, correr o risco de ressonar demais. “Mas, era exatamente isso que eu estava procurando. Eu precisava dessa ressonância”, disse Espíndola. Então, há duas semanas ele foi até uma loja de artesanato e comprou uma viola de cocho. Entretanto, o produtor musical ainda tinha certas restrições ao instrumento.

"Nunca tinha tocado em uma viola de cocho. Eu nem gostava do som, para você ter uma ideia. É um instrumento que parou na evolução, é tribal. É mais percussivo", confessa. Ainda assim, arriscou, usando a própria experiência adquirida na regulagem de instrumentos. Instalou o cordal de um cavaquinho. Depois, colocou cordas de nylon, mas o som não ficou legal.

Na segunda tentativa, escolheu quatro cordas de guitarra que achava que dariam um bom equilíbrio. Deu certo. "Fiquei chocado. Ela responde diferente. Tem muita coisa que é particular e peculiar dela. Achei muito legal. É um campo totalmente novo", conta. Esse foi o primeiro instrumento criado pelo músico, que é autodidata, cresceu em família evangélica e começou a se interessar por música aos 8 anos de idade.


Receptividade

As adaptções na viola de cocho poderiam ser vistas quase como uma heresia por parte da população mais tradicional e Espíndola sabia disso. A prova de fogo à qual ele e a 'Original' se submeteram foi na abertura do Festival de Siriri e Cururu, na última semana, em Cuiabá.

"Eu estava muito nervoso. Porque eu sabia que os caras que estariam lá são referência. Se eles me xingassem, todo mundo ia me xingar", admite o músico. A reação, entretanto, foi positiva. "Os caras gostaram muito! Adoraram! E estou falando dos ribeirinhos mesmo, com chapéu de palha e viola de cocho grandona. Esses caras é que eram importantes pra mim", diz.

Próximos passos

A criação deu tão certo ('Um monte de gente está me ligando dizendo que quer uma') que o músico pretende patentear a guitarra de cocho. "Eu quero e vou fazer isso. Me disseram que, o fato de eu ter apresentado num evento, então já foi documentado. De qualquer forma, já comecei a correr atrás disso", disso.

Enquanto a patente não vem, o músico trabalha na produção do primeiro álbum da dupla e de mais três guitarras de cocho, que farão referência a três guitarras clássicas. "Uma vai ser a Les Paul de cocho [Les Paul], a outra vai ser a Stratococho [Stratocaster] e a outra será a Telecocho [Telecaster]".

Viola de cocho: um dos símbolos da cultura mato-grossense (Foto: Marcos Bergamasco/Secom-MT)

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