31 de maio de 2022

TURISMO RURAL EM EVIDÊNCIA - Aprovada proposta que reconhece turismo rural como atividade complementar às atividades agropecuárias

Imagem principal da Notícia
Autor da Foto: Rodolfo Stuckert

Avançou no Congresso a proposta que regulamenta o turismo rural. Aprovado na Comissão de Turismo da Câmara dos Deputados, o Projeto de Lei 4.032/2020 inclui essa atividade como uma das formas de aproveitamento econômico de fazendas e passível de tributação pelo Imposto de Renda. A Confederação Nacional de Municípios (CNM) reconhece a importância da matéria para o incremento de renda destinada à gestão local em cidades com potencial de desenvolvimento do setor rural.

O projeto altera a Lei 8.023/90, que trata da tributação da atividade rural. Uma vez legalizada, a atividade de turismo em ambiente rural pode ser considerada como complemento das demais atividades rurais previstas na lei (como agricultura e pecuária), de acordo com as definições e limites de participação na receita bruta total estabelecidos em regulamento.

Atualmente, a lei não reconhece o turismo como uma das formas de aproveitamento econômico das fazendas e, dessa forma, não era possível a emissão de documentos fiscais exigidos por agências de turismo, nem eram aceitos no Cadastro de Prestadores de Serviços Turísticos (Cadastur), sistema do Ministério do Turismo que cadastra os profissionais e operadores que atuam no setor e dá acesso a linhas de crédito.

Benefícios
A CNM entende que a regularização da atividade de turismo em ambientes rurais será responsável por aumentar e diversificar a renda de uma localidade, disseminar a cultura, além de preservar o meio ambiente e garantir a fixação do homem no campo com mais qualidade de vida. Para a entidade, o turismo rural não deve ser tratado apenas como uma atividade de lazer, mas também implementado em conjunto com a sociedade local e com planejamento conjunto entre órgãos municipais, federais e estaduais.

Tramitação
Já aprovada pela Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, a proposta será analisada em caráter conclusivo pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. O texto é de autoria do deputado Herculano Passos (Republicanos-SP) de relatoria do deputado Eduardo Bismarck (PDT-CE).

Mesa Redonda na FIT PANTANAL irá discutir Mercado Turístico no Pantanal: Desafios e Oportunidades.

FIT PANTANAL - CONFIRAM ALGUMAS DAS ATIVIDADES .


Nesta próxima segunda-feira dia 6 de junho de 2022 às 8h00 da manhã daremos início a FÓRUM INTERNACIONAL DE TURISMO DO PANTANAL 2022. 

Serão inúmeras palestras, Tratando de diversos assuntos de interesse do trade turístico. 

Gostaria de convidar você para participar desse maravilhoso evento.

Segue alguns dos eventos já agendados.


BALCÃO DE INFORMAÇÕES DA EMPAER 













Empaer proporciona a alunos e produtores familiares conhecimento, pesquisa e extensão em unidades demonstrativas.


Foram montadas na escola unidades demonstrativas de café e mandioca e estão previstas mais cultivares como da pitaya, banana, batata doce e abacaxi
Maricelle Lima Vieira | Empaer/MT

Empaer
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A Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer) junto com a Prefeitura de Água Boa e a direção da Escola Estadual Jaraguá vem consolidando uma parceria por meio de unidades demonstrativas montadas dentro da escola.

A parceria vem viabilizando uma serie de trabalhos como a realização de dias de campo, cursos e palestras para produtores da região e alunos. Com 20 hectares de área, a equipe da Empaer vem acompanhando o desenvolvimento das unidades demonstrativas de café, com cinco clones que estão sendo avaliados e da mandioca, com 20 cultivares vindas do Campo Experimental e de Produção de Acorizal.

Exemplo do dia de campo ocorrido do dia 25 de maio, promovido e organizado pelos alunos do ensino médio integrado ao curso técnico em agroecologia. Na ocasião, todo conhecimento passado pela equipe técnica da Empaer, foi apresentado para vice-prefeita que é secretária de Desenvolvimento, Rejane Garcia e estava acompanhada do secretário adjunto de agricultura, Otacílio Barbosa, os técnicos da Empaer, Alison Lucas Lorenzon e Ana Maria Pereira Porto Weissheimer, o técnico agropecuária da prefeitura, Félix de Fátima Adorno e representantes da iniciativa privada.

