11 de novembro de 2020

Geraldo Lucio falando do Turismo Rural que se apresenta como opção para um “Novo” Rural.


Vivemos em um mundo onde as transformações são constantes, tanto no campo como na cidade. 

Esses espaços têm que se adaptar a essas mudanças, caso contrário, correm o risco de ficarem à margem dos processos de desenvolvimento.

Essas mudanças tendem a ser mais acentuadas no espaço rural, antes vistos como meros fornecedores de matéria-prima para a cidade. 

Para Alantejano apud Marques (2002), o desenvolvimento do capitalismo e a “industrialização” da agricultura desencadeiam a urbanização do campo, que  obrigam esse espaço a se adaptar às mudanças drásticas que ocorreram principalmente no século  anterior. 

Entre essas mudanças, o autor destaca o desenvolvimento de atividades não agrícolas, antes  consideradas urbanas por excelência, como o turismo, comércio, prestação de serviços, entre outras.

Como consequência desse processo, Schneider (2006) cita duas alterações sociológicas importantes. 

A primeira é o fato de os agricultores e suas famílias passarem a ser caracterizados pela pluriatividade, combinando ocupações em atividades agrícolas com outras não agrícolas. 

Eles passam  a não depender somente da agricultura e tendem a se tornar “sociologicamente parecidos com as 
famílias urbanas”.

A segunda transformação se dá no nível de espaço social. 

A comunidade onde vivem e trabalham 
já não pode mais ser identificada com a atividade econômica que era predominante, no caso a agricultura. 

Surge aí uma nova concepção de ruralidade, que tem cada vez menos ligação com as atividades tradicionais como a agricultura e a pecuária e onde as atividades não agrícolas são vistas como  formas alternativas e/ou complementares de geração de renda dos produtores rurais no meio rural.
De acordo com Campanhola e Silva (2000), 

A possibilidade de se incorporar alternativas econômicas ao meio rural tem sido a estratégia adotada  por muitos países para manter o homem no campo, com a melhoria de sua qualidade de vida pelo aumento de sua renda, que passa a ser gerada com base em uma maior diversidade de atividades e  funções. (CAMPANHOLA & SILVA, 2000, p.146).


Geraldo Donizeti Lúcio
Especialista em Turismo Rural
Agente Técnico da SEADTUR



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