Foto: Empaer

O técnico da Empaer, Alison Lucas Lorenzon, explica que o trabalho de assistência técnica começou em 2021, sendo a área cedida junto com a mão de obra pela direção da escola e, desde então, foram montadas as unidades demonstrativas. Ele destaca que a oportunidade proporciona conhecimento tanto para os alunos quanto para os produtores rurais da região. “Foi uma forma encontrada de unir dois públicos em um espaço de aprendizado que é a escola que também oferta cursos técnicos. Proporciona ainda unir os três pilares que são o ensino, a pesquisa e a extensão”.

Segundo Alison, a meta em médio prazo é montar jardins clonais com variedades da pitaya,  banana, batata doce e abacaxi – tudo para produção de mudas e avaliar o desenvolvimento. A escola está localizada no Projeto de Assentamento Jaraguá.

Foto: Empaer

Vem Aí ! A Feira da Agricultura Familiar - É de Livramento..

Festa junina na Comunidade Morrinhos em Santo Antônio do Leverger.

O FIT PANTANAL TERÁ UM HOTEL PARCEIRO COM TARIFA ACORDO EXCLUSIVA PARA VOCÊ PARTICIPANTE CONFIRAM !

FIT PANTANAL terá Encontro de Turismo Rural - Corram e façam sua pré INSCRIÇÃO - Venham como !!!

Os Interessados podem fazer a pré-inscrição 

*  NESTE  link

 Ou pelo QR code no convite acima

A EMPAER - MT TERÁ UM BALCÃO DE INFORMAÇÕES DE TURISMO RURAL NA FIT PANTANAL.

Este é o  balcão  de Informações da EMPAER que estará na FIT PANTANAL.

O Evento ocorrerá no próximo dia 06 de junho no Centro de Eventos do Pantanal.

Nó balcão da EMPAER você poderá encontrar técnicos e empreendedores de Turismo Rural que lhes darão informações sobre Turismo Rural, Produção Associada ao Turismo e Caminhadas na Natureza.

 Além de outros serviços prestados pela empresa junto ao agricultor familiar.

CORRA LOGO É FAÇA A SUA INSCRIÇÃO


Confiram a programação do Encontro de Turismo Rural na FIT PANTANAL 2002 


Faça sua Inscrição no Encontro de Turismo Rural em Áreas Naturais na Bacia do Pantanal. 

Os Interessados podem fazer a pré-inscrição 

*  NESTE  link

 Ou pelo QR code no convite Acima




30 de maio de 2022

O Ministério do Turismo, está ofertando cursos de Especialização Técnica em Atrativos Naturais em Turismo das Regiões Norte e Centro-Oeste Guias de Turismo habilitados no Cadastur como “Guia Regional”, na modalidade EaD, com carga horária de 200 horas.

Nesse sentido, considerando a baixa adesão desse público nos cursos ofertados e, por conseguinte,solicitamos o seu apoio no sentido de divulgar os cursos e o prazo de inscrição junto aos Guias do seu estado.

Certos da sua compreensão e apoio, segue, abaixo, sugestão de texto para divulgação junto aos Guias de Turismo do Cadastur:

“Atenção Guia de Turismo, não perca essa oportunidade!

O Ministério do Turismo em parceria com a Universidade Federal do Tocantins (UFT), está ofertando curso gratuito de especialização técnica em atrativo turístico natural e cultural, para guias de turismo habilitados no CADASTUR, na modalidade de ensino a distância (EAD), com carga horária total de 200 horas.

As inscrições até: 10/06/2022

Link Inscrição:  www.anctur.com.br (Edital em destaque no site),

Acompanhe os prazos divulgados e outras ofertas de cursos no portal do Mtur: https://www.gov.br/turismo/pt-br/acesso-a-informacao/acoes-e-programas/qualificacao

Convidamos você para aproveitar a oportunidade de investir em sua qualificação profissional de maneira gratuita!


Atenciosamente,

COORDENAÇÃO GERAL DE QUALIFICAÇÃO DO TURISMO

Departamento de Qualificação do Turismo – DEQUA

+55 (61) 2023-7611

cgqt@turismo.gov.br

https://www.gov.br/turismo/pt-br

Caminhada na Natureza 2022 - Circuito Caminhos do Sol - Porto dos Gaúchos - MT.



Encontro de Gestores Municipais do Turismo  na  FIT PANTANAL.

Circuito de Qualificação - Turismo de Aventura e Ecoturismo.

Seminário Internacional - Preservação das Culturas Tradicionais Biodiversidade e Saberes Ancestrais Negros Negrindios

Como fazer parte da Rede Brasileira de Trilhas e Como implantar uma Trilha

CLIK NA IMAGEM PARA AMPLIAR 

REVIVENCIANDO A CULTURA BAKAIRI - UM RESGATE PRA HISTÓRIA.


*Magno Amaldo da Silva

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Neste último sábado, dia 28 de maio, aconteceu a revitalização de um dos maiores e mais importantes rituais do povo Kurâ-Bakairi, o TADÂWAN, ritual que simboliza o casamento do povo Bakairi, entoado pelas flautas mágicas.

 

Segundo a mitologia Bakairi, as flautas de taquara denominadas de TADÂWAN, foram criadas para realização do primeiro casamento da história Bakairi, o casamento entre os irmãos onças (Udodo) e as mulheres Bakairi (pekodo mondo), filhas de Kuamoty, selando uma paz e uma aliança matrimonial entre Kuamoty e os guerreiros caçadores (as onças pintadas), os inimigos dos primeiros seres da Terra.  

 

Conforme as histórias dos antepassados do povo Bakairi, contadas e repassadas de geração para geração, eles afirmam que Kuamoty quando estava na mata, retirando seda de tucum, viu-se cercado pelas onças caçadoras. Para não ser devorado, Kuamoty negociou uma aliança, salvando sua vida e prometendo, em troca, suas filhas em casamento aos irmãos udodo (onças).

 

Desse modo, por interesse nas mulheres, Ikiumani (líder das onças) cedeu a proposta de Kuamoty, estabelecendo assim uma aliança que seria concretizada com sendo o primeiro casamento da história Bakairi.  

 

No entanto, Kuamoty não tinha filhas!

 

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Mas, por se tratar de um Ser Supremo, reconhecido e chamado pelos Bakairi de Deus, confeccionou com madeira, os corpos de suas filhas e assoprando ar em seus corpos, deu alma e vida à elas.

 

Foram várias tentativas, até chegar a mais perfeita criação, cinco lindas mulheres que deram os nomes de Ihogue; Âpanomagalo; Axumbanalo; Numaiakaniru (ou Yukamaniru) e Ereiru – esses nomes variam conforme a fonte, pois cada família tem uma história, cada história tem suas versões e cada versão preserva os seus heróis.  

 

Conta a lenda que no tempo determinado, todas a “pessoas” (seres), de todas as aldeias chegaram para a cerimônia. Primeiro foram as corujas (munguto), depois os lobos (poroho), em seguida as ariranhas (saro) e por último os irmãos onças, liderados por Ikiumani.

 

Todos entoavam seus próprios cantos, mas quando os irmãos onças chegaram, foi impressionante. Chegaram caracterizados com suas pinturas e adornos em seus corpos tocando as flautas mágicas – TADÂWAN.

 

Eram muito fortes e gigantescos, medindo quase dois metros de altura. Dançaram em forma circular, enfileirados e batendo os pés no chão, acompanhados dos sons de chocalhos de caroço de pequi.

 

O conjunto harmonioso desses sons, somados ao o som extraído das taquaras, transformaram em música da onça, dando assim a existência do TADÂWAN.  

 

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Dentro da casa, as mulheres prometidas em casamento, aguardavam ansiosas a chegada de seus noivos.

 

Ao sinal de Kuamoty, os irmãos onças entram na casa e quando as filhas, uma a uma, tocam os ombros das onças, o ritual do casamento estava selado e a música de TADÂWAN se misturava ao ritual de casamento.  

 

Assim se deu origem ao TADÂWAN, no casamento das filhas de Kuamoty com os irmãos onça.

 

Esse ritual manteve-se vivo até o final da década de 1940, quando o governo, através do órgão tutor SPI – Serviço de Proteção ao Índio – proibiu as manifestações culturais dentro do território.

 

Como a Terra Indígena Bakairi, funcionava como “posto de atração”, conviviam diferentes povos indígenas, principalmente os povos alto-xinguano e em particular os irmãos Kuikuro, na pessoa do saudoso líder NárruKuikuro e TilipeKuikuro (o índio albino) que muitos suspeitavam ser filho do Coronel Falwcet.

 

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 Cacique Genivaldo Geronimo

 

Após longo período de convivência, ao regressarem para suas terras, levaram com eles a técnica de confecção e conhecimento das músicas do Tadâwan.

 

Com o passar dos anos, após várias décadas, o povo Bakairi deixou de praticar esse ritual e acabou por esquecer a confecção das flautas e o modo especial de como tocar. Porém, o povo Kuikuro não só conseguiu reproduzir as práticas ao longo dos anos, como também ensinou os demais povos do atual Xingu.  

 

O povo Bakairi manteve o sonho de retomar essa prática cultural.

 

No início dos anos 1990, o senhor Odil Apacano foi ao Xingu e trouxe exemplares das flautas numa tentativa de recuperação cultural, mas devido a questões internas não obteve bons resultados.

 

Em 2015, o jovem Bruno Maiuca, teve na Aldeia Ipatse, do povo Kuikuro, de onde trouxe outros exemplares, porém precisava reaprender a tocar.

 

Foi então que surgiu a ideia de trazer membros xinguanos para repassar ao povo Bakairi as técnicas de confecção e de como tocar, um verdadeiro intercâmbio cultural.

 

Através das amizades criadas pelo jovem Bruno, obteve-se a visita de dois irmãos xinguanos: Talyco Kalapalo e YamaluiKuikuro, que não somente ensinaram os jovens Bakairi, como fizeram uma entrega simbólica das flautas, dizendo e reconhecendo que as flautas são do povo Bakairi, que eles eram apenas guardiões.

 

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Também explicaram que realizam belas e grandiosas festas, mas não sabem a história de origem e que na data de hoje (28/05)  estariam realizando a entrega simbólica das flautas TADÂWAN.  

 

Essa entrega foi realizada através de uma grande festa cultural, reunindo toda a comunidade da Aldeia Pakuera, seu cacique Genivaldo Poiure e visitantes governamentais, como o vereador municipal Edson Agripino e o Secretário Adjunto da Secretaria Estadual de Agricultura Familiar, Clóvis Figueiredo.

 

Esse foi sem dúvidas um marco na história do povo indígena da Aldeia Pakuera, a capital do povo Bakairi.    

 

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*Magno Amaldo da Silva (com câmera fotográfica), professor Bakairi, Graduado em Economia e Matemática, pós graduação em Educação Escolar Indígena e em Educação Ambiental

*Caldas é a primeira cidade do Sul de Minas a instituir Política Municipal de Turismo de Base Comunitária*

A Câmara Municipal de Caldas realizará, na próxima sexta-feira, dia 03 de junho, das 8h30 às 9h, a cerimônia de sanção, pelo Prefeito Municipal, Sr. Ailton Pereira Goulart, da Lei que institui a Política Municipal de Turismo de Base Comunitária, de autoria do vereador Daniel Tygel, Mandato Movimento Caldas. O ato contará com a fala do Prefeito Municipal, de autoridades locais e de produtoras e produtores rurais caldenses.

Segundo o autor do projeto aprovado por unanimidade pela Câmara Municipal, “a implantação de uma Política Municipal de Turismo de Base Comunitária, que regulamenta a Lei Estadual 23.763, de janeiro de 2021, coloca Caldas na vanguarda dos municípios mineiros que apostam em um turismo que respeita e é fundamentado na cultura, história, produção agrícola tradicional e vocação do município, conciliando a geração de renda e a preservação dos patrimônios ambiental, cultural e histórico da região.”

Após a sanção da Lei será realizado um mini-curso e troca de experiências sobre o Turismo de Base Comunitária, com foco no tema “O turismo que queremos para Caldas: práticas, conceitos e princípios”. A atividade integra as ações organizadas pela Aliança em Prol da APA da Pedra Branca por meio de um termo de fomento celebrado com a Secretaria de Cultura e Turismo do Estado de Minas Gerais e objetiva promover o diálogo sobre o turismo a partir das experiências, perspectivas e sonhos das comunidades rurais.

“Existem muitas experiências bem-sucedidas em Minas e no país, e a receptividade de produtoras e produtores rurais caldenses tem sido muito positiva”, afirmou a vice-presidente da Aliança pela Pedra Branca, Uschi Silva. “O município de Caldas tem todo o potencial para desenvolver a proposta, e depende de organização das comunidades rurais para definição do tipo de turismo que elas querem, sem perder sua identidade”, complementou.

O curso será ministrado pela turismóloga Cléa Venina Ruas Mendes Guimarães, Coordenadora Estadual de Artesanato e Turismo Rural da EMATER de 1996 a 2021. Ao final será apresentado o resultado de uma pesquisa sobre a temática promovida pela Aliança em Prol da APA da Pedra Branca com visitantes do município.

*Expediente*
Evento: Cerimônia de sanção da lei que institui a Política Municipal de Turismo de Base Comunitária.
Organização: Câmara Municipal de Caldas e Aliança em Prol da APA da Pedra Branca.
Horários: 
8h30 às 9h - Cerimônia Oficial de Sanção da Lei
9h às 12h - Mini-curso e troca de experiências "O turismo que queremos para Caldas".
Local: Câmara Municipal de Caldas, Rua Veríssimo João, 180, Centro, Caldas/MG.
*Contatos:*
Assessoria de comunicação da Aliança em Prol da APA da Pedra Branca - 15 99783-8669 (Tatiana Plens).
Câmara Municipal de Caldas - 35 3735-1579 (Marinês).
_Crédito das fotografias: Aliança em Prol da APA da Pedra Branca._

A EMPAER APOIANDO INICIATIVAS INDÍGENAS - "REVIVENCIANDO A CULTURA BAKAIRI" - EM MATO GROSSO.

A Empaer  sempre esteve presente 
na Aldeia Pakuera,etnia Bakairi, no desenvolvimento sustentável em que combina, uso ocupação da natureza, cultura, costumes e agricultura familiar, são ações que a empresa desenvolve visando a  manutenção o resgate e a valorização da etnia e da aldeia..As aldeias Bakairi ficam nos municípios de Planalto da Serra MT e Paranatinga.
As aldeias Bakairi estão distribuídas:  uma no município de Planalto da Serra MT e nove no município de Paranatinga MT
dados do  Supervisor local da Empaer MT de Nova Brasilândia MT

Neste último sábado, dia 28 de maio, aconteceu um evento em quem abordou a revitalização de um dos maiores e mais importantes rituais do povo Kurâ-Bakairi, o TADÂWAN (o ritual que simboliza o casamento do povo Bakairi, entoado pelas flautas mágicas)

O referido evento  tratou da revitalização de um dos maiores e mais importantes rituais do povo Kurâ-Bakairi, o TADÂWAN (o ritual que simboliza o casamento do povo Bakairi, entoado pelas flautas mágicas)

Segundo a mitologia Bakairi, as flautas de taquara denominadas de TADÂWAN, foram criadas para realização do primeiro casamento da história Bakairi, o casamento entre os irmãos onças (Udodo) e as mulheres Bakairi (pekodo mondo), filhas de Kuamoty, selando uma paz e uma aliança matrimonial entre Kuamoty e os guerreiros caçadores (as onças pintadas), os inimigos dos primeiros seres da Terra.

Conforme as histórias orais do povo Bakairi, contadas e repassadas de geração para geração, afirmam que Kuamoty quando estava na mata, retirando seda de tucum, viu-se cercado pelas onças caçadoras. Para não ser devorado, Kuamoty tenta negociar uma aliança, salvando sua vida e prometendo, em troca, suas filhas em casamento aos irmãos udodo (onças). Desse modo, por interesse nas mulheres, Ikiumani (líder das onças) cedeu a proposta de Kuamoty, estabelecendo uma aliança que seria concretizada com o primeiro casamento da história Bakairi.

No entanto, Kuamoty não tinha filhas!!

Mas, por se tratar de um Ser Supremo, reconhecido e chamado pelos Bakairi de Deus, confeccionou, de madeira, os corpos de suas filhas e assoprando ar em seus corpos, deu alma e vida a suas filhas. Foram várias tentativas, até chegar a mais perfeita criação, cinco lindas mulheres que deram os nomes de Ihogue; Âpanomagalo; Axumbanalo; Numaiakaniru (ou Yukamaniru) e Ereiru – esses nomes podem variar conforme a fonte, pois cada família tem uma história, cada história tem suas versões e cada versão preserva os seus heróis.

No tempo determinado, todas a “pessoas” (seres), de todas as aldeias chegaram para a cerimônia. Primeiro foram as corujas (munguto), depois os lobos (poroho), em seguida as ariranhas (saro) e por último os irmãos onças, liderados por Ikiumani. Todos entoavam seus próprios cantos, mas quando os irmãos onças chegaram, foi impressionante. Chegaram caracterizados com suas pinturas e adornos em seus corpos tocando as flautas mágicas – TADÂWAN. Eram muito fortes e gigantescos, medindo quase dois metros de altura. Dançaram em forma circular, enfileirados e batendo os pés no chão, acompanhados dos sons de chocalhos de caroço de pequi. O conjunto harmonioso desses sons, somados ao o som extraído das taquaras, transformam em música da onça, dando assim a existência do TADÂWAN.

Dentro da casa, as mulheres prometidas em casamento, aguardavam ansiosas a chegada de seus noivos. Ao sinal de Kuamoty, os irmãos onças entram na casa e quando as filhas, uma a uma, tocam os ombros das onças, o ritual do casamento está selado e a música de TADÂWAN se mistura ao ritual de casamento.

Assim se deu origem ao TADÂWAN, no casamento das filhas de Kuamoty com os irmãos onça.

Esse ritual manteve-se vivo até o final da década de 1940, quando o governo, através do órgão tutor SPI – Serviço de Proteção ao Índio – proibiu as manifestações culturais dentro do território. Como a Terra Indígena Bakairi, funcionava como “posto de atração”, aqui conviviam diferentes povos indígena, principalmente os povos alto-xinguanos e em particular os irmãos Kuikuro, na pessoa do saudoso líder Nárru Kuikuro e Tilipe Kuikuro (o índio albino) que muitos suspeitavam ser filho do Coronel Falwcet. Após longo período de convivência, ao regressarem para suas terras, levaram com eles a técnica de confecção e conhecimento das músicas do Tadâwan. Com o passar dos anos, após várias décadas, o povo Bakairi deixou de praticar esse ritual e acabou por esquecer a confecção das flautas e o modo especial de como tocar. Porém, o povo Kuikuro não só conseguiu reproduzir as práticas ao longo dos anos, como também ensinou os demais povos do atual Xingu.

O povo Bakairi sempre teve o sonho de retomar essa prática cultural. No início dos anos 1990, o senhor Odil Apacano foi ao Xingu e trouxe exemplares das flautas numa tentativa de recuperação cultural, mas devido a questões internas não obteve bons resultados. Em 2015, o jovem Bruno Maiuca, teve na Aldeia Ipatse, do povo Kuikuro, de onde trouxe outros exemplares, mas precisava reaprender a tocar. Foi então que surgiu a ideia de trazer membros xinguanos para repassar para o povo Bakairi as técnicas de confecção e técnicas de como tocar, um verdadeiro intercâmbio cultural. Através das amizades criadas pelo jovem Bruno, tivemos a visita de dois irmãos xinguanos: Talyco Kalapalo e Yamalui Kuikuro, que não somente ensinaram os jovens Bakairi, como fizeram uma entrega simbólica das flautas, dizendo e reconhecendo que as flautas são do povo Bakairi, que eles simplesmente eram guardiões, que realizam belas e grandiosas festas, mas não sabem a história de origem e que hoje estão realizando a entrega simbólica das flautas TADÂWAN.

Essa entrega foi realizada através de uma grande festa cultural, reunindo toda a comunidade da Aldeia Pakuera, seu cacique Genivaldo Poiure e visitantes governamentais, como o vereador municipal Edson Agripino e o Secretário Adjunto da Secretaria Estadual de Agricultura Familiar, Clóvis Figueiredo. Sem dúvida um marco na história do povo indígenai da Aldeia Pakuera, a capital do povo Bakairi

A Empaer MT  está presente na etnia Bakairi na Aldeia Pakuera, desenvolvendo várias cadeias produtivas agricultura familiar e também valorizando a cultura e propiciando a visitação turística em Etnoturismo Indígena.


Galeria de Fotos :



 



Por Magno Amaldo da Silva, professor Bakairi, Graduado em Economia e Matemática, pós graduação em Educação Escolar Indígena e em Educação Ambiental.